Fanfic: Andy & Jhonny | Tema: drama
Johnny
O quarto estava escuro, o sangue predominava no local, Johnny estava sentando no chão com a cabeça apoiada nos joelhos e as mãos cobrindo os ouvidos, queria que tudo aquilo acabasse logo. Ele sabia o que encontraria se abrisse os olhos, veria o corpo de sua mãe frio e sem vida, com o que um dia lhe foi um belo rosto que lhe passava segurança e amor, simplesmente ensanguentado e desfigurado.
Jhonny continuou na mesma posição era só que ele tinha que fazer, ficar ali e esperar terminar. Era sempre o mesmo pesadelo, ele já estava costumado sabia como iria acabar.
Ficou sentando ali até o sangue tocar levemente o seu pé descalço, respirou profundamente e abriu lentamente seus olhos. Viu que o corpo de sua mãe já se encontrava submerso pelo sangue, que tomava cadê vez mais o local. A quantidade de sangue estava tomando conta do local, Johnny se levantou do chão e uma onda escarlate o cobriu por inteiro.
No meio da imensidão vermelha Johnny apenas viu o corpo de sua mãe a distancia, tentou chegar até ela, mas em primeiro impulso para avançar sentiu pontadas de dor em seu corpo, o ar começou a lhe faltar o asfixiando em sangue, as dores pelo seu corpo se intensificaram, seus pulmões ardiam. Johnny se debateu tentando se libertar do mar de sangue, mas seu corpo o traia cedendo a dor. Sentiu seus membros ficarem moles e sua visão foi escurecendo, a ultima coisa que viu foi o corpo inerte de sua mãe se distanciando.
Johnny acordo com leves batidas na porta e uma voz feminina o chamando
— Johnny? – Era Cassandra a emprega estrangeira de Josh
—Entre – respondeu, ele estava um pouco suado e com dor de cabeça
A empregada entrou e abriu as janelas, fazendo seus olhos arderem com a luminosidade. Ele olhou para o lado e checou as horas, eram 12:23, quase não acreditou que havia dormido todo esse tempo
"Malditos remédios"
— Desculpe vir te acorda querido, Josh pediu para você se vestir e descer! – Cassandra começou a arrumar o quarto, recolhendo peças de roupas jogadas no chão e guardando algumas fitas com suas musicas favoritas na prateleira
— Ta - murmurou em resposta, se levantou sentindo as pernas bambas
— Teve uma boa noite de sono? – Ele a olhou e se perguntou se era algum tipo de piada, deveria estar deplorável e cheio de olheiras.
— Tive uma ótima noite Cassandra, deixe meu quarto como esta e fale para o Josh que eu já vou descer – respondeu indo em direção ao banheiro
— Sim, docinho – a empregada se retirou o deixando só.
Johnny trancou a porta atrás de si, foi até o espelho e se encarou estava mais pálido que o normal, mais estranho que o normal, abriu o armário e retirou o pequeno potinho que contia os malditos comprimidos que ele tomava para dormir, despejou tudo no ralo da pia, colocou algumas balas de menta para substituí-los e o guardou, odiava aqueles remédios, odiava dormi, toda vez que fechava os olhos para tentar descansar, estava naquele maldito quarto, com o corpo dela lá. Dormir para ele era uma tortura.
Despiu-se e tomou um banho rápido, vestiu qualquer coisa e desceu para a cozinha, Josh já o esperava sentado na mesa, estava trajando seu terno caro e tragando seu maldito charuto, ele parecia um mafioso de filme com seu bigode etilo major e anéis de ouro em todos os dedos.
— Bom dia! Estou vendo que teve uma péssima noite, pesadelos novamente? – Ele perguntou tomando um gole de café
— É, na próxima vez que passar das sete da manhã mande alguém ir ao meu quarto me estapear até acorda- Johnny respondeu inexpressivo se sentando
— Vou me lembrar disso! – Josh respondeu soltando fumaça no ar – Desmarque tudo que planejou para amanhã, ira sair comigo, temos alguns assuntos para conversa, - Johnny não pode deixar de rir
— Não temos nada interessante para conversa, e não to afim ouvir nada moralista sobre o quanto eu devia dar valor àquela droga de terapia, fica ouvindo aqueles idiotas desequilibrados falando de suas vidas me entedia
—Sei que não gosta disso, e sinceramente eu não me importo se você quiser se afogar daquelas malditas bebidas baratas que esconde atrás do guarda roupa, mas eu não vou perder sua tutela por arrogância sua, prometi a seu tio, meu melhor amigo, que não deixaria te jogarem em um orfanato, ou pior em um reformatório, mas isso não quer dizer que eu vá bancar o pai e depois de 3 anos morando comigo achei que já tivesse entendi isso– Josh o encarou olhando fundo em seus olhos.
Johnny nada disse apenas pegou uma maça e se retirou, tinha um jogo de beisebol para ir.
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Andy
Andy se levantou e correu em direção ao banheiro jogou água no rosto e penteou os curtos cabelos com os dedos, vestiu uma camiseta de beisebol, calçou seu par de tênis velhos e desceu as escadas correndo, quando chegou na sala viu sua mãe jogada no sofá com um cigarro aceso entre os dedos, diminuiu o passo e ando o mais silenciosamente possível até a porta.
Quando abriu a porta se pos a corre novamente, estava mais do que atrasada para o jogo de beisebol do bairro, nessa temporada a senhora Miller havia permitido que ela jogasse, Andy ficou muito feliz no início , mas logo se desapontou quando viu que sua empolgação não era retribuída pelos outros integrantes do time, perderam praticamente todos os jogos da temporada, e isso a deixou frustrada a ponto de preferir ficar no banco de reserva a jogar.
Continuo correndo até chegar na parte de trás do portão, passou pelo buraco estreito que havia na cerca, andou até o banco dos reservas e sentou ao lado de Johnny um dos diversos amigos que Andy tinha arrastado para o beisebol
— Hey – ela o comprimento, bagunçando seu cabelo – Não aparece a tanto tempo que achei tinha ido dessa para melhor
— Vim ver o ultimo jogo da temporada, aposto cinquenta pratas que vamos perder– Jhonny disse sem tira os olhos do jogo
— Só faço apostas se tenho certeza que vou ganhar Johnny, guarde seu dinheiro. E por onde tem andado? Quer dizer tem um tempo que você não aparece – Andy perguntou desviando o olhar do jogo para o rosto de Johnny
—Se você não sabe eu moro a 9 quarteirões daqui, na parte mais “limpa” da cidade, se estava com saudades era só aparecer por lá
— Idiota! Só to perguntando por que todo mundo fica me enchendo o saco para saber onde você está e a senhora Rogers quer saber por que você não pareceu na terapia em grupo para “jovens potencialmente problemáticos”
— Aquele grupo me irrita, todo mundo é muito melancólico, parece que desistiram e entregaram a vida para sorte – Johnny desvio a atenção do jogo e se virou para Andy, só então ela percebeu como ele estava horrível, tinha olheiras profundas rodeando os olhos cinzentos, seu rosto estava mais fino, ele estava pálido a ponto parecer estar doente
— Você sabe que a maioria deles estão tão afundados em drogas que só a sorte mesmo para dá alguma esperança e na boa você tão deplorável quando eles, quando a senhorita Rogers te ver vai achar que você ta curtindo mais do que o baseado diário meu caro – Johnny apenas solto um meio sorriso com o comentário
A conversa se prolongou por mais 20 minutos, falaram de musica e de como os cigarros estavam caros, Johnny contou que havia um lugar legal chamado bar da Samyra, e que precisa levar ela lá, mas só de pensar que iria a um bar seu estomago dava volta, Andy bebia por curiosidade uma coisa ou outra que encontrava em casa, mas nunca a ponto do álcool subir, apesar de ser imprudente tinha plena consciência que era criança demais para certas coisas e apesar de não ter recusado o convite de imediato não iria ao tal bar nunca.
Quando o jogo finalmente acabou Johnny e Andy tinham voltado a falar sobre musica, Brad que estava jogando se sentou ao lado de Andy frustrado, como tinham imaginado o jogo foi um fracasso.
— Serio, porque deixei você me arrastar para essa droga de jogo mesmo? – Perguntou tirando o boné e acendendo um cigarro
— Por que você é um cara legal, e não tem nada para fazer nessa sua vida vagabunda – Andy respondeu tomando o cigarro da mão de Brad e o tragando, ele apenas fez uma careta e tomou o cigarro de volta
— Sabe...eu arranjei um trabalho lucrativo – Brad disse tirando alguns saquinhos com pó branco do bolso, Johnny deu um pulo do banco e pegou os saquinhos
— Cara, aonde consegui isso?
— Tenho minhas fontes, não posso sair falando para qualquer babaca que me pergunta – respondeu tomando os saquinhos de volta e os guardando no bolso
—Então isso seria cocaína? Você ta tipo...traficando? – Andy se sentiu idiota por perguntar, mais ao contrario de Johnny e Brad ela tinha pouco contato com as drogas, o máximo que vez foi dar pequenos tragos nos baseados de Johnny e tomar alguns goles de vinho.
— É umas das melhores que eu já provei, o traficando local morreu a uns 3 dias, estava precisando de grana e apareceu à oportunidade, não tinha como deixar passar! Vou vender aqui mesmo pelo parque, tira uma grana sabe, me virar na vida!
— Acho que não tem lugar melhor para o comercio mesmo, o que mais tem por esse bairro é viciados, vai vender como água – Johnny disse rindo e tirando seu cigarro de maconha de trás da orelha
Eles passaram o resto da tarde ali, e Johnny estava certo, em menos de 3 horas Brad havia vendido tudo, Andy nunca tinha o visto tão radiante, ele parecia estar nas nuvens e apesar de não ter admitido tinha se interessado pelo negocio, pensou na grana que podia conseguir. Com o dinheiro se mandaria de casa o mais rápido que pudesse e levaria sua irmã mais nova, Rachel, consigo.
Quando escureceu e teve que voltar para casa ainda pensava nas possibilidades que ter mais dinheiro poderia lhe trazer, estava tão sonhadora que não se importou quando chegou em casa e sua mãe lhe virou uma bofetada no rosto, estava traçando possibilidades, fazendo planos para o futuro.
Autor(a): dads_daii
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