Fanfics Brasil - capítulo 18 casamento de conveniência

Fanfic: casamento de conveniência | Tema: Rebelde


Capítulo: capítulo 18

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Capítulo 18



Mia decidiu que era hora de procurar seu marido.



A não ser pelo curto espaço de tempo que passara ao lado dele durante o jantar, tinha ficado longe de Miguel durante toda a noite. Cantarolando baixinho a música que tocava, ela olhou para o salão, mas não o viu. Decidiu procurá-lo nos outros ambientes. Talvez Miguel tivesse ido ao banheiro...?



Seus saltos estalavam contra o mármore polido. O som da música sumiu, e ela observou com prazer as pinturas em uma parede, soltando uma exclamação admirada quando reconheceu uma. Acabou dirigindo-se a outra sala que mais parecia uma galeria, cheia de estantes com livros antigos, cuidadosamente expostos. Prendeu o fôlego, doida para tocar as capas, de couro antigo, e sentir o aroma de papel antigo ao ler as páginas cheias de passado.



– Ah... Então para chamar sua atenção eu preciso ser um livro?



Mia virou-se. Um homem estava na porta, com os olhos cheios de divertimento e um bom humor que, pressentiu, era parte de sua personalidade. Seus cabelos eram curtos, com um discreto topete na parte da frente, dando-lhe o ar de um artista dos anos 50. A boca era rosada e bem-feita, o nariz reto e bem-feito. Usava calça preta e uma camisa de alfaiataria branca, com sapatos de couro caro. Parecia gracioso e muito sedutor.



Mia soube imediatamente que aquele homem era charmoso, de bom coração e muito perigoso para o coração de uma mulher. A ideia a fez sorrir. Sentia uma profunda simpatia por espanhóis mulherengos. Sempre os via como crianças perdidas que precisavam apenas do amor da mulher certa.



– Não precisa. Eu o vi. – Ela lhe virou as costas e voltou a examinar os livros. – Sempre soube que até o fim da noite você me encontraria.



– E estava esperando por esse momento, señorita?



– Com a maior empolgação. Acha que podemos usar um dos quartos daqui ou voltar para a sua casa?



Um silêncio chocado pairou.



Mia espiou por cima do ombro. O rosto do homem estava cheio de desejo e decepção. Ela apostava que ele sentia falta da paquera, mas não queria descartar sua oferta. Uma risada deliciada escapou da boca da loira ao ver o óbvio conflito e a perda da autoconfiança do rapaz.



Um brilho cúmplice surgiu nos olhos escuros do rapaz.



– Está brincando, no?



Mia virou-se para encará-lo, ainda rindo.



– Acho que sim.



Ele sacudiu a cabeça, rindo.



– Você é uma mulher muito ruim por provocar um homem dessa forma.



– E você um homem muito mau por pensar que uma mulher seja capaz disso.



– Talvez tenha razão. Uma mulher como você devia estar sob os cuidados do marido a todo momento. Tamanho tesoro pode ser roubado a qualquer momento.



– Ah, mas se eu fosse um tesouro não seria fácil me roubar. Certamente não seria o primeiro que me levaria.



Ele fingiu ofender-se.



Señorita, eu nunca a ofenderia pensando que seria fácil conquistar tamanho tesouro. Você exigiria muito esforço.



Doña – corrigiu Mia. – Sou casada.



O rosto dele pareceu murchar.



– Que pena.



– Desconfio que você já soubesse disso.



– Talvez – respondeu o rapaz. – Mas deixe-me apresentar-me formalmente. Conde Diego Bustamante.



– Mia Colucci Cáceres... de Arango.



Ele notou a pausa dela.



– Recém-casada, não é?



– Sim.



– Ainda assim, vaga sozinha pelos corredores e em nenhum momento da noite oi vista com seu marido. – Diego sacudiu a cabeça. – Os mexicanos não são cavalheiros.



– Meu marido veio aqui a negócios.



– Miguel Arango, se não me engano.



Mia assentiu.



– Deve conhecê-lo bem. Ele está interessado no contrato junto ao rio.



Diego manteve o rosto tranquilo. Naturalmente, por trás da aparência encantadora havia um empresário astuto, e Mia apostava que ele sabia quem era ela antes de abordá-la. Miguel subestimava Diego se achava que uma conversa com ela o abrandaria. O homem evidentemente mantinha negócios e prazer separados.



– Ainda não tive o prazer de ser apresentado a ele. – Diego inclinou-se sutilmente. O aroma amadeirado do perfume dele pairou entre eles. Ele a encarou fixamente. Ela esperou sentir uma pontada de interesse sexual, um sopro de desejo, uma fagulha de fome em seu corpo, confirmando que Miguel Arango não era a causa de seus problemas.



Não sentiu nada. Nem uma marola.



Com um suspiro discreto, ela resignou-se a sufocar a atração por Miguel e admitiu que talvez ainda sentisse por ele a mesma paixão de sua infância. Se Diego Bustamante não a atraía sexualmente, então estava numa enrascada.



Mia suspirou.



– Creio que você vá amar o meu marido tanto quanto eu amo – disse.



Diego registrou a mensagem implícita e aceitou-a graciosamente.



– Veremos. Quanto a nós, seremos amigos, não?



Ela sorriu.



– Os melhores amigos.



– Eu a levarei de volta à sala de jantar e no caminho você me falará sobre si mesma.



Ela aceitou o braço dele e permitiu-se ser levada para fora da biblioteca.



– Sabe, Diego, acho que conheço a mulher certa para você. Ela é minha melhor amiga. É perfeita para você.



– Você se subestima, señora – Diego deu uma piscadinha marota. – Ainda estou chorando a sua perda.



Ela ria ao entrarem na sala de jantar, mas se surpreendeu ao ver o marido aparecer diante dos dois. Ficou diante dela com um ar intimidador. Ela abriu a boca para falar, mas ele estendeu a mão e puxou-a para junto de si. Um momento passou antes que pudesse falar.



– Oi, meu amor. Eu estava conversando com Dón Bustamante. Acho que ainda não os apresentaram.



Os homens se encararam, como lutadores antes de uma luta de MMA. Miguel foi o primeiro a ceder. Talvez por motivos empresariais, e não por ciúme.



Miguel estendeu a mão.



– Como vai, Diego? Vejo que conheceu a minha esposa.



Diego apertou a mão de Miguel, e Mia encarou o marido, profundamente intrigada. Estaria ficando louca, ou ele não a queria conversando com Diego Bustamante? Ora, mas ele tinha insinuado que ela conseguisse arrancar algo dele, não? Contudo, Miguel agora parecia apenas furioso, como se ela o tivesse traído.



Mia sentiu o cheiro limpo de sabão e de limão na pele de Miguel. Ele a abraçava pela cintura, com a mão sobre sua barriga. Ela sufocou um arrepio quando imaginou os dedos do marido descendo só mais um pouco. Qual seria a sensação dos dedos dele enterrados dentro dela, causando-lhe um prazer que ela desesperadamente queria sentir, mas que ao mesmo tempo temia experimentar?



Voltou a concentrar-se na conversa dos homens.



– Parabéns, Miguel. Mia contou-me que são recém-casados. Deve ter sido muito difícil sair de casa para um jantar de negócio, não?



– De fato. – Miguel abaixou a cabeça, e Mia perdeu o fôlego quando os lábios dele roçaram sua orelha, o nariz acariciando a pele sensível atrás. Pediu aos céus que o sutiã escondesse a traidora evidência da reação de seu corpo.



Diego viu aquele gesto, quase sem disfarçar o divertimento.



– Acredito que Nicolás o julga o homem ideal para nosso trabalho. Talvez possamos nos reunir para conversar sobre seus planos.



– Obrigado. Entrarei em contato com sua secretária e marcarei a reunião. – Mia detectou a simplicidade na voz do marido, e percebeu que Diego também notou. Miguel não empregava certas táticas empresariais, leia-se, não era arrogante demais para ligar e marcar pessoalmente uma reunião.



– Muito bem. – Diego pegou a mão de Mia e beijou sua palma. – Foi um prazer conhecê-la, Mia. – O sotaque espanhol acariciou o nome dela. – Darei um jantar para amigos íntimos em algumas semanas. Quero o prazer de sua presença.



Mia percebeu que ele dirigiu-se apenas a ela, de modo que se virou para o marido.



– Meu amor, podemos ir?



Dessa vez, Miguel agiu sem a menor sutileza. Ficou atrás dela, abraçando-a pela cintura e puxando-a para junto de si. O traseiro de Mia apertou a virilha do marido, e as coxas firmes como ferro roçaram as dela. As mãos de Miguel ficaram debaixo de seus seios quando ele falou:



– Ficaremos felizes em ir.



– Excelente! Esperarei ansioso. Será às oito. – Ele acenou para Miguel e sorriu para ela. – Tenham uma boa noite.




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Autor(a): juliethewriter

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • sunshineaya Postado em 01/11/2019 - 19:45:03

    Eu tô rindo demais da Marina hahaha o Miguel falou para ela nao falar para ninguém que ela tomou sorvete que ele deu a ela e a primeiro coisa que ela diz para a Mia é que tomou soverte kkkkkk Continua

  • dayse108 Postado em 04/07/2018 - 14:08:04

    Continua

  • amandaponny3 Postado em 27/09/2017 - 19:37:29

    Adorei! Continua pfvr

  • Anahi Postado em 25/09/2017 - 20:33:11

    Oi posta mais


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