Fanfic: Perto de Você *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Seu coração chutou para cima.

Mesmo em seu momento fraco, ela não tinha contado a sua irmã sobre seus sentimentos por Alfonso, sobre a maneira como ele a virou do avesso.

— Sempre tão preocupada... — ele murmurou. — Você sabe Tatiana te ama demais para te machucar de alguma forma.

É claro que Anahí sabia. Mas ela tinha sido ferida pela família antes, por uma mãe amorosa que tinha tudo, mas desapareceu após a morte de seu pai, quando suas filhas precisavam dela o máximo, e depois voltou como outra mulher inteiramente diferente.

— Além disso, não é culpa de Tatiana que ela deixou escapulir. Eu estava tentando obter alguma coisa que ela me dissesse sobre você.

— O que mais ela contou?

— Como você foi uma total fanática adolescente por Bon Jovi.

Anahí teve de rir de si mesma.

— Suas canções são realmente bastante inteligentes e poéticas se você ouvir as letras.

— Eu concordo. — disse ele com um sorriso. — Eu vou ter certeza de contar a Jon sobre sua fã linda.

— Você o conhece?! — ela perguntou antes de resmungar: — É claro que você conhece. Só para você saber, eu posso ter que sufocar a minha irmã na noite de amanhã com uma travesseiro. Desculpe você vai ter que encontrar uma nova co-estrela esta tarde para continuar filmando.

Alfonso começou a rir neste momento, mas então deslocou para uma expressão mais séria.

— Ela também me disse como você largou a faculdade para administrar sua carreira.

Anahí não podia suportar o pensamento de Alfonso achar que ela estava vivendo uma vida de sacrifício nos últimos dez anos.

— Eu amei cada minuto.

— Eu sei que você fez. É o que faz de vocês duas uma grande equipe. Vocês amam o que fazem, Tatiana em frente da câmera, você atrás de seu laptop.

Ela pegou o garfo, determinada a aproveitar o resto da refeição incrível.

— Agora que você conhece algumas coisas verdadeiramente embaraçosas sobre mim, é a sua vez de partilhar o seu pior. — ela apontou o garfo para ele. — E não me engane ao dizer-me alguma coisa que eu poderia encontrar em uma entrevista.

Ele deu-lhe um olhar cheio de inocência pura.

— Eu diria. — ele disse quando também pegou o garfo. — Se houvesse algo constrangedor para compartilhar.

— Então você é perfeito, né?

Ele ergueu as sobrancelhas, como se ele estivesse ferido.

— Você não pensa que eu sou?

Ela não conseguia segurar o riso.

— Não... — ela agitou sua cabeça enquanto deu uma mordida nas batatas, em seguida, bebendo um gole do cabernet muito bom. — Eu definitivamente, não.

Quando ele não riu com ela, ela pensou por um momento que o tinha insultado. Mas então ela percebeu que ele não tinha um olhar chateado. Ele parecia satisfeito.

— Você nunca me vê como uma estrela de cinema, não é?

Ela podia sentir o quão sério a sua pergunta era. E o quanto a sua resposta significava para ele.

Talvez um dia, algumas semanas atrás, ela poderia ter escolhido uma resposta para acalmá-lo. Mas ela tinha aprendido a respeitá-lo e gostar muito dele, muito para fazer isso.

— Você me surpreendeu a primeira vez que nos conhecemos. — ela girou o caule de sua taça de vinho na mão e tentou encontrar as palavras certas para explicar. — Eu conheci tantos atores ao longo dos anos, entre os que minha irmã já trabalhou com... os que minha mãe saía. — ela afastou a pontada que o pensamento sobre sua mãe sempre trazia, para focar no homem sentado em frente a ela. — Eu achava que sabia exatamente o que esperar de você. Afinal, você é mais famoso, mais bem sucedido que qualquer um deles. — ela balançou a cabeça, lembrando-se dele sentado em seu escritório de produção em San Francisco no primeiro dia em que se conheceram.

Só de olhar para ele a tinha feito toda quente, especialmente quando ele sustentou seu olhar com seus olhos verdes e ela sentiu a atração crepitar entre eles, mesmo com George e Tatiana na sala.

— O telefone tocou e quando viu a chamada, você tinha o maior sorriso antes de dispensar para responder. Eu queria que você fosse um daqueles que achavam que era tão importante que poderia receber chamadas no meio de uma reunião. — ela olhou para cima e encontrou seu quente olhar. — Mas você estava falando com uma de suas irmãs, perguntando-lhe como ela estava se sentindo, se o médico lhe havia dito qualquer outra coisa sobre o tamanho de seus bebês.

E Anahí começou a cair por ele ali mesmo.

Ainda assim, ela precisava fazer uma última tentativa para se preservar.

Felizmente, ela sabia exatamente como fazê-lo, com uma lembrança do que ele fazia para viver.

— Você está certo que eu não te vejo como uma estrela de cinema desde aquele dia em que nos conhecemos, mas isso... — ela fez um gesto para a mesa, o iate ancorado no cais. — Não é o tipo de coisa que um homem normal pode fazer. Obrigado por uma noite de conto de fadas. — ela disse suavemente. — Eu nunca vou esquecer.

— Nem eu. — disse ele.

E quando seus olhos caíram para sua boca por uma fração de segundo, ela pensou por um momento que ele iria esquecer sua promessa de não beijá-la.

Mas então, em vez de beijar ela, ele disse:

— Sobremesa?

Seu cérebro desesperado virou a palavra "sobremesa" em "beijo" e ela assentiu com entusiasmo.

— Sim, por favor.

Ele estendeu a mão para uma caixa rosa e as mãos de Anahí tremiam, e não com medo, mas com uma luxúria desenfreada, quando ela pegou a caixa com a sobremesa descoberta.

Desejo se enroscou com alegria quando ela olhou para os dois doces sobre o prato.

Um dos bolinhos tinha uma imagem de Alfonso atrás das grades da prisão, agarrando as grades apertadas com um bonito, mas suplicante olhar em seu rosto.

O outro tinha uma versão animada de Anahí, balançando a chave de sua cela com um dedo, uma ímpiedade brilhando em seus olhos.

Anahí não pediu um beijo, possivelmente não poderia ter desperdiçado um segundo com as palavras quando ela o alcançou, deslizou sua mão ao redor da parte de trás do seu pescoço e beijou... ele.