Fanfics Brasil - Capítulo 17 Por Prazer

Fanfic: Por Prazer | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 17

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Capítulo 17 – Reis e Rainhas


 


O silêncio reinou por longos segundos.


Longos segundos nos quais os olhos bem abertos de Helena miravam os olhos perfeitamente calmos e concentrados de Christopher. Não se moveram, não se beijaram e nem pensaram em outra coisa a não ser naquelas palavras que agora flutuavam no ar, dando à atmosfera antes tão envolvente e aconchegante o toque da loucura e da mentira tão imperceptíveis para Helena e tão claros para Christopher.


– Sedas e diamantes. – Helena murmurou e Christopher franziu a testa, percebendo que a mente dela vagava por alguns quilômetros distantes daquele quarto. Ela voltou a focalizá-lo, negando com a cabeça ao mesmo tempo em que se sentava, livrando-se de seu abraço, da intimidade deliciosa de estar em seus braços. Christopher colocou-se em alerta, sentando-se também, voltando a rodeá-la com seus braços, procurando seu olhar ao segurá-la pelo queixo com delicadeza, fazendo-a mirá-lo.


– O que eu disse de errado? – Ela o mirou.


– Não quero ser sua amante. – Murmurou, com seus olhos visivelmente confusos buscando nos olhos e na expressão de Christopher uma verdade que não iria encontrar. – Sedas e Diamantes. – Voltou a repetir, entendendo uma frase que ele não entendia. – Não quero a seda, nem tampouco o diamante. Escute Christopher, eu...


– Você se equivocou. – Segurou-a pela nuca, acariciando seus cabelos. – Eu disse que poderíamos estar juntos pelo resto da vida. Não te convidei para abandonar a sua vida, partir comigo e então se tornar a minha amante em troca de sedas e diamantes. – Ela desviou o olhar. – Acredito que não tenha entendido o que eu quis dizer, talvez eu tenha me precipitado.


– Eu pensei que...


– Você pensou errado. Eu não estou brincando com você Helena, nem tampouco estou brincando comigo. Não a olhei e a visualizei como minha amante, minha mantida, a mulher que eu moldaria e cobriria de joias para o meu próprio prazer. Desde a primeira vez que te vi, depois de reconsiderar todo o meu engano, eu entendi que você não seria mais uma, que você não é e nem nunca seria o tipo de mulher que se contenta em ser uma amante. Tal proposta não se passou pela minha cabeça. Não desejo que seja minha amante, desejo que seja minha mulher e para que não te assuste, isso não é um pedido de casamento! – Ela sorriu, com seus olhos cristalinos mirando-o ainda com receio. – Estou apaixonado.


Ela deixou de sorrir, fechando seus olhos, sentindo o roce dos lábios dele em sua bochecha, em seus próprios lábios, sentindo a forma como a mão dele acariciava sua nuca, seus cabelos, deslizando por suas costas, excitando-a, arrepiando-a.


– Eu quis dizer que não precisa acabar em duas semanas. – Sussurrou. – Não precisa acabar enquanto você quiser, enquanto eu quiser. – Beijou-a rapidamente, tocando suas línguas, chupando-lhe lentamente os lábios. – E eu quero Helena. – Mirou-a agora nos olhos bem abertos, mordendo-lhe o lábio inferior delicadamente. – Eu quero você inteira. – Fechou seus próprios olhos, sentindo seu coração acelerar-se, sentindo seus sistemas confusos acreditarem em suas próprias mentiras, misturando-se então aos sistemas dela, deixando-o trêmulo de desejo, insano de vontade de fazer o que não havia se permitido fazer no começo daquele encontro. – Não precisa terminar nunca. – Beijou-a novamente, rapidamente, sentindo-a tremer em seus braços. Segurou-a pela cintura com força, erguendo-a sem dificuldade, colocando-a sentada sobre a sua cintura, exatamente na posição na qual haviam feito amor.


Seus sexos se colaram. Ela gemeu, ele fechou seus olhos, contendo o próprio gemido, apertando-a contra seu corpo em uma tentativa fracassada de acalmar o desejo que ardia em seu interior em chamas.


– Eu preciso ir. – Colou suas testas, com suas mãos segurando-o pelos ombros com força, com sua cintura criando vida própria para se movimentar, roçando suas intimidades, deixando-os sedentos de um contato muito mais completo e profundo.


As mãos dele escorreram para dentro da saia, apertando suas nádegas, forçando a mover-se novamente. Beijou-a para valer, segurando-a pela nuca, devorando seus lábios e novamente seu fôlego, deliciando-se com o gosto doce de lábios que correspondiam àquele beijo com a mesma vontade e energia de um primeiro beijo. Sua língua misturou-se com a dela e uma vez mais permitiu que ela ditasse o ritmo daquele encontro. O beijo tornou-se lento, permitindo que seus lábios fossem saboreados ao mesmo tempo em que saboreavam, suas mãos desceram pelo corpo dela, entrando pela abertura de sua camisa branca, tocando-lhe os seios e a cintura, contornando as formas são perfeitas e familiares para as suas mãos tão quentes e estupidamente trêmulas. 


Abriu seus olhos, mirando-a tão ofegante como ele mesmo se encontrava.


Deixou de tocá-la, sabendo que mais cinco segundos seria o suficiente para que ele mandasse a si mesmo ao inferno e fizesse sobre aquela cama o que de fato gostaria de estar fazendo desde o momento no qual havia o visto no grande salão de refeições. Brigou com seus instintos, com seu desejo e com sua inesgotável vontade de mergulhar dentro daqueles segredos. Deixou de beijá-la, respirando profundamente.


– Vá antes que eu não possa aguentar mais.


Ela sorriu com os lábios ainda abertos, deixando de movimentar seu corpo devido a firmeza com a qual ele segurava a sua cintura, mantendo-a imóvel. Mirou-o com os lábios tão avermelhados e molhados quanto os seus próprios lábios.


– Darei um jeito para nos encontrarmos hoje pela noite. – Acariciou-o nos cabelos, roubando-lhe um beijo, recebendo sua completa atenção.


– Sim... Eu estarei esperando. Agora vai. – Fechou seus olhos. – Pelo amor de Deus, Helena. Eu não estou brincando.


Ela sorriu novamente, fascinada uma vez mais por ser o motivo daquela mirada envolvente, daquele desejo tão ardente e urgente. Roubou outro beijo, levantando-se, organizando seu uniforme antes de sair dali tão sutilmente como havia entrado.


Anahí entrou na sala de descanso, quase vazia pelo fato da maioria dos funcionários já terem voltado para o salão principal de refeições. O almoço seria servido em uma hora e as mesas antes prontas para o café da manhã, rapidamente eram organizadas para receber os hóspedes no período de almoço. Seus olhos claros rapidamente focalizaram Helena, sentada no grande sofá, de lado, com seus olhos bem abertos concentrados em algo muito mais em seu interior do que na visão que a grande janela fornecia do exterior do hotel.  Ela estava muda desde quando havia voltado de seu encontro às escondidas com Christopher. Nenhuma palavra, nenhum sorriso. Apenas aquela intensa concentração. Apenas aquele intenso mergulho em si mesma, em suas dúvidas, em sua visível e aparentemente precoce paixão por aquele perigoso homem.


– Você está bem? – Helena a mirou de imediato, dando a Anahí a percepção de que não havia a visto entrar e de que realmente não notara a sua presença até aquele instante. – Desde que voltou de seu amasso com o todo poderoso não falou mais nada. Nem parece que está por aqui neste mundo.


– Ele vai embora daqui a duas semanas. – Voltou a mirar a janela, com seus olhos dessa vez focalizando a pálida areia da praia.


– Ele está de férias, querida. Não veio aqui para ficar, você sabia disso quando começou este romance de verão. – Helena sorriu, negando com a cabeça, suspirando ao afastar seus cabelos, agora soltos, de seus olhos.


– Ele disse que não precisava acabar aqui. Que poderíamos ficar mais tempo juntos, o tempo que quiséssemos. – Anahí ergueu a sobrancelha.


– Ele largará o posto de presidente milionário para comprar uma casa aqui no Caribe e esperá-la nos poucos dias de folga que nós temos?


Helena não respondeu.


– Ou ele definitivamente ficará aqui no hotel, instalado naquela suíte, esperando de forma ansiosa você roubar alguns minutos de seu período de trabalho para encontrá-lo?


– Anahí, por favor...


– É claro que não! É você quem fará isso! Você largará seu emprego, sua vida, para viver esperando que ele possa te encontrar em alguma suíte cara do México, Nova York ou Tóquio! Você que ficará transitando entre compras e hotéis na espera que alguma reunião seja cancelada para que então ele possa te encontrar. E claro, não te esqueça das sedas e dos diamantes, eles farão com que a espera seja mais branda e o seu posto de amante mantida não seja tão entediante.


Helena a mirou com visível surpresa, erguendo-se do sofá, com seus olhos agora incrédulos e arregalados mirando uma Anahí visivelmente alterada, com seus olhos injetados em fúria.


– De onde tirou essas coisas? Christopher não me convidou para partir com ele, e tampouco me ofereceu a oportunidade de ser sua amante.


– Você é inocente demais, Helena!  – Ergueu sua voz, aproximando-se do sofá. – Ele ainda não a convidou, mas será exatamente isso que fará, porque é exatamente assim que os homens como ele tratam as mulheres como nós! Acredita que ele te dará um anel? Que te pedirá em casamento e que com seu cavalo branco te tirará dessa sua vida de trabalhadora? Ele não é o príncipe encantado, Helena, e nem tampouco um homem perfeito! Está iludida, deslumbrada, pelo amor de Deus! Acredite quando eu digo que Christopher Uckermann é problema!


Helena negou com a cabeça, aproximando-se de Anahí, procurando nos olhos de sua amiga de tão longa data a diversão e a simpatia que estava acostumada a encontrar ali.


Anahí a mirou nos olhos com firmeza.


– Não se iluda com esse homem. Ninguém é tão perfeito assim. – Respirou profundamente. – Ele vai partir e você ficará aqui com a vida que tem e com um coração partido.


– Como você sabe disso? – Anahí a mirou, abrindo sua boca para dizer a verdadeira resposta, fechando-a imediatamente ao perceber a enorme merda que havia cometido. – Suas acusações são graves, seus argumentos parecem incontestáveis. Como você sabe de tudo isso? Como sabe que Christopher é problema? Como sabe a vida que as supostas amantes dele levam? – Anahí desviou o olhar, sentando-se no sofá, respirando fundo, pronta para mentir e contornar a confusão que havia causado.


– Eu não sei. Eu apenas sinto isso. Helena... – Abaixou sua voz, mantendo sua respiração calma, suas mãos antes trêmulas imóveis. – Não quero que você se machuque. Assemelha-se a uma borboleta frágil. Não quero que te engane e nem que te iluda. É sensível demais é...


– Não. – Interrompeu-a, e por alguns segundos Anahí gelou, certa de que havia visto naquele olhar a frieza e a força com a qual aquela mulher a mirava antigamente. – Você não falou como uma amiga preocupada. Falou como alguém que conhecia Christopher.


– Eu conheço a classificação na qual Christopher se encaixa.


– Você está enganada. – Murmurou e seus olhos tão feridos e magoados a miraram novamente. Anahí praguejou em voz baixa, levantando-se, aproximando de uma Helena que em poucos segundos estaria chorando. – Ele não está em nenhuma classificação. Isto é sincero, o que temos é sincero, vejo em seus olhos, vejo na forma como nos beijamos e fazemos amor. Também está apaixonado por mim.


– Helena, eu não quis...


– Não vou abandonar minha vida para partir com ele e ser sua amante. Não vou deixar meu trabalho e meus sonhos por uma paixão. Não sou assim tão inocente como você pensa.


– Eu não quis ofender e nem te magoar.


– Você me encorajou a participar disto. Você me encorajou a procurá-lo, me cobriu no café da manhã para que eu pudesse vê-lo. O que você sabe que eu não sei que te fornece tanto a certeza de que ele é problema para mim?


– Partirá seu coração como homens como ele já partiram o meu. Eu falo por experiência própria. Não quero te ver ferida, sofrendo por um amor que nunca pôde acontecer. Olhe... Esqueça o que eu disse, sim? Sou uma caipira desiludida, uma amiga preocupada. – Mirou Helena, sorrindo-lhe ternamente, vendo a expressão no rosto dela se suavizando. – Tenho medo que você se machuque. Tenho medo que termine como eu terminei.


– Não sou mais uma criança e nem a adolescente que nós costumávamos a ser quando Miguel ainda estava vivo. – Suspirou, acalmando-se, segurando as mãos de Anahí entre as suas. – Não fique preocupada e nem tema por mim. Eu sei no que estou me metendo. – Sorriu abertamente, com seus olhos voltando a brilhar em paixão e encantamento. – Estou vivendo este momento e não voltarei atrás. Sinto-me viva e vibrante, uma mulher desejada, adorada e consciente de sua própria feminilidade. Que dure o tempo que durar. – Soltou as mãos de Anahí, prendendo seus cabelos em um rabo de cavalo. – Que aconteça o que tiver que acontecer!


– Você está certa. – Fingiu um sorriso, suspirando. – Perdoe-me pelo meu surto materno. – Helena sorriu, assentindo com a cabeça, perdoando-a de coração.


– Precisamos voltar ao trabalho.


Anahí concordou, tentando encontrar em Helena algum indício do que por alguns segundos havia percebido. Não encontrou. Encontrou apenas o olhar já distraído de uma mulher que não tinha a mínima ideia de quem era e do que era capaz de fazer Christopher Uckermann.



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Autor(a): itska

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 14



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  • sahprado_ Postado em 04/03/2018 - 23:54:22

    Eitaa alguém chama o bombeiro kkk to com medo do que o Christopher pode fazer com essa informação do nome.

  • sahprado_ Postado em 03/02/2018 - 00:05:47

    Definitivamente Tóquio. E o Alfonso nesse rolo todo?

  • sahprado_ Postado em 26/01/2018 - 13:09:14

    Mano o que está acontecendo? To confusa hahaha socorro

    • itska Postado em 02/02/2018 - 20:31:08

      Com os próximos capítulos você entenderá

  • sahprado_ Postado em 19/01/2018 - 00:03:05

    Eu não diria proteção de testemunhas agora mas me fugiu a palavra certa rs tipo fbi? Andrade tava sendo investigado? Tóquio, talvez?

  • sahprado_ Postado em 18/01/2018 - 11:35:06

    Eu tava achando que talvez elas não fossem uma só. Tipo, irmãs, sabe? Mas aí Any e Poncho fazem parte do esquema então eu já tô louca. Será que é algum tipo de programa de proteção de testemunhas, igual tem naquelas séries CSI e Law & Order? A cabeça tá a milhão, socorro! Kkkk

  • sahprado_ Postado em 17/01/2018 - 17:36:31

    Oie, leitora nova aqui! Eita, que confusão! Até agora não consegui decidir se Dulce e Helena são a mesma pessoa. Mas esse nome é bem profético.

    • itska Postado em 17/01/2018 - 22:28:31

      Oi, seja bem-vinda! Logo saberemos...

  • Luiza Keler Postado em 28/12/2017 - 19:13:22

    Contínua *-*

  • karla08 Postado em 22/10/2017 - 19:56:24

    Owwwwwwwwwwwwwwwu que reviravolta, não para

    • itska Postado em 22/10/2017 - 20:18:40

      Não para, mas vou deixar na curiosidade. kkkkk

  • karla08 Postado em 18/10/2017 - 21:52:11

    WHATTT Dulce morta? Se que acabar com a minha vida e ainda por cima o corno sabia de todos os chifres que levava AIAIAIAIAI

  • karla08 Postado em 18/10/2017 - 00:08:14

    Owwwwwwwwwwww eu quero mais, que misteriosos e enigmatísticos esses dois juntos

    • itska Postado em 18/10/2017 - 18:43:04

      tem alguns mistérios


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