Fanfics Brasil - Primeiro contato Projeto Cura

Fanfic: Projeto Cura | Tema: Sci Fi, Medicina, Psicologia, Psiquiatria, Ficção Científica


Capítulo: Primeiro contato

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 Hoje é meu primeiro dia como líder de equipe médica, no Neuro Psiche. Minha equipe é composta, por mais três pessoas além de mim. Profissionais de alta qualidade no seu ramo de trabalho. Chegamos à ala Norte do complexo, no subnível 4. É onde o nosso laboratório de desenvolvimento do novo projeto que a Neuro Psiche está desenvolvendo em parceria com o Ministério da Saúde. Estamos todos empolgados para o nosso próximo grande passo em nossas carreiras, vejo um sorriso estampado nos rosto de meus colegas de trabalho, um misto de euforia e nervosismo. Estou bem ansioso, como líder dessa equipe devo demonstrar mais tranquilidade, e mais responsabilidade. Enquanto descemos pelo elevador que leva aos subníveis do complexo, relembro das informações contidas nos documentos que o diretor me deixou em minha sala. Pelo o que entendi, nós buscaremos um novo tratamento para diversas doenças do segmento psiquiátrico. Ficaremos encarregados de utilizar uma nova medicação, que é chamada de "Cura". Usaremos o conhecimento sobre a Geno Psiquiatria, em conjunto com esta nova droga, realizaremos testes para comprovar ou não a eficácia do tratamento.



Chegamos ao nosso laboratório, que não deixa à desejar. Conta com salas de consultas separadas, equipamentos para ressonância magnética, e de procedimentos de emergência. E a sala de exames experimentais isoladas das demais, localizada no final de uma corredor branco com janelas de vidro altamente resistentes, uma série de equipamentos para monitoração e um leito com amarras, que usadas se necessário. Sempre são.



Cada um de nós, durante uma semana, recebeu as devidas instruções e informações sobre a administração, armazenamento da medicação. Um outro, Doutor farias, que nos trouxe até aqui então se vira para a equipe e diz:



-É aqui o local de pesquisa e desenvolvimento do projeto cura. Sintam-se em casa. E preparem-se para o primeiro paciente do primeiro teste desse novo procedimento que pode revolucionar a medicina moderna. Vocês estão fazendo parte do futuro dessa corporação e do mundo.- Apanhou seu telefone funcional e discou um número. - Podem trazer o paciente. A equipe do Doutor Hector já estão aqui.- Desligou.



Gabriela, médica responsável pelo rastreamento do DNA e exames de material biológica. Loira e estatura mediana, usava óculos e aparentava certa firmeza quando caminhou até a mesa, e apanhou o prontuário do paciente que estava sobre a mesa e leu para os demais:



-Felipe Sousa de Melo, dezenove anos, diagnosticado com transtorno psicótico. Selecionado pela Ministérios da Saúde para ser o primeiro paciente à ser tratado pela "Cura". Apresenta episódios de alucinações, e de agressão moderada. Tem mudanças repentinas de humor, estando calmo quando não importunado. 



-"Agressão moderada". Bom, já sabemos o que esperar. - Falou Josué.- Só espero que ocorra tudo bem.



O som de passo vindo do corredor, chama a atenção de todos na sala. Todos se viram para a porta à espera do primeiro contato com Felipe, e se tudo der certo, o primeiro "curado". Um segurança o trouxe de seu quarto caminhando, sem problemas durante o trajeto, uma vez que o rapaz aparentava calma. Farias tomou a frente, afim de adiantar o processo:



- Felipe, bom dia. Como foi essa noite?



- Bom dia, doutor. - O rapaz respondeu-. Minha noite foi tranquila. Consegui dormir bem.



- Ótimo. Felipe, quero que conheça o doutor Hector, e sua equipe que cuidarão de você.



- Bom dia, Felipe.- Todos dizem.



- O senhor não cuidará mais de mim, doutor Farias?



- Eu estarei o acompanhando. Porém, essa equipe de médicos está encarregada à cuidar de você de uma forma especial. Não precisa se preocupar. Ainda poderemos nos conversar, como fazemos durantes anos. E conhecer novas pessoas é bem estimulante.



- Eu não gosto de novas pessoas.



- Essa novas pessoas são meus amigos, se são meus amigos, podem ser seus amigos também



- Não há razão para medo, Felipe.- Gabriela se aproximou dele.- Me chamo Gabriela. Prazer em conhece-lo. E esses são o doutor Hector e Josué. e a doutora Carla. Ficamos encarregados de lhe trazer um novo tratamento. E estamos todos unidos pelo mesmo propósito. Ajudar.



Me aproximei do rapaz e lhe cumprimentei com um aperto de mão.



- Felipe, faremos alguns exames agora, os exames de rotina que você já deve estar familiarizado. Então devo lhe pedir que deite-se na cama, para que façamos os exames.



Felipe então parece apreensivo, olha para Farias, que o assegura com um gesto de cabeça. O rapaz então segue para o leito e se deita sobre ele. Logo eu e minha equipe passamos a realizar exames de atividade cerebral, ressonância magnética e de estresse. Após uma hora de diversos tipos de exames realizados, sem nenhum ocorrido. Gabriela precisa retirar uma amostra de sangue de Felipe. E é aí que as coisas mudam. Ao ver a seringa nas mãos de Gabriela, Felipe fica nervoso e ofegante.



- Não. O que vão colocar em mim?



- Não colocaremos nada, Felipe. Na verdade, apenas tirarei uma amostra de sangue para os próximos exames. 



- Não vão me furar. Não.



- Felipe, acalme-se. Farias falou ao rapaz se aproximando dele. Está tudo bem, é  só isso que a doutora precisa para terminarmos por hoje. Você precisa colaborar.



- Estou com medo, doutor. Não quero sentir dor. Não quero.Não quero.



E de repente Felipe se levanta e encara à todos que estão à sua volta. Josué, rapidamente saca uma seringa com calmante de ação rápida, caso a situação saia do controle. Josué mantém a seringa escondida atrás de si, e se aproxima de Felipe



- Tudo bem, Felipe. Tudo bem. Não precisaremos de amostra de sangue. Pode ficar tranquilo, apenas se acalme e...



Nessa hora Felipe avança sobre Josué que deixa a seringa cair no chão. O segurança então age, e puxa Felipe de cima de Josué que está assustado com a mudança de humor drástica do rapaz. Felipe aperta suas unhas contra contra Josué que continua no chão, sem poder se levantar. Está com braços e o rosto arranhados. O pavor está estampado no rosto de todos da sala, o segurança parece não conter o paciente que continua agredindo Josué, Gabriela começa a procurar pela seringa com o calmante pelo chão. Depois de alguns momentos de pânico, Gabriela encontra a seringa próximo ao pé do leito. Ela retira a capa de proteção da agulha. Ao ver o que ela tinha em mente, seguro braço direito de Felipe, firmemente, para diminuir ao máximo a oscilação, para que Gabriela localize a veia e faça a aplicação. Ela então aplica a medicação via intra venosa, e logo a medicação começa a fazer efeito. Mais alguns instantes e Felipe é contido pelo segurança, e antes de ser tomado pela ação do calmante ele começa a sussurrar bem baixo:



- Pai...Pai...Me ajude, me ajude.



Felipe então sedado, é colocado no leito e preso pela amarras, Josué se levanta e esta com o rosto ligeiramente marcado pelas unhas de Felipe.



- Deve ir à enfermaria, Josué. - Farias lhe aconselha.



- As vezes médicos também precisam. - Josué respondeu.



- Vou colocar uma equipe de prontidão para tomar conta dele, Hector. Já fizeram demais por hoje.



Farias faz outra ligação e uma segunda equipe médica chega ao local para ficar de prontidão quando Felipe acordar. Nossa equipe então é dispensada por hoje. Josué é acompanhado por Farias até a enfermaria. O dia foi diferente do que imaginei, abalou a todos, com certeza. Mas vamos em frente, logo Josué estará recuperado e voltaremos para mais um dia em busca da "cura" de Felipe.




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Autor(a): xorionx

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