Fanfic: Filhos do Prazer | Tema: Romance,Drama,Crime,Morte,Horror
Filhos do Prazer
De;Carma_Ash
“Poucas pessoas conseguem assumir,porém todos nós temos um pouco de maldade.Não somos completamente anjos ou completamente demônios,mas temos um lado sombrio que convive ao nosso lado.”
Vingança.
Era tudo o que Haley Menson desejava.
Após a morte de sua mãe – sua única família – Haley entendia agora o significado do termo “vingança”.
Haley nunca conheceu seu pai.Todas as vezes que o mencionava para sua mãe,ela sempre dizia que ele era um canalha,um covarde.Ou até mesmo,mudava de assunto.Sua mãe sempre dizia para não confiar nos homens,eles eram manipuladores,não confiáveis.
Fora assim que,Haley Menson Tomlison nutriu seu ódio pelos homens.
Haley nunca experimentou a felicidade.Quando era jovem,sempre via sua mãe vaguear pela casa,com os olhos fundos e opacos.Ela,nunca acreditou em felicidade.Ela,era como um bolo sendo consumido pouco à pouco,e quando menos se espera,ela se acaba.
Na quarta feira de dezembro,exatamente às 8;00,dois homens apareceram.Eles vestiam longas jaquetas grossas e calça jeans escuras,mas não era isso que a incomodava.
Raramente vinha cliente naquele horário.
E não era só isso,o clima naquele lugar,de repente ficou tenso com a chegada deles.Sua mãe,parecia ter sentindo pelo seu rosto franzido.
Tudo passou rápido demais para que Haley pudesse processar.Em questão de alguns minutos,o homem com uma cicatriz atravessada no rosto,segurava uma faca onde a mesma estava cravada no estômago de sua mãe.Haley abriu a boca,mas viu-se incapaz de transmitir algum som.
Ela se sentiu presa por dois braços musculosos,incapaz de ajudar sua única família,Haley se sentiu uma inútil.
- Agora,vamos cuidar dessa gracinha... – Disse o homem que a segurava por trás.Sentiu a força do impacto do seu corpo contra o chão,sentindo seus músculos doerem com a batida.Gemeu internamente.
Mas o pior viria por fim.
Sentiu um peso sobre seu corpo,tentou lutar contra as mãos que apalpava seu corpo,mas nada adiantou,apenas mais dor.O homem que a prensava no chão rasgou suas roupas deleitando-se a cada movimento.Um sorriso formou-se naquele rosto imundo e nojento.Ele então,tirou seu membro pulsante de dentro da calça, encaixou entre a intimidade de Haley forçando tudo para dentro.
E a tortura começou.
Haley nunca sentiu tanto ódio e nojo em sua vida.
Ela esmurrou-o no peito,fez de tudo para sair dali e correr,correr até suas pernas falharem.Ela sentiu um líquido escorrer sobre sua face.
Sangue.
Arregalou os olhos surpresa.
O estupro durou por algumas horas,até finalmente o homem se cansar e retirar seu membro de dentro dela.Um grunhido de prazer encheu seus lábios enquanto via a garota tão indefesa,tão assustada.
Acabou.
Tudo acabou.
Sua única família fora tomada de si,juntamente com a sua pureza.
Ela queria chorar,mas não encontrou lágrimas para tal.Se sentiu tão sozinha,tão quebrada.Levantou-se lentamente sentindo todo seu corpo reclamar com a dor.Foi até seu pequeno quarto ao lado da sala de estar,ignorando o fato de estar nua.
Pegou algumas peças de roupa dentro da guarda-roupa,tomou um longo banho esfregando seu corpo por horas,até sua pele ficar vermelha.Gritou,gritou por todo o seu pulmão até sua garganta reclamar.
Já se sentindo bem,vestiu-se com roupas escuras, penteou seus longos cabelos loiros e juntou algumas coisas necessárias para uma viajem.Parou a onde o corpo de sua mãe estava atirada.O sangue manchava o piso de assoalho,seus cabelos escuros agora,estavam rubros.Sua boca estava aberta,e seus olhos estavam vidrados de horror.
Ela não poderia sair,antes de prestar um enterro digno,não é?
Após se prestar de luto,andou até um pequeno quarto onde de lá tirou um litro de gasolina e um fosforo. E,em alguns minutos,a casa estava sendo consumida pela chama que dançava sobre o vento da noite.
E dali em diante,Haley fez uma promessa que,sempre a perseguirá.
Haley havia se hospedado na casa de sua antiga amiga,Emily.A mesma,havia sido pega de surpresa pela aparição repentina de sua antiga colega de quarto da faculdade,e sua melhor amiga desde então.Ao encontrar sua amiga completamente mudada,Emily decidiu não questionar nada.
- Então,como vai? – Perguntou enquanto preparava um chá caseiro.
- Lidando com a vida... – Respondeu enquanto deslocava seu olhar para Emily.
- Como sua mãe está? – Perguntou,sem saber que esse foi seu pior erro.
- Morta. – Disse simplesmente fazendo com que o copo fulminante em que,Emily segurava,se espatifasse no chão quebrando-se em pedaços.
- O que? – A pergunta soou como um sussurro.
- Ela está morta.. – Haley elevou um pouco a voz,embora estivesse absolutamente baixo para seu hábito.
- Por quê?Como?Quando isso aconteceu? – Soltou suas perguntas sem se importar se Haley ficaria chateada.
- Isso não importa agora... – Começou – O mais importante é que eu preciso de um lugar para ficar..
Emily ficou em silêncio,não sabia como reagir aquilo.Embora Carly Beth,mãe de sua melhor amiga da faculdade,não fosse sua “amiga”,ou alguém bem chegado,Emily não deixou de estar surpresa.
E abalada.
Afinal de contas,era mãe de sua melhor amiga,como poderia não estar surpresa?
- Eu...Meus pêsames... – Falou desajeitada. – E é claro que pode ficar aqui,pelo tempo que desejar!
Sorriu.
Um sorriso forçado.
Haley,ignorou isso.
Ele não queria estar ali.
Não queria aquela vida.
Tudo era tão injusto.
Perdeu seus pais num incêndio por culpa de um filho da puta,e agora perderá a única pessoa que o amou verdadeiramente.
Riu amargamente enquanto pensava o quanto o destino gostava de brincar com as pessoas.Como se os seres humanos fossem apenas peões num jogo insano.A chuva caía delicadamente sobre o topo de sua cabeça,molhando seus fios negros.
Não tinha nada mais negro,como a cor de seus cabelos.Dizia sua mãe.
Fungou quando olhou mais uma vez para a lápide de sua doce amada.
“Para a mulher mais linda,e doce desse planeta.”
Era uma frase simples,mas para ele significava tudo.
Apertou as mãos em punho,sentindo a raiva o consumindo e da raiva,ele sabia o que virinha.Vingança.
Uma sede de vingança imparável.
Uma vez,ele era inocente.
Mas sua inocência fora arrancada juntamente com sua alma.
Uma vez,ele tinha amigos.
Mas eles o apunharam pelas costas.
Uma vez,ele conheceu o amor.
Mas ele fora destruído.
Sim,doeu.
Doeu muito.
Mas ele prometeu nunca mais se entregar novamente.Nunca mais acreditar verdadeiramente e cegamente em uma pessoa.
~
Sentia-se acabado.Como se um enorme peso fosse colocado em seu corpo.Ele poderia muito bem acabar com isso em 1 segundo,mas ele não conseguiu.Ele não podia.Ele tinha algo à fazer,algo que,não podia adiar.
Seu corpo pendia sobre o balcão,seu olhar analítico observava à tudo com um olhar predador.A caneca fora colocada na mesma,o líquido alaranjado transbordava molhando a madeira velha onde pendia seu corpo.
Tomou um gole de cerveja,e olhou o local.
O bar estava cheio naquela manhã,haviam perdedores e bem sucedidos. Não economicamente, bem sucedido na vida.Aquilo que a vida não conseguia tirar,eram bem sucedidos.Shawn se colocava na primeira categoria.Um perdedor...
Ele havia perdido tudo,seus pais,aqueles que pensava ser seus amigos,e seu grande amor.Tudo,desmorou.Só sobrou a imagem.A fama,o dinheiro e o poder.A maioria era homens,as mulheres eram poucas,a maioria eram prostitutas.Algumas lançavam-lhe sorrisos cheios de segundas intensões.
Shawn suspirou.
Alguém abriu a porta traindo a atenção de Shawn.Uma garota de dezesseis atravessou a porta atraindo olhares tanto dos homens,tanto das mulheres.
A mesma sentou ao seu lado,sem desviar do olhar curioso do barmen.
- Preciso de informações... – Disse calmamente.O barmen pareceu não se alterar,ou então,escondia isso muito bem.
- Desculpe,mas nós não damos informações à estranhos... – Comentou o homem,enquanto limpava a caneca de cerveja com um pano num movimento circular.
A garota sorriu.
E em menos de 5 segundos,uma arma estava apontada para a cabeça do homem.
- Quem são eles... – Disse tirando uma imagem de dentro do bolso da jaqueta.Todos pareciam chocados com a cena,ninguém ousava fazer sequer um movimento brusco.Menos Shawn.Ele a avaliava como se ela fosse a peça mais rara em sua frente.
- Eles são os Yakuza senhora... – Disse o barmen engolindo em seco.
- Obrigada,e desculpe pelo incomodo... – Falou a loira com um sorriso no rosto.
A loira se afastou até não poder mais ver sua silhueta, mas a tensão ainda pendia no ar.Pela primeira vez naquele dia,Shawn sorriu.
Haley sorriu coma informação que acabou de obter.Agora só bastava que tudo desse certo.A arma havia conseguido com muito custo,mas havia valido à pena.Andou mais alguns quarteirões até parar num beco sem saída.
Tirou rapidamente a arma da cintura.
- Quem está aí? – Gritou claro e alto.Não demorou muito para seu perseguido aparecer entre as sombras.
- O que você quer? – Gritou.
- Ouvi que você está interessada sobre o Yakuza... – Falou,embora estivesse escuro,Haley sabia que por trás,havia um sorriso presunçoso.
- Sim,você sabe sobre eles? – Perguntou Haley acalmando a voz.
- Claro,como eu não saberia sobre o meu maior inimigo? – Um sorriso atravessou os lábios de Haley.
- Vejo que você está muito interessada neles... – Começou – O que quer com eles?
- Vingança... – Seu sorriso aumentou e sem eles saberem,seus destinos estavam traçados para sempre.
Dylan,vivia uma vida monótona.Sua família acabará de se mudar para a cidade de Charlotte,e tudo parecia calmo – calmo de mais,para seu gosto.-Ele não gostava de coisas fáceis,ele gostava do vento bater em seu rosto,da adrenalina percorrer seu corpo até entrar em torpor.
Dylan,suspirou.
- Dylan,querido,me passa as compras! – Gritou sua mãe lá de cima.Dylan resmungou algo incoerente.
- Existe empregadas para isso,mãe... – Disse desarrumando seus cabelos.
- Dylan,querido,não seje mau com sua mãe! – Era naqueles dias,que Dylan desejou sumir.
~
Dylan olhava para os túmulos de seus pais,que agora descansavam no leito da morte.Ele desejou ter aproveitando o tempo que ele tinha com eles.Suspirou.O motorista que antes aguardava ao lado da limousine,estava do seu lado segurando um guarda-chuva.
- Senhor,devemos ir embora... – Disse.Dylan olhou para o céu cinzento não percebendo a chuva que caía sobre sua cabeça.Dylan assentiu.
Ele não queria mais acordar nesse pesadelo chamado vida.Dylan,como líder da Yakuza,tinha uma vida um tanto que agitada,mas ao mesmo tempo,monótona.A casa que antes era ocupada por seus pais,agora estava vazia.Não vazia por móveis,mas sim vazia.Vazia pela falta de risos alegres de sua mãe,e dos costumes de seu pai ao falar respostas curtas.
Dylan,sentia falta de sua antiga vida.
Respirou fundo quando inalou o cheiro de cigarro.
Scotte estava na sala de estar ascendendo um de seus cigarros.
- Quantas vezes eu tenho que repetir... – Começou Dylan – Nada de cigarros aqui!
Sua voz continuou neutra,mas quem o conhecia sabia que,Dylan La Cruz Santos odiava cigarros.
- Você precisa relaxar... – Disse Scotte revirando os olhos. – Estou reportando notícias...
Scotte apagou o cigarro e logo em seguida,jogou-o fora.
- A algumas semanas começaram a morrer membros da nossa organização... – Disse calmamente.
- Vamos para minha sala... – Falou Dylan seguindo o caminho para o antigo escritório de seu pai.Atravessaram um corredor extenso com várias curvas dando para diferentes salas,havia alguns quadros aqui e ali de sua família,mas Dylan não se importava mais.
Já havia se acostumado com o vazio e as lembranças perturbadores do seu passado.Pararam numa porta de madeira grossa polida,Dylan empurrou a mesma dando passagem à uma enorme sala.
No centro havia uma mesa cheio de papelada não preenchidas e alguns móveis à mais.
- Fale... – Falou Dylan mais como uma ordem.
Scotte pigarreou.
- Bom,desde os últimos dias,nossa mercadoria anda sumindo,nossos homens nunca voltam,e quando os encontramos,estam mortos com a marca da Serpente.
Dylan pareceu ponderar sobre o assunto.
- A Serpente está se mexendo... – Sussurrou,mas fora o bastante para Scotte ouvir.
- Já liderei alguns homens para se manterem em guarda,caso a Serpente tente alguma coisa.
Dylan assentiu.
- Bom...Aumente a segurança também.Qualquer movimento estranho,atirem para matar.
Scotte assentiu,era hora de se mexerem.
Haley nunca se imaginou entrar para uma organização do mal.Mas,desde a morte de sua mãe,ela mudou.E muito.Ela a gora morava num pequeno apartamento que alugou após ter se juntado com a Serpente.Emily,ficou mau no início,mas rapidamente aceitou.
Haley suspirou.
Mudava freneticamente o programa que passava na TV,até parar no noticiário local.
- Nestes últimos dias foram encontrados corpos coma marca da Serpente. – Começou a repórter dando uma breve pausa.
- Parece que os Yakuza e a Serpente estão se movimentando outra vez...
- A nossa Repórter Jenne Jonns está no exato local onde foram assassinados 7 homens da Yakuza,na calada da noite às 00;00.Os policiais não tem nenhuma pista por enquanto...
Haley sorriu e mais uma vez,mudou o canal.
E pela primeira vez,Haley se sentiu infinitamente feliz.
Vocês vão cair um por um,Yakuza...Se prepare,pois eu estou vindo!
Com esses pensamentos,ela sorriu um sorriso diabólico.
Shawn,observava o céu estrelado.
Ele se lembrava sobre os belos momentos com Khaterine – sua ex namorada – que agora estava à seis pés debaixo do chão.Shawn suspirou,para ele,não tinha alguém melhor como ela.
Seus cabelos loiros caíam perfeitamente nela.
Seus olhos azuis lembravam um oceano calmo.
E seu sorriso...
Oh!Como ele sentia falta de seu sorriso contagiante!
A Serpente começou a se mover,as coisas andaram bem desde há entrada da garota estranha...
Yakuza teria uma bela dor de cabeça...
Shawn sorriu malicioso.
O sangue ensopava sua roupa,seus cabelos antes escuros,agora estavam rubros com a tonalidade do vermelho (sangue).Olhou para os corpos úmidos,deitados sobre o chão,onde o líquido escarlate manchava suas roupas e o chão onde pisavam.Havia uma grande poça ali.
Andou meio caminho até ser parado por uma dupla de casal que,por azar passou por ali.Eles arregalaram os olhos surpresos,tentaram correr mas foram parados por uma bala atravessando o crânio.O casal caiu no chão, jazendo mortos.Shawn continuava na mesma posição,enquanto observava a poça de sangue se formar por entre os corpos mortos.
Lentamente desceu seu braço,onde segurava a arma.
“A maldade se esconde na malícia de palavras pronunciadas,por pessoas de coração vazio sem nada a acrescentar.”
~
Caiu desacordado no chão,as garrafas vazias provavam o quanto ferido ele estava.O baque surdo,fora preenchido com o corpo desajeitado de Shawn.O emsmo,pronunciava coisas desconexas,não se importando se alguém iria notar.
‘Onde a maldade era fria e intensa como um banho de gelo.Como s e visse alguém beber águe e descobrisse que tinha sede,sede profunda e velha.Talvez fosse apenas falta e vida;estava vivendo menos do que se podia e imaginava que sua sede pedisse inundações.Talvez apenas alguns goles.”
Shawn aprofundou-se no seu subconsciente,e antes que fosse preenchido de maldade e vingança,viu por última vez sua parte sã.
~
Afundou-se na poltrona, Alfonso estava à sua frente preparando uma investida contra os Yakuza.
- Descobrimos onde eles estão reunidos para entregar a mercadoria. – Disse calmamente ainda mantendo as costas eretas.Shawn suspirou.
- Ótimo, destrua a base e peguem a mercadoria... – Falou finalmente.
A porta abriu-se e de lá,saiu uma Haley furioso.
- Eu quero participar! – Falou entre dentes.
-Você acabou de entrar... – Falou bufando. – Além disso,tenho uma outra missão pra você.
Haley sorriu por fim.
- Pode ir... – O homem assentiu antes de deixar a sala. – E você,quero que entregue umas drogas para um viciado qualquer.Ele irá pagar bem.
Ele sorriu quando viu a fúria em seus olhos.
- Eu quero uma difícil! – Griutou.
De repente,Shawn ficou sério.
- Eu estou pouco me importando o que você quer... – Começou friamente. – Você vai fazer a porra que eu mandar!
Ela ficou em silêncio por um tempo,confrontando os olhos escuros de Shawn.Ela saiu contrariada e frustrada pisando fundo.Ele respirou fundo,precisava se acalmar o máximo que podia antes de mandar esse lugar pelos ares.
Pegou um fumo de seu bolso e cigarro, ascendeu-o observando o fogo com fascínio.
Inalou a fumaça sentindo suas tensões evaporarem.A droga rodava em sua cabeça,o levando para longe.Longe daquele inferno chamado vida.
Jenne Jonns,era uma mulher culta.Ela sempre se mantinha na linha desde seus 5 anos de idade.Desde jovem,ela aprendeu que ela era diferente.Diferente das outras crianças.Ela era especial.Ela tinha um dom que ninguém mais tinha,ela era inteligente,bonita e carinhosa.
Sua vida era perfeita.
Pelo menos ao seu modo.Em sua mente,tudo tinha que ser perfeito.Sua mãe era uma advogada renomada,a melhor de todas.Seu pai,era um cirurgião de trauma,um ótimo médico.Tudo era perfeito.Ela era perfeita.
Atualmente,Jenne Jonns tinha seus vinte anos,solteira e vivia numa casa própria.trabalhava como repórter no noticiário local e tinha como sua única amiga,Isabella Monteiros.À seu ver,tudo perfeito.
A mesma tentava encontrar algum furo na notícia do ano,as duas organizações mais temidas,Yakuza e Serpente.Fora divulgado ontem as mortes de sete membros da organização Yakuza seus corpos,foram encontrados na parte mais perigosa da cidade,embora a mesma seja pacífica.
Havia apenas alguns relatos de morte e assalto, mas desde a morte dos membros da organização mais temida,o nível de crime cresceu sendo frequente à noite e de dia.Alguns policiais rondavam o beco,onde fora cometido o crime.Jenne não se preocupou com isso.
- Com licença... – Disse para o policial mais próximo. – Mas eu gostaria de receber algumas informações do caso da Serpente.
Perguntou Jenne usando seu charme feminino para ganhar informações úteis.
- Desculpe senhorita,mas não é permitido repórteres aqui... – Disse o policial indiferente.
Jenne ficou surpresa.
- Tudo bem... – Suspirou derrotada. – Quanto você quer,por isso? – Perguntou.
- Senhorita,eu não quero o seu dinheiro,e vou ser o mais claro possível.
- Vá agora,ou terei que prendê-la por suborno... – Dizer que Jenne Jonns estava chocada,era um eufemismo.
Pela primeira vez,Jenne Jonns Martinez não conseguiu o que queria.
Haley estava furiosa.
A Missão que havia dado,fora uma completa inutilidade. A única coisa que fez fora receber uma maleta cheio de dinheiro em troca de um quilo de droga e cocaína.Shawn teria que a ouvir.
Resolveu parar numa cafeína primeiro,seu dia fora muito exaustivo para lidar com Shawn,além disso,notou que nos últimos dias,Shawn parecia frustrado.Fez seu pedido rapidamente,ainda tinha coisas para resolver.Seu pedido não demorou á chegar,bebericou um pouco do seu café,sentindo a quentura descer por sua garganta fazendo com que,seus problemas desaparecessem como folhas para o vento.
Olhou para o lado somente para se chocar com os olhos escuros de um homem de provavelmente uns 23 anos.Seus ombros largos o davam uma postura atlética,ele tinha uma barba mau feita que o deixava completamente sexy.
Haley sentia que não podia mais desviar o olhar.Se sentia hipnotizada pelo olhar escuro e inexplicável do homem á sua frente.O mesmo sentou-se um pouco afastado da sua mesa,notando o olhar analítico de Haley,ele desviou seu olhar.
O mesmo fez seu pedido,ignorando o olhar estranho da garota loira.Esperou por alguns minutos seu pedido estar pronto até finalmente ir embora.Não demorou muito para que seu pedido estivesse na mesa,acompanhado do sorriso malicioso da garçonete.
Dylan suspirou.
Olhou pela janela enquanto batia seus dedos freneticamente sobre a mesa, provocando um leve ruído.Tomou um gole do seu café,sentindo o doce líquido descer por sua garganta,colocou o dinheiro na mesa se levantando logo em seguida após acabar o pedido.Saiu da loja,ainda sentindo o olhar analítico da loira.
~
“Precisamos resolver nossos monstros secretos, nossas feridas clandestinas, nossa insanidade oculta. Não podemos nunca esquecer que os sonhos, a motivação, o desejo de ser livre nos ajudam a superar esses monstros, vencê-los e utilizá-los como servos da nossa inteligência. Não tenha medo da dor, tenha medo de não enfrentá-la, criticá-la, usá-la.”
Sanidade.
Era uma coisa que ele não tinha.Como traficante de pessoas,drogas,e assassino,Dylan não tinha tais sentimentos.Ele observou crianças,idosos e adultos implorarem por sua vida miserável,chorando impulsivamente ajoelhados e rezando para que um deus o escutassem.Dylan,apenas continuou observando com uma expressão neutra.Ele não se importava,podiam o chamar de qualquer coisa,monstro,sem coração,desumano etc,mas ele não se importava.
- Leve-os daqui... – Disse secamente.
- Não,por favor! – gritou um homem de meia idade.O mesmo foi silenciado por um chute na garganta fazendo-o cambalear.Dylan apenas se afastou,os gritos se afastavam em cada passo,e quando esteve longe o suficiente para tomar o seu doce vinho importado.
Jenne suspirou enquanto bebericava seu chá de camomila,seus dedos passeavam pelas folhas soltas,enquanto seus olhos castanhos procuravam minusculamente algo que possa a ajudar.
Desde as últimas semanas,a Serpente e Yakuza começaram a se movimentar,mas por que só agora?Sinto que tem um motivo por trás disso...Ontem houve a explosão do galpão onde os Yakuza transportavam drogas,muitas pessoas morreram naquela explosão.Mas por que não pegaram a mercadoria?
Talvez estejam apenas se alfinetando até o ponto em que o outro jogador se canse...isso também os beneficiaria, mas ainda sim,por quê só agora?
Yakuza e Serpente sempre inimigos declarados,mas ainda assim nunca elevaram o nível.
Respirou fundo.
Bom...Se eu soubesse que iria dar tanto trabalho,iria ficar como modelo!Pena que eu gosto de mistérios.
Com esse pensamento Jenne sorriu.
Shawn sorriu ao ver o estalar dos ossos se partirem,ele riu quando viu o horror em seus olhos,sua língua umedeceu seus lábios secos ao ouvir os gritos de dor do homem à sua frente.O mesmo estava preso numa cadeira de rodas incapacitado de sair.
Seus machucados estavam abertos,faltava uma orelha em sua cabeça,enquanto seu nariz estava danificado pelos socos recebidos.Sua boca tinha um longo corte,sua blusa antes branca estava ensopada de sangue,seus olhos quase não conseguia se manter aberto.
Suas pernas estavam em carne viva – um completo moribundo – era o que se passava em sua mente doentia.
- Arranque cada dedo de seu pé... – Um sorriso psicótico formou-se em seus lábios,quando viu o homem arregalar os olhos em choque.
- Não!Por favor! – Gritava com todo o seu pulmão,o sorriso de Shawn aumentou a cada grito de dor,a cada súplica e a cada pedido de perdão.
Shawn,se sentia um Deus.
Autor(a): carma_ash
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