Fanfic: IDENTIDADE SECRETA- Levyrroni ( Finalizada) | Tema: Levyrroni, Rbd

Era de noite, quando Maite entrou em casa fechando a porta atrás de si. Segurando vários sacos de supermercado, entrou na cozinha e começou a tirar os alimentos e guarda-los. Uns passos atrás dela a fez se virar para ver Greta entrando...

Greta: Como foram as aulas? (sorrindo, começando a ajudá-la a guardar as coisas)

Maite: excelente, os meninos estavam um pouco nervosos por causa da apresentação. Como ela se comportou?

Greta: Como um anjinho. Estava preste a dar banho nela, mas como sei que a senhorita gosta, pode ir se quiser... eu acabo de guardar as compras.

Maite assentiu e saiu da cozinha rumo ao andar de cima. A verdade era que estava esgotada. Quando havia aceitado se encarregar do coral das crianças do bairro, havia feito para se distrair, para não pensar em certas coisas. E embora tendo a melhor cura para a melancolia que a rodeava, ainda não lhe dava trabalho o suficiente para mantê-la sempre ocupada. Entrou em seu quarto e começou a tirar a roupa. Se olhou no espelho observando as mudanças que seu corpo sofreu nos últimos meses e sobretudo agora. Felizmente adorava essas mudanças e o que elas significavam. Vestiu o roupão e caminhou até o berço branco que estava ao lado de sua cama. Um sorriso tonto apareceu em seus lábios ao olhar no interior do berço. A pequena Clara estava dormindo com o punho dentro da boca. Clara Perroni Levy de 6 meses e meio. A filha de Maite com William.

A pegou no colo com cuidado, mas a menina a reconheceu e abriu os olhos para olhá-la. Seus olhos eram tão verdes como o de William...

Maite: Boa noite linda (dando um beijo na bochecha de Claudia) Vamos tomar um banhinho? (Unindo a ponta do nariz com o narizinho da filha)

Entrou no banheiro com Clara nos braços e começou a despi-la com cuidado. A adorava. A amava com loucura. Era uma parte dela e da pessoa que mais amou no mundo. Não havia ficado com William, mas ele lhe havia dado algo maravilhoso em que pudesse despejar todo seu amor.

Parou tentando conter as lagrimas...

Depois que acordou no hospital, Jorge lhe contou tudo que havia acontecido. Maite esperou dias inteiros com a esperança de que William fosse visitá-la. Mas ele nunca chegou. Então ela decidiu continuar com sua vida. Duas semanas depois, desmaiou antes de entrar no palco. Não havia contado a ninguém sobre as náuseas pensando que era causa da pequena depressão que estava passando. Mas após o desmaio repentino, Jorge a levou em uma clinica onde lhe deram o motivo mais forte para seguir em frente, estava grávida. Manteve o ritmo do trabalho, mas quando começou a ficar evidente, decidiu se retirar. Queria desfrutar da gravidez e do bebê sem ter que se preocupar com paparazzi indiscretos. Só uma vez lhe passou pela cabeça dizer a William, mas Maite não queria forçá-lo a ficar ao lado dela por causa do bebê.

Pegou Clara novamente entre seus braços e entrou na banheira. Esse era o melhor momento do dia, quando mãe e filha desfrutavam do banho: uma pela atenção que recebia, a outra porque adorava ter em seus braços a pequena pessoinha que crescia a passos gigantes. Amava ver como cada dia aprendia algo novo, como sua curiosidade a fazia evoluir. Mas sobretudo, doía que William estivesse perdendo esses momentos úJorges, e com isso se sentia cada vez mais culpada. Talvez devesse contar... ou não?

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William cruzou as portas da gravadora se apoiando em uma bengala. Cada vez caminhava melhor, mas quando andava por muito tempo, a perna começava a incomodar. Foi diretamente para o escritório do seu primo Jorge. A secretaria tentou detê-lo, mas ele se fez de surdo. Ao entrar viu Jorge que estava sentado no sofá com Lis ao seu lado, cada um com uma gêmea nos braços. Paz e Esperança, suas filhas. Um estranho sentimento invadiu o coração de William, um que lhe dizia que estava perdendo algo importante. Desde que havia decidido recuperar Maite, esse sentimento aparecia cada vez com mais frequência...

Lis: William! (risonha como sempre)

William: Onde Maite está escondida? (indo direto ao ponto)

Jorge: Para que vc quer saber? (passando paz para os braços da mãe, para depois se levantar)

William: Isso é assunto meu e dela. Só me diga onde ela está

Jorge: Não, não vou permitir que vc a machuque de novo

William: Ela também me machucou

Jorge: Quando ela acordou no hospital eu contei que vc a havia salvado e Maite ficou dias esperando que vc fosse vê-la

William: Sei que fui um idiota! Mas ela também foi! TEMOS QUE CONVERSAR!

Jorge: NÃO, e é definitivo

William: Jorge... Sei que vc e eu não nos damos bem... mas deixe que ela decida se fecha ou não a porta na minha cara. Preciso muito falar com ela.

Jorge se manteve firme de costa para ele. William, vendo que havia fracassado, deu meia volta e abatido abandonou o escritório. Tinha que haver outra maneira de encontrá-la. Havia perguntado a todos até que não teve outro remédio a não ser recorrer a Jorge. Mas não iria desistir, mesmo que demorasse 100 anos. Estava esperando o elevador quando alguém gritou seu nome. La estava Lis plantada com um rosto serio...

Lis: Se vc a fazer sofrer novamente... juro que te mato (estendeu a mão, entregando uma folha dobrada) Achei isso nas coisas que Maite deixou aqui, tenho certeza que ela escreveu pensando em vc, coloquei o endereço no final do papel. William, vc vai descobrir muitas coisas e, por favor, tente não ficar com raiva de novo

Lis se virou e deixou para trás um William totalmente atônito diante do elevador. Lentamente desdobrou o papel, era uma canção e com certeza havia sido composta pensando nele. Sentiu mais necessidade ainda de encontrá-la. Quando chegou ao final do papel, seu coração deu um salto antes de começar a bater descontroladamente... Estava cada vez mais perto!

Clara