Fanfics Brasil - capítulo 6 casamento de conveniência

Fanfic: casamento de conveniência | Tema: Rebelde


Capítulo: capítulo 6

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Miguel olhou para a mulher à sua frente e tentou engolir em seco. A voz rouca despertava imagens ainda mais enevoadas dela nua, exigente e... com um homem. Ele sufocou um xingamento e serviu-se de mais café, tentando conseguir mais tempo. Toda a postura dela exalava sexo. A inocência da juventude havia sido consumida, deixando para trás uma mulher de verdade, com verdadeiras carências. Ele especulou que homem satisfazia essas carências. Perguntou-se qual seria a sensação dos seios dela em suas mãos, o sabor de seus lábios sob os dele. Queria saber o que ela usava sob o vestido colado.



– Miguel.



– O quê?



– Você me ouviu?



– Sim. Sexo. Eu lhe prometo que nunca vai se encontrar em uma situação constrangedora.



– Então quer me dizer que vai continuar dormindo com Luz Viviana.



– Luz Viviana é minha namorada.



– Mas você não quer que se casar com ela.



A tensão inundou o ar em torno deles. Ele afastou-se, desesperadamente tentando colocar espaço entre eles.



– Não é o que queremos do relacionamento.



– Ah, que interessante. Então quer dizer que eu não posso dormir com outra pessoa porque não tenho outra pessoa com quem dormir.



Se tivesse cubos de gelo à mão, ele os usaria para esfriar a pele, um a um. As palavras dele despertaram um calor estranho em seu corpo. A voz dela era tranquila, o sorriso fácil e sincero. Miguel sentia-se à beira de um abismo, e sabia que estava prestes a cair. Tentou reencontrar a vantagem.



– Se você tivesse um namorado sério em sua vida, nós encontraríamos uma solução, mas é perigoso demais envolver um estranho. Posso lhe garantir que Luz Viviana sabe guardar segredo.



Ela então sorriu. Um sorriso deliciosamente feminino, que prometia deleites além da imaginação e prometia-os todos a ele. Fascinado, esperou pelo que ela diria em seguida.



– Sem chance, gatinho.



Ele procurou concentração quando a negativa saiu daquela boca luxuriante.



– Como é?



– Se eu não fico com ninguém, você também não fica. Não quero nem saber se é Luz Viviana, uma stripper ou o amor da droga da sua vida. Se eu não me divirto, você não se diverte. Vai ter de extravasar a tensão nesse perfeito casamento de conveniência ou então construindo seus prédios. – Ela se calou. – Sacou?



Ele entendeu. Decidiu não aceitar. E percebeu que aquilo era um jogo, no set final para fechar a partida. Ele precisava ganhar. Seu sorriso prometia compaixão, compreensão e todo o dinheiro que ela podia querer.



– Mia... eu entendo que isso não parece justo. Mas um homem é diferente. Luz Viviana também tem uma reputação a manter, então você nunca será motivo de fofoca. Entende?



– Claro.



– Concorda com meus termos?



– Não!



Ele se irritou, estreitou os olhos e a estudou. Então decidiu dar o golpe final.



– Nós pudemos concordar em todo o resto. Chegamos a um consenso. É apenas um ano e depois você poderá sair do casamento e fazer uma orgia. Não me importa.



Os gélidos olhos azuis o encaravam, cheios de teimosia e de férrea determinação.



– Se você dormir com alguém, também durmo. Se mantiver o celibato, também manterei. Não estou nem aí pras diferenças entre homens e mulheres em relação a sexo. Se eu tiver de dormir sozinha por 364 noites, você também dorme. Se quiser se divertir com alguém, terá de ser com a sua mulher.



Ela ergueu a cabeça como um garanhão recém-saído da cocheira.



– Já que nós sabemos que não sentimos atração um pelo outro, então você vai ter de achar outros jeitos de aliviar a tensão. Seja criativo. O celibato vai criar outras válvulas de escape. – A loira sorriu. – Porque é só isso que você vai ter.



Evidentemente ela não sabia que ele era expert em pôquer e passara os últimos anos relaxando em jogos que viravam a noite e deles saíra com alguns milhares de dólares a mais na conta. Como seu velho vício em tabaco, o pôquer o atraía e ele usava essa atração por prazer e não para lucrar.



Miguel recusou-se a deixar que ela o derrotasse e pressentiu a proximidade da vitória. Atacou na jugular.



– Se quer ser irracional, então ótimo. O acordo está cancelado. Despeça-se do seu dinheiro. Terei de lidar com a diretoria por algum tempo.



Ela saiu da cadeira, colocou a bolsa no ombro e o encarou.



– Foi bom revê-lo, bonitinho.



Acertou-o em cheio.



Ele se perguntou como o apelido zombeteiro o irritava e o deixava com vontade de sacudi-la até que ela se desculpasse. Mesmo na infância ele tinha odiado o nome, e os anos desde então não abrandaram a dureza do insulto. Como fazia quando criança, ele rangeu os dentes e escondeu a irritação por trás de um sorriso fácil.



– Foi muito legal. Venha quando quiser. Não suma de novo.



– Pode deixar. – Ela parou. – Ate a próxima.



Foi naquele momento que Miguel soube que se enganara. Muito. Mia Colucci Cáceres podia vencer no pôquer. Não porque mentia, mas porque estava disposta a perder.



Ela também sabia como blefar.



Mia virou-se. Dirigiu-se para a porta. Virou a maçaneta.



– Tudo bem! – As palavras saíram da boca dele sem que ele pudesse pensar. Algo lhe dizia que ela partiria e não ligaria depois para dizer que tinha mudado de ideia. E, droga, Mia era a única candidata. Um ano de sua vida não era nada comparado à dádiva de um futuro para fazer o que sempre sonhara.



A César o que era de César. Ela nem mesmo comemorou. Virou-se e falou com voz calma e profissional:



– Sei que o contrato não contém nosso novo acordo. Tenho sua palavra de que vai cumprir os novos termos?



– Posso pedir para reescreverem o contrato.



– Não precisa. Tenho sua palavra?



A silhueta dela estava cheia de energia. Miguel percebeu que ela confiava nele do mesmo jeito que ele nela. Uma pontada de satisfação o percorreu.



– Tem a minha palavra.



– Então estamos combinados. Ah, e o fim do casamento após um ano? Minha família não pode ser ferida por nossa farsa. Vamos usar diferenças irreconciliáveis como justificativa e fingir que continuamos amigos.



– Posso viver com isso.



– Ótimo. Apanhe-me hoje às sete da noite e iremos ver minha família dar a notícia. Tomarei as providências para o casamento.



Ele assentiu, com o cérebro enevoado pela decisão que havia tomado e a proximidade dela. Havia uma fragrância sutil na pele dela... seria baunilha? Ou canela? Ele viu, hipnotizado, quando ela colocou um cartão de visitas sobre a mesa de cerejeira.



– É o meu endereço de trabalho – disse ela. – Espero-o à noite.



Ele pigarreou para responder, mas já era tarde demais. Ela já havia partido.




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Autor(a): juliethewriter

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • sunshineaya Postado em 01/11/2019 - 19:45:03

    Eu tô rindo demais da Marina hahaha o Miguel falou para ela nao falar para ninguém que ela tomou sorvete que ele deu a ela e a primeiro coisa que ela diz para a Mia é que tomou soverte kkkkkk Continua

  • dayse108 Postado em 04/07/2018 - 14:08:04

    Continua

  • amandaponny3 Postado em 27/09/2017 - 19:37:29

    Adorei! Continua pfvr

  • Anahi Postado em 25/09/2017 - 20:33:11

    Oi posta mais


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