Fanfics Brasil - Capítulo 7 Por Prazer

Fanfic: Por Prazer | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 7

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Capítulo 7 – Por Prazer. Por Amor. Por Mentiras...


Helena bocejou pela terceira vez, cansada demais para comemorar um dia inteiro de folga que viria após um dia interminável de trabalho.
Amanhecia. Todo o Resort encontrava-se completamente silencioso, os últimos funcionários escalados para o coquetel que havia perdurado até às cinco da manhã recolhiam-se exaustos e sonolentos para seus respectivos dormitórios. Em poucas horas os cozinheiros chegariam para iniciarem a preparação do café da manhã e aquele lugar, uma vez mais, ganharia a vida, a vitalidade e a beleza que Helena via ali fluir a cada nascer do sol.
Fechou a última porta de vidro, caminhando em direção as piscinas agora não mais iluminadas... Aquele misterioso azul do céu começava a aparecer, abandonando-a em uma claridade tímida que anunciava a chegada da manhã. Tirou seus sapatos, murmurando um lamento ao pisar no chão após tantas horas sobre o salto. Soltou os cabelos, permitindo que os fios pretos caíssem sobre seus ombros, movendo-se conforme a brisa atingia-lhe todo o corpo, dando-lhe aquele bom dia único e especial. Sentiu-se sozinha e saudosa... Costumava partilhar os nasceres do sol com Miguel. Mas o Miguel já não estava mais ali e ela... Ela não era a mesma mulher que aquele adolescente, que não tivera a chance de ser homem, conhecera.


https//youtu.be/SCv5F6IW2xg



– Eu posso te tirar daqui.

Helena virou-se de imediato e de forma surpreendente não se assustou. Ela havia esperado durante toda a noite que ele se aproximasse.
Mirou-o nos olhos, sabendo que seu coração disparado era consequência da capacidade que aquele homem possuía de fazer qualquer mulher responder a ele com intensidade surpreendente. Seus cabelos voaram contra seu rosto...
Ele, que levava o paletó aberto e os dois primeiro botões da camisa também abertos, encontrava-se muito além de charmoso. Era o homem mais sexy que Helena conhecera.
Desde a primeira vez, desde o primeiro olhar...

– Não sou a mulher que você está procurando. – Manteve-se estática, com sua voz baixa saindo quase como um sussurro, uma confissão. – Não posso te dar o que você está procurando.

Ele se aproximou com passos lentos, acariciando seus cabelos, fechando os olhos e franzindo as sobrancelhas na tentativa fracassada de reconhecer àquela nova textura, aquele novo perfume, aquela nova mulher... Tocou-a, abrindo seus olhos para mirá-la enquanto o fazia. Tocou-a nos braços, nas mãos, nos ombros, permitindo que aquela energia fluísse por seu corpo depois de tantos meses... Toco-a com as mãos, com os olhos, segurando o grito de ira que lhe sufocou a garganta.

– Você não sabe o que eu estou procurando.
– Sim eu sei... E você não vai encontrar. Você não vai encontrá-la em mim.
– Eu não estou procurando-a, Helena. – Ela baixou a cabeça, fugindo de seu olhar, escondendo seus olhos cristalinos pelas lágrimas.
Christopher reprimiu a violência que se instalou em sua mente.
Aquela mulher não chorava, não se abalava e nem transmitia o medo que ele podia ver com tanta claridade naqueles olhos confusos e suaves.


Venha comigo. – Tocou-lhe os cabelos, fazendo-a mirá-lo.
– Senhor Christopher... – Ele negou com a cabeça. – Isto não é certo. – Desviou seus olhos dos dele, franzido sua testa ao perceber que não queria lutar contra aquilo que sentia, contra aquela atração espontânea e instantânea. – Não faça isso. Não é certo... – Repetiu, limpando as lágrimas que escorreram de seus olhos sem sua percepção ou permissão.
– Não existe o certo. – Separou-se dela, ciente de que se permanecesse com as mãos sobre aquela mulher, acabaria matando-a. – Venha comigo, Helena.
– Por quê? – Mirou-o nos olhos, com sua voz tornando-se ainda mais baixa por sua confusão e luta ambas tão internas. – Você não me conhece, aparentemente mal me viu... Confundiu-me com uma mulher morta! Porque eu deveria ir com você? Porque eu deveria ir com um homem que também mal conheço? Você me deu um susto de morte naquele salão. Sentindo dor ao não, você é aquele homem também. Pode ter se desculpado, mas não parece ser um homem que se desculpa com frequência. Olhe para você... – Negou com a cabeça, deixando Christopher calado, observando aquele show digno de um Oscar, sentindo seu interior arder, queimando-o vivo – Você não parece ser um homem que foge no início da manhã com uma funcionária de hotel que não tem aonde cair morta. Por quê? Por quê?
Porque você quer. Porque eu quero. Parece motivo o suficiente para você?


Christopher também sorriu, com seus olhos injetados de surpresa e ira colocando uma vez mais aquela mulher à prova. Mirou-a, não se preocupando em esconder o que Dulce veria com uma facilidade surpreendente... O que Dulce veria, Helena não viu, pois assim que Christopher estendeu-lhe a mão, ela o tocou, entrelaçando seus dedos com a excitação do desconhecido falando por seu corpo que se moveu em passos rápidos, quase em um trote lento, acompanhando um homem que havia conhecido a menos de dois dias.


https//youtu.be/3WH1Ma50QUk



Caminharam com passos rápidos pelo hotel vazio, exceto pelos seguranças que faziam seu trabalho em turnos de doze horas. Helena segurou seus sapatos, com seus pés descalços tocando o frio piso branco e limpo de mármore da recepção.
Seus colegas de trabalho miraram-na com os olhos arregalados, desviando a atenção de seus serviços na recepção para acompanhar, ao lado dos seguranças e das funcionárias responsáveis pela faxina, como Helena, a funcionária do hotel que ainda trajava aquele vestido negro e longo, descalça e com os cabelos soltos caindo como cascata em seus ombros pálidos e desnudos corria pelo hotel com sua mão entrelaçada com a mão de Christopher Uckermann, o milionário, dono de uma das maiores Companhias do ramo da Engenharia Civil.

Deixaram o hotel, com o rastro ainda fresco de desejos e vontades levando-os a um passeio rumo ao desconhecido e impensável.

Helena sorriu, agora correndo para acompanhá-lo, com seu coração saltando dentro de seu peito, com a adrenalina deixando-a trêmula em expectativa e prazer.
Quebrar regras... Fugir.
Ela se sentia voando, livre, como a muito tempo não se sentia.
Para a sua surpresa ele deixou de correr, fazendo-a chocar-se contra seu peito, ofegante pela corrida, ofegante e trêmula pelas sensações que aquela fuga lhe proporcionava.


O momento foi breve e inesperado.
Ela mirou-o nos olhos, percebendo que não estava sozinha naquele vendaval de sensações e emoções. Sorriu para aquele novo Christopher, com seus olhos brilhantes e juvenis alterando algo na forma como aquele poderoso homem via o mundo ao seu redor. Sem esperar mais um único segundo, Helena fechou os olhos, sentindo naquele mesmo momento como os lábios dele tomavam os seus lábios em um verdadeiro assalto de fôlego e carícias. Suas mãos timidamente escorreram pelas costas dele, permitindo que aquele beijo se intensificasse, permitindo que sua língua se enroscasse com a dele em uma dança que se assemelhava à perseguição de um casal ao topo do prazer físico. Quente, envolvente, forte... O beijo dele, ele inteiro.
Franziu suas sobrancelhas, sentindo seu corpo arrepiar-se pela forma como ele segurou-a pela cintura, utilizando as duas mãos para abraçá-la, erguendo-a do chão, subindo aquelas mesmas mãos por suas costas, trazendo-a contra seu corpo para então beijá-la com mais desejo e vontade, para ser beijado com ainda mais entrega e necessidade.

Christopher soltou seus lábios dos dela. Permanecendo com seus corpos grudados de tal forma que pudesse sentir tanto o seu próprio coração como o dela baterem em uma frequência que ultrapassava o conceito de elevada.
Cerrou seu maxilar, apertando-a ainda mais contra seu corpo, controlando-se para não machucá-la com seus braços ou com suas próprias mãos.
Mirou-a nos olhos com o silêncio da manhã invadindo-os, com sua mente quase cega de incredulidade e ira esforçando-se para reconhecer aquele gosto, aquela entrega, aquele corpo trêmulo e tantas vezes seu.


Então era isso... Então era assim. Os lábios de Helena, beijar Helena.
Então era aquilo... Uma mistura poderosa de Dulce Andrade com alguma outra mulher que não pensava duas vezes antes de entregar tudo de si em um único beijo.
Ela havia estado ali. A mulher que ele havia conhecido, desejado e enterrado havia estado ali, ele havia sentido seus lábios, seu calor... Mas então ela havia partido, dando espaço para uma mulher desconhecida e vulnerável, incapaz de não corresponder a um beijo daqueles, incapaz de se defender se ele decidisse atingi-la ali, bem naquele instante precioso e revelador.

Ou talvez não fosse nada daquilo.
Não, não era nada daquilo.
Aquela era Dulce, fazendo com ele o que havia feito com Andrade, fazendo com ele o que provavelmente havia feito com muitos... Mentindo.
Aquela mulher estava mentindo.

“E você Christopher?”
Perguntou a si mesmo, separando-se dela.
“O que você está fazendo?”


– Ou isso foi muito bom, ou você está pensando em dar o fora daqui.
Christopher sorriu, negando com a cabeça, beijando-a rapidamente nos lábios.
– Estou pensando em nossa rota de fuga.
– Bem... Eu tenho uma rota de fuga. – Ele ergueu a sobrancelha em questionamento, fazendo-a sorrir. – Isso é claro... Se você não se importar em descer até o meu mundo.
– Descer até o seu mundo? – Christopher negou com a cabeça. Ela só podia estar brincando. – E qual é o seu mundo, Helena?
– Bem... O mundo de quem trabalha três turnos seguidos e ainda comete loucuras como sair com um hóspede. O mundo de quem tem dívidas que tiram o sono, de quem divide um almoço que mal dá para uma pessoa, de quem toma cerveja no final do expediente com as moedas das gorjetas. – Acariciou-o nos cabelos, deixando Christopher estático com aquela demonstração de carinho e relaxamento. – O mundo de gente simples, pessoas completamente distintas de um homem como você. – Ele sorriu, tirando delicadamente de seu rosto a mão dela, não a deixando perceber o quanto aquela carícia o alterava.
– Bem... Não nasci rico meu bem. – Voltaram a caminhar. Christopher seguiu-a, aparentemente não prestando atenção para onde ela os levava. – Já trabalhei dois dias sem parar, sem dormir... E não foi uma vez ou duas, foram anos de jornadas intermináveis e cansativas. Já fiquei somente com o café da manhã no estômago porque nem mesmo um almoço eu tinha dinheiro para dividir. Já roubei uma cerveja do mercado... – Helena arregalou os olhos, gargalhando. – Na verdade foram duas... Eu e Andrade estávamos no último ano de faculdade. Estávamos ferrados e sem um único tostão no bolso. Lembro-me que ele e eu... – Calou-se, franzindo sua sobrancelha ao pensar por qual motivo havia se lembrado daquele fato logo naquele momento.


Tinha que ser convincente... Era isso? Sim... Era isso.
Andrade alguma vez haveria de ter contado aquele episódio para Dulce, ele tinha que parecer sincero, tinha que parecer mudado.
Esse era o jogo.

– Você se lembra de que...? – Christopher negou com a cabeça.
– Esqueça. – Sorriu-lhe falsamente. – Isso não importa agora. Eu estou ansioso, Helena... Para conhecer o seu mundo.



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Autor(a): itska

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Capítulo 8 – O Mundo de Baixo Helena mirou-o, franzindo a testa ao sentir algo em seu interior reagindo à forma com a qual ele a mirava. Continuaram a caminhar, com os olhos aparentemente distraídos de Christopher mirando o caminho na praia pela qual andavam. Helena pôde perceber que ele mirava tudo, desde a imensidão de areia t&atil ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 14



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  • sahprado_ Postado em 04/03/2018 - 23:54:22

    Eitaa alguém chama o bombeiro kkk to com medo do que o Christopher pode fazer com essa informação do nome.

  • sahprado_ Postado em 03/02/2018 - 00:05:47

    Definitivamente Tóquio. E o Alfonso nesse rolo todo?

  • sahprado_ Postado em 26/01/2018 - 13:09:14

    Mano o que está acontecendo? To confusa hahaha socorro

    • itska Postado em 02/02/2018 - 20:31:08

      Com os próximos capítulos você entenderá

  • sahprado_ Postado em 19/01/2018 - 00:03:05

    Eu não diria proteção de testemunhas agora mas me fugiu a palavra certa rs tipo fbi? Andrade tava sendo investigado? Tóquio, talvez?

  • sahprado_ Postado em 18/01/2018 - 11:35:06

    Eu tava achando que talvez elas não fossem uma só. Tipo, irmãs, sabe? Mas aí Any e Poncho fazem parte do esquema então eu já tô louca. Será que é algum tipo de programa de proteção de testemunhas, igual tem naquelas séries CSI e Law & Order? A cabeça tá a milhão, socorro! Kkkk

  • sahprado_ Postado em 17/01/2018 - 17:36:31

    Oie, leitora nova aqui! Eita, que confusão! Até agora não consegui decidir se Dulce e Helena são a mesma pessoa. Mas esse nome é bem profético.

    • itska Postado em 17/01/2018 - 22:28:31

      Oi, seja bem-vinda! Logo saberemos...

  • Luiza Keler Postado em 28/12/2017 - 19:13:22

    Contínua *-*

  • karla08 Postado em 22/10/2017 - 19:56:24

    Owwwwwwwwwwwwwwwu que reviravolta, não para

    • itska Postado em 22/10/2017 - 20:18:40

      Não para, mas vou deixar na curiosidade. kkkkk

  • karla08 Postado em 18/10/2017 - 21:52:11

    WHATTT Dulce morta? Se que acabar com a minha vida e ainda por cima o corno sabia de todos os chifres que levava AIAIAIAIAI

  • karla08 Postado em 18/10/2017 - 00:08:14

    Owwwwwwwwwwww eu quero mais, que misteriosos e enigmatísticos esses dois juntos

    • itska Postado em 18/10/2017 - 18:43:04

      tem alguns mistérios


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