Fanfics Brasil - capítulo 9 casamento de conveniência

Fanfic: casamento de conveniência | Tema: Rebelde


Capítulo: capítulo 9

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Capítulo 9



As horas se passaram em meio à saborosa lasanha italiana, pão de alho caseiro, focaccia e uma garrafa de vinho Chianti. Quando a família Colucci dirigiu-se à sala para tomar café e licor, Mia sentia-se levemente alta, cheia de boa comida e satisfeita com a excelente conversa. Quando Miguel sentou-se ao seu lado no velho sofá bege, a uma cuidadosa distância, ela o examinou.



O rosto dele estava deprimente.



Miguel ouvia educadamente, ria nos momentos certos e saía-se muito bem agindo como um perfeito cavalheiro. Mas não olhava Mia nos olhos, afastava-se quando ela tentava tocá-lo e não agia como o noivo apaixonado que devia ser.



Franco Colucci tomava seu café com uma postura casual.



– Bem, Miguel, fale-me de seu trabalho.



– Papai!



– Não tem problema. – Miguel virou-se para encarar o futuro sogro. – Tenho uma empresa especialista em construir prédios em Santa Fé. Também construímos prédios em San Angel. Somos responsáveis pelo prédio do principal restaurante japonês no Paseo de la Reforma.



O rosto do pai iluminou-se.



– Sempre foi um excelente lugar para comer. Marina, que Deus a tenha, adorava os jardins de lá. – Franco fez uma pausa, tomou outro gole do café. – Me diga, o que acha das pinturas de Mia?



A filha disfarçou uma careta. Oh, deuses! Estavam perdidos! Em uma fútil tentativa de expressar-se por outros meios artísticos, ela havia decidido pintar, e o consenso geral era que não tinha talento para isso. Xingou-se por não deixar que ele a pegasse no apartamento, em vez da livraria. Trabalhando como psicólogo para dependentes químicos e alcóolatras, Franco detectava fraquezas como um cão de caça.



Agora, ele sentia o cheiro de sangue.



Miguel continuou sorrindo.



– São fantásticas! Eu sempre disse a ela que ela devia expor numa galeria.



Franco cruzou os braços.



– Então gosta delas? Me diga, qual é a sua preferida.



– Papai!



– A paisagem. É tão detalhada, é como se estivéssemos lá.



O pânico ameaçou dar fim à leve embriaguez da loira, pois o pai percebeu a tensão entre os dois e a perseguiu como um predador. Ela admirou a perseverança de Miguel na mentira, mas ele estava derrotado antes mesmo de começar. Os irmãos e a cunhada sabiam como aquilo funcionava e não se intrometeram.



– Ela não pinta paisagens.



A frase de Franco ficou no ar, como um tiro de canhão no silêncio.



Mas Miguel nunca vacilou.



– Ela está começando agora a pintar paisagens. Não contou a eles, querida?



Mia sufocou o desespero.



– Ainda não. Me desculpe, pai. Ainda não lhe disse. Agora eu pinto paisagens montanhosas.



– Você odeia paisagens!



– Não mais – ela conseguiu fingir alegria. – Passei a apreciá-las desde que comecei a namorar um arquiteto.



O comentário dela o fez rir antes de prosseguir.



– Nick, que esporte você prefere? Futebol ou basquete?



– Os dois.



– O Correcaminos está fazendo uma excelente temporada, não? Espero que ganhem de novo o troféu da LNBP este ano. Você já leu o novo poema de Mia?



– Qual deles?



– Sobre a tempestade.



– Sim, li. Achei maravilhoso.



– Mia nunca escreve sobre tempestades. Escreve sobre experiências de vida, sobre amor e perda.



Mia engoliu o resto do licor, ignorou o café e esperou que o licor a ajudasse a terminar a noite.



– Papai, recentemente escrevi sobre tempestades.



– É mesmo? Importa-se de recitar para nós? Faz tempo que eu e seus irmãos não ouvimos seus novos trabalhos.



Mia engoliu em seco.



– Bem, ainda estou escrevendo-o. Recitarei para vocês assim que estiver perfeito.



– Mas você deixou Miguel ler.



Mia sentia-se enjoada e rezou para poder escapar. As mãos estavam encharcadas.



– Sim, deixei. Miguel, vamos indo? Está tarde e amanhã tenho várias providências do casamento para tomar.



Franco apoiou os cotovelos nos joelhos. Havia parado de rodeios e agora daria o golpe de misericórdia. Os filhos e a nora assistiam com sensação de desastre. O olhar penalizado no rosto de Santos disse a Mia que ele achava que o casamento iria pro ralo. Abraçou Lupita, como se lembrasse a própria tortura quando anunciaram a gravidez dela e o consequente casamento.



Marina estava brincando no tapete da sala e não percebeu nada.



– Queria mesmo falar do casamento – falou Franco. – Marcaram a data para tão em breve, apenas uma semana... Por que não dão algum tempo a nós para conhecer Miguel, entrosá-lo com a família? Por que a pressa?



Miguel tentou salvar a si e a Mia.



– Eu compreendo sua preocupação, Franco, mas Mia e eu falamos no assunto e não queremos um grande casamento. Queremos apenas estar juntos, começar nossas vidas imediatamente.



– É muito romântico, papai – arriscou-se Celina.



Mia encarou-a, agradecida, mas viu-se atacada de dois lados.



– Eu concordo com o senhor Franco  – disse Pedro, o mordomo da família, amigo de Franco desde antes do casamento com Marina e que o ajudara a criar os filhos depois da morte da esposa. – Queremos participar do casamento. Dar um jantar de noivado, apresentar Miguel ao resto da família. Não há tempo viável para todos virem até o sábado. Seus primos não vão participar.



Franco levantou-se.



– Estamos conversados então. Podem adiar a data.



Pedro assentiu.



– É uma excelente ideia.



Mia agarrou a mão de Miguel.



– Meu amor, podemos conversar a sós por um segundo?



– Mas é claro, linda.



Mia arrastou-o até o corredor e empurrou-o dentro de um quarto. A porta fechou-se parcialmente



– Você estragou tudo! – Sussurrou ela, furiosa. – Eu lhe disse para fingir, mas você não sabe nem fazer isso, e agora meu pai sabe que não nos amamos!



– Eu não sei?! Você está agindo como se fosse um teatrinho idiota que montou para os vizinhos! Mas é a vida real, e estou me esforçando!



– Minhas peças não são idiotas! – Reagiu a loira. – Nós lucramos muito com as entradas. E achei o musical excelente!



Ele riu.



– Você nem mesmo sabe cantar e se escalou como a protagonista!



– Ainda está com raiva por que não o escalei como meu par romântico?



Ele enterrou os dedos nos cabelos e rosnou.



– Como diabos a gente veio parar nesse assunto ridículo?



– É melhor você inventar algo bem depressa! Meu Deus, não sabe como se trata uma namorada? Você me tratou como se eu fosse uma estranha! Não é de admirar que me pai esteja desconfiado!



– Você é uma mulher adulta, Mia, e ele continua a interrogar os seus namorados! Não precisamos da autorização deles. Vamos nos casar no sábado e, se seu pai não gostar, azar o dele!



– Quero que meu pai me leve até o altar!



– Esse casamento não é de verdade!



– Mas é o melhor que vou ter agora! – Explodiu ela, enfim arrasada.



Mia foi inundada por um profundo pesar quando a verdade de suas circunstâncias a atingiu com toda a força. Aquele nunca seria um casamento de verdade, e algo seria eternamente destruído assim que Miguel colocasse sua aliança no dedo dela.



Mia sempre havia sonhado com o amor duradouro, cercas brancas e muitos filhos. Em vez disso, receberia uma pequena fortuna em troca de um marido que a tolerava por educação. Nem por todos os infernos seu sacrifício seria invalidado porque Miguel era incapaz de fingir amá-la na frente do seu pai.



Ficou na ponta dos pés e o agarrou pelos braços, afundando os dedos na manga da camiseta. As unhas cravaram-se na pele quente.



– É melhor consertar tudo.



– O que você quer que eu faça?



Ela piscou. A sugestão saiu dos lábios trêmulos.



– Qualquer coisa, droga! Prove ao meu pai que você me ama, senão-



– Mia? – O eco de seu nome veio do corredor. A voz gentil e preocupada da cunhada queria saber se eles estavam bem.



– Sua cunhada está vindo – disse ele.



– Eu ouvi – sibilou ela. – Ela deve ter nos ouvido discutindo. Faça alguma coisa!



– Mas o quê?!



– Qualquer coisa!



– Tá bom! – Ele a agarrou pela cintura, puxou o corpo dela contra o dele e abaixou a cabeça. Os lábios esmagaram os dela, e as mãos dele a apertaram gentilmente, de modo que estavam colados, quadril contra quadril, coxa contra coxa, os seios dela no peito dele.




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Autor(a): juliethewriter

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • sunshineaya Postado em 01/11/2019 - 19:45:03

    Eu tô rindo demais da Marina hahaha o Miguel falou para ela nao falar para ninguém que ela tomou sorvete que ele deu a ela e a primeiro coisa que ela diz para a Mia é que tomou soverte kkkkkk Continua

  • dayse108 Postado em 04/07/2018 - 14:08:04

    Continua

  • amandaponny3 Postado em 27/09/2017 - 19:37:29

    Adorei! Continua pfvr

  • Anahi Postado em 25/09/2017 - 20:33:11

    Oi posta mais


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