Fanfic: No limiar do desejo - Vondy | Tema: Vondy

                Dulce alisou o vestido ao entrar na empresa. Olhou o relógio em seu pulso. Dez e quinze. Inferno!

– Dulce, até que enfim – Maite levantou de sua cadeira, entregando uma pasta para Dulce – Aí está o contrato de Erick Sollemberg. Assinado! Meus parabéns. Ele disse que está ansioso para trabalhar conosco.

– Ótimo – Dulce pegou a pasta e observou o contrato assinado por Erick. Um sorriso radiante brotou em seu rosto. – Mais alguma coisa?

– Os membros da U&S já estão na sala de conferências.

– Merda! – resmungou, apertando a pasta. – Estão todos, todos?

– Sim, e olha, o filho do Robert é mesmo um gato. Você vai cair de quatro por ele – Maite deu uma risadinha. – Eu não teria problemas se ele me quisesse debaixo dele.

Dulce trincou os dentes. Não queria outra mulher falando de Christopher. Praguejou em espanhol e foi até a sala, encontrando-se com os membros majoritários, ignorando os comentários de Maite sobre ela estar precisando de sexo. Coitada.

De todos os oito membros, havia só ela, Meryl e Keira eram mulheres. Dulce sentia a responsabilidade nas costas em não falhar, já que Meryl era esposa de Arnold, um dos sócios, e estava sempre mais preocupada em viagens e compras e Keira era a filha mais velha de Clooney, um grande amigo de Robert. Era jovem e estava sempre mais ocupada com a faculdade.

Olhou rapidamente para Christopher e logo para todos os outros membros presentes. Teve a horrível sensação de ter feito a coisa errada em dormir com ele.

– Bom dia, senhores. Desculpe o atraso, não contava com o trânsito hoje – murmurou, sentando-se em sua cadeira. – Já haviam começado?

– Fique tranquila, Dulce – Robert piscou. – Estamos em tempo. Como vocês sabem – começou a andar lentamente ao redor da mesa. – estou me aposentando, e Christopher assumirá o meu lugar a partir do ano que vem. Ele esteve fora alguns anos e conseguiu um excelente currículo. Ele será apresentado após o ano novo para os outros funcionários, mas achou conveniente apresentar aos majoritários primeiro.

– E acabar com as festividades de fim de ano. Ótimo – Arnold, um dos membros reclamou.

– Como sócio, você deveria saber o que implica ter um cargo hierarquicamente tão alto, não? – Christopher murmurou secamente, o semblante impassível. – Se quer tanto os privilégios, desça do seu cargo – abriu um sorriso sarcástico.

– Com quem pensa que está falando, rapaz? – Arnold gritou, o rosto ficando vermelho.

– Um sócio como qualquer outro – deu de ombros. – Podemos continuar, ou vai continuar resmungando o que não está acontecendo no momento?

– Robert, é esse moleque quem vai ficar no seu lugar? – Arnold explodiu, socando a mesa.

– Eu já expliquei que Christopher vive para o trabalho, então datas comemorativas não importam para ele – Robert justificou, recostando-se na cadeira. – Christopher não é um moleque, é um dos empreendedores mais citados na Newsweek, Time e Forbes – gabou-se. – Você deveria saber disso.

– Você viu a forma como ele falou comigo? –Arnold trincou os dentes.

– Por favor, Arnold – Dulce resmungou, cruzando as pernas. – Pare de ser um menino. Se quiser ir embora, vá. Ninguém foi obrigado a estar aqui hoje – bufou.

– Até você, Dulce? – Arnold arregalou os olhos. – Pelo amor de Deus, ninguém se incomoda por esse rapazinho tomando conta de tudo?

– Arnold – Dulce trincou os dentes. – Pelo amor de Deus, ninguém gostaria de estar aqui. Quero voltar para casa e arrumar as minhas coisas para pelo menos passar o ano novo fora. Quanto mais você resmunga, mais tempo atrasa a nossa vida.

Murmúrios concordando com Dulce ecoaram pela imensa sala. Dulce respirou fundo. Não costumava perder a cabeça, mas estava tão abalada com a presença de Christopher e a vontade de escapar, que não conseguira evitar. Precisava sair logo dali. Não olhara para Christopher desde o momento em que havia entrado na sala, anotando qualquer coisa em sua agenda. Realmente não queria contato com o arrogante Uckermann. Não cairia na tentação novamente. Não mesmo.

– Obrigado, senhorita Saviñón – a voz aveludada de Christopher teve um resultado no meio das pernas dela.

– Disponha – murmurou secamente.

Ele continuou falando, um discurso particularmente chato. Ele falava bonito, com muita clareza, mas Dulce realmente não estava interessada em escutar a voz dele. Ela sentia que os olhos dele estavam diretamente na direção dela, mas fez questão de evitar.

–... Como foi, Dulce? – foi a voz de Robert que a fez tirar os olhos de suas anotações. Ela olhou ao redor da sala e então enxergou Christopher.

Merda.

                Calça social slim preta, camisa branca, coberta por um colete e terno de três peças – feita sob medida –, e gravata cinzas. Sapatos Bigioni e um relógio de pulso compunham o visual formal. Os cabelos estavam desalinhados e a barba havia sido feita. O olhar impassível dele a deixou quase irritada, pois tinha quase certeza que estava suando e com certeza com os olhos arregalados.

– Dulce? – Robert chamou-a. – Está tudo bem?

– Claro – Dulce balançou a cabeça e deu um sorriso nervoso. Componha-se, Dulce. – Desculpe, estava pensando em algumas reuniões que preciso marcar ainda hoje. O que estavam falando?

– Queremos saber como foi a reunião com a Forsman & Bodenfors. Erick deu algum retorno? – os olhos de Robert estavam brilhando com a expectativa. Seria um grande negócio.

– Sem dúvidas – sorriu triunfante, entregando a pasta para ele. – Aqui está o contrato assinado. Quero falar com ele ainda hoje para marcar uma data. Quero uma reunião na primeira semana do ano.

– Grande Dulce! Esse contrato será a minha saída com chave de ouro – Robert riu. – Parabéns, Saviñón – apertou a mão de Dulce. – Christopher e você farão um ótimo trabalho – garantiu.

Os membros começaram a aplaudir.

– Como? – Dulce perguntou. – Christopher e eu? Não estou entendendo.

– Bom, já que ele estava no jantar, imaginei que gostariam de trabalhar juntos.

Dulce mordeu a língua, sentindo o rosto corando. Será que algum dia teria condições de falar nesse jantar sem se lembrar dos dedos de Christopher excitando-a?

– Christopher, venha aqui – Robert chamou e Christopher obedeceu. – Você e Dulce trabalharão juntos nesse contrato – apoiou os braços nos ombros dos dois. – Farão um trabalho grandioso, tenho certeza disso.

– Será um prazer, senhorita Saviñón – Christopher apertou a mão dela, um lampejo de um sorriso em seus lábios, tão sutil que ela quase não percebeu.

Bastardo!

Perguntar pra vocês, homem como o Christopher a gente mata ou agarra de vez? Hehehe. Beijos!

Nat: imagina se ela bancasse a curiosa e descobrisse esse fundo falso na frente da família toda? Kkkkk morta! continuando, lindona.

millamorais_: aaaaaah meu Deus, obrigada. Se você sentir que eu estou me perdendo ou saindo do foco, pode me falar, viu? Isso é importante. E mana, desculpa ter feito você esperar tanto tempo, né? Não foi a minha intenção, hahahaha. Não vai se repetir.

AV: a partir de hoje, mana. Foram três de uma vez kkkkk, tô perdoada?