Fanfic: No limiar do desejo - Vondy | Tema: Vondy

Dulce passou maior parte do tempo tentando conter o seu enjoo e fazendo Maite se distrair com qualquer outra coisa que não tivesse ligação com água. Já estava perdendo ideias quando a lancha, aos poucos, perdia velocidade à medida que se aproximava de um pequeno cais. Um barco rústico ocupava um espaço ali. Atracaram. Dulce aguardou sem saber o que deveria fazer. A água, extremamente azul, lambia a areia branca em uma carícia mais do que sensual. Christian apareceu.

– Vamos? – franziu o cenho ao ver Maite quase desmaiada. – Maite, você está péssima. Cristo – apressou-se em pegá-la. – Vem, vou te tirar daqui.

                Christian a tirou da lancha e Dulce se levantou, fechando os olhos. Ela estava mesmo enjoada. Fez uma careta, tentando ao menos melhorar a respiração.

– Está tudo bem, Dulce? – Christopher apareceu com um semblante preocupado.

– Estou – murmurou. – Vamos sair.

Saíram e Dulce olhou para a casa, vendo duas figuras indo em direção ao cais. Um homem e uma mulher, pelo que deu para enxergar devido a distancia em que se encontravam. Seriam participantes da reunião?

– São os empregados. Vão cuidar das malas.

Christopher passou à frente descendo duas malas e voltando logo em seguida para pegar a que restava. Ela olhou para a altura em que estavam verificando se conseguiria ou não descer sozinha. Não. Então procurou por uma escada ou uma rampa que a ajudasse a chegar até o cais. Os saltos não ajudavam. Quando os escolhera, pela manhã, não tinha imaginado que ficariam hospedados numa praia. Tirou os sapatos e observou Christopher pular para depois lhe oferecer a mão.

– Bom dia, Christopher – o homem, que aparentava ter mais ou menos quarenta e cinco anos, com os traços típicos de um grego e a pele bronzeada pelo sol, os cumprimentou com seu sotaque carregado. Os cabelos castanhos e lisos desciam até os ombros fortes. Dulce estranhou o fato de o homem ter tanta proximidade com Christopher a ponto de chamá-lo pelo primeiro nome.

– Yorgo – Christopher o abraçou forte, rindo descontraidamente. – Quanto tempo, meu velho – soltou-o e se virou para Dulce. – Esta é a senhorita Saviñón, vice-presidente da Uckermann & Smith.

– Muito prazer, senhorita – Yorgo segurou a mão dela e a beijou, abrindo um sorriso genuíno.

– Menino – a senhora que Dulce vira ainda na lancha correu até Christopher, abraçando-o e falando em grego. Pela empolgação, Dulce pôde ver que ela o adorava.

– Nia, esta é a Dulce Saviñón, minha parceira de negócios.

A mulher abraçou Dulce tão apertado que quase roubou o ar da ruiva. Dulce riu nervosa com todo aquele carinho, mas os gregos, assim como os mexicanos, adoravam contato físico.

– Senhorita Saviñón, é um prazer. Desculpe todo esse carinho. Menino Christopher passou tanto tempo longe que não consegui me conter – Nia sorriu, afastando-se da ruiva.

– Por favor, me chamem de Dulce – sorriu. – Nada de formalidades aqui, certo?

– Certo – o casal respondeu em uníssono, pegando as malas e as levando para dentro. Dulce virou-se e ficou observando o mar. O lugar era incrível. Ela realmente estava perdendo muito indo visitar somente os pais sempre. Aquele mar tão azul, o céu sem nuvens, a brisa que bagunçava os cabelos. O lugar era absurdamente incrível.

– Gostou? – Christopher sussurrou em seu ouvido bem atrás dela, colando o corpo ao dela e passando os dedos por suas costas antes de agarrar a nuca. Ela fechou os olhos com força, deliciada com aquele toda que arrepiava toda a sua pele.

– O que você está fazendo?

– Estamos a mais de sete mil quilômetros de distância das nossas casas, Dulce – beijou o pescoço dela. – Relaxe, querida.

Havia alguma coisa quando ele a tratava carinhosamente que fazia faíscas percorrerem todo o seu corpo. E o fato de estarem em um local tão romântico a fez perder o fôlego e inclinar o pescoço para dar mais acesso para os beijos dele. Christopher a puxou mais ainda contra si, puxando seus cabelos, mordendo o lóbulo da orelha dela, traçando beijos molhados pelo pescoço.

– Pu/ta que pa/riu – ele rosnou e ela abriu os olhos imediatamente. – Vou te apresentar a casa – entrelaçou as suas mãos, a mesma sensação de familiaridade percorreu o seu corpo. – Vem, você vai adorar.