Fanfic: casamento de conveniência | Tema: Rebelde
Capítulo 15
Mia pulou nos braços dele, por cima da mesa de centro. Miguel perdeu o fôlego quando ela o derrubou no tapete, enfiando as mãos nas mangas de sua camisa, atrás das supostas cartas roubadas. Miguel gemeu ao sentir o macio corpo feminino todo pressionado contra o seu, a esposa decidida a achar as provas de sua trapaça.
Miguel tentou afastá-la de si, mas ela enfiou as mãos no bolso de sua camisa e ele riu. O som saiu do fundo de seu peito, e ele percebeu que Mia o fizera rir mais na última semana do que ele rira em toda a vida. Quando ela enterrou os dedos no bolso de sua calça, ele percebeu que, se ela procurasse mais, ia encontrar prova de alguma coisa. O riso transformou-se numa pontada ácida em suas entranhas, e, com um gesto rápido, ele a virou de costas, deitou-se sobre ela e prendeu as duas mãos acima da cabeça de Mia.
Durante a escaramuça, os cabelos dela se soltaram. Os cachos dourados caíram em seu rosto, cobrindo-o de um lado. Faiscantes olhos azuis fitavam-no por baixo das mechas, cheios de desprezo e altivez, algo que só ela podia conseguir após atirar-se sobre ele e levá-lo ao chão para revistá-lo. Os seios dela pressionavam a blusa de flanela, livres. As pernas estavam enroscadas na dele, as coxas entreabertas.
Miguel estava numa tremenda confusão.
– Eu sei que você roubou no jogo. Admita e podemos esquecer o que aconteceu aqui.
– Você é louca, sabia? – Resmungou o moreno. – Não pensa nas consequências dos seus atos?
Ela fez um bico e soprou o ar com força. Os cabelos, obedientes, saíram da frente de seus olhos.
– Não fui eu que roubei – respondeu ela, teimosa.
Ela ainda estava fazendo beicinho. Miguel sufocou a vontade de soltar um palavrão e apertou as mãos em torno dos pulsos dela. Maldita fosse ela por despertar o seu desejo. Maldita fosse ela por não ver isso.
– Nós não somos mais crianças, Mia. Na próxima vez que se atirar sobre um homem, esteja pronta para arcar com as consequências.
– Quem você pensa que é? Clint Eastwood? Por acaso o que vai dizer depois é ‘Vá em frente, seja o ponto alto do meu dia’? – Zombou a loira.
O calor no corpo de Miguel subiu à sua cabeça como uma névoa que o cegava, até que só podia pensar no calor úmido da boca de Mia, no corpo macio debaixo do seu. Queria estar nu com ela, enroscado em lençóis de seda. Em vez disso, ela o tratava como um irritante irmão mais velho. Mas aquela não era nem a pior parte. Ela agora era sua mulher.
A ideia o torturava. Um primitivo instinto da época das cavernas subiu à tona e o levou a tomar posse. Pela lei, ela já lhe pertencia.
E aquela era sua noite de núpcias.
Ela o desafiava, transformava a raiva em desejo de sentir os lábios dela úmidos e trêmulos junto aos seus, doces, rendidos e apaixonados. A lógica normal de sua lista e de seu plano e a necessidade de um casamento de aparências desceram pelo ralo.
Miguel decidiu naquela mesma hora que ia fazer dela sua mulher em todos os aspectos.
. . .
Mia sentiu o homem sobre ela prender seu corpo em um golpe firme. De tão absorta no bate-boca, esqueceu por completo que ele a prendera contra o tapete. Abriu a boca para fazer uma piada sobre algemas, quando parou, olhou nos olhos dele e perdeu o fôlego.
Oh, deuses.
Uma primitiva energia sexual fervia entre eles, como um furacão ganhando força e velocidade. Os olhos dele brilhavam, cheios de um fogo que era metade raiva, metade desejo ao encará-la. Mia percebeu que ele se encaixara entre suas coxas abertas, os quadris pressionados sobre os dela, o peito meio erguido ao prender seus dedos. Ele não a tratava mais com a bem-humorada zombaria de um irmão mais velho. Não era mais um velho amigo, um sócio nos negócios. Era um homem que nutria por ela o desejo de um macho por uma mulher.
Mia sentiu-se entrar naquela onda com a reação do próprio corpo.
– Miguel?
A voz dela era rouca. Hesitante. Seus mamilos faziam pressão no tecido macio de sua camiseta, carentes. O olhar de Miguel deslizou por seu rosto, seus seios, a barriga exposta. A tensão ferveu entre eles. Miguel abaixou a cabeça, e o sopro de seu hálito acariciou os lábios dela quando ele falou contra sua boca.
– Isso não significa nada.
O corpo do marido contradisse suas palavras quando ele tomou a boca de Mia num beijo feroz. Com uma única estocada, a língua dele invadiu sua boca, mergulhando dentro dela. A mente dela ficou enevoada, presa entre a dor cega da frase dele e o prazer que a assomou em ondas. Ela segurou as mãos dele, com força, deliciando-se com o sabor intenso daquela fome, com gosto de vinho caro, e rebolou os quadris de modo a sentir a dureza e a firmeza do corpo dele, esfregando os mamilos no peito dele.
Naqueles breves momentos, ela perdeu o controle. O vácuo gerado pela ausência de um homem em sua vida nos últimos anos foi temporariamente ocupado pelo gosto dele, pela sensação do corpo dele contra o seu.
A língua de Mia enroscou-se na de Miguel, e um gemido baixo e rouco escapou dela. Ele afastou os dedos dos dela e deslizou a palma da mão sobre a barriga dela, subindo em direção a seus seios. Ao tocá-los, os mamilos se arrepiaram, e ele ergueu o tecido que os cobria. Olhou fixamente para a carne nua, com um calor nos olhos que quase a incendiou viva. Um polegar atiçou o mamilo da moça, que gritou de prazer.
Miguel abaixou a cabeça, e Mia percebeu que aquele era o momento da decisão. Se o marido a beijasse de novo, ela se renderia. Seu corpo desejava o dele, e ela não tinha nenhum bom motivo para impedi-lo.
A campainha tocou.
O som ressoou nas paredes. Miguel afastou-se dela como um político pego pela imprensa com uma mala de dinheiro na mão, resmungando palavrões que ela nunca tinha ouvido falar.
– Tá tudo bem? – Perguntou ele.
Ela piscou, vendo a postura reservada de um homem que, há dois segundos, havia praticamente arrancado de seu corpo a blusa que ela vestia. A não ser pelo volume na calça escura, ele parecia completamente inabalado pelo que tinha acontecido.
Fora igualzinho quando ele a beijara na casa da sua família.
O jantar que consumira torceu-se no estômago de Mia, que sufocou a vontade de vomitar. Respirou fundo, como fazia na yoga, e sentou-se, recolocando a blusa.
– Estou sim – disse, com toda a frieza que conseguia exibir. – Atenda a porta.
Ele a observou por algum tempo, como se quisesse confirmar se acreditava no que ela dizia. Depois, acenou afirmativamente e saiu da sala.
Mia passou os dedos na própria boca e tentou manter o autocontrole. Havia cometido um erro colossal. Evidentemente seu recente celibato havia causado uma loucura em seus hormônios, de modo que qualquer homem que a tocasse a fazia incendiar-se como um rastilho de pólvora.
O que ele disse antes repetiu-se em sua mente, com uma finalidade zombeteira.
Isso não quer dizer nada.
Mia sentiu vontade de chorar.
Autor(a): juliethewriter
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4
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sunshineaya Postado em 01/11/2019 - 19:45:03
Eu tô rindo demais da Marina hahaha o Miguel falou para ela nao falar para ninguém que ela tomou sorvete que ele deu a ela e a primeiro coisa que ela diz para a Mia é que tomou soverte kkkkkk Continua
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dayse108 Postado em 04/07/2018 - 14:08:04
Continua
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amandaponny3 Postado em 27/09/2017 - 19:37:29
Adorei! Continua pfvr
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Anahi Postado em 25/09/2017 - 20:33:11
Oi posta mais