Fanfics Brasil - Capítulo 29 (PARTE 3) A Dama da Ilha(adaptada)

Fanfic: A Dama da Ilha(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 29 (PARTE 3)

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– A água da bomba não presta. – Dulce apontou Christopher. – O doutor Uckermann e eu não queremos que ninguém mais beba água daqui. Durante um tempo, todos terão que pegar água do riacho.


– Mas o riacho é tão longe...


– Eu sei. – Dulce sorriu para a garotinha. – Sinto muito, Jessie, mas é assim que terá que ser.


Jessie olhou o balde.


– Será melhor falar com o senhor Rupert.


– Também acho – Dulce concordou, e a menina saiu correndo.


– Eles não vão gostar disso. – Christopher descansou um pouco do esforço. – Quer dizer, de ter que buscar água no riacho.


– Vão detestar – Dulce o afastou e tentou girar o parafuso. – Mas que escolha terão? É uma longa caminhada ou a morte. Creio que eles vão preferir a caminhada.


O parafuso não saiu do lugar. Christopher, recuperando um pouco a energia, segurou as mãos de Dulce com as suas. Com a combinação de forças, eles finalmente fizeram o parafuso girar.


Depois disso, foi uma questão de desatarraxar, como o primeiro.


Estavam fazendo isso quando o professor Rupert se aproximou.


– Desculpem-me – disse ele com timidez, embora fosse um professor rígido. Foi se aproximando meio de lado, como se tivesse medo de apanhar.


– Pois não, senhor Rupert. – Dulce se endireitou e passou os dedos sujos de ferrugem e tinta nas calças.


– Jessie me disse que os senhores estão desmontando a bomba e que há alguma coisa errada com a água.


– Isso mesmo – Dulce concordou. – A água desta bomba está disseminando a cólera. O senhor terá que dizer às crianças que elas não devem beber “nenhuma água que não seja do riacho”. Esta água está infectada.


O senhor Rupert ajeitou os óculos.


– Santo Deus. A senhorita tem certeza? Pensei...


– Tenho certeza – Dulce confirmou.


– Entendi – disse o senhor Ruppert, anuindo. – Entendi. Muito interessante. Transmitirei a notícia para as crianças de imediato. A senhorita pode assegurar que a água do riacho é saudável?


– Por enquanto. – Dulce explicou que todas as lavagens deveriam ser mantidas em áreas afastadas do riacho e que ele só permaneceria puro enquanto não fosse contaminado por dejetos humanos.


O senhor Rupert era um solteiro convicto, com ideias retrógadas a respeito das mulheres, por isso corou ao ouvir aquelas palavras ditas por uma jovem. No entanto, ele conhecia Dulce desde pequena e sabia que ela estava certa quanto ao que dizia.


– Direi a eles – ele prometeu, pálido. – Oh, Deus, direi a eles. Oh, Deus.


Em seguida eles cumprimentaram o reverendo, que se aproximava, vindo das residências nos quais fora rezar pela cura dos doentes. Ele não se mostrou muito cordial com a novidade.


– Espalhar-se pela água? – Ele gritou. – Não digam asneiras. Todo mundo sabe que...


– Cólera se transmite pelos miasmas – Dulce completou a frase, como a esposa dele fazia. – Só que não é bem assim. E a prova está nas pessoas que beberam água contaminada e adoeceram.


O senhor Marshall a fitou com raiva.


– O que eu ia dizer, antes de ser interrompido com tanta indelicadeza, é que todos sabem que a cólera é um castigo de Deus. Não é por acaso que a primeira a ficar doente foi a devassa da taverna...


Dulce deu um passo ameaçador para a frente, mas Christopher a deteve pelo ombro.


– Reverendo Marshall – Christopher se insinuou entre Dulce e o ministro. – Nós realmente gostamos da visão ecumênica das coisas. Mas como médico atuante desta aldeia, terei que tomar decisões baseadas em fatos científicos e não espirituais. E, neste momento, os fatos científicos apontam para o fato de que esta água é perigosa para os seus paroquianos. A senhorita Saviñon e eu precisamos ter garantias de que ninguém mais ficará doente por causa desta água.


Enquanto falava, Christopher havia posto a mão no ombro do reverendo, num gesto amigável, e o afastou, de maneira dissimulada, do local onde ele e Dulce trabalhavam.


– Agora, reverendo, seja um bom camarada, e diga a todos, no sermão do próximo domingo, que usem a água do riacho para beber e que, pelo amor de Deus, não a empreguem para fazer lavagens. Sabe a que me refiro, não é?


Christopher piscou para o ministro e voltou para junto de Dulce.


– O que ele está fazendo? – ele sussurrou, enquanto se curvava sobre a alavanca da bomba.


Dulce espiou por sobre o ombro.


– Está olhando para nós como se houvéssemos escapado do hospício de Bedlam.


– Pobre homem. Ah, mais um giro, Dulce, e acho que... – A alavanca da bomba rangeu e se soltou da moldura de metal onde estava presa. Christopher se desequilibrou para trás. – Santo Deus, aí está!


Dulce tirou a peça das mãos dele.


– Excelente. Obrigada. Agora precisamos deixar um aviso.


– Isso mesmo. “Esta bomba foi fechada por ordem do doutor Christopher Uckermann, médico da aldeia, com o intuito de evitar que a cólera se alastre”.


– Parece oficial demais – Dulce ficou impressionada.


Christopher limpou as mãos no casaco.


– Sei ser bem oficial quando é preciso. E agora?


– Teremos que deixar outros avisos ao longo do regato que alimenta a bomba, para que as pessoas não bebam daquela água. E para os que não sabem ler, e são muitos teremos que bater de porta em porta. – Ela olhou a alavanca. – Esta é apenas metade da batalha ganha.


– Mas uma batalha pela qual vale a pena lutar.


Dulce o fitou. Seu osso molar estava sujo de graxa, e as ataduras grossas deixavam-no com aspecto de corcunda.


No entanto, ele era o homem mais bonito que já havia visto. O sol deixava dourados alguns fios dos cabelos negros e refletia-se nas faces e no queixo bem-delineados. Os olhos castanhos eram inteligentes e bem-humorados, o que ela também não se lembrava de ter visto em ninguém.


Ela abaixou o olhar e se sentiu entristecida, apesar das emoções.


– É, uma batalha pela qual vale a pena lutar – ela ecoou.



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Autor(a): leticialsvondy

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Mas a batalha não foi vencida com tanta facilidade. Os aldeões não ficaram nem um pouco contentes ao descobrir que a fonte de água que haviam usado a vida inteira fora cortada, súbita e inexplicavelmente. Eles continuavam a se queixar, independentemente do número de vezes que Dulce e Christopher explicavam que a água da bomba ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 18



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  • capitania_12 Postado em 02/02/2019 - 13:24:43

    Já acabou? Naaaaaaaaaao

  • capitania_12 Postado em 01/02/2019 - 22:09:16

    Aaaaaaah,continua logoooo

  • ana Postado em 30/01/2019 - 13:57:04

    Vc voltou *-*

  • ana Postado em 19/03/2018 - 00:51:59

    Poxa, abandonou? :(

  • wermelinnger Postado em 16/01/2018 - 12:43:33

    OIIII VAI POSTAR MAIS NAO??

  • wermelinnger Postado em 04/01/2018 - 09:07:31

    ah Deusss ele disse que estava apaixoando continuaa

  • wermelinnger Postado em 03/01/2018 - 15:13:30

    Continua... Leitora nova e estou amando.

  • heloisamelo Postado em 31/12/2017 - 17:54:01

    Contt 😍😍

  • Nat Postado em 06/10/2017 - 22:29:32

    Meu Deus! Tadinho do Hamish! Ai! Tomara que de certo! Esses dois... Tão lindinhos juntos! Pena que eles sempre se encontram quando alguma coisa não está bem! Não vejo a hora de eles darem o primeiro beijo! CONTINUA!!!^-^

  • millamorais_ Postado em 06/10/2017 - 09:30:10

    Esses dois... Essas brigas são vão fortalecer essa relação. Ele vai ajudá-la né? Continuaaa


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