Fanfic: Por Prazer | Tema: Vondy
Capítulo 15 – Inimigos Internos – Parte Final
Os olhos de Helena miraram sua figura no espelho... Seus olhos brilhantes e cristalinos escorreram por seus lábios avermelhados, levemente inchados, subindo para as suas bochechas rosadas, queimadas pelo sol, finalmente chegando ao reflexo deles próprios... Mirou seus cabelos volumosos, seu colo queimado, seu pescoço acidentalmente marcado em um momento de descontrole e entrega completa. Sua mão tocou seus cabelos, seus dedos lentamente percorreram seus lábios, e antes que pudesse evitar sua testa se franziu e então seus olhos transbordaram emoção, deixando espaço para que os seus lábios sorrissem enquanto seu coração batia de forma frenética, causando-lhe arrepios intensos.
Ainda podia sentir os lábios dele sobre os seus, roubando seu fôlego, sua entrega e seu desejo. Ainda podia sentir o olhar dele sobre o seu rosto, seu corpo, seus olhos e, não precisaria fazer força alguma para sentir seu toque, suas mãos poderosas e experientes, ele todo... Fora e dentro dela. Voltou os olhos para a mulher do espelho, perguntando-se o porquê de sentir-se extraordinariamente diferente após aquela madrugada reveladora. Já havia feito amor antes, já havia sentido a poderosa energia daquela troca de desejos e intimidades apoderar-se da mulher que ela era... Mas ainda assim era arrebatador.
Desde o começo ela havia estado certa sobre o poder que naturalmente emanava daquele homem. Ele por inteiro, dos pés a cabeça, estava absurdamente e completamente inserido na mulher que ela era após aquela experiência.
Jamais havia sido daquela forma...
Jamais havia recebido tamanho prazer e loucura de um homem em um ato de amor. Ele dissera que fora ela quem havia o ensinado o que era fazer amor, mas Helena nunca estivera mais certa em sua vida de que no intervalo de 24 horas ele havia lhe ensinado o que era e em que lugar a intensidade do prazer poderia levá-los. Entregar-se pelo simples fato de se entregar. Fazer amor por querer, por prazer, por apreciar... Não havia enlaces, nem promessas. Havia ela e um homem que havia feito amor com cada parte de seu corpo como havia prometido que faria. Havia ela e a perigosa e viciante energia que ele irradiava, envolvendo-a de uma forma da qual Helena não poderia, não conseguiria e nem queria liberta-se.
Vê-lo perder a cabeça fizera-a sentir-se como uma deusa, uma mulher extremamente sensual, ciente de que seu corpo e seu sexo podiam enlouquecê-lo. Vê-lo perder todo o habitual controle e elegância para sorrir para ela, investindo ao mesmo tempo, presenteando-a com gemidos que denunciavam o seu prazer e satisfação fizera-a diversas vezes retribuir os gemidos, entregando-se com tudo o que tinha e não tinha naqueles simples momentos de intimidade máxima, de prazer máximo...
Porque não importava.
Nada importava além do fato de que aquele homem a fizera sentir-se como jamais havia se sentido antes. Mirou uma vez mais a desconhecida no espelho, observando uma vez mais seus próprios lábios, sentindo o cheiro dele por todas as partes, o mistério dele por todo o seu corpo. Ela podia sentir algo vibrando em seu interior, em sua mente... Podia sentir a força com a qual aquele homem havia a arrebatado, o poder com o qual ele a deixava maluca por aquele mar de sensações. Sentia-se verdadeiramente quente, verdadeiramente inquieta e satisfeita... Era como se algo em seu interior quisesse liberar-se, explodindo àquela fúria e delicadeza existente há tantos anos, dando espaço para outros tipos de sentimentos.
A porta se abriu e cuidadosamente se fechou.
Helena sorriu à Anahí através do espelho, virando-se logo em seguida, mirando sua amiga de longa data com seus olhos informando-a sem nenhuma palavra do que realmente havia acontecido pela madrugada. Anahí sorriu, caminhando até Helena com passos lentos, com seus olhos concentrados avermelhando-se rapidamente, indicando em um gesto muito conhecido que ela iria chorar.
Helena deixou de sorrir, mirando-a com a testa franzida, perguntando-se se algo havia acontecido no dia anterior ou propriamente naquele início de manhã.
– Então a cinderela decidiu aparecer. – Sorriu, não enganando Helena com aquele gesto, sentando-se na cama o lado da cadeira.
– Eu digo o mesmo... São 6 da manhã. É impossível que você esteja trabalhando agora... Além do mais, você não está de uniforme! – Anahí sorriu, assentindo lentamente.
– Eu estava andando por aí. Acordei e ainda nem havia amanhecido. Decidi dar uma caminhada pela ala de piscinas enquanto os hóspedes não estavam por lá.
– Sei... – Sentou-se ao seu lado. – Agora você pode me contar o que realmente está acontecendo! – Anahí a mirou seriamente por alguns segundos, com todo o seu sorriso e ternura desaparecendo brevemente de seus olhos tão claros.
– Do que você está falando? – Helena franziu a testa, surpresa por aquele tom.
Mirou-a com mais clareza e atenção.
– Você chegou aí, toda chorosa e calada! È óbvio que tem alguma coisa te aborrecendo. – Anahí voltou a sorrir.
– Ver-te assim toda sorridente e apaixonada lembrou-me de uma época na qual eu me sentia assim também. È óbvio que o todo poderoso ensinou-lhe algumas lições pela madrugada! – Helena corou, não deixando de sorrir. – Para aonde vocês foram?
– Ele alugou um Iate. – Anahí arregalou os olhos, fingindo-se surpresa. – É eu sei! Eu fiz essa mesma cara quando o vi! Ele falou em um passeio de barco... Pensei que fosse realmente um passeio de barco! Almoçamos em um restaurante de uma ilha afastada. Eu até dancei salsa – Gargalhou e Anahí voltou a sorrir. – Depois tive o prazer que ver o pôr do sol, e então a noite chegar, logo depois o dia nascer... Tudo isso nos braços do homem mais sensual e maravilhoso que um dia eu pude conhecer.
– Fizeram amor? – Helena corou novamente.
– Sim... Talvez. Não sei se o que fiz nessa noite é fazer amor. O termo parece brando demais, pequeno demais para todas as coisas que senti, para todas as coisas que trocamos nessa madrugada. – Anahí ergueu a sobrancelha esquerda, fingindo-se impressionada, arrancando outra gargalhada de Helena. – Não posso te explicar o que foi Christopher e eu naquele terraço Any... Eu seria injusta se tentasse! Minhas pernas e braços estão moles. Sinto-me na Antiga Grécia, com minha pele coberta por aqueles tecidos deliciosos, esperando meu homem voltar de alguma batalha! – Negou com a cabeça, rindo de sua própria fantasia. Voltou a sentar-se na cadeira, mirando a si mesma no espelho. – Não sei dizer. Pela madrugada eu me levantei para ir ao banheiro e me deparei com a figura de uma mulher desconhecida no espelho. Ele mudou algo em mim Any. – Anahí não sorriu dessa vez, seus olhos permaneceram mirando Helena, intensamente, meticulosamente. – Eu sentia a energia fluindo entre nós, o quarto e as paredes queimando como nós queimávamos. Foi tão... – Fechou seus olhos. – Natural...
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– Não posso fazer isso por muito mais tempo. – Negou com a cabeça, respirando profundamente, levando as mãos sobre seu pescoço como se sua pele estivesse em chamas.
Permaneceu parada, sentada na poltrona do quarto de hotel, com seus olhos fixos e frios concentrados em um ponto qualquer da janela.
– Sinto-me imunda pulando de uma cama para a outra, portando-me desta forma. Aquele homem... – Negou com a cabeça. – Não posso mais estar com aquele homem. – Levou suas mãos trêmulas sobre sua testa, deixando reluzir o brilho do diamante em seu dedo tão pálido. – Isso precisa acabar. O mais rápido possível precisa acabar.
– Por que se sente imunda ou porque está gostando?
– Você perdeu a sua cabeça, Anahí? Pode ser divertido para você pular de cama em cama como uma vadia. Para mim não é. – Ergueu sua voz. – Toda vez que acaba me sinto ainda mais afastada de tudo o que eu sempre fui. Ele... – Gaguejou. – Seus olhos, suas palavras, sua infidelidade e descaso. Tudo o que sempre desprezei em um homem. Ele mente como bebe água. Usa as pessoas como toma banho, e então as manipula como faz uma refeição! Fora de mim em nunca vi este homem suando. Ele não se abala, não se envolve, não nutre verdadeiros sentimentos pelas pessoas ao seu redor. Descarta as mulheres como objetos.
– E está apaixonado por você.
– Christopher não tem uma só gota de paixão ou amor em seu corpo. Aquele homem é pura luxúria. Feito do material mais ordinário que você possa imaginar. È capaz de mentir não só com os lábios, mas também com os olhos.
– Talvez você esteja envolvida demais com ele.
– Envolvida demais? Você acha mesmo que eu estou envolvida demais? – Bufou. – Não sei por que perco o meu tempo explodindo dessa forma. – Pegou sua grande bolsa, caminhando sobre os saltos até a porta de saída.
– Tome cuidado. – Murmurou, fazendo-a virar-se, atrasando sua saída. – Jamais te esqueça da primeira lição que lhe foi ensinada. Jamais deixe que a personagem que você representa invada a sua personalidade.
– Eu quero que você e a sua teoria barata vá para o inferno. E já que você se acha tão poderosamente consciente de quem você é, peça para que o seu maridinho pau mandado coloque-a em um projeto no qual você precisa dormir com dois homens ao mesmo tempo. – Elevou sua voz novamente. – Ou melhor, peça para o garoto de recados fazer você transar o Christopher. Transar loucamente com o Christopher e então depois se prepare para jantar com ele como se nada jamais tivesse acontecido, como se ele não tivesse feito com você exatamente o que você fez comigo. – Cerrou seu maxilar, vendo os olhos de Anahí se fechar. – E então talvez... Só talvez, você entenderá o que é estar naquela condenada cama. – Seus olhos tornaram-se maiores, cristalinos, rapidamente avermelhados. – Só assim você entenderá o quanto é repugnante sentir-se uma vadia ao mesmo tempo em que sabe que você não tem controle algum sobre o seu corpo, sobre as sensações que ele sente.
– Você é uma mulher saudável. É natural que sinta...
– Que sinta o quê? – Negou com a cabeça, enojada. – Você não pode imaginar o que eu sinto. Não pode imaginar o que eu sinto quando toda aquela imensidão de prazer acaba, e as mentiras começam a boiar ao meu lado, alertando-me do que eu estou fazendo ali, do porque que eu estou ali...
– Não durma mais com ele. – Ela sorriu, desgostosamente sorriu.
– Você tem três dias para me tirar dessa loucura. – Anahí assentiu. – Três dias Anahí, ou eu saio por minha conta.
– Você estará morta em três dias e então todo o seu sofrimento com Christopher Uckermann acabará.
– Ótimo. – Abriu a porta.
– Precisamos que você acrescente algo para Andrade. Algo simples, o envelope já foi mandando para a sua casa.
– Deixe aquele homem em paz. Vocês já conseguiram o que queriam.
– Abra-o e faça o que precisa ser feito. Não se sinta culpada por ter se perdido de sua personagem enquanto esteve com ele.
– É exatamente aí que você se engana. Ninguém faz com que eu me sinta mais ciente da personagem que eu represento do que Christopher.
– Se te serve de vingança, ele ficará desnorteado quando chegar a hora.
Ela sorriu falsamente.
– Tão tola, não é Anahí? Eu poderia apostar a minha cabeça que Christopher não derrubará uma única lágrima.
– Tão... – Franziu suas sobrancelhas, mirando Anahí, abrindo outro de seus sorrisos deslumbrantes. – Não posso explicar. Ele apenas sabe. – Ergueu os ombros, pronta para tomar um banho e começar outro dia de trabalho. – Apenas sabe exatamente a forma de me amar... Exatamente a forma com a qual nós alcançaremos aquele topo. – Voltou a mirar-se no espelho. – Sincronia. Eu jamais me senti tão sincronizada com alguém em minha vida.
– Tome cuidado. – Murmurou, levantando-se, fazendo Helena se perder da mulher do espelho. – Ninguém é assim tão perfeito. Preserve o seu coração. – Helena sorriu, voltando a erguer os ombros.
– Tarde demais. Estou apaixonada por ele.
– Novamente?
– Por que de novamente?
– Você se apaixonou por este homem desde a primeira vez em que o viu.
– Você fala como se eu o conhecesse há anos!
– Não, querida... Expressei-me mal. Tenho certeza de que você conhece esse homem há apenas alguns dias.
– Apaixonar-me por ele faz de mim uma tola?
– Não... – Sorriu, abraçando Helena com sinceridade e sentimentos. – Não faz.
Autor(a): itska
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Capítulo 16 – Melhores Amigas Quando Christopher deixou o banheiro, o sol já estava lá uma vez mais, brilhando com toda a sua plenitude e nobreza, alertando-o de que aquela madrugada reveladora realmente havia terminado. Caminhou até a cama, secando seus cabelos, deixando seu corpo nu secar por si só. Se somente o cansa&ccedi ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 14
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sahprado_ Postado em 04/03/2018 - 23:54:22
Eitaa alguém chama o bombeiro kkk to com medo do que o Christopher pode fazer com essa informação do nome.
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sahprado_ Postado em 03/02/2018 - 00:05:47
Definitivamente Tóquio. E o Alfonso nesse rolo todo?
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sahprado_ Postado em 26/01/2018 - 13:09:14
Mano o que está acontecendo? To confusa hahaha socorro
itska Postado em 02/02/2018 - 20:31:08
Com os próximos capítulos você entenderá
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sahprado_ Postado em 19/01/2018 - 00:03:05
Eu não diria proteção de testemunhas agora mas me fugiu a palavra certa rs tipo fbi? Andrade tava sendo investigado? Tóquio, talvez?
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sahprado_ Postado em 18/01/2018 - 11:35:06
Eu tava achando que talvez elas não fossem uma só. Tipo, irmãs, sabe? Mas aí Any e Poncho fazem parte do esquema então eu já tô louca. Será que é algum tipo de programa de proteção de testemunhas, igual tem naquelas séries CSI e Law & Order? A cabeça tá a milhão, socorro! Kkkk
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sahprado_ Postado em 17/01/2018 - 17:36:31
Oie, leitora nova aqui! Eita, que confusão! Até agora não consegui decidir se Dulce e Helena são a mesma pessoa. Mas esse nome é bem profético.
itska Postado em 17/01/2018 - 22:28:31
Oi, seja bem-vinda! Logo saberemos...
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Luiza Keler Postado em 28/12/2017 - 19:13:22
Contínua *-*
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karla08 Postado em 22/10/2017 - 19:56:24
Owwwwwwwwwwwwwwwu que reviravolta, não para
itska Postado em 22/10/2017 - 20:18:40
Não para, mas vou deixar na curiosidade. kkkkk
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karla08 Postado em 18/10/2017 - 21:52:11
WHATTT Dulce morta? Se que acabar com a minha vida e ainda por cima o corno sabia de todos os chifres que levava AIAIAIAIAI
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karla08 Postado em 18/10/2017 - 00:08:14
Owwwwwwwwwwww eu quero mais, que misteriosos e enigmatísticos esses dois juntos
itska Postado em 18/10/2017 - 18:43:04
tem alguns mistérios