Fanfic: Só o que eu desejar. | Tema: original

- Eu só estou dizendo que você precisa se preservar, Eduarda, pelo menos um pouco.

- Eu me preservo muito, Isabela. Posso parar de contar meus casos a você, se quiser.

Ela não queria, eu sabia disso.

- Não é pra tanto, Eduarda! Posso parar de dar minha opinião.

Eu não queria, ela sabia disso.

- Não é pra tanto! - Ela riu para mim e eu continuei minha história.

Nós duas trabalhávamos em uma editora, uma das maiores do país e estávamos juntas nesse emprego há dois anos.

No começo do mês conhecemos Davi, um rapaz adorável, estagiário, tímido e gentil, pirei com ele! Visivelmente jovem e cheio de vontade de aprender . Eu tinha muito a ensinar.

Paquerei Davi (ou "aquela criança de 19 anos", como Bela gosta de chamar) por quinze dias enquanto ele fingia não perceber.

E agora eu estava contando a Bela como eu havia conseguido mudar as coisas no dia anterior àquela conversa.

Primeiro fiquei esperando que ele fosse até a área de convivência para pegar uma daquelas barrinhas de cereais pelas quais ele era apaixonado , e fui atrás.

- Oi, Duda!

- Olá! Então, Davi... Você sabia que esse ambiente foi criado para melhorar o ambiente de trabalho e proporcionar a interação entre os funcionários?

- Ah, isso é muito bom!

Me aproximei dele é coloquei minha mão no seu peito, começando a brincar com o primeiro botão de sua blusa.

- Você acha importante aumentar a interação dos funcionários?

- A...A... Acho!

A esta altura você já deve estar imaginando que eu o empurrei contra o balcão e rolamos por ali derrubaderrubando o café e coisas do gênero, mas vamos trabalhar com a realidade, ok? Eu preciso do meu emprego, porque ele é a minha garantia de liberdade. Vejamos agora, com o plano da realidade definido, como o diálogo se desenrolou:

- Eu pensei que nós dois pudéssemos interagir depois do trabalho, ficar um tempo juntos, talvez até o café da manhã, o que você acha?

Davi parecia atônito de primeira. Mas logo algo se acendeu no olhar surpreso daquele menino:

- Eu saio às 19.

- Eu sei, querido! Me encontre no Puente's, 19:15. Precisamos comer. - Pisquei para um Davi sorrindo agora.

Retoquei toda a minha maquiagem no banheiro da empresa e encontrei com Davi no Puente's. Não que eu me importasse com a opinião alheia. Mas preferia não ser vista sozinha com ele na empresa, poderia atrapalhar meus próximos projetos.

Enquanto entrava no restaurante, observei Davi. Como era adoravelmente sexy! Os cabelos eram belos cachinhos que emolduravam um rosto branquelo com grandes olhos azuis e o corpo não era malhado, mas estava em forma. Parecia um anjo! Um anjo do qual eu queria extrair o mais próximo da face do mal.

Ele se levantou e eu fiz sinal de que não precisava. Era só o que me faltava! Aquele menino puxando a cadeira para mim.

Pedimos o nosso jantar rapidamente e não demoramos a comer também, Davi parecia tão desejoso quanto eu de acabar logo com aquilo. Quando acabamos de comer. Ele me perguntou se eu gostaria de pedir a sobremesa e eu sorri ironicamente o que, graças a Deus, foi o suficiente para que ele entendesse que o nosso jantar havia acabado, pelo menos ali.

Quando entramos no quarto algo me possuiu. Juro que não tinha planos de rasgar a roupa do garoto daquela maneira, mas aquele mês o observando sem tocar me consumiu.