Fanfics Brasil - Capítulo 14 Por Prazer

Fanfic: Por Prazer | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 14

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Capítulo 14 – Inimigos Internos – Parte I


 


https://youtu.be/P1ISwJzo1qk


Os olhos de Christopher permaneceram firmemente abertos enquanto ela se encontrava profundamente adormecida em seus braços.


Pernas e braços se entrelaçavam sobre a enorme cama de casal. O lençol revirado era prova incontestável da forma completa com a qual haviam se entregado uma vez mais. Haviam trocado o terraço pela suíte, e tomá-la uma vez mais em cima de um macio colchão não havia feito com que ele mudasse suas certezas... 


Ao contrário. Elas haviam ficado ainda mais claras e poderosas.


A noite sobressaiam os mistérios que rondava tanto sua própria pessoa como à mulher abraçada ao seu corpo, deitada sobre seu peito, absolutamente e gloriosamente nua, fresca pelos ventos da madrugada, levemente iluminada pelas luzes de um Iate que criava a sensação ilusória e inebriante de que se encontravam sozinhos naquele centro do mundo, com as estrelas mais iluminadas que Christopher um dia vira em sua vida como testemunhas do estrago que o desejo poderia fazer em duas pessoas.


Estar com Dulce sempre havia sido uma experiência intimamente sexy e ímpar.


Desde a primeira noite aquela mulher havia lhe mostrado como verdadeiramente se recebia um homem em seus braços. O desejo, a excitação e o clímax eram sempre certos e poderosos, viciando-os naquele perigoso jogo de mentiras e traições, deixando não só Christopher, como ela também, completamente viciados em um prazer que por ser proibido parecia ainda mais gostoso e inovador.


Jamais havia estado com uma mulher mais receptiva em toda a sua vida.


Jamais havia sentido o orgasmo arrebentando-lhe os nervos e o controle como nas noites em que os teve dentro ou fora do corpo de Dulce. O cheiro dela, a pele dela, os cabelos, os olhos, as pernas... Tudo, tudo parecia esculpido para envolver um homem, apaixoná-lo, enlouquecê-lo...  


E enlouqueceu... Ela havia o enlouquecido, deixando-o levemente dependente do prazer que recebia em seus braços quentes somente na hora do sexo.


A negação inicial e então a plena aceitação final fizera dela a mulher mais perigosa em sua cama. Seu olhar distante após horas de sexo quente fizera com que Christopher aprendesse que ela não era como as outras, que ela não buscava por uma paixão ou por um amor e que jamais poderia desvendar seus mistérios ou os verdadeiros motivos que faziam com que ela sempre, sempre voltasse para a sua cama. Ela jamais havia lhe dado algo além do prazer e do sexo com o sócio e amigo do marido rico e cego. Ela jamais havia o olhado nos olhos preocupada em enxergar a ideia que ele tinha dela ou até mesmo o que pensava dela. Uma mulher única, misteriosamente poderosa e venenosa que transitava entre a elegância de uma clássica esposa perfeita e a sensualidade escancarada de uma amante perfeita. Nunca haviam compartilhado segredos ou conversas casuais. Nunca haviam compartilhado sinceros sorrisos por coisas banais ou pouco perceptíveis no dia-dia no qual se encontravam inseridos. Havia visto poucos sorrisos destinados a agradar, acariciar ou simplesmente a iluminar aquelas belas feições. Havia visto poucos sorrisos que demonstrassem a felicidade e o amor que ela dizia sentir por seu marido e sua vida. Olhos distantes, sorriso distante... Toda ela havia sido distante. Jamais havia a visto nervosa ou ansiosa. Jamais havia a visto sentir vergonha do que dizia ou fazia.


Em todas as dimensões da palavra, Dulce assemelhava-se às mulheres gregas da Antiga Grécia, substituindo a submissão pela malícia, pela certeza e destreza de uma mulher que abusava da sutilidade para conseguir o que queria.


– Você me quer Christopher. – Ela havia murmurado em um jantar importante de negócios na casa de Christopher, enquanto Andrade uma vez mais se cercava de empresários e clientes. – Meu marido pode não perceber, mas eu sei disso.


Havia a escutado prosseguir, bebendo pausadamente o champanhe em suas mãos, da mesma forma, exatamente da mesma forma que havia bebido as taças de vinho na noite anterior à sua suposta morte.


– O que não é um problema... Para nenhum de nós dois, é claro. – Ela disse com seriedade, com seus olhos perfeitamente maquiados firmemente cravados na figura de Andrade. – Nós podemos acabar com essa tortura, eu posso permitir que você prove do mesmo veneno com o qual Andrade anda se matando. – Ela sorriu ao seu marido quando ele acenou, mandando-lhe um de seus sorrisos deslumbrante, mostrando-se atento à localização e companhia de sua esposa.


– Acho que não estou entendo sobre o que você está falando. – Bebeu um grande gole de seu whisky, mirando-a nos olhos com extraordinária malícia e sensualidade. – Seja mais clara, senhora Andrade. – Ela suspirou, fazendo seus seios levemente subirem pelo corpete negro.


 – Como uma mulher comprometida pode ser mais clara para você?


– Esta é a sua forma de dizer que quer ir para cama comigo? – Ela sorriu friamente, acompanhando-o naquele jogo.


– Se você encara o fato dessa forma. Se bem, que para ser bastante honesta, Christopher... – Mirou-o, bebendo outro lento gole de champanhe. – A cama nem havia passado pela minha cabeça. – Ele deixou de sorrir, fazendo-o apenas com seus olhos perigosos, deliciosamente brilhantes. – Jogue comigo, menino malvado. Eu te dou o que você quer, você me dá o que eu quero e então ficamos ambos em paz.


– Uma proposta indecente para uma mulher casada. – Ela voltou a sorrir.


– Meninos indecentes recebem propostas indecentes. Eu pensei que você soubesse disso.


– E as mulheres indecentes, querida? O que elas escolhem? – Dulce sorriu.


– Você. Elas escolhem você.


https://youtu.be/fNkynm9ZxAM


Ele não havia se dado conta da forma como ela havia penetrado em seu corpo até vê-la parada naquele salão de refeições. Ele não havia se dado conta da magnitude da sutileza com a qual ela havia o envolvido até reconhecer naquele corpo de Helena as profundezas de uma Dulce que simplesmente havia desaparecido da face da terra. O perigo fora substituído pela vulnerabilidade. O ardor de uns olhos poderosos pela ternura. A fortaleza pela sensibilidade, a força pela delicadeza... Como uma pessoa poderia partir-se em duas completamente opostas? Como uma pessoa como a mulher que conhecera fora capaz de ensinar a um homem como ele à dimensão do termo “fazer amor”?


Seu corpo não havia saído do êxtase, suas mãos ainda encontravam-se trêmulas. Seus sentidos embaraçados haviam se misturado aos dela e pareciam não querer mais a firmeza com a qual seu exército mental os comandava. Algo havia acontecido durante àquelas horas roubadas. Algo que Christopher sabia e que devia admitir para si mesmo. Algo que o ambiente que ele havia criado para ambos pouco influenciava...


Ele havia esquecido quem ele era.


Mesmo dentro das profundezas do corpo de Dulce, ele havia se esquecido de até mesmo de quem ela era. Pela primeira vez estava completamente ciente da ausência do homem que ele sempre fora em cima de uma cama ou de alguma mulher. Sim. Ele havia se esquecido de quem ela era, porque aquela mulher segura e definitivamente era a Dulce. Ela moveu-se, respirando fundo, aproximando-se mais de seu corpo imóvel. Abraçando-o com suas mãos, ajeitou sua cabeça em seu peito. Christopher fechou seus olhos, ciente de que precisava deixar aquela suíte e ordenar seus pensamentos. Com calma levantou-se, mirando a forma como ela permanecia adormecida, agarrando-se a um travesseiro, com seus cabelos belamente desordenados esparramados pelo lençol de linho branco. 


Linho branco... Seda negra. Helena, Dulce...


Deixou a suíte ainda nu. Servindo-se de um grande copo de água, sentou-se no terraço, deitando-se no primeiro cenário daquela noite, mirando as estrelas que despontavam o sol como astro supremo. O céu parecia uma imensidão. Tão lindo e refletido sobre as águas do mar.


Seu corpo agradecia o vento e a sensação de liberdade tanto física como mental fez com que seus olhos voltassem a se fechar.


– Você sempre fez isso? – Perguntou, segurando-a sob seu corpo, mantendo seus rostos ainda suados frente a frente.


– Fiz o quê? – Ela fechou seus olhos, respirando de forma ofegante, abrindo-os cristalinos para mirar um ponto distante na extensa janela de vidro. Ele segurou-a pelo queixo, forçando-a a mirá-lo.


– Você sai da minha cama antes mesmo de levantar-se dela.


Voltou abrir seus olhos, sentando-se, tomando de uma vez o restante do copo de água. Antes que pudesse se levantar percebeu que não se encontrava sozinho. Virou-se, mirando-a sentada na escada do terraço, mirando-o há um tempo que Christopher não soube dizer. Seus olhares se encontraram e uma vez mais ela o arrastou para dentro dela, mostrando-lhe apenas o que queria mostrar.


A noite caiu sobre ambos, pesada, extremamente silenciosa.


– Seu telefone tocou. – Ele ouviu Dulce murmurar. – Tomei a liberdade de atendê-lo. – Helena voltou a dizer. – Foi mais por costume do que por intromissão.


Estendeu-lhe a mão, entregando-lhe o telefone.


Era o Andrade. – Voltou a murmurar, deixando Christopher mudo, com o celular em suas mãos, os olhos inseguros por aquele repentino misturar de essências. – Ele desligou... Ou a ligação caiu. O que não me admira já que estamos no meio do mar.


Andrade havia ligado em seu celular. Andrade havia ligado em seu celular e Dulce havia atendido. Ele engoliu a saliva, percebendo que ela havia se coberto por um lençol.


Eu disse que você não iria encontrá-la em mim, Christopher. – Murmurou, abalada pelo silêncio, mordendo seus lábios levemente trêmulos.


– Mesmo se eu a procurasse, Helena... Eu jamais iria encontrá-la.


– O que esta mulher significa para você? O que esta mulher fez para você?


– Nada. – Deixou o celular sobre o chão. – Eu não estava pensando nela. – Mentiu, não deixando de dizer a verdade. – Eu estava pensando na sensação que senti ao fazer amor pela primeira vez. – Helena fechou seus olhos cristalinos pelas lágrimas, voltando a mirá-lo com os lábios ainda mais trêmulos.


– Estou apaixonada por você. – Ela deixou escapar, prendendo suas lágrimas e sua respiração. – Eu estou apaixonada por você.


 



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Autor(a): itska

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 14



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  • sahprado_ Postado em 04/03/2018 - 23:54:22

    Eitaa alguém chama o bombeiro kkk to com medo do que o Christopher pode fazer com essa informação do nome.

  • sahprado_ Postado em 03/02/2018 - 00:05:47

    Definitivamente Tóquio. E o Alfonso nesse rolo todo?

  • sahprado_ Postado em 26/01/2018 - 13:09:14

    Mano o que está acontecendo? To confusa hahaha socorro

    • itska Postado em 02/02/2018 - 20:31:08

      Com os próximos capítulos você entenderá

  • sahprado_ Postado em 19/01/2018 - 00:03:05

    Eu não diria proteção de testemunhas agora mas me fugiu a palavra certa rs tipo fbi? Andrade tava sendo investigado? Tóquio, talvez?

  • sahprado_ Postado em 18/01/2018 - 11:35:06

    Eu tava achando que talvez elas não fossem uma só. Tipo, irmãs, sabe? Mas aí Any e Poncho fazem parte do esquema então eu já tô louca. Será que é algum tipo de programa de proteção de testemunhas, igual tem naquelas séries CSI e Law & Order? A cabeça tá a milhão, socorro! Kkkk

  • sahprado_ Postado em 17/01/2018 - 17:36:31

    Oie, leitora nova aqui! Eita, que confusão! Até agora não consegui decidir se Dulce e Helena são a mesma pessoa. Mas esse nome é bem profético.

    • itska Postado em 17/01/2018 - 22:28:31

      Oi, seja bem-vinda! Logo saberemos...

  • Luiza Keler Postado em 28/12/2017 - 19:13:22

    Contínua *-*

  • karla08 Postado em 22/10/2017 - 19:56:24

    Owwwwwwwwwwwwwwwu que reviravolta, não para

    • itska Postado em 22/10/2017 - 20:18:40

      Não para, mas vou deixar na curiosidade. kkkkk

  • karla08 Postado em 18/10/2017 - 21:52:11

    WHATTT Dulce morta? Se que acabar com a minha vida e ainda por cima o corno sabia de todos os chifres que levava AIAIAIAIAI

  • karla08 Postado em 18/10/2017 - 00:08:14

    Owwwwwwwwwwww eu quero mais, que misteriosos e enigmatísticos esses dois juntos

    • itska Postado em 18/10/2017 - 18:43:04

      tem alguns mistérios


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