Fanfic: No limiar do desejo - Vondy | Tema: Vondy
Dulce entrou na casa que há muitos anos fora sua também. Sentia saudades de lá, mas estava mais que satisfeita com o novo lar. México seria sempre a sua casa, mas havia criado laços fortes em Nova Iorque. Não havia motivos para abandonar tudo o que tinha conquistado lá.
- Mãe? Pai? - Dulce os chamou assim que passou pela porta. Então sentiu o cheiro do lombo que tanto amava. Tinha o toque especial de Ninel.
- Ela chegou? - uma voz masculina ecoou pelo corredor. Então ouviu latidos. - Meu Deus, ela chegou. Ninel, ela chegou - César, pai de Dulce, surgiu radiante diante da ruiva. Aparentava estar um pouco cansado e havia engordado alguns quilos desde a última vez que se viram, mas o espírito juvenil, claramente continuava. - Meu pequeno raio de sol - abraçou-a apertado, cada músculo do corpo de Dulce gritando.
- Oi, papai - abandonou-se nos braços do pai.
- Minha flor - Ninel berrou, correndo até a filha.- Meu amor. Sai, César - empurrou o marido e espalmou o rosto da filha com as mãos com os olhos marejados. - Você está tão linda, meu amor!
- Oi, mãe - Dulce sorriu saudosa. - É bom estar de volta.
- Meu Deus, já faz tanto tempo - beijou todo o rosto da filha e então franziu o cenho, observando as vestimentas da mesma. - O que houve?
Dulce pigarreou e seu corpo inteiro enrijeceu. Então um peludo a abraçou, fazendo-a cair. Dulce quase não conseguiu conter uma oração em agradecimento por Sam, seu Dobermann ter intervindo na conversa.
- Meu amor - Dulce acariciou as orelhas do imenso canino, que a lambia animadamente. - Mamãe também estava com saudades - gargalhou. Céus, não se lembrava de Sam ter ficado tão grande assim. Levantou-se com muita dificuldade, com Sam não saindo de perto. - Então, o que eu perdi?
- Rá - Ninel riu sem humor, acendendo um cigarro.
- Mamãe precisa parar de fumar - Alfonso começou.
- Achei que já tínhamos falado sobre isso - Dulce resmungou.
- Cale a boca, Alfonso. Dulce, está passando mal? Por que está tão agasalhada. Por Deus, o que aquele país fez com você - sentou-se no sofá.
Dulce forçou um espirro e encarou o irmão, que enfiou as mãos nos bolsos, sem jeito.
- Dulce está adoentada. Desde anteontem ela está resfriada e parece que não melhora - o irmão blefou. Blefou bastante.
- E você ainda insiste em ficar lá - César resmungou. - Não sei porquê não volta. O seu lugar é aqui com a sua família. Lá você está sozinha.
- Não estou sozinha - tossiu e esfregou o nariz. - Tenho Anahí, Maite, os Uckermann que são quase uma família.
- Não mencione aquela sua amiga aqui novamente - Ninel rosnou.
- Anahí? - Alfonso provocou com um sorriso sarcástico.
- Alfonso - a mãe gritou, fazendo até mesmo Sam se encolher. - Aquela mulher nunca mais deve ser mencionada dentro dessa casa - ordenou, tragando o cigarro com tanta força que Dulce não ficaria surpresa se ela desmaiasse. - Venha, querida. Vou te dar um remedinho que vai lhe fazer melhorar rapidinho. Se ficar usando essas roupas aqui, vai morrer antes mesmo da virada do ano - brincou, puxando a filha pelo corredor. Sentou-a na mesa de jantar e foi em direção à ilha da cozinha. - Me conte, querida. Sei que enchi a sua paciência para não se envolver com americanos, mas isso aconteceu?
Ah, e como aconteceu. Cristo, como aconteceu!
- Ninguém interessante - mentiu, apoiando os braços na mesa e brincando com as unhas. - Sabe como é, estou com muito trabalho.
- Ah, aqui está - Ninel comemorou, deixando o cigarro no cinzeiro e entregando à filha uma tigela e uma colher. - Tome o máximo que conseguir.
- Mãe, isso não é... - arregalou os olhos. Não acredito que ela ainda faz isso.
- Sopa de canela e cravo-da-índia. Tome logo - ordenou, sentando ao lado da filha. - Você vai melhorar rapidinho.
- Não, mãe - recusou, franzindo o cenho. - É horrível. Não sou mais criança, não pode me obrigar.
- Dulce María Espiñóza Saviñón, tome a maldita sopa ou eu vou enfiar na sua garganta - cerrou os dentes.
Dulce encarou a mãe e viu que ela não estava brincando. Com muita relutância, acabou tomando a sopa, jurando fazer Christopher pagar por fazê-la tomar o que era o seu maior pavor quando era criança. Ok, quando era adolescente também. A sopa era popular na família Saviñón, mas Dulce jurou que se tivesse filhos, nunca daria algo tão ruim para eles.
Melhorar. Rá, claro que iria melhorar. Para começar, porque ela sequer estava doente.
Uckermann primogênito, você me paga.
Prévia do próximo capítulo
- Posso sentar aqui? - Alfonso se segurava com dificuldade nos canos. Dulce estava sentada no telhado. Desde pequena aquele era o seu refúgio, já que os pais não permitiam que os irmãos construíssem uma casa da árvore. - Claro - murmurou, tirando o suéter, fi ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 248
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lukinhasmathers Postado em 21/07/2020 - 17:46:20
Acabei de ler novamente e so deus sabe como eu amo esse casal
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lukinhasmathers Postado em 11/03/2019 - 10:41:20
oi linda! aqui o seu fan, gostei demais e so acho que deveria ter mais capitulos com o filho deles no final
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wermelinnger Postado em 18/01/2018 - 10:38:03
CONTINUAAA
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julizinha... Postado em 13/12/2017 - 18:36:36
Enfim férias e posso ler a sua fic, ela é muito boa, estou amando, posta maisssssss plisssssssss
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raylane06 Postado em 13/12/2017 - 12:49:23
Muito boa essa fic.. amei
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vondy Postado em 09/12/2017 - 13:34:19
socorro que já acabou. Que lindo. Que incrível. Faz uma segunda temporada, eu imploro. Nem que seja de 10 capítulos. Obrigada por ter escrito isto <3
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erickasouto Postado em 09/12/2017 - 12:52:19
ameiiiiiii. Ja estou com saudades.
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jessicadm Postado em 09/12/2017 - 07:43:21
Final lindo amei!!!
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kaalexander_ Postado em 08/12/2017 - 18:07:11
Lindooo.. queria algumas cenas com o baby deles Mas amei
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sahprado_ Postado em 08/12/2017 - 14:30:48
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA