Fanfic: Seus olhos | Tema: Independente
A história segundo Valéria:
Aquele era um dia como outro qualquer. Eu esperava o Eduardo no ponto de ônibus quando tudo aconteceu. Foi tão rápido que só me recordo do momento em que ouvi as vozes daqueles rapazes que apontavam armas na direção de todos que estavam ao meu lado no ponto de ônibus. Ainda condigo ouvir com nitidez o choro da senhora sentada proxima a mim pedindo desesperada para que não fizessem nada com ninguém. Um dos rapazes disse em um tom de ordem:
_Passem tudo o que vocês tiverem de valor e nada acontecerá!
Os dois rapazes estavam usando capuzes, que escondiam seus rostos, mostrando apenas suas bocas e seus olhos. Os ohos de um deles ficaram gravados em minha memória, eram verdes, da cor de esmeralda.
_Não!_ Gritei acordando desesperada.
_Valéria... O que aconteceu? _disse Eduardo entrando no quarto preocupado.
_Sonhei de novo com aquele assalto... _ disse tentando me recompor.
Eduardo se deitou ao meu lado, me abraçando, dizendo:
_Ei... gatinha, já passou. Não fique mais precupada com isso.
_Eu nunca fui assaltada antes e... Eu estou realmente traumatizada...
_Vem cá, eu vou fazer você se esquecer disso... _disse Eduardo beijando o meu pescoço, eu o afastei dizendo:
_Eu preciso ir...
_Não... Fique mais um pouco aqui comigo...
_Sério Eduardo, meus pais vão me matar quando descobrirem que eu não dormir em casa. Preciso dar um jeito de chegar antes que eles acordem.
_Sinto lhe dizer meu amor, mas a essa hora seus pais já devem ter acordado há muito tempo._ ele disse apontando para o relógio. Eram meio-dia.
_Meu Deus... Preciso ir logo para casa! _disse me levantando rapidamente da cama.
_Vai embora sem me dar um beijinho?_ ele perguntou fazendo biquinho para mim.
_Claro que não! _eu disse dando um selinho nele e saindo as pressas.
***
A história segundo Iago:
Fazia algum tempo que eu tentava fugir do Kadu. Ele sempre me colocava nas maiores enrascadas. Na ultima, assaltamos umas pessoas que estavam no ponto de ônibus. Todas as noites eu tinha pesadelos com a senhora que chorava desesperada implorando por sua vida e as vidas dos demais, porém mal sabiam eles que as nossas armas eram de brinquedo.
Kadu sempre me convencia a participar de seus planos de assaltos, ele sabia da vida miserável que minha família e eu tinhamos. Nós realmente precisavamos de dinheiro. Eu principalmente, pois alguns dias antes do assalto tinha descoberto que seria pai.
_Alice..._ disse me aproximando dela. _Como você está?
_Não seja bobo Iago... Gravidez não é doença. _ Alice disse sorrindo.
_Olha o que eu comprei. _ eu disse mostrando uma roupinha de bebê.
_Que fofo!_ ela disse emocionada _A primeira roupinha do nosso bebezinho, mas não fique gastando dinheiro sem poder meu amor, agora temos que economizar o máximo que pudermos.
_Eu nunca vou deixar faltar nada para o nosso filho, pode ter certeza!_ eu disse a abraçando.
Valéria:
Tentei entrar de finhinho em casa, sem chamar a atenção dos empregados, quando terminei de subir a escada, encontrei papai e mamãe parados na porta do meu quarto, me fuzilando com os olhos.
_Eu posso explicar... _comecei a dizer.
_Pode? _ironizou papai _Sua mãe e eu estamos curiosos para saber onde você passou a noite.
_Querido, você não faz ideia de onde nossa filha passou a noite?_disse mamãe com ironia.
_Sinceramente meu bem, acho que imagino sim! Será que ela não teria passado a noite na casa de um tal de Eduardo? _completou papai.
_Parem já com isso! _ eu disse impaciente_ Sim, eu dormir na casa do Edu!
_Minha filha, como você pôde fazer uma coisa dessas? _ perguntou mamãe preocupada.
_O meu bebê... _disse papai com voz de choro _Eu vou cortar o... a alegria daquele tarado!
_Calma mamãe e se controle papai! _ eu disse revirando os olhos _Eu ainda sou virgem... Apesar de ter dormido com o meu namorado, nós não fizemos nada!
_Você jura?_ eles perguntaram em uníssono.
_Sim, eu juro!_ disse nervosa.
Os dois comemoraram. Papai só faltou ajolhar-se ao chão para agradecer a Deus o fato de ainda ter uma filha virgem.
_Filha... Seu pai e eu estivemos conversando e decidimos comprar um carro para você!_ disse mamãe.
_Finalmente vocês vão me deixar dirigir! _ foi a minha vez de comemorar. _Já era hora! Estava muito feio para vocês, que são renomados advogados deixarem a filha andar de ônibus.
_Calma aí... Ainda não vamos deixar você dirigir por aí sozinha... _ disse papai.
_Como não?
_Meu amor, devido ao que você passou com o tal assaltado, decidimos contratar um motorista, que também será seu segurança. _explicou mamãe.
_O que?
Iago:
Entrei em casa comemorando de felicidade. Estava ancioso para contar a novidade para todos.
_O que aconteceu Iago? Que felicidade é essa? _ perguntou mamãe quando me viu entrar comemorando junto com meus irmãos mais novos.
_Eu consegui... Finalmente consegui um emprego de motorista na casa de uns granfinos.
Autor(a): eliote_junior_
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