Fanfic: Perto de Você *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Ela poderia ter dito não, mas sabia que seu toque, seus beijos, fizeram dela uma escrava disposta a querer cada vez quando ele estava próximo.

Eles não falavam nada, antes ou depois. Talvez porque sabia que ela não gostaria de ouvir o que ele tinha a dizer, e ela tinha medo do que ela poderia dizer a ele.

Mas ela sabia que não podiam continuar assim por muito mais tempo, usando somente a línguagem de seus corpos.

Em breve, muito em breve, o que estava acontecendo entre eles teria de ser discutido. E terminado.

Sexta-feira amanheceu escura e nebulosa, após uma longa noite de pensamentos para se pôr um fim à loucura, um perfeito reflexo da maneira como seu interior sentia.

Ela não podia manter-se com os altos desses momentos roubados com Alfonso, e em seguida, os pontos baixos, de vê-lo no set uma hora mais tarde e ter que agir como se fossem estranhos.

Sim, ela sabia que ele não queria que as coisas fossem assim, que ele ficaria feliz em ter alertado o elenco e toda a equipe sobre à sua relação.

Mas ela sabia que qualquer dor que ela estivesse sofrendo agora, era muito menor do que a dor que ela sentiria se ela permitisse o suficiente de pensar em si mesma como sua namorada em vez de seu mais recente flerte de filmagem.

Anahí tinha visto muito mais mulheres como sua mãe através dos últimos dez anos, e ela sempre se prometeu nunca colocar-se nessa posição.

E Deus os livrasse de qualquer pessoa com uma câmera captá-los juntos. Ela não podia imaginar se ver na capa de uma revista.

Assim, enquanto se dirigia para o set com seus presentes para a festa de feriado, ela lembrou a si mesma com firmeza: Não importa como, ela não ia fazer amor com Alfonso novamente.

Alfonso era conhecido em toda Hollywood por trabalhar muito, para a realização de seu objetivo, e por sempre dar o seu melhor.

Mas ele nunca teve uma empolgação como esta antes, nem sequer sabia que ele tinha.

Era fácil deixar todo mundo achar que era porque ele estava apostando muito no sucesso da Gravidade. Só ele sabia a verdade.

Dez minutos nos braços de Anahí iria alimentá-lo por 10 horas, e depois, quando ele finalmente descia do alto do que ela lhe deu, havia perdido muito dela e queria ela novamente tão mal, que tentar descansar ou relaxar era inútil.

Em vez disso, ele trabalhou por todas essas horas de frustração e necessidade, apenas dormindo quando ele estava temporariamente esgotado do cheiro dela, o sabor dela em seus lábios, suas mãos.

A maior parte do elenco e da equipe já estavam no galpão decorado em um grande armazém em San Francisco que ele tinha alugado para filmar a maior parte de suas cenas internas, partilhando bebidas e alimentos, no momento em que Anahí chegou.

Mesmo no meio de uma discussão acalorada com dois cinegrafistas sobre perspectivas dos Outlaws de São Francisco para outro super ano, ele sentiu sua presença na sala lotada.

Desculpando-se, ele atravessou a sala em direção a ela.

— Estou feliz por você estar aqui.

Sua pele linda já estava ruborizada, quando Tatiana moveu-se para o lado dela e passou o braço em torno de sua irmã.

— Eu estava preocupada que eu ia ter que raptá-la de seu computador para tirá-la do escritório para vir a festa. Ela tem trabalhado tão duro ultimamente, que eu estou começando a me perguntar se ela secretamente tem visto outro ator.

Alfonso podia adivinhar exatamente como Anahí interpretou o comentário inocente de sua irmã quando ela corou profundamente antes de tentar a rir e dizer:

— Imagine, eu tentando manter um segredo como esse de você. — ela muito propositadamente não olhava na direção de Alfonso, quando o disse.

Ele nunca tinha sido o segredo de ninguém antes. Meninas, então as mulheres, tinham tido orgulho de reclamá-lo, praticamente desde o minuto em que ele poderia andar e falar.

Ele não gosta de ser o segredo de Anahí, não gostava com tanta veemência, de fato, que, se não tivesse cuidado, ele ia perder completamente a tênue linha que mantinha sua paciência.

Momentos de satisfação tinham sido poucos e distantes durante a semana passada, mas ele estava trabalhando como o inferno para manter acreditando que eles estavam chegando a algum lugar, e que o dia viria logo, quando Anahí não seria capaz de se manter negando sua conexão.

Então ao invés de puxá-la para ele e beijá-la sem sentido na frente de toda a produção, ele se afastou antes de jogar longe o santo segredo.

Ele deixou o riso, a alegria, a felicidade das pessoas ao seu redor enchê-lo ao longo das próximas horas.

Era uma das melhores partes de trabalhar em um filme, a forma como um grupo de estranhos se reuniam e se transformavam em uma família ao longo de algumas semanas ou meses.

E ainda, quando ele riu com seu elenco, quando ele elogiou sua equipe pelo grande trabalho que eles estavam fazendo, ele queria Anahí com uma ferocidade que surpreendeu até mesmo a ele.

Nenhuma mulher jamais havia feito isso com ele, queimar, rasgar, abri-lo, tentar a sua paciência para seus próprios limites.

As pessoas estavam dançando ao redor deles quando Anahí veio em direção a ele, com uma caixa embrulhada em suas mãos.

— Eu tenho um presente para você.

Apesar de tudo o que ele queria era ela, ele fez a si mesmo pegar o presente.

Presentes nunca lhe tinha deixado de mal-humor antes, mas ele aproveitou o som áspero do papel rasgando por baixo das mãos.

Só que, quando ele viu o quebra-cabeça, ele pensou, não, ele sabia o que ela estava tentando dizer a ele.

Porque tudo tinha mudado para eles em Alcatraz.

— Eu amo isso, Anahí.

Uma palavra. Tudo o que ele precisava mudar era uma palavra, "isso" para "você".

Ele não estava surpreso quando ela deixou a multidão puxá-la e engoli-la, desaparecendo antes que ele pudesse dizer.

Mas ele sabia, sem dúvida que ela ouviu o que ele não tinha dito, e que ele não iria esperar muito mais tempo para sussurrar as três pequenas palavras contra seus lábios.