Fanfic: casamento de conveniência | Tema: Rebelde
Capítulo 27.
– Nada! – respondeu Mia. – Eu ia começar a fazer o jantar. A não ser que você esteja cansado e prefira ir dormir agora.
Miguel estranhou o tom esperançoso da esposa.
– São seis da tarde, Mia.
– Ah, verdade. São mesmo. Bom, acho que você tem muita coisa a fazer, não é? Eu levo o prato pra você no escritório se quiser.
Ele se irritou com a necessidade dela de ficar longe dele. E se perguntou o motivo dessa irritação.
– Já trabalhei o suficiente por hoje. Quero relaxar, tomar um vinho e assistir o futebol.
– O Olímpia vai jogar?
– Não sei. Eles não estão nas finais do campeonato e nem importa. O Pumas ainda tem uma chance.
Mia agitou-se com irritação sufocada.
– Eles estão com menos pontos. Nunca vão chegar lá. Aparentemente é um time menor que vai ganhar esse ano.
Ele deu um suspiro exasperado.
– Por que não assiste o futebol lá em cima? – sugeriu.
– Eu quero ver na tevê grande – respondeu ela.
– Eu também.
Mia ficou furiosa. Agarrou-se àquela emoção, aliviada pelo medo ter desaparecido. Virou as costas para Miguel e dirigiu-se à cozinha.
– Tudo bem. Quero usar o meu favor.
Miguel guardou o casaco no armário e parou na porta da cozinha. Mia separava os ingredientes para a salada que não ia comer, e fatiava legumes e outras coisas para uma fritada. O marido tirou uma garrafa de vinho da geladeira e serviu uma taça para ela.
– O que foi que você disse?
– Quero usar o meu favor. Quero assistir o futebol na tevê grande, e que você fique no segundo andar pra ver o jogo do Pumas. Não quero ouvir um pio. Nem um grito, nem uma queixa, nem um incentivo ao Pumas. Entendeu?
Quando ela o encarou, ele a fitava com pura perplexidade, como se ela tivesse botado um ovo na sua frente. Mia tentou ignorar como achava adorável a expressão dele, boquiaberto, com os ombros largos cobertos pela camisa social cinza-claro. Por que ele tinha de ser tão gato?! As mangas e a gola da camisa continuavam impecáveis depois de horas de uso. A calça cor de carvão tinha um vinco na perna. Os botões nos punhos estavam abertos, e ele dobrara as mangas conforme sua preferência. Os pelos escuros cobriam seus braços, e os dedos fortes tocavam a frágil taça de vinho com uma delicadeza que esquentou o sangue de Mia quando ela pensou neles tocando outros lugares.
Mia decidiu não babar por ele como uma adolescente e se concentrou na cozinha.
– Você é maluca! – Ele parou para organizar os próprios pensamentos, e prosseguiu, – Esses favores devem ser usados em momentos importantes.
– Não meta o seu nariz no meu favor.
Miguel aproximou-se. O calor de seu corpo atraía, hipnotizava e torturava a sanidade mental de Mia. Ela queria apoiar-se no peito dele e deixá-lo abraçá-la pela cintura, fingindo serem um casal de verdade. Podiam se agarrar na cozinha e fazer amor na mesa pesada de carvalho, entre o vinho e o macarrão. Depois, podiam jantar, conversar baixinho e ver o futebol juntos.
Mia forçou-se a engolir o nó na garganta e ignorou a fantasia.
– Vai usar o seu favor pra ver um joguinho qualquer de futebol?
– Vou. – Mia jogou o alho e o pimentão na frigideira, e Miguel aproximou-se ainda mais dela. Ela sentiu o tecido da calça dele roçar em seu bumbum, e mesmo estando vestida a ameaça de um toque mais íntimo deixou as mãos dela trêmulas.
Miguel aproximou o rosto do pescoço dela; ela sentiu a respiração quente dele na sua nuca. Ele apoiou as duas mãos na bancada e a encurralou.
– Esses favores são raros. Quer mesmo desperdiçá-lo num jogo idiota que não tem importância?
Mia irritou-se.
– Pra mim todos os jogos do Olímpia têm importância. Já você não leva os do Pumas tão a sério porque é acomodado. Como ganham sempre, não valorizam a vitória.
Miguel rosnou no ouvido dela.
– Eu não ganho o tempo todo.
Mia concentrou-se em futebol.
– Vocês nunca chegaram nem ao Mundial de Clubes e ainda assim continuam arrogantes. Não respeitam os outros times.
– Não sabia que o meu pobre time causava tanta comoção.
– Não é o time em si, são os torcedores! Nós do Olímpia sabemos perder. Cada jogo que ganhamos é uma alegria que guardamos com carinho e valorizamos. Também somos muito leais.
– Ah, sim. Tá falando do time ou dos torcedores?
Mia irritou-se.
– Viu só? Você acha que é piada. Se perdesse mais, seria mais humilde. A vitória seria ainda mais saborosa.
Miguel apoiou as mãos nos quadris da esposa e pressionou sua ereção no bumbum dela.
– Talvez você tenha razão – sussurrou.
Autor(a): juliethewriter
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Capítulo 28 Mia soltou a faca com um estalo na tábua de cortar. Virou-se e esbarrou no peito dele. Miguel segurou-a pelos ombros e ergueu seu queixo; a tensão sexual ferveu entre eles. Mia abriu a boca num convite inconsciente. – O quê? Um brilho selvagem surgiu nos olhos castanhos dele. – Talvez eu esteja começando a valoriz ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4
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sunshineaya Postado em 01/11/2019 - 19:45:03
Eu tô rindo demais da Marina hahaha o Miguel falou para ela nao falar para ninguém que ela tomou sorvete que ele deu a ela e a primeiro coisa que ela diz para a Mia é que tomou soverte kkkkkk Continua
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dayse108 Postado em 04/07/2018 - 14:08:04
Continua
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amandaponny3 Postado em 27/09/2017 - 19:37:29
Adorei! Continua pfvr
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Anahi Postado em 25/09/2017 - 20:33:11
Oi posta mais