Fanfic: Ruthless People (Adaptada, Vondy) | Tema: Rebelde

Ao ouvir a porta do quarto abrir e fechar, eu sorri para mim mesmo antes de saltar no chuveiro. Seria a última até que eu conhecesse minha futura esposa.
Ela gosta de ducha ou banheira? Eu não me importava, mas isso só provou que eu não sabia nada significativo sobre ela que não fosse seu aniversário, 13 de fevereiro de 1990, e alguns fatos pequenos. Todo o resto, seu pai deixava enterrado. Não havia fotos dela na mídia em lugar nenhum ou carteira de motorista. Nada, nem mesmo um fodido recibo com o nome dela. Ela era um fantasma. Se eu não soubesse
melhor, eu teria pensado que ela não existia.
Fazia sentido, no entanto. Eu faria o mesmo se fosse ter uma filha. Havia alguns fodidos loucos no mundo que não entendiam o que significava ser a prole de um líder da máfia. Família era tudo. Era a única coisa que meu pai tinha perfurado em nossas cabeças desde que éramos crianças.
Regra Um: Você mata pela família. Você morre pela família. Porque
você não pode confiar em ninguém.
Em meus anos inábeis como um pré-adolescente, um idiota mais velho achou que seria engraçado me empurrar para baixo em um lance de escadas na escola. Naquela noite, Alfonso e Christian queimaram a casa
dele, mas não antes de espancá-lo dentro de uma polegada de sua
vida. Quando eles voltaram e disseram ao pai o que tinham feito, ele deu a eles as chaves do Porsche e me disse para fazer notas. E fazer notas foi o que eu fiz, muito boas notas. Foi à razão pela qual eu era agora braço direito do meu pai, em vez de Alfonso, apesar do fato de que ele era mais velho. Alfonso não se importava embora, ele era o músculo,enquanto o nosso primo Christian ficava mais nos bastidores. Funcionava perfeitamente.
Regra Dois: Não faça prisioneiros e não tenha arrependimentos
sobre isso.
Pisando para fora do meu banheiro, lá estavam eles, meu pai, irmão e primo, todos vestidos nos melhores ternos que o dinheiro podia comprar.
— Você leu os arquivos que enviei para você, ou você estava muito
ocupado com sua puta? — meu pai perguntou encarando os arquivos na minha mesa.
— Ele provavelmente parou quando não viu nenhuma imagem. —Christian sorriu da porta quando Alfonso riu.
— Por uma questão de fato, eu fiz, mas eu não dou a mínima para
onde ela foi para a escola ou qual é sua cor favorita. A única coisa que eu queria saber não estava no arquivo. Pelo que eu sei, Dulce Saviñon poderia parecer um cavalo italiano.
Victor pisou em minha direção, tão alto como eu era, me impedindo de caminhar para o meu armário
— Pai-
— Você esqueceu o que está em jogo aqui?
— Como-
— Não me interrompa. — ele zombou, então disse, — Você parece esquecer que a única maneira que você vai ser a cabeça desta família é através do casamento.
— Não há nada lá sobre ela que me interessa.
Agarrando meu pescoço, ele me olhou. — Pegue a maldita pasta,
filho.
Recuando para fora de seu alcance, eu vi Christian de pé em minha mesa pronto para me entregar a pasta, enquanto Alfonso ficou um pé atrás, pronto para rastejar até a bunda do meu pai, se necessário.
— Eu não preciso da pasta. Eu li essa porra. ‘Dulce Maria Saviñon: Vinte e quatro anos, nascida em 13 de fevereiro, em um
desconhecido hospital no norte da Califórnia, única filha de Fernando e Blanca Saviñon, que emigraram da Itália, ambos adolescentes. Sua mãe morreu quando ela era jovem, e desde então Fernando a mantem trancada em um castelo. Ela foi educada em casa durante a maior parte de sua vida, até que ela foi para uma faculdade na pequena comunidade em alguma cidade em algum lugar de merda chamado Cascadia em Oregon’. Eu estou supondo que é onde a patinação no gelo foi inventada. — eu acenei para Christian antes de caminhar para o meu armário.
Envolvendo o laço vermelho em volta do meu pescoço, tanto Christian quando Alfonso bufaram com meu comentário enquanto meu pai estava à espera de mais.
— Fora isso, ela é uma fodida fantasma. Não há fotos. Nenhuma
impressão digital. Apenas um fodido fantasma para baixo na costa oeste, enquanto seu pai matava toda a família rival italiana e irlandesa dentro de um raio de cem milhas, antes de assumir as ruas deles. — no momento em que descobrimos quem eram eles, a costa ocidental foi completamente cortada para nós. Nenhum de nossa produção poderia entrar ou sair sem ser pego pelo - filho de uma cadela - e agora eles estavam trabalhando em direção ao sul, se juntando com os cartéis mexicanos.
Os italianos sempre tinham que espalhar a sua merda e colocar o
seu nome em tudo.
— A primeira e última vez que encontrei Dulce, ela estava no tiro ao alvo, enquanto seu pai e eu discutimos a possibilidade deste contrato em seu escritório. Nenhuma vez a escura cabecinha dela errou o alvo, e ela tinha nove anos. — meu pai disse.
— Eu deveria ficar impressionado? Nervoso? Exultante? Graças a Deus ela sabe como atirar. Ela ainda é uma mulher como outra
qualquer.
Ele não falou, mas atravessou o quarto, assim quando três
mulheres ruidosas começaram a bater contra a porta.
— Christopher, se apresse. Você tem que conhecer o Sr. Saviñon em uma hora! — a esposa do meu primo gritou do outro lado da porta.
Tinha que haver um limite para as fronteiras que um parente poderia cruzar. Se Christian não se importasse tanto com ela e ela não fosse da família, eu teria machucado ela.
— Lide com a sua mulher, — eu disse a ele.
Nenhum dos dois fazia qualquer sentido para mim. Christian era tranquilo, calmo, e mais pálido do que a neve, enquanto Maite era
alta, extrovertida, e bem... Latina. Meu pai ficou chateado por ela não ser irlandesa por cerca de dez segundos antes dele perceber que não tinha espaço para falar, vendo como minha mãe era mestiça.
— Christopher, pare de se masturbar, — Anahí, a mulher de Alfonso sempre
tão ousada disse. Todas as três estavam agora invadindo meu quarto.
— Nenhuma de vocês foram convidadas para entrar- Anahí riu. — Nós vimos a sua prostituta correr daqui como um
morcego saindo do inferno, então nós achamos que você estava se preparando.
Saindo, Alfonso e Christian sorriram como idiotas loucos em suas esposas.
— Se você se preocupa com sua vida, você vai levá-las para longe
de mim e rápido, — eu disse através dos meus dentes.
— Está ameaçando as minhas filhas? — perguntou minha mãe.
— Sim, como sempre, — disse Maite, rindo, antes de dar a ela
um abraço. Claro, minha mãe retornou o abraço, a traidora.
— Pelo amor de Deus. Saia! — eu iria matar todos.
— Não levante a voz para mim, meu jovem. — os olhos verdes da minha mãe se estreitaram, fazendo Alfonso rir sem rodeios.
— Diga a ele, mamãe, — disse ele. Implorei a ela.
— Esses malditos olhos de vocês, — ela murmurou, e eu sabia que tinha vencido.
Obrigado fodido Jesus.
— Eu acho que nós já tivemos o suficiente por enquanto. Vamos
deixar que o menino se vista em paz, — disse ela, e eu teria levado como ofensa pelo comentário ‘menino’, mas eu só precisava deles saindo sem recorrer à força letal.
— Nos deixe saber se você precisar de ajuda para se vestir, querido, — ela adicionou quando eles saíram.
Onde diabos eu estava indo, um baile de formatura?
— Eu sou um homem adulto, mãe.
Seus olhos verdes se estreitaram. — Os homens crescidos de
verdade não usam prostitutas.
Com isso, todo mundo riu antes de fechar a porta, mas eu ainda podia ouvi-los.