Fanfics Brasil - Inferno Privado Filhos do Prazer

Fanfic: Filhos do Prazer | Tema: Romance,Drama,Crime,Morte,Horror


Capítulo: Inferno Privado

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                Filhos do  Prazer


 


De;Carma_Ash


 


“Poucas pessoas  conseguem  assumir,porém todos  nós  temos  um pouco de maldade.Não  somos  completamente  anjos  ou  completamente  demônios,mas  temos  um  lado  sombrio que convive  ao  nosso lado.”


 


Vingança.


Era  tudo  o  que Haley Menson  desejava.


Após  a morte de  sua  mãe – sua única família – Haley  entendia agora  o  significado do termo “vingança”.


Haley  nunca  conheceu  seu  pai.Todas  as  vezes  que  o  mencionava para sua mãe,ela  sempre  dizia  que  ele  era  um canalha,um  covarde.Ou  até  mesmo,mudava  de  assunto.Sua mãe   sempre  dizia  para não  confiar  nos  homens,eles  eram  manipuladores,não  confiáveis.


Fora  assim que,Haley Menson Tomlison  nutriu  seu ódio  pelos  homens.


 


Haley  nunca  experimentou  a felicidade.Quando  era jovem,sempre  via  sua  mãe  vaguear  pela casa,com os  olhos  fundos e  opacos.Ela,nunca  acreditou  em  felicidade.Ela,era  como um  bolo  sendo  consumido  pouco à  pouco,e  quando  menos  se  espera,ela  se  acaba.


Na  quarta  feira  de dezembro,exatamente  às  8;00,dois  homens  apareceram.Eles  vestiam  longas  jaquetas  grossas  e  calça  jeans escuras,mas  não  era isso  que a incomodava.


Raramente  vinha  cliente  naquele  horário.


E não era  só  isso,o  clima  naquele  lugar,de repente ficou tenso  com a chegada  deles.Sua  mãe,parecia  ter  sentindo  pelo seu  rosto  franzido.


Tudo  passou  rápido demais para que Haley pudesse  processar.Em  questão  de  alguns  minutos,o  homem  com  uma  cicatriz  atravessada  no  rosto,segurava  uma  faca  onde  a mesma  estava  cravada  no  estômago de sua mãe.Haley  abriu a boca,mas  viu-se  incapaz  de  transmitir  algum  som.


Ela  se  sentiu  presa  por  dois  braços  musculosos,incapaz de ajudar  sua única  família,Haley  se sentiu  uma  inútil.


- Agora,vamos  cuidar  dessa  gracinha... – Disse  o  homem  que a segurava por  trás.Sentiu a  força  do  impacto  do  seu corpo  contra o  chão,sentindo  seus  músculos  doerem  com a batida.Gemeu  internamente.


Mas  o  pior  viria  por  fim.


Sentiu  um  peso  sobre  seu  corpo,tentou  lutar  contra  as  mãos  que  apalpava  seu  corpo,mas nada  adiantou,apenas  mais  dor.O  homem  que a prensava  no  chão  rasgou suas  roupas  deleitando-se  a  cada  movimento.Um  sorriso  formou-se  naquele  rosto  imundo e  nojento.Ele  então,tirou  seu  membro  pulsante  de  dentro  da calça, encaixou entre  a intimidade  de  Haley  forçando  tudo para  dentro.


E a tortura  começou.


Haley  nunca  sentiu  tanto  ódio e nojo em  sua  vida.


Ela  esmurrou-o  no  peito,fez  de tudo  para  sair  dali  e correr,correr  até  suas  pernas  falharem.Ela  sentiu  um líquido  escorrer  sobre  sua  face.


Sangue.


Arregalou  os  olhos surpresa.


O  estupro  durou  por  algumas  horas,até  finalmente  o  homem  se  cansar  e retirar  seu  membro  de dentro  dela.Um  grunhido de prazer  encheu  seus  lábios  enquanto  via  a  garota  tão  indefesa,tão  assustada.


Acabou.


Tudo  acabou.


Sua  única  família  fora  tomada de  si,juntamente  com a sua  pureza.


Ela  queria  chorar,mas  não  encontrou  lágrimas  para  tal.Se  sentiu  tão  sozinha,tão  quebrada.Levantou-se  lentamente  sentindo todo seu corpo  reclamar  com  a dor.Foi  até  seu  pequeno  quarto  ao  lado  da  sala de  estar,ignorando  o  fato de  estar  nua.


Pegou  algumas  peças  de  roupa  dentro da  guarda-roupa,tomou  um  longo banho  esfregando  seu  corpo  por  horas,até  sua  pele  ficar  vermelha.Gritou,gritou  por  todo o  seu  pulmão  até  sua  garganta reclamar.


Já  se  sentindo bem,vestiu-se  com  roupas  escuras, penteou  seus  longos  cabelos  loiros  e juntou  algumas  coisas  necessárias  para uma  viajem.Parou  a  onde  o  corpo  de  sua  mãe  estava  atirada.O  sangue  manchava  o  piso de assoalho,seus  cabelos  escuros  agora,estavam  rubros.Sua  boca  estava  aberta,e  seus  olhos  estavam  vidrados  de  horror.


Ela não  poderia  sair,antes  de prestar  um  enterro  digno,não  é?


Após  se  prestar de  luto,andou  até  um  pequeno  quarto  onde de  lá  tirou  um  litro  de  gasolina  e um fosforo. E,em  alguns  minutos,a  casa  estava  sendo  consumida  pela chama  que  dançava  sobre  o  vento  da  noite.


E  dali em  diante,Haley fez  uma  promessa que,sempre a  perseguirá.


 


Haley  havia se  hospedado  na  casa  de sua  antiga  amiga,Emily.A mesma,havia  sido  pega de  surpresa  pela  aparição repentina  de  sua  antiga  colega  de  quarto  da  faculdade,e  sua  melhor  amiga  desde  então.Ao  encontrar  sua  amiga completamente  mudada,Emily  decidiu  não  questionar  nada.


- Então,como  vai? – Perguntou  enquanto  preparava  um  chá  caseiro.


- Lidando com a vida... – Respondeu  enquanto  deslocava  seu  olhar  para  Emily.


- Como  sua  mãe está? – Perguntou,sem  saber  que  esse  foi  seu  pior erro.


- Morta. – Disse simplesmente  fazendo  com  que  o copo  fulminante em que,Emily  segurava,se  espatifasse  no  chão quebrando-se  em pedaços. 


- O que? – A  pergunta soou  como  um  sussurro.


- Ela está morta.. – Haley  elevou  um  pouco a voz,embora  estivesse  absolutamente  baixo  para  seu  hábito.


- Por quê?Como?Quando  isso  aconteceu? – Soltou  suas  perguntas  sem  se  importar  se  Haley  ficaria  chateada.


- Isso  não  importa  agora... – Começou – O  mais  importante  é  que  eu  preciso de  um  lugar para ficar..


Emily ficou em  silêncio,não  sabia  como  reagir  aquilo.Embora  Carly Beth,mãe  de  sua  melhor  amiga  da  faculdade,não  fosse  sua  “amiga”,ou  alguém  bem  chegado,Emily  não  deixou  de  estar  surpresa.


E abalada.


Afinal  de  contas,era  mãe  de sua  melhor  amiga,como  poderia  não  estar surpresa?


- Eu...Meus pêsames... – Falou desajeitada. – E  é  claro  que  pode  ficar  aqui,pelo  tempo  que  desejar!


Sorriu.


Um sorriso  forçado.


Haley,ignorou  isso.


 


Ele  não  queria  estar  ali.


Não queria aquela  vida.


Tudo era  tão  injusto.


Perdeu  seus  pais  num  incêndio  por culpa  de  um  filho da  puta,e  agora  perderá a única  pessoa  que  o  amou  verdadeiramente.


Riu  amargamente enquanto  pensava  o quanto  o  destino  gostava  de  brincar  com as  pessoas.Como  se  os  seres  humanos  fossem  apenas  peões  num  jogo  insano.A  chuva  caía  delicadamente  sobre  o  topo  de  sua  cabeça,molhando  seus  fios  negros.


Não  tinha  nada  mais  negro,como a  cor de  seus cabelos.Dizia  sua  mãe.


Fungou  quando  olhou  mais  uma  vez  para a lápide  de  sua  doce  amada.


“Para  a mulher  mais  linda,e  doce  desse  planeta.”


Era  uma  frase  simples,mas  para ele  significava  tudo.


Apertou  as  mãos  em  punho,sentindo a  raiva  o  consumindo e  da  raiva,ele  sabia o  que  virinha.Vingança.


Uma  sede  de  vingança  imparável.


 


Uma  vez,ele  era inocente.


Mas  sua  inocência  fora  arrancada  juntamente  com sua alma.


Uma  vez,ele  tinha  amigos.


Mas  eles  o apunharam pelas  costas.


Uma  vez,ele  conheceu  o  amor.


Mas  ele  fora  destruído.


Sim,doeu.


Doeu  muito.


Mas  ele  prometeu  nunca  mais  se  entregar  novamente.Nunca  mais  acreditar  verdadeiramente  e cegamente em  uma  pessoa.


~


Sentia-se  acabado.Como se  um  enorme  peso  fosse  colocado  em  seu  corpo.Ele  poderia  muito  bem  acabar  com  isso  em  1 segundo,mas  ele  não conseguiu.Ele  não  podia.Ele  tinha  algo  à fazer,algo que,não  podia adiar.


 


Seu  corpo  pendia  sobre  o  balcão,seu  olhar  analítico  observava  à  tudo com  um  olhar  predador.A  caneca  fora  colocada  na  mesma,o  líquido alaranjado  transbordava  molhando  a madeira  velha onde  pendia  seu  corpo.


Tomou  um  gole  de  cerveja,e  olhou  o  local.


O  bar  estava  cheio  naquela  manhã,haviam  perdedores  e  bem  sucedidos. Não  economicamente, bem  sucedido  na  vida.Aquilo  que a vida  não  conseguia  tirar,eram  bem  sucedidos.Shawn  se colocava na primeira  categoria.Um  perdedor...


Ele  havia  perdido tudo,seus  pais,aqueles  que  pensava  ser  seus  amigos,e  seu  grande  amor.Tudo,desmorou.Só  sobrou a  imagem.A  fama,o  dinheiro  e o  poder.A  maioria era  homens,as  mulheres  eram  poucas,a  maioria  eram  prostitutas.Algumas  lançavam-lhe  sorrisos  cheios  de segundas  intensões.


Shawn  suspirou.


Alguém  abriu  a  porta  traindo  a atenção de Shawn.Uma  garota de  dezesseis  atravessou  a  porta  atraindo olhares  tanto  dos  homens,tanto das mulheres.


A  mesma  sentou  ao  seu  lado,sem  desviar  do  olhar curioso do barmen.


- Preciso  de  informações... – Disse  calmamente.O  barmen  pareceu  não  se  alterar,ou  então,escondia  isso muito bem.


- Desculpe,mas  nós  não  damos informações  à estranhos... – Comentou  o homem,enquanto limpava  a  caneca  de  cerveja  com  um  pano  num  movimento  circular.


A  garota  sorriu.


E  em  menos  de  5 segundos,uma  arma  estava  apontada  para a cabeça do  homem.


- Quem  são eles... – Disse  tirando  uma  imagem de  dentro  do  bolso da jaqueta.Todos  pareciam  chocados  com a cena,ninguém  ousava  fazer  sequer um  movimento brusco.Menos Shawn.Ele  a avaliava  como  se  ela  fosse  a peça  mais rara em sua frente.


- Eles  são  os Yakuza  senhora... – Disse o  barmen engolindo em seco.


- Obrigada,e desculpe  pelo incomodo... – Falou a  loira com  um  sorriso no rosto.


A  loira  se  afastou  até  não  poder  mais ver  sua  silhueta, mas  a  tensão  ainda  pendia  no  ar.Pela  primeira  vez  naquele  dia,Shawn  sorriu.


 


Haley  sorriu  coma  informação  que  acabou de  obter.Agora  só  bastava  que  tudo  desse  certo.A  arma  havia  conseguido  com muito custo,mas  havia  valido  à pena.Andou  mais  alguns  quarteirões  até  parar  num  beco  sem  saída.


Tirou  rapidamente  a  arma  da cintura.


- Quem está aí? – Gritou  claro e  alto.Não demorou  muito  para  seu  perseguido aparecer  entre  as  sombras.


- O  que  você quer? – Gritou.


- Ouvi  que  você está  interessada  sobre  o Yakuza... – Falou,embora  estivesse  escuro,Haley sabia  que  por  trás,havia  um  sorriso presunçoso.


- Sim,você  sabe  sobre  eles? – Perguntou  Haley  acalmando a voz.


- Claro,como eu  não saberia sobre  o  meu maior inimigo? – Um  sorriso atravessou  os  lábios  de  Haley.


- Vejo  que  você  está  muito interessada  neles... – Começou – O que quer com eles?


- Vingança... – Seu  sorriso  aumentou e  sem  eles  saberem,seus  destinos  estavam  traçados  para  sempre.


 


Dylan,vivia  uma  vida monótona.Sua  família  acabará  de  se  mudar  para a  cidade  de  Charlotte,e  tudo parecia  calmo – calmo de mais,para  seu  gosto.-Ele  não  gostava  de  coisas  fáceis,ele  gostava  do  vento  bater  em  seu  rosto,da  adrenalina  percorrer  seu  corpo até  entrar  em  torpor.


Dylan,suspirou.


- Dylan,querido,me  passa  as compras! – Gritou  sua  mãe  lá  de  cima.Dylan  resmungou  algo incoerente.


- Existe  empregadas para isso,mãe... – Disse  desarrumando  seus  cabelos.


- Dylan,querido,não seje  mau com sua mãe! – Era  naqueles  dias,que  Dylan  desejou  sumir.


~


Dylan olhava  para  os túmulos  de  seus  pais,que  agora  descansavam  no leito da morte.Ele  desejou ter  aproveitando  o  tempo  que  ele  tinha com eles.Suspirou.O  motorista  que antes aguardava ao lado da limousine,estava  do  seu  lado segurando um guarda-chuva.


- Senhor,devemos ir embora... – Disse.Dylan  olhou  para o  céu  cinzento não percebendo  a chuva  que  caía  sobre  sua  cabeça.Dylan  assentiu.


 


Ele  não  queria  mais acordar  nesse  pesadelo  chamado vida.Dylan,como  líder  da  Yakuza,tinha  uma  vida  um  tanto que agitada,mas  ao  mesmo  tempo,monótona.A casa  que  antes  era ocupada  por  seus  pais,agora estava vazia.Não  vazia por móveis,mas  sim  vazia.Vazia  pela  falta  de  risos alegres  de  sua  mãe,e  dos  costumes  de  seu  pai  ao  falar  respostas  curtas.


Dylan,sentia  falta de sua antiga vida.


Respirou  fundo  quando inalou  o  cheiro de cigarro.


Scotte  estava  na  sala  de  estar  ascendendo  um  de  seus  cigarros.


- Quantas  vezes  eu tenho que repetir... – Começou Dylan – Nada  de  cigarros aqui!


Sua  voz  continuou  neutra,mas  quem  o  conhecia  sabia  que,Dylan  La Cruz Santos  odiava  cigarros.


- Você  precisa relaxar... – Disse Scotte  revirando  os  olhos. – Estou reportando notícias...


Scotte  apagou  o  cigarro  e logo em seguida,jogou-o fora.


- A algumas  semanas começaram a morrer membros da nossa  organização... – Disse  calmamente.


- Vamos para minha sala... – Falou Dylan  seguindo  o  caminho para  o  antigo  escritório de seu pai.Atravessaram  um  corredor  extenso  com  várias  curvas  dando para diferentes  salas,havia alguns  quadros  aqui  e ali de  sua família,mas  Dylan  não  se  importava  mais.


Já  havia  se  acostumado  com  o  vazio e  as lembranças  perturbadores do seu passado.Pararam  numa  porta de madeira grossa  polida,Dylan  empurrou  a  mesma  dando  passagem  à uma  enorme  sala.


No  centro  havia  uma  mesa  cheio  de  papelada  não  preenchidas  e  alguns móveis à mais.


- Fale... – Falou  Dylan mais como uma  ordem.


Scotte  pigarreou.


- Bom,desde  os  últimos  dias,nossa  mercadoria anda  sumindo,nossos  homens  nunca  voltam,e quando  os  encontramos,estam  mortos  com a marca da Serpente.


Dylan  pareceu  ponderar  sobre  o assunto.


- A Serpente  está  se  mexendo... – Sussurrou,mas  fora  o  bastante  para  Scotte  ouvir.


- Já  liderei  alguns  homens  para  se manterem em guarda,caso a Serpente tente  alguma  coisa.


Dylan  assentiu.


- Bom...Aumente  a segurança  também.Qualquer  movimento  estranho,atirem  para  matar.


Scotte  assentiu,era  hora  de  se  mexerem.


 


Haley  nunca se  imaginou  entrar  para  uma  organização do mal.Mas,desde a  morte  de  sua  mãe,ela  mudou.E muito.Ela a gora  morava  num  pequeno  apartamento  que  alugou após  ter  se  juntado  com  a Serpente.Emily,ficou  mau  no  início,mas  rapidamente  aceitou.


Haley  suspirou.


Mudava  freneticamente  o  programa  que  passava  na TV,até  parar  no  noticiário local.


- Nestes  últimos dias  foram  encontrados corpos  coma marca da Serpente. – Começou a repórter  dando  uma  breve  pausa.


- Parece  que  os  Yakuza e a Serpente  estão  se  movimentando  outra vez...


- A nossa  Repórter Jenne  Jonns  está  no  exato  local  onde  foram  assassinados 7 homens da Yakuza,na  calada  da  noite às 00;00.Os  policiais  não tem nenhuma pista por enquanto...


Haley  sorriu e  mais uma  vez,mudou  o  canal.


 E  pela  primeira  vez,Haley se sentiu infinitamente  feliz.


Vocês  vão cair um  por  um,Yakuza...Se  prepare,pois  eu  estou  vindo!


Com  esses  pensamentos,ela  sorriu  um  sorriso diabólico.


 


Shawn,observava  o  céu  estrelado.


Ele  se  lembrava  sobre  os  belos momentos com Khaterine – sua  ex namorada – que  agora  estava  à  seis  pés  debaixo do chão.Shawn  suspirou,para  ele,não  tinha  alguém  melhor  como  ela.


Seus  cabelos  loiros  caíam  perfeitamente  nela.


Seus  olhos  azuis  lembravam  um oceano  calmo.


E  seu sorriso...


Oh!Como  ele  sentia  falta de  seu  sorriso  contagiante!


A Serpente  começou  a  se  mover,as  coisas  andaram  bem desde há entrada da  garota estranha...


Yakuza  teria  uma  bela  dor  de cabeça...


Shawn  sorriu  malicioso.


O  sangue  ensopava  sua roupa,seus  cabelos  antes escuros,agora  estavam  rubros com a  tonalidade do  vermelho  (sangue).Olhou  para  os  corpos úmidos,deitados sobre  o  chão,onde  o  líquido  escarlate   manchava  suas  roupas  e  o  chão onde pisavam.Havia  uma  grande  poça ali.


Andou  meio  caminho até ser parado  por  uma dupla de casal  que,por  azar  passou  por  ali.Eles  arregalaram os  olhos surpresos,tentaram  correr  mas  foram parados  por  uma  bala atravessando  o crânio.O  casal  caiu  no  chão, jazendo  mortos.Shawn continuava  na  mesma posição,enquanto  observava  a poça de sangue se formar  por entre  os  corpos mortos.


Lentamente  desceu  seu  braço,onde  segurava a arma.


“A maldade  se esconde na  malícia de palavras pronunciadas,por  pessoas  de coração vazio  sem  nada  a acrescentar.”


~


Caiu  desacordado  no  chão,as  garrafas  vazias  provavam  o  quanto  ferido  ele  estava.O baque surdo,fora  preenchido  com  o  corpo desajeitado de Shawn.O  emsmo,pronunciava  coisas  desconexas,não  se  importando se alguém iria  notar.


‘Onde  a maldade  era  fria e intensa  como um banho de gelo.Como s e  visse  alguém beber águe e descobrisse que tinha sede,sede  profunda e velha.Talvez  fosse  apenas  falta e vida;estava  vivendo menos do que se podia e  imaginava que sua sede pedisse  inundações.Talvez  apenas  alguns  goles.”


Shawn  aprofundou-se  no  seu  subconsciente,e  antes  que  fosse  preenchido  de   maldade e vingança,viu  por  última  vez  sua  parte  sã.


~


Afundou-se na  poltrona, Alfonso  estava  à  sua  frente  preparando uma investida  contra os Yakuza.


- Descobrimos  onde  eles estão reunidos  para entregar  a mercadoria. – Disse  calmamente ainda mantendo  as  costas eretas.Shawn  suspirou.


- Ótimo, destrua a base e  peguem a mercadoria... – Falou  finalmente.


A  porta  abriu-se e de lá,saiu uma Haley  furioso.


- Eu quero  participar! – Falou  entre dentes.


-Você  acabou  de  entrar... – Falou  bufando. – Além  disso,tenho uma outra  missão pra você.


Haley  sorriu  por  fim.


- Pode  ir... – O homem  assentiu  antes de deixar a sala. – E você,quero  que  entregue umas drogas  para um viciado qualquer.Ele  irá pagar bem.


Ele  sorriu  quando  viu  a fúria em  seus  olhos.


- Eu quero uma difícil! – Griutou.


De repente,Shawn  ficou sério.


- Eu  estou  pouco me importando o que você quer... – Começou  friamente. – Você  vai fazer  a  porra  que eu  mandar!


Ela  ficou  em  silêncio por um tempo,confrontando  os  olhos  escuros de Shawn.Ela  saiu  contrariada e frustrada  pisando  fundo.Ele  respirou  fundo,precisava  se  acalmar  o  máximo que podia  antes  de mandar  esse  lugar  pelos ares.


Pegou  um  fumo de  seu  bolso  e  cigarro, ascendeu-o  observando o  fogo  com fascínio.


Inalou  a fumaça  sentindo suas tensões evaporarem.A  droga  rodava  em  sua  cabeça,o  levando  para  longe.Longe  daquele  inferno chamado vida.


 


Jenne  Jonns,era  uma mulher  culta.Ela  sempre  se  mantinha  na  linha  desde  seus  5 anos de idade.Desde  jovem,ela aprendeu  que  ela era  diferente.Diferente  das  outras  crianças.Ela  era  especial.Ela  tinha  um  dom que  ninguém  mais  tinha,ela  era  inteligente,bonita e carinhosa.


Sua vida  era  perfeita.


Pelo  menos  ao  seu  modo.Em  sua  mente,tudo  tinha  que  ser  perfeito.Sua  mãe  era  uma  advogada  renomada,a melhor  de  todas.Seu  pai,era  um cirurgião de trauma,um  ótimo médico.Tudo  era  perfeito.Ela  era  perfeita.


Atualmente,Jenne  Jonns  tinha  seus  vinte  anos,solteira   e vivia  numa  casa própria.trabalhava  como  repórter  no  noticiário  local  e tinha  como sua  única amiga,Isabella  Monteiros.À  seu  ver,tudo  perfeito.


A  mesma  tentava  encontrar  algum furo na notícia  do ano,as  duas organizações  mais temidas,Yakuza  e  Serpente.Fora  divulgado  ontem  as  mortes de sete  membros  da organização Yakuza  seus  corpos,foram  encontrados na  parte  mais  perigosa da  cidade,embora a mesma  seja pacífica.


Havia  apenas alguns relatos  de  morte e assalto, mas  desde  a  morte dos membros da organização mais temida,o  nível de crime cresceu  sendo  frequente  à  noite e de dia.Alguns  policiais  rondavam  o beco,onde fora  cometido o crime.Jenne  não  se preocupou  com  isso.


- Com licença... – Disse  para  o  policial mais próximo. – Mas  eu gostaria de receber  algumas informações do caso  da Serpente.


Perguntou  Jenne  usando  seu  charme  feminino para  ganhar  informações úteis.


- Desculpe senhorita,mas  não  é permitido  repórteres aqui... – Disse  o  policial indiferente.


Jenne  ficou surpresa.


- Tudo bem... – Suspirou derrotada. – Quanto  você quer,por isso? – Perguntou.


- Senhorita,eu  não quero  o  seu  dinheiro,e vou  ser  o  mais claro possível.


-  Vá  agora,ou  terei  que  prendê-la  por suborno... – Dizer  que Jenne Jonns  estava chocada,era  um eufemismo.


Pela  primeira  vez,Jenne Jonns  Martinez  não conseguiu o que queria.


 


Haley  estava  furiosa.


  A Missão  que  havia  dado,fora  uma  completa  inutilidade. A  única coisa  que fez  fora  receber  uma  maleta cheio de dinheiro em troca de um quilo de droga e cocaína.Shawn teria  que  a ouvir.


Resolveu  parar  numa cafeína primeiro,seu  dia fora  muito  exaustivo  para  lidar  com Shawn,além  disso,notou  que  nos  últimos  dias,Shawn  parecia  frustrado.Fez  seu  pedido  rapidamente,ainda  tinha  coisas  para  resolver.Seu  pedido  não  demorou á chegar,bebericou  um  pouco do seu café,sentindo a quentura  descer  por  sua  garganta  fazendo com que,seus  problemas  desaparecessem  como  folhas para o vento.


Olhou  para  o  lado somente para se chocar com os olhos escuros  de  um  homem de provavelmente uns 23 anos.Seus  ombros  largos  o davam uma postura atlética,ele  tinha uma barba mau feita que o deixava completamente sexy.


Haley  sentia  que  não  podia mais desviar  o  olhar.Se  sentia hipnotizada  pelo olhar escuro  e inexplicável do homem á sua frente.O  mesmo  sentou-se  um  pouco afastado  da  sua  mesa,notando o olhar analítico de Haley,ele  desviou seu olhar.


O  mesmo  fez  seu  pedido,ignorando  o  olhar  estranho da garota loira.Esperou  por  alguns minutos  seu  pedido estar pronto até finalmente  ir embora.Não  demorou  muito para que seu pedido estivesse na mesa,acompanhado do sorriso malicioso da garçonete.


Dylan suspirou.


Olhou  pela  janela  enquanto  batia  seus  dedos  freneticamente  sobre  a  mesa, provocando um leve ruído.Tomou  um  gole do seu café,sentindo  o doce líquido descer  por  sua  garganta,colocou  o dinheiro na mesa se  levantando logo em seguida após acabar  o pedido.Saiu  da  loja,ainda  sentindo o olhar analítico da loira.


~


“Precisamos resolver nossos monstros secretos, nossas feridas clandestinas, nossa insanidade oculta. Não podemos nunca esquecer que os sonhos, a motivação, o desejo de ser livre nos ajudam a superar esses monstros, vencê-los e utilizá-los como servos da nossa inteligência. Não tenha medo da dor, tenha medo de não enfrentá-la, criticá-la, usá-la.”


Sanidade.


Era  uma coisa que ele não tinha.Como  traficante  de  pessoas,drogas,e  assassino,Dylan  não  tinha tais sentimentos.Ele  observou  crianças,idosos e  adultos implorarem  por sua vida miserável,chorando impulsivamente  ajoelhados  e  rezando  para que um deus o escutassem.Dylan,apenas  continuou observando com uma expressão neutra.Ele  não  se  importava,podiam o chamar de qualquer coisa,monstro,sem coração,desumano etc,mas  ele  não se importava.


- Leve-os daqui... – Disse  secamente.


- Não,por favor! – gritou um homem de meia  idade.O  mesmo  foi silenciado por um chute na garganta fazendo-o  cambalear.Dylan  apenas  se  afastou,os  gritos  se  afastavam em cada  passo,e  quando esteve longe  o  suficiente para tomar o seu doce vinho importado.


 


Jenne  suspirou enquanto  bebericava seu chá de camomila,seus  dedos  passeavam  pelas  folhas  soltas,enquanto  seus  olhos  castanhos  procuravam minusculamente  algo que possa a ajudar.


Desde  as  últimas  semanas,a Serpente e Yakuza começaram a se movimentar,mas por que só agora?Sinto que tem um motivo  por trás  disso...Ontem  houve  a explosão do galpão  onde os Yakuza  transportavam drogas,muitas  pessoas  morreram naquela explosão.Mas  por que não pegaram a mercadoria?


Talvez  estejam apenas se alfinetando até  o  ponto em que o outro jogador se  canse...isso  também  os beneficiaria, mas  ainda  sim,por quê só agora?


Yakuza e  Serpente  sempre inimigos declarados,mas  ainda  assim nunca elevaram o nível.


Respirou fundo.


Bom...Se  eu  soubesse  que  iria dar tanto trabalho,iria ficar como modelo!Pena que eu gosto de mistérios.


Com esse pensamento Jenne sorriu.


 


Shawn  sorriu  ao ver o estalar dos ossos  se  partirem,ele  riu  quando viu o horror em seus  olhos,sua  língua  umedeceu  seus  lábios secos  ao  ouvir  os  gritos de  dor  do homem à sua frente.O  mesmo  estava  preso  numa cadeira de rodas  incapacitado de sair.


Seus  machucados  estavam  abertos,faltava  uma orelha em  sua  cabeça,enquanto  seu  nariz  estava  danificado pelos socos recebidos.Sua  boca  tinha um longo corte,sua  blusa  antes  branca  estava  ensopada  de  sangue,seus  olhos  quase  não conseguia se manter aberto.


Suas  pernas  estavam em carne viva – um completo moribundo – era  o que se passava em sua mente doentia.


- Arranque cada dedo de seu pé... – Um sorriso psicótico formou-se  em  seus  lábios,quando viu o homem arregalar  os  olhos em choque.


- Não!Por favor! – Gritava  com  todo o seu pulmão,o sorriso de Shawn  aumentou a  cada  grito  de  dor,a  cada  súplica e a  cada  pedido de perdão.


Shawn,se  sentia  um Deus.



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Autor(a): carma_ash

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