Fanfic: O Garoto dos Olhos Castanhos (Adaptada) Finalizada | Tema: Vondy

 – Não é isso – respondi, balançando a cabeça. – Isso não está certo – insisti, apontando para nós dois.

 – O que você quer dizer? – Ele parecia confuso. – Você não tem que passar por isso, Christopher – tentei fazê-lo entender, olhando em seus olhos.

 – Você não precisa ter pena de mim.

 Pena. Esse era o único motivo pelo qual eu acreditava que ele ainda não tinha saído correndo. Qual é, até alguns pais biológicos tentavam fugir, e esse cara, além de não estar indo a lugar algum, queria se envolver. Provavelmente a ficha dele ainda não havia caído e quando isso acontecesse eu encontraria minhas malas do lado de fora, esperando por mim no hall do elevador. Se isso não acontecesse, eu o levaria até o hospício mais próximo e mandaria interná-lo.

 – Eu não tenho pena de você, Dulce. – Ele estava ficando irritado. – Eu estou APAIXONADO por você! – gritou. – É tão difícil colocar isso nessa sua cabecinha dura?

 – Como você pode estar apaixonado por mim? Nós mal nos conhecemos. – E como eu estava apaixonada por ele então?

 – Para com isso! – continuou a gritar e se levantou da cama. – Eu não sou ele, você não vai conseguir me afastar. – Se tudo corresse como eu previa, eu não precisaria mover um dedo para que isso acontecesse; minha barriga falaria por si.

 – Eu não estou comparando – me defendi. Será que eu estava sendo sincera? Nem eu sabia mais.

 – Então do que você tem medo? – perguntou me olhando fixamente e parando de andar pelo quarto. – Por que você está me afastando? Então ele tinha percebido…

 – Eu não tenho medo de nada. – Tenho medo de que você me abandone, porque eu também estou apaixonada por você!, gritei dentro da minha cabeça. – Só não quero arrastá-lo para dentro de tudo isso.

 – Você não gosta de mim? Eu fui só mais um cara na sua vida, é isso?

 Seu olhar me queimava. Eu tinha poucas opções no momento: ou eu me entregava e saía machucada no fim, ou eu o recusava e saía machucada agora. Ambas alternativas eram ruins, então optei pela que me daria um curto prazo de felicidade a mais.

 – Você está apaixonada por mim? – insistiu ele ao não ouvir minha resposta.

 – Desde o dia em que roubei seu sorvete – confessei. Mal as palavras saíram de minha boca, eu fui tomada em seus braços. Ele me beijou alucinadamente, me consumindo, me derretendo, fazendo com que eu me arrependesse do momento em que o deixei entrar na minha vida.

 Christopher me pegou nos braços e me tirou do quarto, levando-me até sua cama. Voltou apenas para trancar a porta e subiu em cima de mim, me pressionando de forma cuidadosa, sem soltar seu peso sobre meu corpo.

 – Então seja minha.

 Ele não precisava pedir duas vezes. Empurrei seu peito e fiz com que ele se sentasse, retirei minha blusa pela cabeça e puxei sua camiseta. Ele levantou os braços para que eu conseguisse puxá-la, e passei minhas mãos por seu peito torneado e cheio de músculos, sentindo sua textura, sua maciez. Empurrei-o sobre o encosto da cama e montei em seu colo, colocando as mãos atrás das costas e soltando meu sutiã, sem desviar meus olhos dos dele. Christopher me observava atento, como se estivesse me vendo pela primeira vez. Ele encostou seus lábios nos meus suavemente e foi descendo até meu pescoço, fazendo com que eu me arrepiasse por completo. Beijou minha clavícula e desceu até meus seios, segurando-os com ambas as mãos enquanto fazia sua boca explorá-los. Eu podia sentir sua excitação por baixo de mim e, naquele momento, não havia mais nada que eu quisesse além dele.

 Joguei a cabeça para trás e gemi, sem me importar se eu seria ouvida ou não, eu estava louca por ele. Christopher me virou para que eu ficasse embaixo dele e com a mão ágil se livrou do meu short e de sua calça jeans. Ergui o tronco para admirar seu corpo sob a luz da lua. Nunca tinha visto algo tão perfeito em toda a vida e ele me olhava como se sentisse o mesmo, como se partilhássemos o mesmo segredo.

 – Eu esperei você por tanto tempo – sussurrou no meu ouvido.

 Quando ele finalmente me preencheu por completo, eu soube o que era ser realmente amada. Eu soube o que era fazer amor. Embora eu tivesse achado que já soubesse, isso estava longe da realidade. Ele foi tão cuidadoso, tão preciso e ele parou…

 – O que foi? – perguntei erguendo a cabeça.

 – Eu não quero machucá-la – disse sem fôlego.

 – Você não está me machucando – respondi irritada. Termina o serviço, pô!

 – Não, você… – disse sorrindo. – Talvez nós não devêssemos…

 – O médico disse que podia, Christopher.

 Eu ia bater nele. Vi a dúvida em seus olhos, a preocupação, e me perguntei se seria realmente possível um homem fazer com que uma mulher se apaixonasse por ele todos os dias como Christopher fazia comigo.

 Ele tomou sua decisão e voltou a me beijar, sendo cuidadoso ao extremo e até irritante. Fizemos amor como se eu estivesse sendo amada pela primeira vez na vida.

 Tem forma melhor pra terminar o ano do que a primeira vez Vondy? Acho que não! Até semana que vem pessoal. Feliz ano novo!