Fanfic: casamento de conveniência | Tema: Rebelde

Capítulo 31

O robe de seda verde claro havia escorregado pelos ombros de Mia e agora estava aberto. A faixa caíra para o chão sem ser vista. Ele esperava ver o lampejo de uma camisola de renda, desenhada para despertar o desejo num homem.

Conseguiu mais do que isso.

Por Deus, Mia era perfeita.

Nenhum tecido escondia as curvas infinitas de carne lisa e macia. Os seios eram fartos, moldados para a mão de um homem, os mamilos da cor de morango maduro, implorando o toque de uma língua. Os quadris formavam o desenho de uma ampulheta, conforme os renascentistas imaginavam, em vez dos ossos acentuados que eram o padrão atual. As pernas eram infinitamente longas. A minúscula calcinha vermelho-fogo era a única coisa que a protegia dos olhos dele.

Miguel perdeu a fala. Perdeu o fôlego, sentindo-se como se tivesse levado um soco na barriga. Mia abriu a boca para continuar gritando, mas notou a mudança no rosto dele. Miguel viu o segundo em que ela percebeu que estava exposta aos olhos dele. Viu quando a percepção de sua nudez atingiu Mia em cheio. Viu quando ela abriu a boca, horrorizada, antes de voltar a si e pegar o robe.

Miguel usou esses dois segundos para tomar uma atitude.

Mia começava a puxar o tecido para cobrir-se quando ele a impediu, abaixou a cabeça e colou os lábios aos dela. O choque a imobilizou, e ele usou sua inércia para sua vantagem. Um gesto rápido de sua língua fez Mia abrir a boca carnuda, e permitiu que Miguel a saboreasse – sentisse o gosto de cada canto quente e úmido da boca feminina. Entorpecido pelo sabor dela, ele tocou a língua de Mia com gestos rápidos e urgentes, implorando-lhe que se rendesse a ele.

E foi o que ela fez.

Com toda a força.

Como uma porta frágil e firmemente trancada que se abre sob um chute forte, Miguel quase pôde ouvir o momento em que o controle dela explodiu. Mia abriu a boca e o aceitou, depois tornou-se ativa participante no beijo com um rosnado baixo e faminto. Ele a empurrou com força contra a parede e correspondeu a cada toque da língua dela, , e Mia o abraçou pelo pescoço, arqueando as costas. Com isso, os seios ficaram expostos, convidativos. Miguel ficou zonzo com a reação do próprio corpo àquele momento, àquela mulher. Ergueu as mãos para os seios cheios e massageou os mamilos rijos; ficou enlouquecido pelo sabor e o toque e a imagem de Mia.

Vários cães corriam em torno dos tornozelos do casal, os latidos escandalosos servindo como ruído ambiente, sufocado pelo rugido do sangue de Miguel.

O arquiteto afastou a boca da de Mia e enterrou os dentes na carne suave do pescoço da loira. Ela estremeceu violentamente, e ele gemeu baixo de satisfação, abaixando o rosto para acariciar os seios dela. Sua língua acariciou a ponta delicadamente, e Mia retorceu-se contra a parede, num incentivo silencioso. Miguel abriu a boca sobre os seios de Mia e sugou, chupando com força o mamilo rosado enquanto deslizava as mãos pelas costas de Mia para segurá-la pelas nádegas, forçando os quadris de Mia a abrigarem seu órgão duro e pulsante, que implorava entrada.

– Miguel, eu...

– Não me diga pra parar, Mia.

Ele a encarou. Os seios de Mia estavam úmidos de sua saliva, os mamilos rijos e excitados por suas carícias. O ventre de Mia tremia. A boca inchada e carnuda estava entreaberta, a respiração ofegante e superficial. Os olhos de Mia estavam escuros, de um azul sufocante ao encará-lo fixamente. Ele esperou por um segundo. Por um momento. Por uma vida.

– Não para.

Ela puxou a cabeça de Miguel para perto da sua e o beijou. Ele devorou a boca da esposa, como se fosse um prisioneiro e ela, seu primeiro sopro de liberdade, sentiu-se afundar no corpo dela, até que...

Uma batida forte na porta. E depois:

– Abram! É a polícia!