Fanfic: Irritante | Tema: Naruto

I R R I T A N T E

Capítulo Um — Vizinha

Escrita por Gabseyo

Sasuke tentava se concentrar em seu trabalho que ele estava finalizando para entregar na faculdade, na manhã do outro dia, mas com o barulho que seu irmão fazia na cozinha, estava impossível. Itachi sempre vinha nos finais de semana, e hoje ele tentava fazer algo descente para o almoço sem ser miojo ou ovo frito.

O moreno escutou alguém bater na porta, soltou um resmungo ao escutar seu irmão pedir que fosse atender por ele. Levantou do sofá, passando pela sala e abrindo a porta, dando de cara com a vizinha-irritante-rosada.

— O-Oi —  disse tímida. 

Ela vestia uma camisola rosa bebê que ia até a metade de suas coxas. Pela sua cara não fazia muito tempo que tinha acordado, até o seu cabelo estava meio enrolado nas pontas como se tivesse penteado de qualquer jeito.

— Oi – o rapaz arqueou uma sobrancelha, desconfiado por ela estar ali na porta àquela hora. – O que quer? —  perguntou frio.

— Eu...

— Sasuke! – o moreno mais velho a interrompeu. – Você foi aten...  — não completou a frase ao ver a vizinha. — Oi! Tudo bem?

Sakura corou com o olhar que ele direcionou pra ela. O Uchiha mais novo fechou mais a cara. 

Por que raios essa rosada surtia esse tipo de efeito nas pessoas?

— Eu gostaria de um pouco de sal, se não se importassem — pediu, mostrando um pequeno pote que até agora nenhum dos dois haviam notado.

Itachi sorriu, pegando o pote e indo até a cozinha em passos rápidos. O outro moreno ficou encarando a rosada. Ela nunca vinha ali, será que foi por Itachi?

— Ahn... Desculpe-me ter vindo aqui do nada. É que a dona Chiyo não estava em casa, e resolvi vir aqui – explicou, olhando para o chão, sem mesmo Sasuke ter pedido qualquer explicação. Foi como se tivesse lido os seus pensamentos.

— Sem problemas —  respondeu, dando de ombros.

Ela ficou em silêncio, o que Sasuke agradeceu mentalmente. Irritante até na voz. 

Alguns segundos depois, Itachi voltou e devolveu o pote para Sakura, que agradeceu e foi embora de volta ao seu apartamento que ficava a frente dos dois morenos.

— Nossa! Que vizinha gostosa. Qual é o nome dela? — o mais velho perguntou interessado.

— É a Sakura, seu besta.

Depois de responder seu irmão, voltou aos seus estudos, porém, o outro o seguiu incrédulo.

— Não tô acreditando nisso! Aquela gostosona é a cerejinha?

Sasuke rolou os olhos negros, irritado pelo apelido nada haver que ele deu pra ela.

— Sim, é ela. E para com isso, ela nem tá tão gata assim —  mentiu. 

Sim, mentiu. Ele não queria admitir.

Apesar de não gostar de Sakura, - e com vários motivos - ela havia ficado uma linda mulher. Seus cabelos agora estavam pintados de rosa, indo até um pouco abaixo da metade das costas. Suas coxas grossas eram firmes junto ao bumbum, fazendo uma combinação perfeita com seus seios medianos. 

— Ah, cala a boca. Tu é cego então — Itachi riu, indo até a cozinha novamente. 

O mais novo não falou mais nada durante o meio tempo até o mais velho chamá-lo para o almoço, que pra ele, não ficou tão ruim assim.

Quando deu três da tarde, terminou seu trabalho que em sua opinião, ficou muito bom. Ele resolveu deitar um pouco e descansar, porém, não conseguiu ao ter a rosada invadindo os seus pensamentos.

Sasuke conhecia Sakura desde pequeno, já que eles moravam no mesmo bairro, mas não eram vizinhos. Lembrava que sempre faziam brincadeiras de mau gosto com ela por ter a testa grande. Durante a adolescência a zoaram menos, já que havia ficado mais bonita. Mas, a rosada nunca foi vista com um garoto no sentido de namoro.

— Ah! Por que tô pensando naquela irritante? — perguntou mentalmente, enquanto rolava os olhos.

O moreno não sabia quando havia começado esse ódio pela vizinha. Seus amigos viviam falando o quanto ela era legal, gentil, bonita e tantas outras coisas. 

Ela nem era tanto assim!

Olhou para o teto branco, inspirado o ar lentamente. Fechou os olhos, logo vendo ela com a camisola de hoje de manhã. Ao lembrar se suas coxas fartas, ele sentiu seu membro se agitar por de baixo da cueca.

Levantou-se de súbita, se sentando na cama, assustado e incrédulo com aquilo.

— Vizinha irritante! —  resmungou baixo.