Fanfics Brasil - #CAPÍTULO XIII# A Deusa Do Gelo - Adaptada Vondy(Finalizada)

Fanfic: A Deusa Do Gelo - Adaptada Vondy(Finalizada) | Tema: Dulce María, Christopher Von Uckermann, Vondy, Romance e Época


Capítulo: #CAPÍTULO XIII#

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Ele estava, realmente, fora de si, Christopher pensou. Por que não insistira com Duarte para acompanhá-los? Se tivesse feito isso, deixaria Dul e os rapazes aos cuidados do velho escocês e seguiria seu próprio caminho com a consciência tranqüila. Christopher afastou esses pensamentos. Tinha de concentrar-se naquele assassino. Empurrou para o lado o corpo sem vida de Rasmus e guardou a adaga na bainha. Um segundo depois a Gunnlogi estava na sua mão. — Você vai gostar disto — disse Derrick pegando sua própria arma. Rapidamente, Dul levou a mão à cintura para pegar sua adaga. George notou nos olhos dela o desejo de vingança e, vendo ao mesmo tempo o movimento que ela fez em direção à arma, dirigiu-lhe um olhar severo. Não iria permitir que ela agisse impensadamente, dominada por suas emoções. — Quieta, mulher! Saia da frente. Ela hesitou, mas apenas por um instante. Em seguida afastou-se dos dois, o olhar fixo em Uckermann. — Não se preocupe. Tudo estará terminado num minuto — ele falou com segurança. — Você está certo, escocês — concordou Derrick, avançando em Uckermann. Agilmente ele desviou-se, mas perdeu o equilíbrio ao pisar em falso e por pouco não caiu. Derrick aproveitou para aproximar-se dele, a espada erguida. A espada larga de Christian, Christopher reconheceu. O bandido que viesse, ele estava pronto, Christopher pensou. As lâminas de metal se encontraram ruidosamente, espargindo centelhas no ar. — Ora, seu... — Christopher murmurou ao tropeçar no corpo de Rasmus. Tentou erguer-se depressa, mas afundou as botas na camada alta de neve. — Christopher! — Dul exclamou para alertá-lo. Bem a tempo. Ele rolou para a esquerda, o coração na garganta. A arma de Derrick zuniu no ar. George ergueu a Gunnlogi defensivamente. Tarde demais. Sentiu um forte golpe no ombro. Estava perdido. O ombro queimava. Derrick avançou, pronto para matá-lo, os olhos brilhantes de ódio, um riso escarninho nos lábios ao erguer a espada. — Christopher! Era a segunda vez que ela o chamava de Christopher. Ele reanimou-se, redobrou suas forças ao segurar a Gunnlogi e esperou para desviar-se do golpe final. O golpe não veio. O sorriso de Derrick desapareceu, um grito agudo escapou de seus lábios e ele tombou para a frente.
Christopher fixou os olhos, não acreditando no que via. Dul estava atrás de Derrick, o horror estampado no rosto, tendo na mão a adaga pingando sangue. Ela empurrou com o pé o corpo do assassino e ajoelhou-se do lado de Christopher. — Meu Deus, Christopher! — Ela olhou assustada para o casaco ensangüentado — Deve doer muito. — Não é nada. Foi superficial. — Ele tentou sentar-se, mas gemeu de dor. — Eu... Eu estou bem. Mas ele sabia ao ver o céu girando acima dele que não estava nada bem. Graças a Cristo, o ferimento tinha sido no ombro esquerdo, não no direito. Dul afastou as peles empapadas de sangue e ficou boquiaberta. — Não é... nada. Deixe-me levantar, mulher — Christopher reclamou. Percebendo um movimento de Derrick, ele preparou-se para terminar sua tarefa. Mesmo sangrando como um porco no matadouro, o assassino tentava ficar de pé. — Mas que droga, mulher! Deixe-me levantar — Christopher tornou a dizer, apesar de sentir a cabeça latejando e os membros pesados. Mas Dul empurrou-o de volta para a neve. Afastou habilmente a túnica do ombro dele, rasgou a manga da camisa e examinou o corte. — Vai precisar de uns pontos, mas não posso fazer isso aqui. Fraco demais para lutar com ela, Christopher viu Derrick ir cambaleando até a montaria de Dul, arrastando a espada de Christian atrás de si. — Eu... tenho de ir atrás dele... Dul olhou para trás, mas Derrick já estava na sela da égua, para, em seguida desaparecer na floresta. — Não! Christopher percebeu que ela pretendia ir atrás do assassino e segurou-lhe o pulso. Nunca a deixaria perseguir Derrick sozinha. — Não vá atrás dele. — Mas... Os gritos de Marcelino chegaram até eles. Christopher ergueu a cabeça e viu os três rapazes se aproximando, suas montarias cansadas. Notou também que Dul olhava para o lugar onde Derrick tinha desaparecido entre as árvores. A neve alva estava manchada de sangue. — Você quer o seu dote, ou não? — Christopher perguntou. — Quero, naturalmente — ela respondeu. — Nesse caso, deixe aquele bandido ir embora. Não vale a pena perdermos tempo para encontrá-lo e acabarmos com ele. — Mas... e se... — Ele estará morto ao cair da noite. Nenhum homem sobrevive a uma facada nas costas, principalmente com um tempo destes. Dul ficou pensativa e acabou cedendo.
— Está certo. Christopher soltou o pulso dela e deitou-se de novo no monte de neve. Marcelino chegou até eles e parou ao ver o corpo de Rasmus. — Rasmus! Desmontando, ele ajoelhou-se para sentir o pulso do miserável. — Não se preocupe. Ele está morto — disse Dul. — E Derrick? — Erik indagou, vendo as manchas de sangue na neve. — Fugiu na montaria de Dul. — Temos de encontrá-lo! — exclamou Alfonso. — Não vamos fazer nada disso. — Dul dirigiu a cada um dos rapazes um olhar severo. Christopher soube que a intenção dela era proteger os jovens. Ela iria sozinha atrás de Derrick, mas não permitiria que os três se arriscassem a tal ponto. Marcelino ajoelhou-se perto de Christopher. — Você está bem? — Estou, mas dói muito. Dul pegou um punhado de neve, limpou o ferimento, em seguida começou a enfaixar o ombro com tiras da camisa de Christopher. Enquanto trabalhava, ela recomendou aos rapazes para enterrarem o corpo de Rasmus. — Embora ele não mereça, enterrem o corpo bem fundo na neve. Por causa dos animais. E acabem logo com isso para podermos continuar a viagem. Os três obedeceram-na e ela voltou-se para Christopher. — Seu ferimento é sério. Por pouco você não morreu. — Mas estou vivo, graças a você. Seus olhares se cruzaram. — O que mais eu poderia fazer? Ficar parada ali do lado, vendo-o matar você, como ele matou o Legislador? — A maioria das mulheres não reagiria. — Por que só agora ele notava que os olhos dela eram tão lindos? — Eu não sou como a maioria das mulheres. — É verdade. Dul afastou o olhar e terminou de amarrar a bandagem. O olhar de Christopher perdeu-se nos lábios dela, vermelhos como cereja por causa do frio. A vontade de beijá-la era quase incontrolável. — Por que você voltou? — ela indagou suavemente. Uma pontada de remorso incomodou-o. — O que você está querendo dizer? — Você sabe muito bem a que eu me refiro. Você fugiu, pensando em nos abandonar, não é verdade? — O tom dela não era acusatório, mas resignado. A intenção dele tinha sido essa. Mas logo viu que não podia deixar os quatro em terra estranha, entregues à própria sorte. Depois, vira pegadas na neve e logo pensara em Derrick. Se o bandido a ferisse ele não se perdoaria. Marcelino ajoelhou-se do lado deles e a conversa foi interrompida. — O que você tem aí? — Christopher perguntou, vendo um pergaminho enrolado na mão do rapaz. — Um mapa que Duarte nos emprestou. — Ele desenrolou o pergaminho. — Quanto ainda falta para chegarmos à propriedade de Rollo? — Estamos perto. Se nos apressarmos, chegaremos lá ao pôr-do-sol — Christopher respondeu. — Então o nosso acordo está de pé? — Dul inquiriu, os olhos fixos nos dele. Constrangido, ele comprimiu os lábios. — Será que eu preciso repetir isso o tempo todo? — Não desconverse Uckermann. Responda apenas "sim" ou "não". Você vai manter sua palavra? — Ah, então, você voltou a me chamar de Uckermann. As faces de Dul ficaram vermelhas. Os três rapazes terminaram de enterrar Rasmus e reuniram-se a eles. — Sim — Christopher respondeu, afinal. — Mantenho a minha palavra. O rapazes sorriram. A si mesmo Christopher disse que não era homem de faltar com a palavra. Além disso, Dul era uma mulher sozinha e precisava de proteção. E havia mais ainda: ela lhe salvara a vida e ele lhe devia muito por isso. Dul ficou de pé e estendeu a mão para ajudá-lo a levantar-se também. Aquele simples contato fez com que se lembrasse da noite de núpcias, do corpo dela torcendo-se sob o dele, dos seus beijos, do seu calor. Tudo isso passou por sua mente. E pela dela, sem dúvida. Isso estava evidente nos olhos azuis. Dul reagiu. Puxou Uckermann para colocá-lo de pé e afastou-se abruptamente. Todos montaram os respectivos animais, exceto Dul. — E Dul? — Marcelino lembrou-se de perguntar. — Ela ficou sem montaria. Só então ela deu-se conta da sua precária situação. Olhou para o lugar onde Derrick tinha desaparecido, a testa enrugada. — Ah, meu Deus, a espada de Christian! Fiquei sem ela, sem o capacete e a túnica de cota de malhas de ferro que estavam na mochila, amarrada atrás da sela! — Não podemos fazer nada — disse Christopher penalizado ao ver a expressão angustiada de Dul. Conduziu o alazão até ela e estendeu-lhe a mão direita, dizendo: — Monte na garupa. Depois de um instante de hesitação, ela segurou a mão dele e saltou para a anca do belo animal.
— Segure-se bem — Christopher recomendou-lhe. — O terreno é rochoso, íngreme e não quero vê-la sentada na neve pela segunda vez em um só dia. Ela obedeceu sem protestar. Passou os braços ao redor da cintura dele, sentindo o contato agradável e confortador do seu peito contra as costas dele. Eles tomaram a direção do poente e cavalgaram em silêncio. O ar era tão gelado que Christopher sentia os pulmões queimando, seu hálito congelava. Raios da luz aurir-rubra do sol faziam reluzir as crostas de neve entre as árvores. Dul agarrou-se mais a Christopher. Talvez estivesse enganando a si próprio, ele pensou. Bem, não podia ser de outra forma. Seus princípios de honra, dever e obrigação eram motivos mais do que suficientes para ele permanecer do lado de Dul e cumprir até o fim o acordo que havia entre eles. Mas, honestamente, não haveria outra razão para ele continuar do lado dela? Dul acordou sobressaltada quando Uckermann refreou o alazão abruptamente ao sair da floresta. Como pudera dormir, na garupa... — Pelo sangue de Thor! Uckermann olhou para trás. — Lamento se a acordei. Com uma das mãos Dul esfregou os olhos para ver melhor e ter certeza de que não estava sonhando. Não, tudo aquilo era real. Uma imponente construção de pedras e troncos de madeira erguia-se no meio da charneca como uma colossal ave predadora, de asas abertas, iluminada pelo sol vermelho que se escondia no poente. — É um castelo! — Marcelino exclamou. — Um castelo inexpugnável como uma fortaleza! — Uckermann admirou-se. Alfonso e Eddy desmontaram e trocaram olhares de espanto. — É este o lugar? — perguntaram ao mesmo tempo. — Não sei. — Uckermann deu de ombros e olhou para Dul. Ela deslizou da garupa do alazão para a neve, seu hálito congelando-se no ar gélido. — É, sim. Aquela é a propriedade de meu pai. — Como você sabe disso? — Uckermann inquiriu. — Sei apenas. É o que me diz o coração. Sentindo um calafrio percorrer-lhe a espinha, Dul puxou mais o casaco de pele ao redor do corpo. Não conseguia afastar os olhos da impressionante construção. Uckermann desmontou e sussurrou ao ouvido de Dul: — Nós não precisávamos ter vindo até aqui. — O quê? O que está dizendo? — Ela virou-se para Uckermann, atônita. — É claro que tínhamos de vir! Preciso do meu dinheiro. — Por quê? Que importância tem agora o seu dinheiro?
Dul franziu a testa sem entender o que ele estava querendo dizer. — Quer ser mais claro? — Você ouviu Duarte tão bem quanto eu. Ele fará tudo, até o impossível para protegê-la e proteger os seus. — Proteger-me? De quem? Uckermann encarou-a por um momento, depois respondeu: — De Pablo. Ou de qualquer outro. — Ah. — Os dois comparsas dele estão mortos e ninguém sabe do paradeiro do próprio Pablo. Por que você quer voltar a Fair Isle? Você mesma disse que todos aqueles que você ama estão mortos ou saíram da ilha. Uckermann estava certo, mas havia mais coisas envolvidas, das quais ele não tinha conhecimento. — Duarte e a esposa a amam e a receberão cheios de alegria. — Uckermann continuou. — Ele é bem relacionado e tem na propriedade mais de cem homens leais, prontos para o que vier. Sob a proteção de um homem com esse poder, você não precisará do seu dinheiro. "Nem de mim", os olhos dele pareciam dizer. Sim, Duarte a receberia como se ela fosse uma ovelha ou uma novilha que precisasse de abrigo contra predadores. Hum. Estava claro que Uckermann não via a hora de livrar-se dela e seguir seu caminho. Uma noiva esperava por ele em Wick. E ela que acalentava a esperança de contar com a ajuda de Uckermann para libertar Christian. A dureza nos olhos dele à pouca luz do pôr-do-sol, fez desaparecer de sua mente essa idéia para sempre. — Você não entende — ela observou em tom glacial. Uckermann olhou para o céu que escurecia, tendo os tons carmesins desaparecido. Depois voltou-se para ela, arqueando as sobrancelhas. — Entenderei se você me explicar. Ela não estava com a menor de disposição de revelar a verdade sobre seu plano de usar o dinheiro para libertar o irmão. Pelo menos, não agora. Em primeiro lugar queria ter o dinheiro do dote na mão. — O dinheiro que vou receber de meu pai comprará a minha liberdade. Ficarei livre de Pablo. Também terei independência financeira. — Ela ergueu mais a cabeça ao acrescentar: — Não dependerei de homem nenhum. Portanto, Uckermann... — Já entendi — ele cortou. Seus lábios se comprimiram, formando uma linha fina. Sua expressão tornou-se severa. Eles tinham chegado até ali; faltava tão pouco para ela concluir a primeira parte do seu plano. Nada iria fazê-la desistir do seu intento. E ela conseguiria que Uckermann a ajudasse na segunda parte. — Você está com medo. — Ela apontou para a fortaleza. — É isso, não é? — O quê? De que você está falando?
— Você está tentando me dissuadir porque tem medo de enfrentar Rollo. Os olhos dele fuzilaram, mas Uckermann não disse nada. Apenas se voltou para os rapazes que tinham amarrado suas montarias ao tronco de árvores, na beira da floresta e gritou: — Montem! A luz do dia quase já se foi.
As estrelas tremeluziam no céu, que mais parecia um campo de veludo azulcobalto, quando os cinco cavalgaram pelo caminho pavimentado com pedras e chegaram à ponte levadiça do castelo. Dul aguardou que Uckermann falasse com os sentinelas e ficou tensa quando dois homens se aproximaram dela portando tochas para poder vê-la melhor. O que teria Uckermann contado a eles? Os dois arregalaram os olhos ao ver o traje que Dul usava, pois ela se recusara terminantemente a aceitar emprestado um dos vestidos da sra. Duarte. Ridículo. Será que aquela gente achava, realmente, que uma mulher devia montar os excelentes e enormes cavalos de Duarte usando roupas femininas? Pelo olhar entre surpreso e divertido dos homens de Rollo, era isso, certamente, que eles esperavam. Dul nunca tinha entrado em um castelo. Vira alguns nas suas viagens com o Legislador às ilhas Shetland, situadas ao sul do arquipélago. Mas nada a deixara preparada para a opulência e o tamanho do hall do castelo de Rollo. Uckermann não demonstrava a menor surpresa com o rico interior do cômodo. Ela notou, no entanto, que ele mantinha-se alerta, atento a cada porta e observando com particular interesse a belíssima coleção de armas, tanto escandinavas como escocesas, expostas nas paredes. Ocorreu a Dul que o dinheiro do seu dote não devia representar grande coisa para um homem rico como Rollo. — Quem você disse que era? A voz aguda e severa sobressaltou Dul. Ela virou-se, a mão tocando, instintivamente, o cabo da adaga. — O que é isso? Quem você pretende matar aqui no meu hall? Dul abriu a boca para falar, mas não conseguiu articular uma única palavra. A mulher à frente deles não era parecida com nenhuma outra que ela já tinha visto. Passava da meia-idade e tinha a pele alva como os penhascos de calcário de Fair Isle. Seus cabelos eram pretos como as asas de um corvo e estavam penteados artisticamente. Porém, a beleza do penteado não amenizava em nada a dureza de sua expressão. O vestido foi o que mais surpreendeu Dul. Era confeccionado em tecido fino e brilhante que nem por sombra lembrava o material grosseiro que as mulheres da ilha teciam. Depois de limpar a garganta, Uckermann falou em tom cerimonioso:
— Milady, permita-me apresentar-lhe Dulce, filha de... — Ele olhou para Dul e ela assentiu com a cabeça. — Filha de Rollo. A mulher empalideceu. — Não é possível. Dul empertigou-se e ergueu mais a cabeça. — Sim, sou filha de Rollo, como ele disse. E você, quem é? A mulher estreitou os olhos negros. — Sou Catherine Leonard, dona de tudo o que vocês vêem aqui. — Então a senhora é... — Marcelino começou, mas o olhar de Catherine pousado nele deixou-o mudo. — Esposa de Rollo — ela completou rispidamente. — Quem mais eu poderia ser? Ela voltou-se novamente para Dul e demorou-se olhando para as roupas dela, sua expressão tornou-se ainda mais desagradável. — Por que está vestida desse jeito? Como homem? — Eu... — Pelo sangue de Thor, quem aquela mulher pensava que era para tratála tão mal? Dul ergueu tanto a cabeça que passou a olhar a madrasta por baixo do seu nariz. — Preferi usar estas roupas para cavalgar. — Você está ridícula — Catherine falou com desdém. Uckermann aproximou-se mais de Dul e, para sua surpresa, passou o braço ao redor dos ombros dela. — Sim, milady, foi uma viagem difícil e... — E você, quem é? É claro que você não é um deles. — Catherine indicou com a cabeça Dul e os rapazes. — Não, milady, sou escocês. Também sou... marido dela. — Não diga. — Catherine olhou Uckermann da cabeça aos pés. — Meu nome é Uckermann. Christopher Uckermann, chefe de um clã ao sudoeste, perto de Inverness. — É mesmo? — As sobrancelhas de Catherine se arquearam. — Pelo menos voc ê , meu marido terá o prazer de conhecer. Não suportando mais aquele tratamento rude, Dul interpôs: — Fizemos esta longa viagem para... — Uckermann beliscou-a. — Por que você... — Por favor, milady, tenho negócios a tratar com seu marido — disse Uckermann dirigindo a Dul um olhar de advertência. Tudo bem, Dul pensou. Deixaria Uckermann lidar com a mulher, já que era esse o desejo dele. Mas a mulher que não ousasse menosprezá-los, porque isso ela não agüentaria. Já bastava o que tinha sofrido em criança nas mãos do pai. — Muito bem. Vou mandar um dos lacaios levá-los a um dos quartos. — Catherine olhou para Marcelino, depois para Alfonso e Eddy que não tiveram coragem de abrir a boca desde que chegaram. — Quanto aos rapazes, podem dormir no salão. Dul não esperava mais do que isso e não protestou. Também não queria criar caso, uma vez que ainda tinha a mão de Uckermann apertando-lhe o braço. — Nossos agradecimentos — disse ele. — É muita gentileza de sua parte. Catherine deu de ombros. — Eu não tenho escolha, não é mesmo? — Ela voltou-se para Dul que a encarou com um olhar dardejante. — Dulce é seu nome, não? Rollo ficará realmente surpreso. Uckermann, Dul e os rapazes esperaram em um salão durante quase uma hora, enquanto uns vinte criados se agitavam arrumando bancos e mesas para o jantar. Dul ficou sentada o tempo todo em um banquinho perto da enorme lareira, tamborilando os dedos na calça de couro. Seu pai não dera sinal de vida e ninguém, até o momento, tinha demonstrado um pouco de hospitalidade. A paciência dela estava no limite. Uckermann e os rapazes estavam sentados a uma mesa próxima e conversavam em voz baixa. Pelas palavras que pôde ouvir, Dul deduziu que Uckermann explicava aos três jovens como deviam agir naquele lugar estranho, onde estavam sendo tão mal recebidos. Também os instruía sobre o que fazer, caso as coisas não corressem como eles tinham planejado. O rosto de Uckermann estava iluminado pela claridade do fogo e os olhos de ardósia atentos. Ele irradiava calma e confiança. Os três rapazes olhavam para ele com respeito e admiração. Principalmente Marcelino. Para Dul era maravilhoso constatar aquela mudança no jovem. Ou melhor, em todos eles. Agora eles estavam no mundo de Uckermann e deviam confiar nele. Certamente ele cumpriria a promessa de vê-los partir levando o dote de Dul intacto. Risos abafados ecoaram pelas paredes de pedra e Dul virou-se na direção do som. Duas mulheres jovens, versões mais delicadas de Catherine apareceram à entrada em arco do salão. Filhas dela, sem dúvida. Cada uma delas trajava-se com o mesmo luxo da mãe, o tecido era igualmente fino, mas as cores eram tão vibrantes que Dul prendeu a respiração. Uckermann e os rapazes também repararam na beleza e elegância das duas. Uckermann levantou-se tão depressa que por pouco não derrubou o banco no qual estava sentado. — Boa noite — ele cumprimentou-as com um caloroso sorriso. Dul jamais vira sorriso semelhante nos lábios dele. Olhou com desgosto para suas roupas masculinas, rasgadas e sujas, e teve consciência de que seus cabelos não podiam estar mais medonhos, despenteados e sem brilho, caídos sobre os ombros. Distraidamente, girou o bracelete do pulso. O que os quatro estariam pensando a respeito daquelas duas princesas? Ela admitiu que eram bonitas. Não, elas eram lindas. E a magnitude daquela beleza brilhava nos olhos de Uckermann. O rosto de Dul queimou. Sem pensar, ela levantou-se. Todos os olhares voltaram-se para ela, deixando-a embaraçada. Ela sabia que era uma singularidade, não tinha beleza e não se ajustava àquele ambiente refinado. E daí? Ah, ela não se encolheria diante de ninguém. E não toleraria que a tratassem com desdém. Esse tempo já passara. Ela foi até Uckermann e empurrou Eddy para que saísse da frente. — Esta é minha... esposa — Uckermann apresentou-a. — Irmã de vocês. Dul cerrou os punhos e ficou carrancuda. Não era irmã daquelas pavoas coisa nenhuma. As duas fitaram-na da cabeça aos pés, boquiabertas. Dul devia ter quase trinta centímetros a mais do que elas. — Você... você é Dulce — disse uma delas, a mais velha, com certeza. — Sim, sou Dulce, filha de Fritha e... de Rollo. Os olhos das duas arregalaram-se mais ainda, se é que isso seria possível. — E nós somos... — Marcelino começou, mas Dul ergueu a mão para silenciá-lo. — Estamos aqui há quase uma hora, não nos serviram nada para comer ou beber — Dul queixou-se para uma das moças. — Afinal, esta é a casa de meu pai. E sua mãe mencionou que um quarto estaria reservado para nós. Uckermann dirigiu-lhe um olhar de censura que ela ignorou. A moça mais nova, por fim, conseguiu falar. — Oh, nos perdoe! Sim, seu quarto está pronto. Venha, eu a acompanho até lá. A irmã mais velha ficou para trás e foi cercada por Eddy, Alfonso e Marcelino assim que Dul se afastou com a moça mais nova. Uckermann acompanhou-as também, parecendo muito interessado na jovem. A raiva de Dul era tanta que ela achou que seu sangue fervia. Mas conteve-se. O momento não era propício para ela se consumir com emoções femininas. Isso era para mulheres fracas e tolas. E ela não era fraca. Muito menos tola. — É este o quarto — declarou a moça adejando os cílios para Uckermann ao indicar uma porta aberta no corredor principal. Dul espiou dentro do cômodo luxuosamente mobiliado e viu uma cama com baldaquino, cortinas de tecido xadrez e colcha de peles. Resmungou algo ininteligível e dirigiu a Uckermann um olhar zangado. Mas ele não estava olhando para ela e, sim, para a moça que também tinha os olhos fixos nele. Dul passou entre os dois e entrou no quarto, os punhos cerrados, os dentes rangendo. Qual a razão dessa raiva? Que sentimentos eram aqueles de se avolumavam-se dentro dela, contra a sua vontade? Uckermann parecia não notar sua reação e ela alegrou-se com isso. — Voltarei num instante — disse ele sem ao menos olhar para Dul. — Se esta amável lady levar-me até a cozinha, trarei alguma coisa para matar a nossa sede A moça enrubesceu um pouco, ficando ainda mais bonita, e afastou-se com Uckermann. Se pudesse, Dul pensou, dava uns tapas no rosto delicado da escocesa. Em vez disso, bateu a porta com força atrás dos dois, "Prostitutazinha", ela pensou. O que a atrevida pretendia? Seduzir Uckermann? Corno era possível, se ele se apresentara como seu marido? Ah, Uckermann estava demonstrando que era um safado. Um ordinário como todos os homens. Alguma coisa para saciar nossa sede. Que desculpa. Mais provavelmente alguma coisa para aplacar sua luxúria. Afastando-se da porta fechada, Dul levou um susto. — Pelo sangue de Thor! Bem à frente dela, perto da parede, havia uma mulher encarando-a. Uma mulher igualzinha a ela. Como... Que idiota! Aquilo era um espelho, claro. Já vira um objeto como aquele numa das ilhas Shetland. Mas não era tão grande. Ela aproximou-se, cautelosa, na defensiva, como se a imagem pudesse saltar sobre ela. Podia ver-se quase de corpo inteiro. Ficou carrancuda. Não era de admirar que Uckermann preferisse a moça delicada que enrubescia facilmente. Passou a mão no rosto bronzeado e nos lábios ressecados pelo vento, que, na sua opinião eram cheios demais. E como era alta. Perto de Uckermann chegava a se esquecer do próprio tamanho, pois ele era um homem alto e forte. Agora os cabelos. Analisou-os. Estavam muito piores do que imaginara uma hora atrás, no hall. A imagem que lhe veio à mente foi a de um ninho de ratos. Havia uma banqueta diante daquele vidro prateado e Dul sentou-se nela. Passou os dedos entre os fios com desgosto. Realmente, não era bonita nem delicada. Será que alguma vez Uckermann, a olhara da maneira como tinha olhado para a moça elegante uns minutos atrás? Talvez a tivesse olhado assim na noite de núpcias. Um tênue véu de lágrimas cobriu-lhe os olhos, embaçando a imagem que ela via refletida no espelho. Inclinando a cabeça, Dul tentou ver a cicatriz sob o queixo, obra de Pablo. Um sinal grande e feio. Naturalmente Uckermann jamais iria desejar uma mulher assim, com um defeito como aquele. Pois bem, seu rosto poderia ficar ainda mais feio. Iria marcá-lo para não atrair homem nenhum. Dul tirou a adaga da bainha e segurou-a com força. O Legislador sempre dissera que ela era corajosa. Seria mesmo? Sua mão tremeu ao erguer a adaga até a testa. Afastou os cabelos e encostou o frio metal na pele. Susteve a respiração.
Gotículas de sangue brotaram na têmpora. — Amado Jesus! Dul! O que está fazendo? Uckermann! Ela quase saltou da banqueta. Uma jarra de hidromel e duas canecas de louça espatifaram-se no chão, na sua frente. A adaga escorregou-lhe da mão, ficando a ponta cravada na madeira do assoalho. Uckermann voou para perto dela como um relâmpago e ajoelhou-se do seu lado. — Venha cá. Preciso ver esse corte. — Me deixe sozinha. — Ela afastou-se dele depressa. — O que houve? Ficou maluca? — Estou maluca há algum tempo. A primeira prova disso foi ter-me casado com você. Graças a Deus está quase terminando o nosso compromisso. Pelo espelho, Dul pôde ver a expressão de incredulidade de Uckermann. Ele tentou limpar o sangue do pequeno corte com um pedaço de pano que rasgou da camisa. — Não toque em mim! — Por que não? Você fez tanto por mim quando Derrick me feriu. Dul olhou para o ombro dele, enfaixado e manchado de sangue. — Ah, acho que você teria preferido que uma das lindas pavoas, filhas de Catherine, cuidasse do seu ferimento. — O quê?! Ele tentou segurá-la, mas Dul correu para perto da janela. Não era esse tipo de conversa que pretendia ter com Uckermann. — Ah, então é isso? — Isso, o quê? Não sei o que você está querendo dizer. Uckermann segurou o pulso dela e puxou-a ao encontro dele. Ele estava sorrindo. — Você está com ciúme — ele afirmou. — Não estou! Que absurdo. E pensar que segundos atrás, por pouco ela não tinha marcado o rosto. Para quê? Para provar que era capaz destruir ainda mais sua beleza para que Uckermann não sentisse a menor atração por ela? Não precisava de todo esse ímpeto. Mesmo porque ela não o queria nem que ele fosse o último homem da face da terra. Agora ele riu para ela. — Sim, está com ciúme. Basta olhar para seu rosto. Está vermelho como uma maçã no outono. Ele tentou segurar o queixo dela, mas recebeu um tapa na mão. — Pare com isso. Não me toque! — Ela olhou zangada para ele. — Mas... o que é uma maçã?
— Venha cá, deixe-me ver esse corte. — Não! — É melhor cuidar disso. Pode deixar uma cicatriz.
— E que importância tem uma cicatriz a mais ou a menos? Uckermann conseguiu agarrá-la pela cintura, mas ela lutou para afastar-se dele. — Eu já lhe disse para me soltar! Pare com... Um grito ecoou no quarto e os dois ficaram quietos imediatamente. Dul teve a impressão de que o coração tinha parado de bater ao olhar para a visão de pé, à porta. Rollo. Seu pai. Sua presença era assustadora, embora Rollo lhe parecesse menor do que a imagem que guardava dele. Mas quando o vira pela última vez, ela ainda não tinha completado três anos. Atrás dele, no corredor, estava Catherine, seu rosto uma máscara de puro ódio. Quanto a Rollo, correu os olhos pela jarra e as canecas quebradas, a adaga espetada no chão, o sangue no rosto dela, nada escapou de seu olhar penetrante. — O que foi que eu lhe disse? É ela ou não? — Catherine indagou de modo afetado. Rollo olhou para Dul da cabeça aos pés, ignorando Uckermann completamente. Ele afastou a mão da cintura dela e encarou seu anfitrião. — Sim, é, certamente — Rollo afirmou, aproximando-se da filha e estendendo a mão para ela. Instintivamente, Dul encolheu-se e sentiu os joelhos fraquejarem. Uckermann tornou a passar o braço por sua cintura para lembrá-la que estava do seu lado e a protegeria. Ela teve de admitir que, sem ele, perderia muito de sua coragem. Dul ergueu a cabeça, franziu os lábios e encarou o pai. Devagar, Rollo passou a mão pela cicatriz sob o queixo da filha e roçou os dedos no pequeno corte, sujando-os de sangue. — Você não se parece com sua mãe — ele declarou calmamente. Por um breve momento Dul julgou ter visto alguma coisa nos olhos do pai. Sim, estava ali. Remorso? — Acho que ela tem os seus traços — Uckermann observou. Rollo virou-se depressa para o escocês, estreitando os olhos azuis. — Quem é você? Dul prendeu a respiração. Uckermann apertou a cintura dela para transmitir-lhe confiança. — Ele é meu marido — disse ela. — O quê? — Rollo dirigiu-se a Uckermann. — Que tipo de brincadeira é esta? — Não é brincadeira. É a verdade. — Uckermann deu um passo à frente, ficando entre pai e filha. Os dois homens tinham a mesma altura. — Dulce é minha esposa. Nos casamos em Fair Isle há duas semanas. Por um momento Uckermann ficou sob o severo e altivo exame de Rollo. — Uckermann... de Inverness, foi o que disse minha esposa.
— Leste de Inverness, para ser exato — confirmou Uckermann, encarando Rollo destemidamente. Dul estava impressionada. Seu pai também. — Por que você veio até mim? — Rollo indagou, finalmente. — Estou aqui para receber o que é meu, na qualidade de marido de Dulce — Uckermann respondeu. — Seu dote. Dul ficou paralisada, cada músculo tenso como uma corda de rabeca. Seu pai desfiou uma série de imprecações e Uckermann ouviu-as sem se abalar. — Você não é o homem que escolhi para ela. Onde está Pablo? Foi a ele a quem prometi a mão de minha filha. — Os olhos perspicazes voltaram-se para Dul. O coração dela batia tão forte que parecia querer saltar de seu peito. — Ele está... Quero dizer, eu não sei exatamente... — Isso não interessa — Uckermann interrompeu-a. — Sou seu marido e, por direito, o dote me pertence. Os olhos de Rollo estreitaram-se ainda mais. — Pois não terá dote nenhum. Não, enquanto eu viver. Oh, Deus. E agora? Sem a presença do Legislador, Dul temia que o pai reagisse dessa forma. Eles tinham chegado até ali a duras penas e o Legislador perdera a vida. Não, isso não terminaria assim. A liberdade de Christian, até mesmo a vida dele dependiam daquele dinheiro. Ela precisava fazer alguma coisa, e depressa. — Muito bem — disse Uckermann. — O quê? — Os olhos de Dul quase saltaram da óbitas. Uckermann cruzou os braços e deu de ombros. — Para mim, está ótimo. Dul encarou-o, estupefata. Catherine, ao contrário, inchou-se de orgulho como uma ave exótica, e olhou para Dul com um sorriso triunfante. — Está ótimo, mesmo? — As sobrancelhas ruivas e espessas de Rollo se juntaram. Ele estava, evidentemente, confuso. — Foi o que eu disse. E, sem dote, não há casamento. Você pode ficar com a sua filha. — Ele pegou Dul pelos ombros, rudemente, e empurrou-a para os braços de Rollo. — Isto é ultrajante! — Ela afastou-se do tórax musculoso do pai e voltou para junto de Uckermann. — O que você quer dizer, Uckermann? — Acho que eu fui bem claro. — Ele cruzou os braços novamente e olhou para Rollo, a testa franzida. — Sem dote, não há casamento. Fique com ela. A filha é sua.


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Só um capítulo pq não teve mais comentarios!


Comentem e Favoritem!


Besos y Besos!!!😚😚😚


 



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Autor(a): Srta.Talia

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Nunca na vida Uckermann ouvira palavras tão feias saindo de lábios tão bonitos. Passada a raiva, Dul não falou com Uckermann durante quase dois dias. Lembrando-se da magnitude da sua fúria, ele sorriu. — De que é que você está achando graça? Christopher olhou para Rollo, sentado à sua frente, jogando ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 34



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  • karla08 Postado em 09/11/2017 - 17:52:52

    Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • dalziane Postado em 03/11/2017 - 23:05:16

    Poxa vc nao vai posta mas o final?

  • heloisamelo Postado em 02/11/2017 - 12:00:38

    Capítulo 13 ta errado....

  • dalziane Postado em 30/10/2017 - 10:53:45

    +++++++++++++++++++++ +++++++++++++++++++++ +++++++++++++++++++++

  • dalziane Postado em 30/10/2017 - 10:51:15

    Continua

  • dalziane Postado em 29/10/2017 - 19:13:33

    Posta+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

  • dalziane Postado em 29/10/2017 - 14:23:20

    Continua

  • dalziane Postado em 29/10/2017 - 14:22:54

    😄😄😄😄😄😄&a mp;#128516;😄😄😄😄😄& ;#128516;😄😄😄😄😄&# 128516;😄😄😄

  • dalziane Postado em 29/10/2017 - 14:22:20

    ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

  • dalziane Postado em 29/10/2017 - 14:19:24

    Continua


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