Fanfic: Perto de Você *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Capítulo Vinte e Três

Anahí estava de pé no meio do trailer quando Alfonso entrou.

Deus, mesmo olhando para ela agora longe das luzes e câmeras e da produção, ele não podia obter sua expressão quando eles terminaram de filmar fora de sua cabeça.

Sabendo como seu fio era fino onde Anahí estava, logo que eles começaram a filmar cena de sexo, Alfonso preparou-se para não olhar para ela, e para manter o foco total em Tatiana.

Mas tinha sido impossível bloquear Anahí fora, quando pela primeira vez durante o trabalho, ele se sentiu completamente rasgado em dois.

Tudo que teria precisado era uma olhada em seus devastados olhos e ele teria feito em uma fração de segundo a decisão não só de cortar uma cena que tanto necessitava para o seu filme, mas também para chamar uma parada completa nas filmagens do dia.

Se não fosse pelo elenco e a equipe e os estúdios e investidores que estavam contando com ele para fazer isso, ele teria andado para fora do set, tomado a mão de Anahí, e desaparecido com ela para um lugar onde Hollywood e faz de conta não existia.

E, no entanto, depois que ele e Tatiana finalmente terminaram as filmagens do que tinha sido a cena mais difícil de sua carreira, e ele deixou-se focar em Anahí novamente, Alfonso não tinha estado em qualquer lugar perto de preparado para o quão pálida sua pele tinha tornado, como horrorizado seus olhos tinham estado... ou a máscara de traição e tristeza que ela usava.

E se ele tivesse feito a escolha errada? E se ele tivesse acabado de perder a única coisa que verdadeiramente importava?

Inesperadamente, Summer e seu irmão Gabe vieram vê-lo em ação e mesmo que ele amava a garota, cada segundo longe de Anahí tinha sido excruciante.

Ele precisava ir até ela, para tentar fazer as coisas se acertarem.

Felizmente, seu irmão tinha sido capaz de perceber que algo estava errado. Com a promessa de trazer Summer de volta ao set em breve, Gabe tinha distraído-a com uma mesa de doces.

Depois que eles saíram, Alfonso tinha tentado, mas correu para chegar a Anahí.

Ninguém se atreveu a entrar em seu caminho, e se eles tivessem, ele teria cortado.

Agora que ele estava, finalmente, com ela, ele não pensava, mal conseguia amarrar dois pensamentos juntos quando ela estava perto.

Ele simplesmente puxou-a para seus braços... e rezou para que ela não se afastasse.

— Eu sinto muito. Eu não quis te machucar hoje. Eu não quero te machucar. Eu não vou te machucar de novo, eu prometo. — com cada frase, ele acariciou a mão pelas costas dela, as mãos dela presas em seu peito.

Ela tinha que sentir o quão difícil, o quão rápido seu coração estava batendo.

— Me fez mal. — disse ela suavemente em seu pescoço, e uma frase curta que parecia que tinha chegado e rasgado o seu coração fora. — Mas... — respiração que tomou, sacudiu seu peito. — Mas não foi você que me magoou. Eu fiz isso para mim mesma.

Ele afastou-se para que ele pudesse olhar em seus olhos.

Ele não entendia completamente o que ela tinha acabado de dizer e ele precisava entender.

— Eu estraguei tudo, eu não posso acreditar... Eu e Tatiana estávamos nos preparando para hoje, mas eu...

Droga, ele deveria ter se esforçado mais para falar com Anahí sobre hoje antes que acontecesse, mas ele tinha medo. Medo até mesmo de falar sobre isso.

— Minha carreira inteira, eu nunca tive problema com cenas de sexo. Mas isso me matou hoje. Por favor, me diga que não é tarde demais para dizer o quanto me mata tocar em alguém além de você.

— É parte de seu trabalho, Alfonso, eu não quero roubar pedaço por pedaço de você, porque você está preocupado com o que eu poderia pensar ou sentir sobre você fazer um determinado papel.

Mas ela não via?!

Ele tinha estado tão preocupado com a importância de investidores e do estúdio e sua reputação que ele não tinha percebido o que era verdadeiramente importante até que fosse quase tarde demais.

Ela.

— Eu não achei que hoje seria tão difícil. Não depois de todas as vezes que eu tinha que fingir fazer amor com atrizes casadas, com mulheres que eu não gosto, com completos estranhos, mesmo com amigas. — ele deixou cair as mãos de seus ombros e afastou-se em desgosto, suas mãos indo para o cabelo, puxando os fios escuros se em linha reta. — Estar com sua irmã hoje na tela foi a coisa mais difícil que eu já fiz.

Ele podia ver nos olhos de Anahí a mesma desolação que ele sentiu no fundo de sua alma.

Ele não tinha a traído, mas nada parecia mais certo.

Uma simples, pura história de amor, sem conflitos ou complicação era o que ele queria para dar a ela.

Mas ele deu a ela exatamente o contrário hoje.

E, ainda, mesmo que não era justo pedir-lhe qualquer outra coisa, ele queria muito dela, muito mais do que ele sempre quis de qualquer outra mulher.

— Eu não vou mentir para você — ela disse suavemente. —, hoje foi ruim. Muito, muito ruim.

Quando ele estremeceu com a parte terrível que ele tinha atuado causando-lhe tanta dor, ela estendeu a mão para ele.

Ele olhou para baixo em seus elegantes dedos sobre os músculos de seu antebraço, em seguida, encontrou-se prendendo a respiração enquanto ela deslizou lentamente até a sua mão.

Seus dedos entrelaçados com os seus e ele teve que levantar a mão à boca para pressionar um beijo nela, ela querendo ou não.

— Eu não sabia que eu era capaz de sentir tanto ciúme. — ela admitiu com um toque triste de seus lábios em algo que ninguém jamais iria chamar de sorriso. — Eu sei que não há nada entre vocês dois. Eu até sei que nunca poderia haver, que vocês são como irmão e irmã, mas... — ela deu um suspiro que foi como um soco no peito. — Nunca foi tão difícil lembrar de que, quando você estava... — ela balançou a cabeça. — Não. Eu não quero revivê-lo mais, não com a trilha sonora de hoje ainda tocando na minha cabeça. — ela se moveu para mais perto, perto o suficiente agora, que ele podia sentir o calor de seu corpo ao longo do seu. — Ajuda-me a fazer uma nova lembrança, Alfonso.

Tudo o que ele queria era beijá-la, amá-la, mas não apenas por essas razões.

— Eu nunca quis uma mulher mais do que eu quero você, mas eu quero que o nosso amor seja mais do que apenas uma maneira para você esquecer o que aconteceu hoje. Eu preciso que sejamos mais do que isso, Anahí. — ele viu o efeito de suas palavras desnudando em seu rosto.

Ele não ia segurar mais. Ele não podia. Não quando ele tinha chegado tão perto de perdê-la hoje.

— O que...

Quando ela parou, Alfonso achou tão difícil ver uma das mulheres mais extraordinárias que ele já conheceu, tropeçar em sua pergunta, mas, tanto quanto ele queria domina-la para amá-lo do jeito que ele sabia que ele a amava, ele obrigou-se a esperar.

Finalmente, ela perguntou:

— O que você quer? O que você precisa?

— Você.

Era tão simples como isso. Ele suspeitava que sempre seria.

Desde o primeiro momento que ele a conheceu, ele tinha sido atraído por ela. Fazer amor com ela tinha tomado essa súbita faísca ampliada até que ele se tornou totalmente consumido com ela.

Não só seu corpo, e não apenas a sua paixão desenfreada, mas tudo o que ela era, dentro e fora.

— Eu quero você, também.

Suas palavras vieram tão baixinho que ele mal teria sido capaz de ouvi-las, se não estivesse orando por elas com todas as fibras de sua alma.

Todo o sofrimento que as filmagens de hoje causou, talvez fosse exatamente o ponto de virada que ambos precisavam.

Ele deslizou a ponta de seu dedo polegar através de seu lábio inferior e ela estremeceu ao seu toque.

A mulher forte que sempre tremia em seus braços.

— Você já me tem, Anahí. Você sabe disso. Então me diga... — ele fez uma pausa para desenhar em seu auto-controle que ele não cedesse ao desejo quase incontrolável de tomar antes dela ter a chance de dar. — O que mais você quer?

— Eu quero... — ela parou de novo, mas desta vez, quando ela olhou para seus olhos, ele podia ver a sua força, clara e presente em seu belo rosto, e a determinação que era uma parte muito importante dela. — Eu quero tentar. Eu não dei a você, a nós, uma chance. Eu quero dizer, eu sei que eu tenho tido a oportunidade de dormir com você — ela disse com um rubor, que fez com que ele quisesse puxá-la para o chão para levá-la ali mesmo. —, mas eu não me deixei pensar que nada mais poderia ser possível. — ela parecia incrivelmente arrependida, quando disse: — Eu tenho sido injusta com você. E eu acho — disse ela lentamente. —, que comigo também.

Ela ainda estava segurando o seu olhar, e nada poderia faze-lo tão quente, quanto o lapso momentâneo de suavidade.

Ah, sim, todos os contornos e formas, as bordas afiadas e curvas arredondadas, o fogo e o gelo... Cada célula de Anahí Portilla fez isso para ele também.

— Você gostaria de ir a um encontro comigo?

A alegria em sua pergunta veio tão forte e doce quanto podia, ele sorriu para ela.

— Não há nada que eu gostaria mais.

Mas, em vez de sorrir de volta, ela disse:

— Nada? — em uma voz sedutora que enviou cada litro de sangue correndo para baixo.

— Bem, agora que você mencionou — ele disse quando ela diminuiu a distância final entre eles e apertou-se contra ele. —, pode haver uma ou duas coisas.

Sua boca levantou até a sua e mesmo quando ele tentou deixar ela levar sua dança sensual, tinha-se perdido na sua necessidade para ela.

Não havia ninguém, Anahí tinha deixado mais de 20 anos de mulheres completamente apagados de sua consciência quando sua língua deslizou sobre seu lábio inferior para imitar a forma como ele tocou a apenas minutos antes.

Ele chupou sua língua, enquanto suas mãos puxaram sua camisa. Botões voaram e ela arrancou o tecido aberto e empurrou o algodão fora de seus ombros, no chão.

Alfonso adorou que ninguém que conhecia Anahí, nem mesmo amigos próximos, iria reconhecê-la agora.

Tanta paixão deixava-o no chão cada vez que eram íntimo uns com os outros.

E toda essa paixão era dele.