Fanfics Brasil - capítulo 39 casamento de conveniência

Fanfic: casamento de conveniência | Tema: Rebelde


Capítulo: capítulo 39

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Capítulo 39


Mia estava tão concentrada em se servir que nem notou o silêncio de Miguel. Quando finalmente ergueu o rosto, percebeu uma expressão estranha no rosto do marido. Ele parecia perplexo.


– Como pode ter tanta certeza?


A loira sorriu.


– Eu já vi os seus projetos, Miguel. Quando a gente era criança eu sempre via quando você construía coisas na garagem. Sempre achei que você seria um carpinteiro, mas, quando vi o restaurante Monte Vesúvio, percebi que você tinha descoberto a sua vocação. O local é lindo, Miguel. Em todos os detalhes. Você é um arquiteto soberbo.


O marido parecia completamente embasbacado. Como ele não soubera que ela sempre admirara seu talento, mesmo quando tinham caçoado implacavelmente um do outro? Mesmo depois dos anos de distância?


– Por que tanta surpresa?


Ele pareceu sair do transe.


– Não sei. Nenhuma mulher antes pareceu se interessar pela minha carreira. Elas não entendem.


– Então são idiotas. Posso terminar o macarrão ou você vai comer mais?


Miguel sorriu ao entregar a tigela a Mia.


– Fique à vontade.


Ela sufocou um gemido ao sentir o sabor picante do molho em sua língua. Aproveitando o clima casual da conversa, Miguel mudou de assunto:


– Como está indo o projeto para expandir a livraria?


O fio de espaguete engatou na garganta de Mia, que se engasgou. Miguel levantou-se pulando na cadeira e deu uns tapas nas costas da esposa, mas ela o afastou com um safanão e tomou vários goles de água. A montanha de mentiras passou na mente de Mia. Ah, se ele soubesse...


– Tá tudo bem? – Perguntou Miguel, preocupado.


– Tá sim. Só me engasguei. – Mia mudou de assunto. – Vamos passar o dia de ação de graças com a minha família, não é?


– Não. Não gosto das festas de fim de ano. E você não respondeu a minha pergunta. – Insistiu Miguel. – Já lhe dei o dinheiro. Eu achava que você ia começar imediatamente a construção na loja. Tenho algumas ideias que quero lhe apresentar.


Mia sentia o coração bater tão forte que o sangue rugia em seus ouvidos. Estava enrascada. Estava muito enrascada.


– Ah, não, Miguel. Achei que você não ia me ajudar com a loja, já que está tão ocupado com o projeto do terreno à beira-rio e com a diretoria vigiando os seus passos. Além do mais... eu praticamente já contratei alguém.


Miguel se surpreendeu.


– Quem?


Merda.


Mia tentou disfarçar com um gesto distraído.


– Eu esqueci o nome. Quem me indicou foi um cliente. Ele está, ahn, desenhando a a planta e vamos começar logo. Talvez eu espere até o ano novo.


Miguel estranhou.


– Mas por que tanto tempo? Já não gostei desse cara. Quero o telefone dele.


– Não.


– E por que não?


– Porque não quero que você seja parte disso! – Explodiu a loira, desesperada.


As palavras de Mia pareceram atingir Miguel como um soco. Ele fez uma careta, mas recuperou-se rapidamente. Ela ficou abalada. A enormidade de suas mentiras a sufocava, mas Mia forçou-se a lembrar que seu casamento era apenas uma fachada.


Mesmo assim, sabia que o tinha magoado.


O rosto de Miguel tornou-se desinteressado.


– Muito bem. Se é assim que deseja.


A esposa abrandou a voz.


– Quero manter o nosso relacionamento o mais separado possível. Assim, você ser parte do meu projeto não é uma boa ideia. Não concorda?


– Claro. Seja como quiser.


O silêncio pairou entre eles, quase desconfortável. Mia pigarreou.


– Voltando ao dia de ação de graças. Temos de ir, não há outra opção.


– Diga-lhes que precisei trabalhar.


– Você vai, Miguel – insistiu Mia. – É uma data importante para minha família. Se você não for, eles vão ficar desconfiados.


– Eu odeio as festas de fim de ano, Mia – repetiu o marido.


– Eu ouvi. Não me importa.


– Festas de família não constam no contrato.


– Às vezes não podemos seguir o contrato ao pé da letra – retrucou ela.


Miguel ergueu o rosto do prato como se, de repente, nada mais o interessasse.


– Provavelmente tem razão. Devemos nos permitir um espaço de manobra e alguns erros no caminho.


Ela assentiu e comeu a última garfada.


– Isso mesmo. Então você vai?


– É claro – concordou Miguel.


A mudança total de postura causou estranheza a Mia, que a ignorou. Logo, percebeu o prato vazio. Droga. Furei a dieta de novo. E agora?


– Que bom que falou do contrato – continuou o marido. – Apareceu um probleminha hoje, mas já o resolvi.


Talvez eu possa correr um pouco mais na esteira, pensou ela. Ou fazer musculação. Ou quem sabe voltar às aulas de yoga?


– Eu não ia dizer nada, mas quero ser honesto. Provavelmente você não vai ser importar.


Ah, vou ligar pra Roberta! Ela queria fazer aula de muay thai! Queima mais calorias e é um bom jeito de aprender defesa pessoal!


– A Luz Viviana me beijou.



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Autor(a): juliethewriter

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • sunshineaya Postado em 01/11/2019 - 19:45:03

    Eu tô rindo demais da Marina hahaha o Miguel falou para ela nao falar para ninguém que ela tomou sorvete que ele deu a ela e a primeiro coisa que ela diz para a Mia é que tomou soverte kkkkkk Continua

  • dayse108 Postado em 04/07/2018 - 14:08:04

    Continua

  • amandaponny3 Postado em 27/09/2017 - 19:37:29

    Adorei! Continua pfvr

  • Anahi Postado em 25/09/2017 - 20:33:11

    Oi posta mais


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