Fanfic: casamento de conveniência | Tema: Rebelde
Capítulo 12
Que homem arrogante!
Mia, fumegando, virou-se e examinou o novo quarto. Sabia que Miguel sentia-se à vontade com o luxo e a própria fortuna, mas o tour na casa a fez sentir-se como Audrey Hepburn em ‘Minha Querida Dama’ – desesperadamente comum ante a sofisticação de seu tutor.
Ao diabo com aquilo. Precisava manter a vida o mais normal possível, independentemente do casamento. Miguel não era seu marido de verdade, e ela não planejava ser absorvida pela fachada de felicidade conjugal, acabando desnorteada ao fim de um ano. Provavelmente nem o veria muito. Achava que, como ela, ele trabalhava até tarde e, sem contar as festas às quais teriam de comparecer, teriam vidas separadas.
O incentivo mental a ajudou, de modo que ela tirou o vestido e passou a hora seguinte imersa na banheira de hidromassagem do banheiro anexo. Olhou apenas rapidamente para a camisola preta e transparente que as irmãs e a cunhada haviam colocado em sua mochila, escondendo-a no fundo de uma gaveta.
Mia vestiu legging e uma blusa curta de flanela, prendeu os cabelos e saiu do quarto, descendo a escada. Seguiu o som de fritura e porta abrindo e fechando, e entrou na cozinha, sentando numa das cadeiras junto à bancada. Apoiou os pés descalços na outra, abraçou os joelhos e observou seu marido.
Miguel ainda não havia trocado de roupa. Havia tirado o paletó e dobrado as mangas da camisa social branca até depois dos cotovelos. A camisa estava aberta até o peito, revelando o peito musculoso, coberto de pelos negros e lisos. Os ombros eram largos. A calça preta era justa, enfatizando as pernas longas e os quadris estreitos.
Mia tinha muita dificuldade em ignorar o generoso volume do traseiro masculino. O homem tinha um belo traseiro. Infelizmente, ela nunca o veria sem roupa. Para ela, vê-lo sem sunga na adolescência não contava. Além do mais, naquele dia distraíra-se demais vendo a frente.
– Quer me ajudar?
Ela beliscou-se discretamente para voltar a si.
– Claro. O que vamos comer?
– Espaguete à carbonara, camarão, pão de alho e salada.
Um gemido irritado escapou da recém-casada.
– Meu Deus, você é tão malvado!
– Não gostou do cardápio?
– Adorei. Esse é o problema. Quero a salada.
Ele a olhou com desgosto por cima do ombro.
– Mulheres que só comem salada com cara de que merecem um prêmio me cansam. O melhor é comer bem.
Ela beliscou-se com mais força.
– Obrigada por esse comentário machista sobre os hábitos alimentares das mulheres. Se quer saber, eu gosto de comer mais que você. Não viu o jantar que escolhi para nossa recepção? E o quanto eu comi? Droga, é típico do macho colocar uma refeição engordativa e gordurosa na frente da mulher e ofender-se quando ela não quer comer. Depois, ficam chocados quando ela tira a roupa no quarto e você repara nos quadris os dez quilos a mais que ela ganhou!
– Homens gostam de carne para pegar.
Mia levantou-se de um pulo e distraiu-se pegando os ingredientes da salada.
– Todos dizem isso. Vamos fazer um teste, que tal? Quanto a Luz Viviana pesa?
Miguel não respondeu.
Ela colocou pimentões vermelhos ao lado da alface crespa e riu.
– O gato comeu sua língua? Ela pesa 50 quilos, a não ser que isso já seja considerado sobrepeso.
– Luz Viviana é modelo, precisa ser magra – tentou Miguel, mas seu tom era menos confiante.
– E o que ela come quando sai para jantar? – desafiou Mia. – Salada?
Miguel ficou calado de novo.
Um pepino apareceu ao lado dos pimentões.
– Quem cala consente. Com certeza você adora o resultado da disciplina dela quando ela fica pelada na sua frente.
Miguel inquietou-se e concentrou-se em fritar os camarões.
– Luz Viviana não serve como exemplo. – Parecia muito sem graça.
– Tire uma dúvida. Roberta me disse que você só namora modelos. Aparentemente seu tipo são mulheres magérrimas e você apoia o consumo de saladas. – Mia, divertindo-se muito, lavou as verduras, pegou uma faca e começou a fatiá-las. – Mas isso não se aplica a uma mulher com a qual não planeja dormir. Nesse caso, não importa o quanto ela pese, desde que você tenha companhia durante as refeições.
– Na verdade odeio sair para jantar com as mulheres com as quais me envolvo. Entendo que são magras por uma questão profissional, mas gosto de uma mulher que goste de comer e não tenha medo disso. Você não é gorda. Nunca foi gorda. Não sei de onde veio essa preocupação com o peso.
– Você me chamou de gorda um dia.
– Não chamei não!
– Chamou sim. Eu tinha 14 anos e você me disse que eu estava crescendo nos lugares errados.
Miguel bufou.
– Mas que droga, garota. Eu tava falando dos seus peitos. Eu era um moleque chato que queria te torturar, mas você sempre foi linda.
Autor(a): juliethewriter
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4
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sunshineaya Postado em 01/11/2019 - 19:45:03
Eu tô rindo demais da Marina hahaha o Miguel falou para ela nao falar para ninguém que ela tomou sorvete que ele deu a ela e a primeiro coisa que ela diz para a Mia é que tomou soverte kkkkkk Continua
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dayse108 Postado em 04/07/2018 - 14:08:04
Continua
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amandaponny3 Postado em 27/09/2017 - 19:37:29
Adorei! Continua pfvr
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Anahi Postado em 25/09/2017 - 20:33:11
Oi posta mais