Fanfics Brasil - Capítulo 6 Por Prazer

Fanfic: Por Prazer | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 6

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Capítulo 6 – Renúncias


http://www.youtube.com/watch?v=5Bn6Itz9WuQ


Helena jamais havia visto o salão de coquetel tão bem decorado e iluminado. Alfonso havia trocado a empresa de decoração e estes, os novos contratados, haviam feito um trabalho estupendo deixando o salão tão deliciosamente misterioso e sensual como as noites quentes do Caribe. O vasto espaço lembrava o salão principal de refeições. Todas as quatro saídas por portas altas e de vidro levariam os hóspedes à ala das piscinas, todas vastas, também decoradas e esplendidamente iluminadas tanto em seu interior como exterior. A cor escolhida havia sido a preta, mas nem por isso o local parecia escuro ou mórbido. Ao contrário, a elegância reinava em toalhas de contraste brancas e longas sobre as grandes e inúmeras mesas redondas com lugares para cinco pessoas. As flores eram rosas, também brancas, bem abertas, iluminadas, perfumadas e dispostas em dúzias dentro de altos vasos localizados no centro de cada mesa. Taças, copos, pratos, guardanapos e talheres uniam-se sobre as mesas, formando um conjunto extremamente organizado e clássico, próprio de um coquetel noturno. Sofás e poltronas haviam sido colocados em lugares estratégicos do salão, aptos para criarem um ambiente de intimidade, próprio para conversas em grupos de mais de três pessoas. Luzes também estratégica haviam sido colocadas, outras retiradas, dando a sensação de conforto e sensualidade ao ambiente. As pessoas, que já se encontravam ali em grande quantidade, trajavam roupas para reuniões noturnas. Todas as mulheres com vestidos longos e os homens com smoking's ou ternos exclusivos. Conversavam em baixo tom, riam também em baixo tom, embalados pela melodia suave que parecia deixar o ambiente ainda mais agradável e relaxado.


Helena acompanhou outro casal de hóspedes até uma mesa reservada, explicando uma vez mais as atividades da noite, fazendo o possível para deixá-los confortáveis e cientes de que ela estava ali para servi-los ao longo do coquetel. Os funcionários dividiam-se em alas, tanto nos coquetéis como nas refeições, cuidando de oito mesas, tratando de tudo o que possivelmente os hóspedes pudessem precisar.


Não o viu chegar e não percebeu que ele estava no salão até que sentiu que alguém a mirava no balcão do bar, aberto para servir durante toda à noite. Seus olhos se encontram e o fogo que ela ali viu arder causou-lhe um calor que não demorou em instalar-se em seu sangue, tomando conta de seus sistemas até que não pudesse sentir nada além do olhar que ele lhe dedicava sentado naquele banco, vestido com um smoking que nada fazia a não ser ressaltar a sua figura, deixando-o muito mais belo e misterioso do que havia o gravado em sua memória.


Não estava sozinho. A mulher com quem jantara quando haviam se visto ali pela primeira vez o acompanhava, falando sobre algo que naquele momento não foi capaz de atrair a atenção daquele homem, que com um fingido controle lhe fazia amor com os olhos sem mirar nenhuma outra parte de seu corpo.


Queimava... O olhar dele, suas próprias vontades e curiosidades.


Ali estava o perigo... Ali estava o poder...


Ambos sob a pele de um homem que havia surgido como um vendaval.


Uma mesa chamou-a e no mesmo momento quebrou a troca de olhares, caminhando com passos firmes, fazendo o seu trabalho.


A pergunta que rondava a cabeça de Christopher enquanto Vanessa falava e sua mirada demorava-se sobre Dulce, era... Qual das duas ela havia criado primeiro?


A Dulce, esposa perfeita, mulher dedicada, milionária e competente na preparação dos coquetéis em sua casa, ou a Helena, a funcionária aplicada, sem faltas ou reclamações, pobre, delicada, muito bem educada e preparada para organizar ou conduzir um coquetel?


Durante toda tarde, mesmo após horas de sexo bom e relaxante com Vanessa, havia se perguntado quando poderia encontrar algo que Dulce deixara como herança para Helena... Ao vê-la conduzir os hóspedes com aquela mesma tranquilidade e facilidade, sorrindo e indicando lugares, percebera que havia a possibilidade de Helena ser a quem havia deixado alguma herança para Dulce. Quem havia morrido? Helena para nascer a Dulce? Ou fora o contrário? Dulce havia morrido naquele falso acidente para nascer a Helena?


Ambas haviam coexistido em algum momento?


A mulher que ele via agora se assemelhava àquela mesma mulher que ele julgara ter conhecido. Ela estava bem vestida, bem maquiada e também bem  penteada. Nada comparada a versão senhora Andrade, porém distante da versão Helena.


Mas ainda assim, as diferenças eram desconcertantes e insanas.


Os olhos, a expressão corporal, o cheiro... Ela parecia tão conhecedora de si mesma, e tão dona daquela personalidade, que a hipótese da Dulce ter surgido após a Helena era muito mais plausível em seu interior.

Aquilo queimava, até mesmo sufocava.

Ele havia dito que seria uma briga de leões, e seriamente seria... Aquela mulher estava convencida a fazê-lo acreditar que era Helena Diaz, filha de Carlos e Blanca Diaz, ambos mortos em um acidente de carro quando Helena tinha cinco anos, deixando ela e um irmão menor, portador de necessidades especiais e agora falecido, em um abrigo para órfãos até que Helena finalmente alçara idade suficiente para trabalhar e então sustentar a si mesma e ao seu irmão, vivendo ambos em condições extremamente miseráveis até que um emprego em um hotel havia dado a Helena uma condição de vida que os tirava da classe de miseráveis.

Helena Diaz trabalhava desde os 17 anos, cuidava de um menino desde os seis, levando em seu rosto exausto pelo trabalho interminável anos de uma vida complicada e sofrida.
Dulce Andrade trabalhara como modelo, esposa de um homem rico, conhecedora de moda, dona de um rosto que expressava a riqueza tanto economicamente, quanto no quesito beleza e cuidados e também, curiosamente, havia sido órfã aos 21 anos.
Dulce Andrade havia surgido em quatro anos. Dois de namoro e noivado e então outros dois de casamento e comprometimento. Eles haviam começado a se ver no último ano de seu casamento. Eles haviam partilhado seus corpos durante um ano inteiro...
Um ano inteiro de loucura, de mentiras e pecados imperdoáveis.


Você está aí? – Christopher mirou-a, sorrindo-lhe naquele exato momento, assentindo com a cabeça enquanto acariciava as mãos de Vanessa por cima da mesa.

Uma mulher deslumbrante, quente... Que gostava de ser apreciada e acariciada.
Se fosse em outros tempos, gostaria de tê-la como companhia durante o período de suas férias. Mas agora não havia espaço para Vanessa... Não havia espaço para nenhuma outra mulher a não ser aquela mentirosa que beberia e morreria com o seu próprio veneno.

– Podemos voltar ao quarto se isto tudo estiver te entediando.
– Ficarei te devendo esta noite... Tenho assuntos importantes e profissionais a tratar. – Deixou de acariciá-la. – A tarde foi maravilhosa, Vanessa. Mas eu estaria mentindo se lhe dissesse que estaremos juntos neste período de férias. – Os olhos de Vanessa não deixaram de brilhar. Ela tentou puxar a mão, porém Christopher manteve o toque firme sobre a mesa. – Em outros tempos eu ficaria honrado e deliciado em levar-te comigo à todos os lugares e então me perder ao seu lado durante as tardes e as noites. – Ela mirou-o nos olhos, dando-lhe atenção, deixando de puxar sua mão. – É uma mulher estupidamente bela e agradável. Espero em breve poder voltar a ver-te.
Mas agora não mais. – Concluiu, erguendo a sobrancelhas, soltando um riso sincero de compreensão. Christopher sabia o que Vanessa esperava, e sabia também, que aquela despedida não lhe partiria o coração ou o ego.
Não... Agora não mais.
– Você foi sincero. – Assentiu com a cabeça, levantando-se, pegando sua bolsa, dando a Christopher a visão de seu corpo escultural que havia sido acariciado e apreciado como só ele sabia fazer. – Mas acredito que a funcionária do hotel não lhe dará a mesma atenção que lhe dediquei nesta tarde. – Vanessa mirou Helena, aproximando-se logo em seguida de Christopher, depositando um demorado beijo sobre seus lábios. – Um homem que reprime tanto sentimento como você se reprime, um dia acabará perdido nos destroços de sua própria explosão interior. – Christopher sensualmente sorriu, negando sutilmente com a cabeça.
– Você conheceu o homem que deveria ter conhecido, Vanessa.
– E eu não esperarei que ele volte.

Ele sorriu mais abertamente, acompanhando-a naquela sexy despedida.

– Não, não espere.


Ela desejou-lhe boa noite, abandonando-o no bar rodeado de outros solteiros ou casais que conversavam também em baixo tom, flertando, namorando ou apenas realmente conversando.
A noite tornava-se a cada instante mais quente. A brisa, vinda das enormes portas de vidro abertas, trazia ao local bem decorado e iluminado uma atmosfera de conquistas e vontades.
Christopher mirou seu relógio, sabendo que a espera até um momento a sós e exato com ela se prolongaria pelo menos até as últimas horas da madrugada.



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Autor(a): itska

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Capítulo 7 – Por Prazer. Por Amor. Por Mentiras... Helena bocejou pela terceira vez, cansada demais para comemorar um dia inteiro de folga que viria após um dia interminável de trabalho. Amanhecia. Todo o Resort encontrava-se completamente silencioso, os últimos funcionários escalados para o coquetel que havia perdurado até & ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 14



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  • sahprado_ Postado em 04/03/2018 - 23:54:22

    Eitaa alguém chama o bombeiro kkk to com medo do que o Christopher pode fazer com essa informação do nome.

  • sahprado_ Postado em 03/02/2018 - 00:05:47

    Definitivamente Tóquio. E o Alfonso nesse rolo todo?

  • sahprado_ Postado em 26/01/2018 - 13:09:14

    Mano o que está acontecendo? To confusa hahaha socorro

    • itska Postado em 02/02/2018 - 20:31:08

      Com os próximos capítulos você entenderá

  • sahprado_ Postado em 19/01/2018 - 00:03:05

    Eu não diria proteção de testemunhas agora mas me fugiu a palavra certa rs tipo fbi? Andrade tava sendo investigado? Tóquio, talvez?

  • sahprado_ Postado em 18/01/2018 - 11:35:06

    Eu tava achando que talvez elas não fossem uma só. Tipo, irmãs, sabe? Mas aí Any e Poncho fazem parte do esquema então eu já tô louca. Será que é algum tipo de programa de proteção de testemunhas, igual tem naquelas séries CSI e Law & Order? A cabeça tá a milhão, socorro! Kkkk

  • sahprado_ Postado em 17/01/2018 - 17:36:31

    Oie, leitora nova aqui! Eita, que confusão! Até agora não consegui decidir se Dulce e Helena são a mesma pessoa. Mas esse nome é bem profético.

    • itska Postado em 17/01/2018 - 22:28:31

      Oi, seja bem-vinda! Logo saberemos...

  • Luiza Keler Postado em 28/12/2017 - 19:13:22

    Contínua *-*

  • karla08 Postado em 22/10/2017 - 19:56:24

    Owwwwwwwwwwwwwwwu que reviravolta, não para

    • itska Postado em 22/10/2017 - 20:18:40

      Não para, mas vou deixar na curiosidade. kkkkk

  • karla08 Postado em 18/10/2017 - 21:52:11

    WHATTT Dulce morta? Se que acabar com a minha vida e ainda por cima o corno sabia de todos os chifres que levava AIAIAIAIAI

  • karla08 Postado em 18/10/2017 - 00:08:14

    Owwwwwwwwwwww eu quero mais, que misteriosos e enigmatísticos esses dois juntos

    • itska Postado em 18/10/2017 - 18:43:04

      tem alguns mistérios


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