Fanfic: IDENTIDADE SECRETA- Levyrroni ( Finalizada) | Tema: Levyrroni, Rbd

Com cuidado, William entrou no quarto de Maite. Ela estava deitada na cama, coberta até o pescoço. Deixou a bandeja em cima do banco ao pé da cama e caminhou ate o lado esquerdo, pro lado em que Maite estava virada. A luz que vinha da janela batia justamente sobre o rosto dela e William pôde ver que os olhos da mesma estavam fechados e que dormia pacificamente. Aproximou-se mais e retirou uma mecha de cabelo que estava no rosto dela, colocando-o atrás da orelha da mesma. Decidiu que não a acordaria. Passou a mão pelo queixo dela e ela franziu a testa apertando os olhos antes de ficar quieta novamente. William se sentou na poltrona que estava ao lado da cama. Não a havia escutado gritar quando tinha pesadelos, mas já a viu em transe revivendo seja lá o que tenha acontecido. No fundo desejava que ela tivesse suficiente confiança nele para contar o que havia acontecido. Mas não iria pressioná-la. E nesta noite, apenas iria “assistir” seus sonhos...

(2 hrs depois, William já havia cochilado na poltrona)

Um grito o fez se estirar de repente. Demorou uns instantes para se orientar, percebendo que estava no quarto de Maite. Novos gritos e soluços o fez se levantar bruscamente e se aproximar rapidamente da cama de Maite. Ela não estava mais coberta, o cobertor estava na altura de seus joelhos e ela se debatia entre os lençóis de forma frenética, como se estivesse lutando contra algo. Suas bochechas estavam entre lagrimas e seu pequeno corpo coberto de suor. William se sentou na cama e a levantou, abraçando-a, deixando-a sentada na cama entre seus braços, para depois sussurrar palavras que a tranquilizasse...

William: Maite... calma...(sussurrou, segurando-a pela cintura e pelo pescoço para que o olhasse. Ela havia deixado de se debater e William sentiu que estava acordada, mas tinha medo de abrir os olhos) Sou eu, o William... abra os olhos pequena, não tenha medo (disse com ternura)

Lentamente, seus cílios úmidos se abriram e fixaram um olhar perdido nos olhos de William. Um soluço de choro vindo dos seus lábios rasgou a alma de William. A puxou de novo para ele, enquanto as lagrimas voltavam a preencher o rosto dela. Maite agarrou as costas dele, cravando suas unhas. William queria poder sofrer toda essa dor no lugar dela, mas só podia abraçá-la e fazer companhia até que tudo passasse. Com um choro desses, com certeza escondia um passado horrível. Depois de 10 minutos parou de chorar e começou a falar com uma voz chocantemente desprovida de sentimentos que fez os pelos do pescoço de William se arrepiarem…

Maite: Brincou o tempo todo comigo… não chegou a me violar. Eu estava menstruada e pelo que parecia ele tinha nojo. Mas mesmo assim brigou comigo. Me drogou para me manter controlada, a pesar de estar amarrada nua na cama. Tocou tudo que quis. Se esfregava em mim…

A voz de Maite se quebrou e William, aterrorizado, a abraçou com mais força. Mataria esse demônio, mesmo que fosse a ultima coisa que faria na sua vida. Arrancaria-lhe cada membro lentamente, lhe faria sofrer tanto como ele fez sua pequena sofrer...

William: Ninguém vai te machucar novamente (enquanto acariciava o cabelo dela)

Maite: Acabei percebendo que quando mais eu resistia, mais ele se excitava, por isso optei por ficar quieta com os olhos fechados. Então ele se irritava e... me batia (com a cabeça no peito de William)

Notou como ele a apertava com tanta força que a deixava sem ar, como se quisesse fundi-la com ele para suportar a dor juntos.

Mas agora que havia começado necessitava contar tudo...

Maite: Sabe o que era o único que eu pensava? (perguntou, se separando um pouco para olhá-lo diretamente. Os olhos verdes de William estavam fixos nela, cheios de uma profunda dor)

William: O que? (a animou a falar, acariciando seu queixo com ternura)

Maite: Pensava em que minha primeira vez (mordendo o lábio inferior enquanto outra lagrima descia pela sua bochecha) seria um estupro (abaixando a cabeça, completamente envergonhada)

William: Vc era...? (com medo de ouvir a confirmação. Isso era mais horrível ainda)

Maite: SOU... (de repente em seus olhos negros brilhou uma determinação que William não nunca havia visto desde ela chegou na casa. Maite pôs as mãos sobre o peito de William) William... por favor...(suplicou com os olhos brilhantes) eu... (mordeu o lábio em sinal de duvida) William, quero pedir que vc faça... que faça amor comigo

William: QUE? (tenso. Algo se sacudiu em seu interior. Se não soubesse que era totalmente inocente, haveria pensado que era uma tentativa de sedução bem direta)

Maite: Que faça Am...

William: Eu ouvi!! (a interrompeu, se separando para sentar mais afastado. Seu corpo estava começando a agir de maneira alarmante e o ultimo que necessitava era perder o controle)

Maite olhou para baixo totalmente envergonhada...

Maite: Vc se irritou (suspirou) Eu sei que não sou muito atraente e que não tenho experiência...

William: Não siga por esse caminho ou vou me irritar de verdade (a interrompeu, parecia que havia saído do seu estado catatônico. Não conseguiria se aproximar dela sem acabar fazendo uma burrada, como aceitar)

Maite: Então, Porque não? Estou te pedindo, mas não vou suplicar

William: Não quero que suplique!!!... não é necessário. Desejo te fazer minha desde que te ataquei na escada (se levantando da cama, nervoso, passando a mão no cabelo) entenda... vc passou por algo horrível, não quero te assustar... ou machucar

Maite: Não tem porque vc me machucar

William: Claro que tem. Vc é virgem!!

Maite: Bom, isso eu já sei, estou preparada. Não sou tão inocente, sei que doerá no começo

William: Não quero que se arrependa depois (sentando na poltrona e escondendo a cabeça entre as mãos) Na noite da tempestade, vc reviveu tudo, não quero que aconteça de novo

Maite o olhou por uns segundos. Decidiu não insistir mais, mas pelo menos queria que ele entendesse o porque de tudo aquilo. Retirou a cobertas que estavam sobre suas pernas e se levantou, caminhando em direção a ele com um ligeiro coxear, já que a outra perna doía um pouco quando pressionava no chão...

Maite: William (se ajoelhando diante dele. Ele desviou o olhar. Ela bufou frustrada antes de agarrar a cara dele entre suas mãos) Não vou insistir mais. Mas isto não é um pedido feito em um momento de desespero ou fraqueza (William levantou as sobrancelhas, incrédulo) Vc não entende? Esperei tanto tempo pq necessitava que fosse com a pessoa certa, e essa pessoa é vc. Não posso me imaginar fazendo isto com outro. Confio tanto em vc que sei que não me machucará nem me forçará a fazer algo que não goste, sei também que vc parará se eu pedir.Tem que ser vc, só quero com vc

William sentiu um arrepio antes que um impulso o fizesse colocar sua mão na nuca de Maite, acariciando-a com ternura, enquanto seus olhos se concentravam nos lábios entreabertos da morena. Já ela esperava que isso fosse o suficiente, que tenha prestado atenção em cada palavra que disse. Não se sentia com forças para dizer que o amava, mas sabia dizer o que queria sem chegar ao ponto certo...

William: Maite... (disse em um suspiro trazendo-a para ele)

Nunca lhe haviam dito algo assim e isso o comoveu. Ela confiava nele e devia sentir algo muito forte já que depois de esperar tanto tempo havia decidido fazer amor com ele. Podia até ser que não tivessem um futuro, mas ela o havia escolhido. E ele sabia o que fazer para deixá-la louca. William sentia como se tivesse esperado sua vida toda só para chegar esse momento. O momento de ter a mulher que amava.

A libertou de seu abraço para olhá-la fixamente enquanto sua mão recorria seu delicado queixo, causando-a um arrepio, até sua mão chegar à bochecha dela, descansando ali. Ela fechou os olhos inclinando o rosto para aumentar o contato. Estava tão linda com aquela camisola branca, com seu rosto tranqüilo e seu cabelo que caia sobre um de seus ombros. A desejava tanto, queria demonstrá-la o que era o amor. Dá-la todo o prazer que seu corpo fosse capaz de produzir...

William: Maite (com uma voz rouca. Ela abriu os olhos para olhá-lo, com um sorriso tranquilo) vc tem certeza?

Maite: sim (com seus olhos negros brilhando, apoiou suas mãos sobre o peito dele e se aproximou sensualmente) é o que eu mais quero

William: (rodeando-a pela cintura) se quiser que eu pare é só... (sendo interrompido)

Maite: eu ja sei (sussurrou, perto da boca dele)

E se beijaram. Primeiro com ternura, brincando entre caricias que eram beijos, e beijos que eram caricias. Com uma mão na nuca dela, a puxou um pouco para aprofundar o beijo enquanto que, com a outra mão, descia pela delicada curva das costas da morena. Maite recorreu o peito de William, subiu pelos ombros e entrelaçou seus dedos no cabelo do mesmo. William a abraçou com mais força, que até parecia que não havia espaço para o ar entre seus corpos. Maite se sentia como nunca havia se sentido antes, como se fosse feita de gelatina, como se seu corpo estivesse se transformando em liquido nos braços dele. Necessitava mais. Fechou os dedos no cabelo de William, puxando levemente a cabeça dele para trás, obrigando-o a parar o beijo e ela tomar o controle. William se separou sorrindo. Segurou o rosto dela com as duas mãos e uniu suas testas, esfregando as pontas de seus narizes um no outro...

Maite: William!!... (o repreendeu sorrindo)

Ele a ignorou enquanto pegava uma das mãos dela e a colocou aberta sobre seu peito onde fica o coração, para depois colocar sua mão bem maior sobre a dela...

William: Ta sentindo? (sussurrou enquanto beijava a ponta do nariz dela, os olhos e os lábios por ultimo)

Com a outra mão na nuca dela, a puxou com delicadeza até apoiar a cabeça dela em seu ombro. A beijou na testa com ternura, apoiando sua cabeça sobre a dela...

William: Ta sentindo? (insistiu, ainda com a mão sobre a dela)

Maite fechou os olhos e sentiu aquele coração batendo rápido, forte e firme. Ao sentir isso, seu coração começou a acelerar e um sorriso iluminou seu rosto. William mordeu o lábio inferior dela, seguiu pela bochecha ate chegar ao pescoço. Desceu suavemente a alça da camisola dela sem deixar de acariciar para depois dar vários beijos em seu ombro, a fazendo suspirar rendida entre seus braços. Desfez o caminho percorrido e voltou a saborear os lábios dela aprofundando cada vez mais o beijo. Sem deixar de beijá-la se levantou com ela nos braços. Maite riu em pelo beijo e se separou para olhá-lo divertida...

Maite: Pra onde vamos? (rodeando o pescoço de William com seus braços)

William: Pra cama