Fanfics Brasil - Prólogo Por Prazer

Fanfic: Por Prazer | Tema: Vondy


Capítulo: Prólogo

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– Eu sou apenas uma isca. Querem você jogando desse lado. Querem sua influência, sua personalidade, seu poder no meio em que vive... Querem você como agente, Christopher.


Ele pôde ver todas as chamas que ardiam naqueles olhos partindo, trazendo de volta aquela velha frieza, aquela velha e maldita reserva.


 – Você está sendo testado. Seus limites, suas atitudes, seu raciocínio, seus impulsos... Eles me colocaram aqui para que você fosse testado. Trouxeram-no até mim para ver até aonde você seria capaz de ir, as coisas que você seria capaz de fazer. Em nenhum momento fomos superiores, em nenhum momento estivemos um passo à frente... Eu conversei com Anahí, percebi que havia algo errado e então fui confrontar Alfonso, ameaçá-lo com o único trunfo que ainda tenho nas mãos... Minhas lembranças, todas elas, trazidas por você. – Os olhos dele se fecharam e por mais que há poucos segundos fosse tão claro enxergar-lhe a alma, naquele momento, Dulce encontrava-se absolutamente bloqueada. – Eu não sabia de nada. Eu não poderia imaginar que o meu papel aqui era servir de isca para que...


– Você não é minha isca. – Ele abriu os olhos, mirando-a. – Você é minha mulher. – Ele afastou-se, levantando-se da areia, fazendo com que imediatamente Dulce se levantasse também, a expressão ansiosa. – Diga-me tudo o que você sabe e nunca... – Aproximou-se, pegando-a pelo braço. – Nunca pense em mentir para mim novamente.


Ela não precisou de uma grande análise para entender ao que ele se referia.


 ... 


https/www.youtube.com/watch?v=ux3u31SAeEM


A visão dos olhos dele se fechando daquela forma era mais do que qualquer mulher podia suportar. A forma como ele mordia os lábios, franzindo suas grossas sobrancelhas, cerrando seu maxilar na demonstração clara de prazer e força era o que de fato compunha grande parte do todo que a levava à insanidade profunda ao alcançar o topo do prazer físico.

O prazer estava ali, aberto como num precioso e raro livro.

Estava ali em seus gemidos deliciados, intercalados e abafados, estava na forma como ele abria os lábios ao investir não dizendo uma só palavra, não emitindo um único som. Estava na expressão de um homem que gostava de sentir-se cercado pelas profundezas do corpo de uma mulher, especialmente do corpo daquela mulher.
Ele sabia do que era capaz de fazer...
Especialmente quando ela estava sobre seus lençóis de seda negros, muito mais negros do que seus olhos que se abriam apenas para que seus lábios pudessem sorrir em êxtase, transmitindo a energia e o prazer que ele sentia ao ver que a mulher que lhe acolhia estava ali, junto a ele, sentindo a viciante agonia do prazer e da luxúria invadindo-a a cada certeira investida.


Eram os olhos ou os lábios?
Dulce não sabia dizer. Não sabia e também não queria.

Talvez fosse algo relacionado com a forma como aqueles cabelos encontravam-se molhados. Ou então algo relacionado com a força com a qual ele a segurava pelos quadris e pelos cabelos, forçando-a a segurar seus fortes braços, ou sua cintura, deslizando suas mãos pelas vastas costas suadas pelo esforço causado pela movimentação constante de um corpo que cobria completamente o seu.

Não. Talvez não fosse nada daquilo.
Não. Não era nada daquilo.

Era a profundidade. A forma como ele invadia e recuava na medida certa, no tempo certo, sem perguntar ou até mesmo contar. Ele apenas sabia, apenas sabia como atingir aquele ponto em particular, sorrindo ao vê-la agarrar-se a seus cabelos e braços com desespero, pedindo por mais, querendo sempre um mais que ele lhe proporcionava de imediato, recebendo também de imediato, distribuindo outros gemidos que impulsionavam seus lábios a adquirirem vida própria para então gemerem também, procurando pelos dele que se calavam e então a beijava, mostrando sem vergonha alguma o quanto era maravilhoso estar ali, dentro dela.
Ele não era superficial ou contido.
Não. Definitivamente a palavra ‘contido’ não poderia ser utilizada para defini-lo, ou até mesmo definir o que faziam. Nada era contido. Nunca fora e nem nunca seria.
Desde a primeira vez ele havia mostrado com detalhes o que era receber prazer de um homem que sabia como ninguém dá-lo.

Era disso que se tratava... Do prazer dele, e do dela também.


Não posso crer que estou te dando espaço para pensar. – Ela ouviu-o murmurar ao pé de seu ouvido, impedindo-a de sorrir ou responder por mover-se propositalmente naquele momento. Forçou-a abrir os lábios, liberando aquele som que sem dúvidas soava como música para os ouvidos dele. – Destrói-me! – Ele sufocou um gemido e ela sorriu com seus lábios colados aos dele, sentindo aqueles dedos ferventes vagarem por seu rosto suado, mirando-a para ver mais uma daquelas expressões de deslumbramento e desejo – Eu aqui morrendo e você vagando em pensamentos. – Investiu uma vez mais, fazendo-a formigar dos pés ao último fio de cabelo. – Ofende-me, querida. Ofende-me de forma grave. – Ela fechou os olhos, virando a cabeça, com outro sorriso maravilhado bailando em seus lábios.

Era deliciosa... A sensação de ser dele sobre aquela condenada cama era deliciosa.
Estou faltando contigo. – Ele voltou a sussurrar, empurrando com mais força, com mais velocidade, alertando-a da proximidade daquela explosão insuportavelmente quente. Beijou-lhe os seios demoradamente e então depois os lábios, mordicando seu pescoço, abrindo-lhe mais as pernas, conciliando suas carícias sem deixar de investir uma só vez. Dulce sentiu os lençóis desaparecerem da cama, negando com a cabeça quando ele desceu uma mão até a junção de seus corpos, usando seus dedos para torturá-la, pressionando com seu polegar o delicado ponto de prazer entre suas pernas, no mesmo ritmo em que a penetrava. Seus suores se misturavam em um deslizar de carne contra carne constante e enlouquecedor. Dulce mordeu seus próprios lábios, querendo mais, disposta a pecar de bom grado por aquele mais.


– Se me fizer isso, não duro mais um único minuto contigo. – Ele sorriu e então Dulce pode lembrar-se do perigo que ele emanava de forma natural.
– Estarei lá contigo, meu bem. – Ele deixou de sorrir, como se a concentração que adquiria ao mirá-la nos olhos não abrisse espaço para tal expressão.
Estará? – Ela sussurrou em questionamento, sorrindo logo em seguida.

Desafiou-o descaradamente e ele aceitou o desafio.
A forma como Dulce o segurou pelos cabelos quando aquele frisson de corpos tornou-se ainda mais veloz, não permitiu que sentisse o gostoso sabor da esperança de que talvez vencesse.

Não... Ela perderia. Cairia rendida, condenada, esgotada.

Ele voltou a subir sua mão, colocando-a em seu pescoço, subindo levemente sua nuca para que suas testas se encontrassem.
Ele franzia as sobrancelhas naquela expressão uma vez mais, cerrando seu maxilar, dando-lhe os sons que Dulce gostava de ouvir.
Ele iria fazer. Uma vez mais iria conseguir.

Sim...

Ele sussurrou, muito mais para si mesmo do que para ela, mirando-a nos olhos, sentindo aquela energia primitiva que ligava os homens às mulheres desde a criação de suas essências apoderar-se de seus corpos com a força de um vendaval.
Era claro perceber. Era claro sentir a forma como ela respirava junto com ele, na mesma frequência insana de suas investidas.


Nenhuma mulher em sua vida havia respondido a ele daquela forma.
Alcançar o topo do prazer ao mesmo segundo que ela não exigia muito dele. Ela o apertava com suas profundezas, tragando-o, impulsionando-o a alcançar o orgasmo exatamente no momento no qual ela o conseguiria. Voltou a mirá-la nos olhos, bebendo de seus gemidos e de sua beleza, sabendo que estava sendo envolvido por aquela condenada superioridade feminina que a colocava em um degrau distante de qualquer outra mulher que passara por sua cama.
Gemeu com ela uma vez mais, conseguindo sentir a forma como o sangue fervia em suas veias, conseguindo sentir a forma como o corpo dela fervia. Puxou o ar, investindo com mais força. Beijou-lhe os lábios, invadindo-a com sua língua, não sufocando o gemido que finalmente trazia aquele orgasmo arrebatador e frenético.

A última investida foi firme e precisa.
Manteve-se profundamente dentro do corpo dela, mergulhando sua cabeça em seus cabelos, segurando-a com força contra seu corpo, sentindo-a a sacudir-se assim como ele enquanto aquela sensação inexplicável sugava-os da realidade do mundo, arremessando-os a uma dimensão viciante e desconhecida.
Um sorriso saiu de seus lábios quando conseguiu erguer a cabeça e mirá-la.
Apertou levemente seus olhos, voltando a abri-los para perceber que ela também sorria, com os lábios avermelhados ainda entreabertos.


Bastaram apenas alguns minutos para que ela deixasse de sorrir, exibindo apenas aquela expressão de satisfeita, verdadeiramente arrebatada.

Não me desafie mais. – Ele lhe disse em bom tom, com seu sorriso tornando-se arrogante e sensual. Beijou-lhe a boca mais uma vez, tocando suas línguas com sensualidade. A satisfação ardia naqueles olhos perigosos.
– Não foi um desafio. – Ela mordeu-o nos lábios, acariciando-o nas costas, descendo até suas nádegas. – Foi um incentivo. – Ele ergueu a sobrancelha, ajeitando seus cabelos com os dedos, colocando-os para trás, deixando-a com a livre visão de seu rosto avermelhado, deliciosamente suado.

Ela sentiu vontade de recomeçar. Aquele desejo era insuportável.

– Acha que preciso de incentivo para te satisfazer? – Voltou a beijá-la, acariciando suas pernas, beijando-lhe logo depois o pescoço.
– Não. Definitivamente você não precisa. - Ela sugou o ar em um gemido interrompido, achando improvável que algum dia aquele homem precisasse de algum incentivo para fazer coisa alguma. Ele voltou a mirá-la nos olhos.
Sincronia, querida... Nunca me senti mais sincronizado com alguém em minha vida. – Ela sorriu, mas logo deixou de fazê-lo.
– Porque deixou de sorrir? Ver você sorrindo após... – Ela fechou seus olhos, caindo em uma gostosa gargalhada, interrompendo-o, fazendo-o erguer uma vez mais a sobrancelha em questionamento.


– Não faz seu tipo querido. Não precisa dizer coisas bonitas só porque acabamos de fazer um sexo realmente enlouquecedor.


– Eu deveria cortar sua língua. – Assentiu com a cabeça, segurando-a uma vez mais pelos cabelos. – Você facilmente se passa por uma mulher amável quando está com essa sua boca fechada. – Ela abriu outro sorriso, lembrando-o de sua beleza e de sua sensualidade.

Dulce suspirou, mirando o relógio na mesa há alguns metros.

– Eu preciso ir. – Ela disse e aquela frase fez com que um gosto amargo surgisse entre os lábios dele, mirou-a por longos segundos, soltando-lhe os cabelos, saindo de seu corpo de forma propositalmente lenta.

De mal grado estendeu a mão para pegar o telefone. Trouxe-a para seus braços, não podendo fazer nada além de sorrir daquela característica atitude.

– Carlos?

Os lábios avermelhados e inchados de Dulce se moveram em mais um preguiçoso e malicioso sorriso. Ela fazia aquilo de propósito, ele tinha certeza que fazia.

– Sim, senhor Christopher? – Carlos, um fiel mordomo, respondeu de imediato, pronto àquela hora da madrugada para como sempre atender a qualquer um dos pedidos ou caprichos de seu patrão.

– Providencie um carro para a senhora Dulce, por gentileza.
– Que tipo de carro, senhor?
– Nenhum tipo de carro. – Dulce disse, deixando de sorrir, levantando-se, dando ao homem também completamente nu e ainda suado e deitado na extensa cama a visão de seu traseiro bem formado, de sua cintura fina e da cascata de cabelos vermelhos e volumosos. – Eu tenho o meu próprio carro.


Dulce virou-se, mordendo seus lábios ao caminhar com exclusiva elegância e sensualidade, fazendo com que Christophe se sentasse na cama com lentidão, deixando de falar ao telefone para correr com facilidade e fascínio os olhos pelas curvas de um corpo que possuía sua marca em vários sentidos da palavra.

– Não seja tão dura, Dulce. Um dos meus motoristas pode deixá-la em casa.
– Não. – Ela disse categoricamente, recolhendo dos pés da cama seu vestido Armani negro, sorrindo com a mesma malícia que via nos olhos a sua frente ao perceber que ainda estava coberta por safiras, suas safiras...

Não, as safiras de Andrade na verdade.

– Quando vai deixar de ser tão malvada e levantar-se dessa forma? – Ela sorriu, não ousando prender o cabelo e atrapalhar a mais deliciosa forma de torturar um homem.
– Não te faça. – ela murmurou e negou com a cabeça, procurando suas sandálias de salto, afastando logo em seguida os cabelos de seus olhos.

Aquele gesto fez com que ele deixasse de sorrir.

– Odeio quando salta de minha cama desta forma.
– Não, não odeia não. – Deu-lhe as costas, sorrindo internamente, encontrando a calcinha perto da pequena mesa ao lado da extensa janela de vidro.
– Faz com que um homem se sinta em falta, meu bem. Parece que não andei fazendo o que você gosta da forma certa. – Ela sentiu ganas de gargalhar.
Certamente ninguém fazia aquilo que andavam fazendo a um bom tempo de forma mais certa do que ele. E era óbvio que aquele homem, perfeitamente esculpido para enlouquecer uma mulher, sabia disto.
– O que quer ouvir, Christopher? – Mirou-o nos olhos, arrumando o colar de safiras em seu belo pescoço, presenteando-o com a visão de seu corpo ainda trêmulo de prazer.


– Largue o vestido e fique. – Ele correspondeu o olhar, vendo-a negar com a cabeça. Murmurou uma baixa maldição, voltando a deitar-se na cama com seu corpo estendendo-se sobre os lençóis de seda preta, dando a Dulce um forte motivo para pensar em ficar.

Christopher Uckermann era o pecado em pessoa.
Ela jamais havia visto um homem com tanto poder interior e exterior, tanto com as mulheres ou com os negócios. A quantidade de zeros em sua conta bancária só fazia com que aqueles olhos espertos, arrogantes e extremamente perigosos se tornassem ainda mais poderosos.
Ele sabia o que era. Ele sabia o que tinha e principalmente sabia o que tinha feito para conseguir conquistar tudo o que possuía.

– Andrade não é tão tolo.
– Se não fosse meu bem, você não estaria em minha cama. – Ela deixou de sorrir, analisando com ousadia e atenção a forma como ele voltava a se sentar, com seu corpo perfeito contrastando uma vez mais com os lençóis negros de seda.

A tonalidade de sua pele era tão deliciosamente atraente quanto à maciez de seu toque. Fora da cama, ela jamais vira aquele homem suar para fazer algo. A vida que ele levava não permitia que andasse suado ou até mesmo que viesse a suar. Não havia dificuldades com as mulheres, com os negócios ou principalmente com dinheiro. Mulheres, negócios, dinheiro. Não havia compromissos, não havia explicações, não havia pedidos de casamentos ou até mesmo a pretensão de formar uma família.

Sua competência nos negócios tirava-o da classe de homem belo e burro.
Sua competência na cama e nos negócios definitivamente tirava-o da classe de homem belo e burro.

Não, Christopher Uckermann não era burro, e ela... Ela também não era.


– Não voltará a se deitar sobre estes lençóis até que eu possa vê-la abrir os olhos pela manhã. – Ele disse sem nenhuma brincadeira, levantando-se, dando a ela a visão de seu corpo nu caminhando até a porta que o levava até o gigantesco e masculino banheiro.
– Não diga o que não pode cumprir. – Colocou seu vestido, deslizando suas mãos por sua cintura para que o mesmo se ajeitasse perfeitamente às suas formas.

Só quando voltou a erguer a cabeça reparou que ele havia saído do banheiro e, ainda sem nenhuma única peça de roupa, a mirava com a sobrancelha erguida, atingido pela frase que só uma mulher como Dulce seria capaz de dizer àquele homem.

A expressão irônica que ele levava em seu rosto informava-a que o ego masculino e gigantesco havia sido atingido.

– Quantas vezes eu vou ter que lhe dizer que estamos aqui pelo mesmo motivo, senhor Uckermann? – Continuou a provocá-lo, usando a palavra senhor propositalmente, passando por ele, segurando sua bolsa da mesma cor de seu vestido, caminhando até o banheiro para ajeitar sua maquiagem quase inexistente e também seus cabelos. – Você se diverte e eu me divirto. O café da manhã é sem graça perto do que fazemos pela madrugada. Não seja tão emotivo, meu bem.

Ele sorriu.
Não um sorriso qualquer, mas sim um sorriso arrogante e perverso.

– Você é tão insuportavelmente engraçada. – Mirou seu celular, bufando ao notar seis chamadas não atendidas. – Peço que me desculpe. Às vezes eu me esqueço de não fazer o papel do homem usado e contente por ser usado. – Dulce terminou de retocar a maquiagem e então fechou seus olhos longamente, abrindo-os para voltar ao quarto e então mirá-lo com um sorriso irônico em seus lábios.


– Você é o homem usado meu bem. Realmente deve ficar contente por isso. – Ele negou com a cabeça. – Não ouvirá dessa boca algo semelhante ao que ouve daquelas vadias interesseiras. – Aproximou-se dele, deslizando sua mão por seu peitoral firme, descansando-a sobre o sexo quente de Christopher. – Se quer uma mulher apaixonada, que tomará café da manhã ao seu lado dizendo-lhe como fazer sexo com você é maravilhoso, vá em frente... Atenda a uma das chamadas de seu celular.
– Eu mal posso esperar o dia em que tomará café comigo dizendo o quanto foi maravilhoso me ter dentro de você. – Dulce engoliu a saliva, arrepiando-se por aquele tom profundo e arrogante. – Eu farei questão de destruir a mesa do café somente para ouvir você dizendo que não quer partir jamais! – Ela voltou a abrir aquele sorriso sarcástico, com seus olhos brilhando de desejo e desafio. – Eu e você, em cima da mesa do café... Não te parece atraente? Eu fecharei meus olhos em deleite quando ouvir os seus gemidos. Nós nos moveremos e eu guardarei meu próprio prazer final para quando você embarcar no seu. Não te parece atraente senhora Andrade? Eu e você gozan...
– Eu nunca implorei por você. - Seu tom era intenso, perigoso. - Nunca precisei de você. O que fazemos é maravilhoso Christopher, mas eu sempre soube quem é você e do que é capaz de fazer para ter o que quer. Você sabe que não é insubstituível.
– Você ainda é capaz de achar que isso é só sexo? – Aproximou-se, correndo seus dedos pelo pescoço e pelo decote de Dulce, com seus olhos castanhos quase claros adquirindo com mais intensidade aquele brilho selvagem do poder e da luxúria.
– Não, não é só sexo. – Beijou-o nos lábios, voltando a subir sua mão. – É um sexo maravilhoso.


Ele gargalhou com vontade, mordendo seus lábios logo em seguida, avisando-a com aquele gesto que a noite e a discussão não estavam encerradas.

– Não tem poder nenhum sobre mim. Nunca teve, Christopher.
– Se não é poder Dulce, o que é que sempre faz com que voltemos a nos embaraçar nessa cama como dois possuídos? – Ela sentiu vontade de dizer que era delicioso estar com um homem como ele. Calou-se. – Eu sei que é diferente delas. Não precisa acabar comigo só porque pedi para que o meu motorista levasse-a para casa.
– Não acabei com você. Apenas lembrei-o de que tem todo o direito que escolher estar com alguma delas em vez de estar comigo.
– Sabe que não vou abrir mão de você. Gosta de ser mais minha do que dele.
– Não sou sua e nem sou dele. Eu não pertenço a ninguém.
– Não vou esperá-la pelo resto da vida. – Seu tom tornou-se sério, o sorriso sarcástico deixou de bailar nos lábios de Dulce. O ambiente tornou-se pesado, os lençóis revirados aprofundavam a atmosfera sensual e perigosa. – Eu passo por cima de muita coisa para estar com você. Não abra essa sua boca perigosa para dizer-me coisas como estas... Eu sei o meu lugar em sua vida e sei que a paciência de um homem tem limites. Especialmente a de um homem como eu, Dulce.
– Um homem que pode ter a mulher que quer. – Ela murmurou e ele assentiu, com seus olhos perigosos a mirando com ousadia e seriedade.
– Sim, um homem que pode ter a mulher que quer e ainda assim comete a besteira de escolher uma mulher como você... A mulher e esposa do meu sócio.


– Podemos parar com isso a hora que...
– Não... Você sabe que não há mais como parar.
– Então não me peça algo que nem você mesmo pode dar.
– Apenas pare de agir como se você não precisasse disto! Pare de esfregar na cara de um homem que adora ter posse do que quer que você não pertença a ninguém. Eu também não preciso de você, Dulce.
– Eu preciso ir. – Virou-se de costas, respirando fundo, sabendo que em apenas alguns minutos sorriria de si mesma por ter acreditado por um único segundo que ocupava algum lugar na vida daquele homem.

Ele está mentindo.
Ela sabia que ele estava mentindo.
Ele era bom em mentiras, especialmente quando elas eram ditas para alcançar algo que ele queria.

E sim... Ele a queria. Dulce sentia isto, sabia disto.

– Sim, você precisa ir... E creio que não precise mais voltar. – Dulce virou-se no mesmo instante, erguendo a sobrancelha, perguntando com seu olhar se ele realmente estava fazendo aquilo. – Mudei de ideia. Talvez isso não deva mesmo continuar. Você tem sua posição, eu tenho a minha, se alguém algum dia nos pegar certamente estaríamos encrencados...
– Não te faça de ofendido e humilhado porque você não está. – Ele desviou o olhar, procurando seu grande roupão preto.
– Pergunte a um homem que faz em uma cama o que eu faço nesta cama com você se ele não se sentiria ofendido por este show de independência feminina. Se eu sou usado, você também é Dulce. – Mordeu seus lábios, desejando quebrar algo por sentir seu corpo responder a forma como a respiração dela se acelerava, fazendo com que seus seios subissem e descessem com mais velocidade, exatamente, exatamente da forma que faziam quando ele empurrava contra ela, agarrando seus cabelos... –Deliciosamente usada, senhora Andrade. – Completou e engoliu sua própria saliva, não precisando mirar seu celular para saber de onde aquele incômodo barulho provinha.


Sentiu seu sangue arder.
Sentiu seu temperamento insuportavelmente forte reagir à forma como ela ainda permanecia ali, respirando àquela atmosfera, invadindo-o com seus olhos, percebendo em poucos segundos o que de fato ele estava fazendo. Conteve seu riso sensual e malicioso, mantendo sua expressão concentrada... Concentrada nela, nas mudanças que ocorriam em seu rosto e no restante de seu corpo enquanto a consciência e o desejo lhe invadiam.
Perfeita. Aquela mulher era verdadeiramente perfeita.

Você está ardendo novamente. – Ela murmurou e Christopher pode ver aquele malicioso, delicioso e estupidamente perigoso brilho no olhar. Segurou seu sorriso uma vez mais. – Quer tirar meu vestido e recomeçar, não é? – Dulce sorriu descaradamente, torcendo com sensualidade o canto dos lábios. – Acreditou que eu acreditaria nesse seu discurso de homem envolvido e magoado? – Christopher manteve a seriedade, mirando-a, respirando fundo para controlar as reações de seu corpo. – Não brinque comigo, querido. Você não se envolve, você não se magoa e definitivamente você não se apaixona.
E quem disse que isso se trata de paixão? – Aqueles olhos ardentes a miraram com ironia e então Dulce pôde sorrir com ainda mais sensualidade, reconhecendo o brilho da conquista, da excitação e da mentira naqueles belos olhos.
– Trata-se do que, Christopher? – Entrou na brincadeira, desejando-o ainda mais por suas mentiras.
Prazer. Satisfação.
– Dessa vez eu quase acreditei. – Ele sorriu de forma descarada, mirando-a com prazer, constatando seu ‘brilhantismo’ como ator àquela maldita hora da madrugada.
– O quase atrapalha a frase.
– Você é um demônio pervertido e mentiroso. – Ele ergueu os ombros em um gesto casual, como se estivesse abrindo mão de negar aquela acusação.


– Tire este vestido e volte para a minha cama. – Com delicadeza retirou as safiras do pescoço de Dulce, arremessando-as para um canto qualquer da habitação, recusando-se a colocar as mãos no vestido. - Tire este vestido e permita que eu te sirva uma vez mais. Use-me. – Dulce fechou seus olhos, sentindo como ele tirava a aliança que ela há pouco tempo havia colocado de volta em seu dedo.

Christopher voltou a deitar-se na cama, passando a mão sobre seus cabelos curtos e desordenados, com seu corpo uma vez mais gritando para que Dulce fizesse exatamente aquilo.

– Não sairei da sua cama antes que amanheça. Você sabe que Andrade...
– Não diga o nome dele em meu quarto. – Ele disse com firmeza. – Tire este vestido e nunca... Nunca mais diga o nome dele em meu quarto.

Dulce fechou seus olhos, sentindo sua pele arder, seu corpo ceder.
Tirou o vestido, deslizando-o pelo seu corpo. Deliciando-se e culpando-se por sua fraqueza quando havia se retirado daquela cama disposta a partir.

Por prazer. – Ela disse e então Christopher assentiu, ficando de joelhos na cama, puxando-a para os seus braços, sabendo que dessa vez, pelo menos dessa vez, ele havia ganhado a batalha.
– Sim, isto é sempre por prazer. O seu prazer, Dulce... – Segurou-a pelos cabelos, mentindo uma vez mais, tomando-lhe os lábios com posse.

'O seu prazer... ' Ela quis corrigir, mas então os lábios dele desceram por seus seios e qualquer outra coisa além da sensação de estar uma vez nos braços daquele homem ficou esquecida.

 “Filha de um deus, mulher de um rei, prêmio da guerra mais sangrenta da Antiguidade. Pouco mais do que uma menina, Helena casa-se com Menelau, rei de Esparta, e dá-lhe uma filha. Aos vinte anos de idade, a mulher mais bela do mundo estava resignada com um casamento desapaixonado – até encontrar o atraente príncipe troiano, Paris. E quando os apaixonados fogem para Tróia, guerra, assassínio e tragédia tornam-se inevitáveis. Helena de Tróia é lenda intemporal, um conto hipnotizante acerca de uma mulher cuja vida estava destinada a criar conflito… E a destruir civilizações.”



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Autor(a): itska

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Capítulo 1 – A Elite e o Poder  https//youtu.be/9JpVynh9HWU O barulho dos saltos finos repicando sobre o piso imaculadamente branco de mármore da enorme casa podia ser ouvido do primeiro ao terceiro andar. A música alta, o barulho de vozes e de mais saltos repicando no chão alertou-a sobre o seu atraso. Bem... Aquela era a sua casa, ...



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 14



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  • sahprado_ Postado em 04/03/2018 - 23:54:22

    Eitaa alguém chama o bombeiro kkk to com medo do que o Christopher pode fazer com essa informação do nome.

  • sahprado_ Postado em 03/02/2018 - 00:05:47

    Definitivamente Tóquio. E o Alfonso nesse rolo todo?

  • sahprado_ Postado em 26/01/2018 - 13:09:14

    Mano o que está acontecendo? To confusa hahaha socorro

    • itska Postado em 02/02/2018 - 20:31:08

      Com os próximos capítulos você entenderá

  • sahprado_ Postado em 19/01/2018 - 00:03:05

    Eu não diria proteção de testemunhas agora mas me fugiu a palavra certa rs tipo fbi? Andrade tava sendo investigado? Tóquio, talvez?

  • sahprado_ Postado em 18/01/2018 - 11:35:06

    Eu tava achando que talvez elas não fossem uma só. Tipo, irmãs, sabe? Mas aí Any e Poncho fazem parte do esquema então eu já tô louca. Será que é algum tipo de programa de proteção de testemunhas, igual tem naquelas séries CSI e Law & Order? A cabeça tá a milhão, socorro! Kkkk

  • sahprado_ Postado em 17/01/2018 - 17:36:31

    Oie, leitora nova aqui! Eita, que confusão! Até agora não consegui decidir se Dulce e Helena são a mesma pessoa. Mas esse nome é bem profético.

    • itska Postado em 17/01/2018 - 22:28:31

      Oi, seja bem-vinda! Logo saberemos...

  • Luiza Keler Postado em 28/12/2017 - 19:13:22

    Contínua *-*

  • karla08 Postado em 22/10/2017 - 19:56:24

    Owwwwwwwwwwwwwwwu que reviravolta, não para

    • itska Postado em 22/10/2017 - 20:18:40

      Não para, mas vou deixar na curiosidade. kkkkk

  • karla08 Postado em 18/10/2017 - 21:52:11

    WHATTT Dulce morta? Se que acabar com a minha vida e ainda por cima o corno sabia de todos os chifres que levava AIAIAIAIAI

  • karla08 Postado em 18/10/2017 - 00:08:14

    Owwwwwwwwwwww eu quero mais, que misteriosos e enigmatísticos esses dois juntos

    • itska Postado em 18/10/2017 - 18:43:04

      tem alguns mistérios


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O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




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