Fanfic: casamento de conveniência | Tema: Rebelde
Capítulo 29
Tinha alguém na sua casa.
Miguel sentou-se e apurou os ouvidos. Havia um ruído baixo de arranhão que ecoava no silêncio da noite. Como se alguém estivesse com a chave encaixada na fechadura e tentasse arrombar a porta.
Com movimentos precisos e rápidos, ele deslizou descalço até a porta e abriu-a milimetricamente. Houve o silêncio. E depois um som.
Era um murmúrio baixo. Quase um rosnado.
Miguel sentiu um frio na espinha e revisou suas alternativas. Quem diabos estaria na sua casa?! O alarme não havia disparado, sinalizando que o ladrão o havia desarmado. O arquiteto não tinha à mão nem um revólver nem nada. O que mais podia usar como arma?
Era melhor chamar a polícia.
Saiu pela porta e passou pela porta fechada de Mia. Parou na frente do quarto dela e decidiu que acordá-la seria a pior coisa a fazer; a esposa podia entrar em pânico ou ser um alvo para o ladrão. Miguel não queria lidar com aquilo. Seu principal objetivo era mantê-la segura.
Pegou um taco de beisebol no armário do corredor, pegou o telefone sem fio na base, digitou o telefone da polícia e denunciou o arrombamento.
Depois, desceu as escadas a fim de matar o filho da mãe que se atrevera a entrar em sua casa.
Miguel parou no fim da escada e escondeu-se nas sombras da sala. Ali, pairava o silêncio, rompido apenas pelo ruído baixo e contínuo da geladeira. Ficou parado por algum tempo, examinando a área às escuras. A porta da frente estava bem trancada, com o cadeado firme do lado de dentro, e a luz do alarme estava acesa.
Que estranho... se alguém houvesse desarmado o alarme, a luzinha estaria desligada.
Talvez fosse a porta dos fundos? Mas não tinha ouvido o estilhaçar das vidraças... a não ser que...
Houve um barulho na porta do quartinho. Miguel adiantou-se, quase colado à parede, com o taco de beisebol erguido e contando os segundos antes da chegada da polícia. Não era nenhum Bruce Willis, mas se acertasse o bandido em cheio com o taco, ia se considerar vitorioso.
Ouviu o barulho de uma respiração pesada. Quase ofegante. E um arranhão.
Mas que diabos?!
Parou e apoiou a mão na maçaneta. Sua pulsação disparou com a onda de adrenalina. Engoliu o medo e retomou o controle. Miguel ergueu o taco, virou a maçaneta e abriu a porta com toda força.
Depois, gritou.
Um bando de cachorros passou correndo por ele. Dois, quatro, seis, oito... uma onda de pelos rodeou suas pernas... eram cães com pintas, grandes, pequenos... todos latiam e balançavam os rabos, com as línguas de fora. O taco ainda estava no ar, mas os animais não se sentiam ameaçados. Radiantes por terem a atenção de um ser humano altas horas da noite, pulavam, exigindo atenção e querendo brincar.
Por alguns segundos, Miguel convenceu-se que estava sonhando e iria acordar na própria cama.
Então, percebeu que aquilo acontecia de verdade.
Um assassinato ia acontecer em sua casa.
E a vítima seria sua esposa.
Autor(a): juliethewriter
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Capítulo 30 O quartinho estava destruído. Tinha papel rasgado para todo lado. O luxuoso tapete estava cheio de poças de líquido que não parecia ser água. A espuma escapava por um rasgão num assento do sofá. Seu vaso de planta estava meio tombado a um canto, e um filhotinho mexia na terra. Revistas de arquitetura tinham ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4
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sunshineaya Postado em 01/11/2019 - 19:45:03
Eu tô rindo demais da Marina hahaha o Miguel falou para ela nao falar para ninguém que ela tomou sorvete que ele deu a ela e a primeiro coisa que ela diz para a Mia é que tomou soverte kkkkkk Continua
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dayse108 Postado em 04/07/2018 - 14:08:04
Continua
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amandaponny3 Postado em 27/09/2017 - 19:37:29
Adorei! Continua pfvr
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Anahi Postado em 25/09/2017 - 20:33:11
Oi posta mais