Fanfics Brasil - Capítulo 17 - parte 2 No limiar do desejo - Vondy

Fanfic: No limiar do desejo - Vondy | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 17 - parte 2

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O que diabos Dulce estava fazendo? Procurando um suicídio emocional? Estava mesmo sentada no sofá do hotel onde Tom estava hospedado? Estúpida, estúpida.


– Fiquei feliz quando te anunciaram, Dulce – Tom sorriu genuinamente, fazendo as pernas de Dulce fraquejarem.


– Você tem quinze minutos - o tom gélido de sua voz o fez recuar.


            Tom murchou. Dulce precisava fazer isso. O coração estava batendo tão descompassado que tinha medo de ter um infarto bem ali, naquele quarto luxuoso. Ele tomou um gole de sua água e se sentou à mesa de centro, ficando frente a frente com ela. Apoiou os cotovelos nas coxas e esfregou o rosto. Encarou-a em seguida.


– Eu sei que tudo isso é muito confuso, está bem? – ele começou, tenso. Hesitou. Respirou fundo. – Lembra do meu avô? O Alan? – a encarou. Dulce concordou com a cabeça. – Ele teve um AVC dois dias antes do nosso casamento e a minha mãe me avisou poucas horas antes. Eu já estava na igreja quando ela me jogou a bomba. Ela disse que ele queria me ver e que eu devia ir imediatamente, porque ele sentia que estava morrendo – murmurou cabisbaixo. – Ele me entregou uma carta. Por isso não ia vir ao nosso casamento.


– Inacreditável – Dulce bufou incrédula. – A Helen nunca foi a favor de nós dois juntos, Tom, e você sabe disso – levantou-se furiosa. – Você tinha que ver a cara de satisfação dela quando você me deixou plantada no maldito altar – rosnou.


– Dulce – ele murmurou, sem se mexer.


– Não, Tom. Eu escutei o que tinha para escutar – caminhou até a mesa onde deixara a bolsa e a pegou.


– Alan morreu no dia seguinte, Dulce.


Dulce parou imediatamente, a bolsa caindo na mesa novamente. Ela sabia melhor do que ninguém que Tom e Alan eram inseparáveis após Tom perder o pai, e Alan o filho, que morrera em um acidente pouco depois de Tom terminar a faculdade de Literatura Inglesa. A perda abalou toda a estrutura da família. A relação de Helen e Dulce, que já não era boa, havia piorado. Segundo a mãe de Tom, ela era uma farsante interesseira. Uau, o que ela diria se a visse agora?


Dulce se virou, apenas para encontrar Tom com o olhar perdido, vulnerável. Mas o que ela poderia fazer?


– Por que nunca voltou? Não me procurou. Tom, eu fiquei arrasada – admitiu, sentindo os olhos arderem. Recomponha-se. Nada de fraqueza.


            Em silêncio, Tom pegou foi até um criado-mudo e tirou vários envelopes lá. Voltou até Dulce e os estendeu a ela. Dulce não os pegou, ficou apenas encarando-os, sentindo o corpo inteiro tremer.


– Essas são cartas que eu te escrevi. Por um ano. Nelas tem explicando que eu e Lily éramos os herdeiros que o vovô havia deixado a casa dele, e Lil queria destruir a casa se eu saísse de lá.


– Por favor – bufou. – Sua irmã é um doce. Jamais faria mal a ninguém, e ela adorava a casa do Alan. E a África? Fiquei sabendo que você esteve lá fazendo boas ações – acusou, cruzando os braços. Estava disposta a pegá-lo na mentira.


– O vovô tem ONGs lá. Precisava ir lá a cada trimestre para ver como as coisas estavam.


            Dulce anuiu com a cabeça, tentando digerir as informações que Tom lhe jogava tanto tempo depois de ter sido abandonada. 


– Só leia, Dulce – Tom apertou os olhos, tenso. – Eu te liguei, mandei e-mails, fiz tudo para que você soubesse o que estava acontecendo, para ir lá ficar comigo. – suspirou. – Você mudou tudo. Mudou de endereço, telefone, e-mail, me bloqueou das redes sociais. Ficou difícil. A Annie se recusou a me dizer qualquer coisa em relação a você, e fechou os ouvidos também.


            Dulce pegou relutantemente os envelopes, encarando o olhar faiscante do homem que estava diante dela. Não sabia o que dizer. Era muita informação. Ela fugiu por tanto tempo, e agora ele estava bem ali diante dela.


– Não precisa dizer nada agora, Dulce – os olhos de Tom brilharam de ansiedade. – Só leia. Não estou pedindo para voltar com você, tudo bem? Só quero me redimir, consertar as coisas. Que você me dê uma chance de me redimir.


            Dulce o estudou, estreitando os olhos. Olhou os papeis em sua mão e novamente para Tom. Pegou a bolsa e foi até a porta.


– Boa tarde, Tom – saiu, sem saber ao certo como estava conseguindo andar.


            Só quando entrou no elevador conseguiu soltar o ar que estava prendendo. Ergueu a mão direita e olhou para o dedo anelar, onde ficava um lindo diamante. Sentindo os olhos arderem, saiu do elevador e do prédio em seguida, olhando ao redor.


            Que rumo a sua vida estava tomando?


            Sem muita vontade, dirigiu até o trabalho ao som de Gnarls Barkley cantando Crazy. Ah, sim. Era exatamente desse jeito que ela se sentia.


 


Lembro quando, eu lembro, lembro quando perdi a cabeça.


Havia algo tão agradável naquele lugar


Até mesmo suas emoções tinham um eco


Em tanto espaço


 


E quando você saiu por ai, sem tomar cuidado


Sim, eu estava fora de alcance


Mas não foi porque eu não sabia o suficiente


Eu apenas sabia demais


 


Isso me faz louco?


Isso me faz louco?


Isso me faz louco?


Possivelmente


 


 


            Entrou no prédio sem muita vontade. Assim que entrou na sala de Maite, a morena se levantou ansiosa e furiosa.


– O que tem na cabeça para ir se encontrar com o Tom? Ficou maluca? – rosnou, aproximando-se da ruiva. Ao ver a expressão cabisbaixa da amiga, arregalou os olhos. – O que aquele desgraçado fez com você?


Dulce negou com a cabeça. Não queria tocar no assunto. Maite suspirou e a abraçou. A amiga a conhecia quase tão bem quanto Anahí. Respeitaria o seu silêncio.


– Você comeu alguma coisa no caminho? – Maite perguntou e Dulce negou com a cabeça, fazendo Maite, que era brasileira, soltar alguns palavrões em português. – Vá para a sala. Vou pedir algo para você – Dulce começou a protestar, mas a morena fez um gesto com as mãos. – Calada. Você vai comer. O senhor Uckermann quer trabalhar no projeto do Sollemberg, você precisa estar forte para aguentar o gênio forte – piscou docemente e a empurrou para a sala. – Espere um pouco.


            Dulce observou a sala em silêncio. Guardou a bolsa. Encarou os envelopes alguns segundos. Por fim, suspirou e os guardou na última gaveta de sua mesa e a trancou. Não tinha tempo para aquilo agora. Tinha um problema maior na parte da tarde. Christopher Uckermann.


 


 


 


Ah, talvez o Tom não seja tão mau assim, né, gente? Será que a Dulce vai  tentar dar uma chance pra ele? Ler os bilhetes, sei lá. Será que ela já tá envolvida com o Uckermann o suficiente pra não aceitar o ex?


Comentem!


 


tainara_vondy: postado, gatíssima.


deia2017: continuando, gatona!


vick23: acho que a Dul vai ficar meio desgraçada da cabeça. O Tom pelo jeito chegou pra bagunçar tudo :( Continuando, lindona!



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 248



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  • lukinhasmathers Postado em 21/07/2020 - 17:46:20

    Acabei de ler novamente e so deus sabe como eu amo esse casal

  • lukinhasmathers Postado em 11/03/2019 - 10:41:20

    oi linda! aqui o seu fan, gostei demais e so acho que deveria ter mais capitulos com o filho deles no final

  • wermelinnger Postado em 18/01/2018 - 10:38:03

    CONTINUAAA

  • julizinha... Postado em 13/12/2017 - 18:36:36

    Enfim férias e posso ler a sua fic, ela é muito boa, estou amando, posta maisssssss plisssssssss

  • raylane06 Postado em 13/12/2017 - 12:49:23

    Muito boa essa fic.. amei

  • vondy Postado em 09/12/2017 - 13:34:19

    socorro que já acabou. Que lindo. Que incrível. Faz uma segunda temporada, eu imploro. Nem que seja de 10 capítulos. Obrigada por ter escrito isto <3

  • erickasouto Postado em 09/12/2017 - 12:52:19

    ameiiiiiii. Ja estou com saudades.

  • jessicadm Postado em 09/12/2017 - 07:43:21

    Final lindo amei!!!

  • kaalexander_ Postado em 08/12/2017 - 18:07:11

    Lindooo.. queria algumas cenas com o baby deles Mas amei

  • sahprado_ Postado em 08/12/2017 - 14:30:48

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA


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