Fanfic: No limiar do desejo - Vondy | Tema: Vondy

Uma semana depois

– Dulce, tem um segundo? – Christopher pergunta com a cabeça no vão da porta, com um sorriso devasso no rosto.

– Sempre. O que houve?

Ele entrou e caminhou lentamente, ficando atrás da cadeira onde Dulce estava sentada. Começou a massagear suas costas, lentamente, como uma carícia. Dulce fechou os olhos e inclinou a cabeça, soltando um gemido de satisfação. Desde que haviam chegado de viagem, o trabalho estava intenso.

– Minha mãe está preparando um jantar para nós.

– Hum, e quando é isso? – Dulce sussurrou com os olhos ainda fechados.

– Amanhã. Sexta-feira. Você acha que tem tempo na sua agenda corrida?

Dulce sorriu. Ele estava usando o velho tom debochado, mas sabia que a pergunta era séria.

– Tenho sim. Mas vou precisar ser compensada por isso – Christopher apertou os ombros de Dulce, e ela sorriu satisfeita. – Sabe como é, nas sextas eu fico com o meu namorado no apê dele e nós transamos como loucos. Isso não vai rolar amanhã.

Christopher girou a cadeira, e com as mãos nos braços do móvel, abaixou-se com um sorriso malicioso, encarando Dulce. Seus olhos exalavam luxúria, e ela sorriu vitoriosa ao ver que conseguira o que queria. Ele começou a beijar o pescoço dela, acariciando seus seios, mas Dulce fez uma careta.

E o afastou rapidamente.

Correu até o banheiro de seu escritório e por pouco não conseguiu chegar ao vaso.

Adeus, almoço.

Em outros tempos, ela ficaria apavorada com a ideia de alguém compartilhando um momento tão constrangedor, mas quando Christopher ajoelhou-se ao seu lado, acariciando as suas costas e segurando seus cabelos, ela não poderia ficar melhor.

Quando Dulce colocou tudo para fora, encostou na parede. Christopher sentou ao seu lado e colocou a cabeça dela em seu peito, afagando os cabelos.

– E então, qual a desculpa agora? – Christopher murmurou após um tempo em silêncio.

Dulce se encolheu. Desde que chegaram da viagem, Dulce sentia um enjoo fora do normal, oscilações de humor e fadiga exagerada.

– Não é nada, Uckermann – forçou um sorriso. – Não precisa se preocupar, é só um mal estar.

– Um mal estar que está durando séculos. Dulce, você passa mal toda manhã, tem dormido mais que o normal, sente tontura, passa mal só de sentir o cheiro de café... E você adora café.

– Aonde você quer chegar com isso? – levantou a cabeça para encara-lo.

– Sem falar que você está num mau humor dos infernos – continuou. – Mais do que o normal, devo ressaltar.

Dulce beliscou o mamilo dele, fazendo-o gemer de dor.

– Eu não sou mal humorada, Christopher – grunhiu.

– Não? Dulce, você jogou frascos de perfume em mim porque eu não levei o sabor da pizza que você queria. Três frascos.

– Isso não quer dizer nada.

– Você disse que eu não me importo com seus sentimentos e me chamou de namorado de merda porque eu demorei dois minutos para acertar o fecho do colar que você queria usar ontem – sorriu. Dulce arregalou os olhos.

– Você demorou demais.

– E eu preciso lembrar que você me fez sair às três da madrugada porque você queria comer milho com chocolate? Preciso lembrar também que você odeia milho?

– Tá bem, tá bem – Dulce ergueu as mãos em sinal de rendição. – Eu estou estressada, Christopher. O que você quer de mim? – Christopher beijou a testa dela.

– Esteja pronta às cinco. Vamos ao hospital fazer um teste de gravidez.