Fanfic: Perto de Você *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

— Eu costumava pensar a mesma coisa, que um dia eu iria acordar e eu ia estar bem sobre ele. Que eu seria capaz de pensar nele sem doer. — ele levou uma mão de volta para colocá-la sobre o seu coração, como se para acalmar a dor. — Isso ainda não aconteceu.

Quando ela instintivamente passou a mão sobre a sua ao tentar consolá-lo, o peito apertou espremido em apenas quão bem que se sentiu ao tê-la tocando-o com uma doçura inata.

— Eu sinto muita falta do meu pai. — ela admitiu. — Tudo mudou depois que ele morreu.

— Eu sei exatamente o que você quer dizer.

E ele sabia.

Porque mesmo que sua mãe havia sido incrível, como ela se aproximou do papel de pai para oito filhos sozinha, e mesmo com seus irmãos e irmãs, todos se unindo para tomar conta um do outro, tinha sido horrível perder seu pai. Realmente, muito ruim.

— Naquele primeiro ano, todos os nove de nós...

Os nove que seu pai havia deixado para trás.

— Estavamos todos tentando tão duro apenas para ser normal. Mas como poderíamos ser, quando nada era normal mais?

— Normal... — Anahí repetiu a palavra em uma voz vazia. — Eu teria dado qualquer coisa para o normal. Especialmente para Tatiana.

— Como foi para sua irmã e sua mãe com a perda de seu pai?

— Tatiana é linda, mas resistente. — disse ela. — É muito parecida com sua personagem no filme. Ela parece tão frágil e gentil, mas ela é realmente mais forte do que a maioria de nós.

Impressionado com a sua visão sobre a personagem que ele tinha escrito, ele disse a ela:

— Minha irmã Sophie é encantadora, suave, bibliotecária... — ele balançou a cabeça quando ele pensou em todas as vezes que as pessoas subestimaram sua irmã quieta.

Especialmente o homem que tinha recentemente se tornado seu marido.

Jake deve ter sabido que ele nunca teve uma chance.

— Ela também tem um núcleo de força que qualquer guerreiro teria inveja. Eu pensei muito sobre ela quando eu estava escrevendo o personagem de Tatiana. Ajudou o fato de Soph estar grávida na época, então eu poderia facilmente imaginá-la no papel que eu precisava.

Anahí tinha relaxado contra ele quando ele falou sobre sua irmã.

Ele deixou a mão onde ainda estava descansando em cima da dela, mesmo sabendo que provavelmente não era justo tirar vantagem de sua vulnerabilidade momentânea.

— Você tem irmãos, à exceção de Tatiana?

— Não. — ela fez uma pausa antes de acrescentar: — Tem sempre apenas sido eu e ela.

Sem dúvida, havia algo mais por trás dessa declaração.

Muito mais, por isso ele disse:

— O que há sobre a sua mãe? Como ela lida com a perda de seu pai?

Anahí subitamente se afastou dele como se ele tivesse queimado-a.

Ela piscou para ele do outro lado do sofá, olhando como se ela abruptamente surgisse de um sonho.

Um que a tinha surpreendido e assustado em igual medida.

Um momento antes de aproximar dela novamente, Alfonso percebeu que era exatamente o que ele não podia fazer. A não ser que ele quisesse que ela se afastasse mais.

Mas só porque ele sabia, não queria dizer que era mais fácil de transferir sua atenção de volta para o quebra-cabeça e pegar uma das peças.

Toda sua vida adulta, quando Alfonso tinha visto algo que ele queria, ele tinha tomado. Em muitos casos, foi-lhe dado antes mesmo que ele tivesse que lutar por isso.

Mas ele sabia, sem dúvida de que Anahí não era como qualquer outra coisa que ele já tinha querido, e se ele queria que ela confiasse nele, ele teria que ganhar essa confiança momento a momento, verdade a verdade, sorriso a sorriso.

— Todo mundo sempre disse o quanto minha mãe se saiu bem com a perda de meu pai. — disse ele lentamente. — E ela fez. Ela teve que fazer. — ele deslizou outra peça no lugar, mesmo sem realmente ver a imagem diante dele. — Mas ela nunca deixou-se amar alguém novamente. Ela nunca sequer esteve com outro homem, até onde eu sei, em todos esses anos.

Anahí pegou sua bebida e bebeu tudo em um longo gole que ele tinha as sobrancelhas subindo com surpresa.

— Engraçado. — ela disse. — Minha mãe é exatamente o oposto. Ela dormiu com cada homem, cada ator, que olhou para ela ou disse que ela era bonita. — suas palavras eram afiadas, agora, com a dor que ela não estava se preocupando em esconder. — Mas você conhece a parte mais engraçada sobre isso? — ela olhou para ele quando disse: — Eu não acho que ela amou nenhum deles, também.

Quando ele viu a dor em seus olhos claros e bonitos, nada poderia tê-lo impedido de chegar para ela novamente.

Nada, mas o toque da campainha tinha feito Anahí saltar inteiramente fora do sofá neste momento.

Seu rosto corado com culpa quando ela olhou entre ele e seu vazio copo de margarita.

— Eu sinto muito, eu nunca deveria ter dito qualquer uma daquelas coisas para você. Especialmente sobre a minha mãe. Por favor, não diga nada a Tatiana sobre isso.

Ele tomou a sua última chance da noite para deslizar sua mão sobre a dela.

— Eu prometi que eu não faria mal a sua irmã, e eu não vou machucar você, também.

Ela olhou para ele, suas pupilas dilatadas novamente tanto que seus olhos estavam totalmente azuis, por um momento, e ele não tinha certeza se ela acreditou nele.

E talvez ela não estivesse certa, porque mesmo que ele já tinha uma idéia do por que ela estava desconfiada sobre a confiança de um homem em sua profissão, ainda era tão fácil imaginar persuadindo-a para cima de sua cama, tirando dela camada por camada de roupas, enredando os cabelos em seus dedos, e tendo o resto da noite para explorá-la.

Para saber mais dela, curvas sensíveis e depressões, para experimentar, tocar e saboreá-la até que ele soubesse exatamente como ela teria implorado por mais. Implorando por ele.

A campainha tocou novamente e ele teve de usar toda a sua força para ficar de pé e deixar sua irmã entrar, mas todo o resto da noite, enquanto os três trabalhavam em cronogramas de promoção e pedidos de entrevista, com Anahí sentanda tão longe dele quanto podia, sem levantar os olhos da irmã, Alfonso não podia forçar para longe o seu desejo por ela...

Ou a lembrança de quão bom ele tinha se sentido por mantê-la em seus braços na frente do fogo, seu coração batendo contra as suas mãos ligadas.