Fanfics Brasil - capítulo 42 casamento de conveniência

Fanfic: casamento de conveniência | Tema: Rebelde


Capítulo: capítulo 42

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Capítulo 42.


– O marido está vindo aí.


Mia ergueu o rosto e viu Miguel afastando-se da multidão. Ignorou-o e concentrou sua atenção em Diego e no divertimento que brilhava nos olhos dele.


Sacudiu o dedo para o novo amigo.


– Comporte-se.


– Eu sempre me comporto, tesoro.


– É a segunda vez só hoje que você me mantém longe do meu marido.


Os passos dos dois ecoaram no assoalho de madeira polida enquanto ele a conduzia ao escritório. A casa de Diego era decorada com muito luxo, em tons terrosos e brancos, com espelhos, tapetes e esculturas de mármore liso que combinavam com a elegância tranquila que emanava dos aposentos. Da caixa de som JBL, vinha o som de ópera em volume baixo.


Diego garantira que sua casa fosse decorada com uma sutil sensualidade que Mia apreciava.


– Então estou cumprindo minha missão, señora. Você está triste com ele, eu percebi.


Mia parou e o encarou. Pela primeira vez, permitiu que a mágoa causada pela confissão de Miguel transparecesse.  Na última semana, fingir-se de indiferente e desinteressada tinha sido um sofrimento.


– Nós brigamos.


– Quer conversar sobre isso?


Ela fez um leve muxoxo.


– Os homens não prestam.


Ele assentiu, sério.


– Às vezes não. Mas, quando somos sinceros com nossos sentimentos, somos maravilhosos. Todavia, temos medo em baixar a guarda para alguém.


Mia deu um sorriso triste. Diego sentiu vontade de dar um soco no idiota do Arango.


– Alguns homens nunca o fazem.


– É verdade – concordou Diego. – Mas você precisa persistir.


Ela sorriu para ele.


– Vou lhe dar o número da minha amiga Roberta. Prometa-me que vai ligar para ela.


Diego deu um longo suspiro. De novo isso...


– Se for para lhe deixar feliz, eu ligo. Até vou convidá-la para jantar. Que tal?


Mia riu.


– Gracías. E não fique irritado comigo. Mas é que acho que vocês dois vão se dar muito bem.


Diego riu.


– Você é um verdadeiro cupido, tesoro.


. . . .


À medida que a noite prosseguia, Mia bebeu mais e mais champanhe, conversou mais e dançou com várias pessoas, sempre tendo o cuidado de comportar-se como esperado de uma mulher casada e, ao mesmo tempo, de divertir-se. Com o passar do tempo, Miguel desistiu de puxar conversa com ela. Limitou-se a ficar perto do bar, bebendo seu uísque e observando-a. O olhar dele ardia nela do outro lado da sala, mesmo quando separados pela multidão de pessoas. Sem uma palavra ou um toque que fosse, ele declarava-se dono dela. A ideia a fez tremer de ansiedade.


Foi quando percebeu que estava fantasiando que Miguel faria uma cena e a arrastaria para casa a fim de seduzi-la, como um dos livros de banca de revista que lera com Roberta na adolescência.


Mas é claro. O próprio rei da racionalidade. Era mais seguro ler ficção científica e esperar que os alienígenas dominassem o mundo.


Isso era muito mais possível de acontecer.


. . . .


Estava de saco cheio.


Miguel estava farto de vê-la desfilando por aí com diversos homens. De fato, ela só dançava com eles. Mas raramente deixava a companhia de Bustamante, com quem conversava e ria facilmente, com um nível de conforto que deixava Miguel furioso.


O casamento dele devia parecer sólido aos olhos de estranhos. E se os fofoqueiros de plantão começassem a especular sobre o conde espanhol e Mia? Ficaria ainda mais difícil fechar negócio quanto ao terreno à beira-rio, porque, durante as negociações, ele pensaria em quebrar o nariz do nobre bonitinho.


E sim, estava sendo muito lógico.


Quando Nick terminou de beber seu drinque e colocou o copo no balcão, notou que a bebida forte incendiara seu sangue com uma nova determinação e despira todas as barreiras, expondo a verdade.


Queria transar com sua esposa.


Queria-a em sua cama, por um tempinho.


E ao diabo com as consequências.


Ignorou o homem racional que lhe gritava para desistir, esperar até a manhã e viver os próximos meses civilizada e polidamente.


Cruzou a sala e a tocou no ombro.


Mia virou-se. Miguel deliberadamente a segurou pela mão. O rosto dela encheu-se de surpresa, e depois ficou tranquilo.


– Já quer ir? – Perguntou, educadamente.


– Sim, acho que já quero um monte de coisas.


Ela mordeu o lábio inferior, provavelmente especulando se ele estava bêbado. Ele deu o primeiro passo para afastá-la o mais rápido possível de Bustamante.


– Bustamante, gostaria de saber se você poderia nos fazer a gentileza de pedir um táxi? Não quero correr o risco de dirigir depois de beber. Amanhã pedirei a um funcionário que venha buscar o carro.


O conde assentiu, graciosamente.


– Claro. Já volto.


Miguel segurou com firmeza a mão de Mia e a levou para o saguão, determinado a não a perder de vista. Em algumas horas, ela estaria no único lugar onde realmente não poderia lhe causar problemas.


A cama dele.


Mia pareceu não notar que nada havia mudado entre eles. Miguel a observou enquanto ela vestia o casaco e despedia-se dos novos amigos. Ele estava perplexo por ela nem desconfiar que aquela noite seria a verdadeira noite de núpcias deles.


Ele sabia, e essa ciência secreta o deixou ainda mais impaciente para sair da casa de Bustamante, para voltar para a casa deles, onde finalmente a seduziria. Fora louco de esperar tanto tempo. Devia saber que sexo era o jeito mais rápido de estabilizar um relacionamento.


O táxi chegou, e o casal partiu. Ela ficou calada ao lado dele, olhando pela janela e o ignorando.


Quando chegaram em sua casa, ele pagou o motorista e a seguiu para a casa. Ela pendurava tranquilamente o casaco no armário antes de dirigir-se à escada.


– Boa noite – disse com frieza.


Miguel sabia que enfurecê-la era o jeito mais seguro e rápido de lhe chamar a atenção.


– Espera, Mia.


– O que é? – Respondeu ela sem nem mesmo virar-se na direção dele.


– Você transou com ele?


A cabeça de Mia virou-se para ele tão rapidamente que ele quase podia ver Reagan, a garotinha protagonista de O Exorcista, no lugar dela. Ela estava boquiaberta, olhando incrédula para ele. Então, os olhos azuis pegaram fogo de raiva. Miguel sentiu-se ferozmente satisfeito com a reação dela; tirou o paletó e o jogou sobre uma poltrona ali próxima.


Mia deu um passo lento na direção dele, com os olhos apertados de tanta raiva.


– O que foi que você disse?


Com deliberada tranquilidade, o arquiteto cruzou os braços na frente do peito e juntou todas as forças para deixá-la louca de raiva. Porque conhecia bem sua esposa, e sabia que, quando furiosa, ela era verdadeira; quando furiosa, ela era a mulher ardente que desde a semana anterior escondia dele, numa crença idiota de que ele não a desejava.


– Você me ouviu – disse ele, tão frio quanto ela antes. – Chegaram a ter tempo de ir para um quarto, ou ele te comeu contra uma parede antes da sobremesa?


Mia respirou fundo e cerrou os punhos com tanta força que, se tivesse unhas mais compridas, ia tirar sangue das palmas das mãos.


– Eu – sibilou a loira, fervendo de ódio – não fico com outros homens nem os beijo em público. Porque respeito mais o nosso casamento do que você. E Diego também respeita muito o nosso casamento.


A certeza dela ao defender Bustamante fez com que um nó duro de raiva se torcesse no ventre dele como um ninho de cobras venenosas.


– Você deixou que ele te acariciasse na frente de pessoas que fazem negócio comigo – acusou Miguel.


– Você tá maluco! – Retrucou Mia. – Ele foi um perfeito cavalheiro! Além do mais, foi você que agarrou a Luz Viviana num estacionamento público!


– Não foi a mesma coisa! – Protestou o marido. – Eu a afastei com um empurrão!


– Lógico – ironizou a loirinha. – Depois de enfiar a língua na garganta dela. Pra mim essa conversa já deu. Boa noite!


Miguel estreitou os olhos.


– Ainda não.


Mia piscou e afastou-se dele. Depois, olhou-o direto nos olhos e deu o golpe de misericórdia.


– Vou para a cama. Você pode até controlar com quem eu não durmo, mas não tem controle nenhum sobre as minhas fantasias.


A voz fria e tranquila dela contradizia as palavras zombeteiras e insinuantes que pesaram no ar entre eles.


Miguel desabou.



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Autor(a): juliethewriter

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • sunshineaya Postado em 01/11/2019 - 19:45:03

    Eu tô rindo demais da Marina hahaha o Miguel falou para ela nao falar para ninguém que ela tomou sorvete que ele deu a ela e a primeiro coisa que ela diz para a Mia é que tomou soverte kkkkkk Continua

  • dayse108 Postado em 04/07/2018 - 14:08:04

    Continua

  • amandaponny3 Postado em 27/09/2017 - 19:37:29

    Adorei! Continua pfvr

  • Anahi Postado em 25/09/2017 - 20:33:11

    Oi posta mais


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