Fanfic: Por Prazer | Tema: Vondy
Capítulo 8 – O Mundo de Baixo
Helena mirou-o, franzindo a testa ao sentir algo em seu interior reagindo à forma com a qual ele a mirava. Continuaram a caminhar, com os olhos aparentemente distraídos de Christopher mirando o caminho na praia pela qual andavam.
Helena pôde perceber que ele mirava tudo, desde a imensidão de areia tão pálida e fina, até as extensões do hotel que deixava de iluminar a noite com a chegada do astro rei. A praia ainda se encontrava deserta, a brisa, conforme os minutos passavam, tornava-se mais quente e misteriosa. O Sol logo chegaria com toda àquela preciosa luminosidade, aquecendo-os por fora e por dentro, anunciando a chegada de um dia que se tornaria, sem nenhuma dúvida, inesquecível para Helena.
– Será que eu poderia saber para aonde vamos? – Helena voltou a sorrir, sentindo-se aliviada por esse ser o assunto no qual ele pensava. Aproximou-se mais daquele homem, sentindo a irresistível vontade de tocá-lo e beijá-lo uma vez mais. O perfume dele lhe subia à cabeça, tomava-lhe o fôlego, recordando-a daquele beijo.
– Sim, é claro que poderia! – Suspirou, gostando da sensação de seus pés em contato com a areia por pouco tempo ainda fria. – Nesse momento estamos indo a uma lanchonete tomar um café da manhã. – Ele sorriu, assentindo com a cabeça, entrelaçando seus dedos com os dela, respirando fundo na tentativa de controlar sua tormenta interior.
Mirou-a uma vez mais, profundamente, intensamente, descobrindo-se acostumado com a cor negra daqueles cabelos, com o cheiro que eles exalavam e com a forma como tão longos eles caiam pelas costas pouco desnudas de uma mulher que agora não fazia um único esforço para chamar-lhe a atenção, envolvendo-o daquela forma tão natural e costumeiramente sensual. Descobriu-se também nada acostumado com o olhar de uma Dulce que nada fazia a não ser acariciar, sorrir e entregar-se a ele como uma adolescente inconsequente. Ela era boa naquilo... Era boa em ser Helena, era boa em sorrir quando Dulce pouco sorria verdadeiramente, em corar quando nada naquele mundo podia fazer com que Dulce Andrade se envergonhasse. Ela era boa em fingir, que naquele momento, não gostaria de estar em nenhum outro lugar a não ser ali, com ele.
– Uma lanchonete simples é claro... Dessa que os banhistas frequentam. Lúcia, que trabalha por lá, não se importará com os meus pés descalços! –Mirou os pés de Christopher, notando-os ainda calçados com um elegante par de sapatos pretos. – Você está de sapatos na areia! – Arregalou os olhos em surpresa, deixando de caminhar.
Christopher mirou seus pés, notando que realmente ainda estava calçado.
– Vão estragar! Quer dizer... Na verdade eu acho que não vão, mas eu não serei a única a entrar naquela lanchonete descalça! De jeito nenhum... – Ele mirou-a por alguns segundos, vendo por sua expressão incrédula e ao mesmo tempo envergonhada que ela realmente estava falando a sério.
Gargalhou interiormente, pagando para ver Dulce Andrade entrando descalça em uma lanchonete qualquer.
– Quer que eu tire os sapatos, é isso? – Ela assentiu de imediato, deixando-o estático por alguns momentos. – Bem... Se você está pedindo!
– Pelo amor de Deus! Você está em uma ilha do Caribe, daqui alguns minutos um sol delicioso vai sair deixando-nos suados de calor! Tire os sapatos, a camisa! Tire o que você quiser! – Christopher sorriu, tirando os sapatos, dobrando sua calça social também negra até um pouco abaixo do calcanhar.
Também abriu mais alguns botões da camisa, sentindo-se realmente acalorado com a manhã que não se demoraria a ser ensolarada. Helena sorriu satisfeita, utilizando seu próprio cabelo para fazer um coque, deixando seu pescoço e sua nuca expostos.
– Agora estamos de acordo! – Sorriu-lhe uma vez mais daquela forma terna e completamente juvenil, andando com mais velocidade, segurando-o pela mão, guiando-o para uma lanchonete que se encontrava completamente fora das dependências do grande hotel no qual haviam estado.
Era realmente simples, pequena, muito limpa e com aquele cheiro de mar e sanduíches recém-feitos.
O cheiro forte de café fresco também atraia à atenção. As cortinas brancas franzidas encontravam-se todas abertas, deixando o ambiente iluminado pela luz de um sol forte que acabara de sair. Três funcionários trabalhavam por ali, algumas pessoas em silêncio e lendo os seus jornais tomavam já o café da manhã, servidas de café preto, pães cheirosos ou copos grandes de suco de laranja. Havia ali várias mesas, as dos cantos do ambiente interligadas por estofados avermelhados que pareciam muito confortáveis para quem havia ficado acordado durante toda à noite. As mesas do centro eram quadradas, todas cobertas por toalhas xadrez que variavam de cores conforme sua disposição. As cadeiras eram de madeira, mas todas também revestidas com o mesmo estofado avermelhado. O piso de madeira rústica, assim como algumas paredes cheias de escrituras, corações e declarações contribuíam para a decoração quase interiorana do ambiente.
– Lúcia! Tem café para dois mortos de fome?
Christopher observou Helena, vendo-a entrar naquele diferente ambiente com naturalidade e familiaridade. Seu coque quase soltava, fazendo com que vários fios de cabelo e também sua franja caíssem sobre seu rosto que guardava apenas resquícios de uma maquiagem de noite. Ela aproximou-se do balcão, pendurando-se no mesmo para espiar quem estava dentro da cozinha.
– Lúcia, eu sei que você está aí! – Sorriu com diversão, dizendo bom dia aos funcionários que lhe sorriram, cumprimentando-a pelo nome.
– E você sempre pendurada neste balcão! – Helena gargalhou, voltando a colocar seus pés descalços em contato com a madeira, mordendo os lábios em uma careta fingida quando uma senhora saiu da cozinha, cumprimentando-a com um beijo e um abraço, ambos extremamente carinhosos. – Além de descalça, dessa vez você vem com um vestido de gala e com um... – Mirou Christopher, analisando-o brevemente, tudo muito educado e singelo. – Amigo.
– Sim. Lúcia, este é Christopher. Christopher, esta é a Lúcia, a dona da lanchonete mais famosa e gostosa de todo o Caribe. – Helena aproximou-se de Christopher, ficando entre ele e Lúcia, que também se aproximou, cumprimentando-o com um aperto de mão, com seus bonitos olhos
surpresos e alegres.
– Bom Dia, senhora. Espero que realmente não exista problema por estarmos descalços! – Helena sorriu, acompanhando Lucia que também sorriu, negando de imediato com a cabeça.
– Não se preocupe com isso, essas meninas estão sempre descalças quando aparecem por aqui e, elas fazem isso com grande frequência, acredite!
Christopher sorriu, gostando da mulher que se parecia em absoluto com o seu ambiente de trabalho.
Lúcia deveria ter seus cinquenta e cinco anos. A pele morena pelo sol, os olhos tão claros de verdes, a estatura média e os cabelos estupidamente pretos combinavam com um rosto harmônico, com marcas de quem havia trabalhado durante toda uma vida e sorrido também durante toda uma vida.
Ela transmitia à calma, a simplicidade e a limpeza do lugar no qual se encontravam.
Voltou a mirar Helena, que uma vez mais sorria a gargalhadas de algo que Lúcia havia falado.
Novamente apoiada no balcão, ela roçava seu pé direito em seu calcanhar esquerdo, com seus cabelos uma vez mais soltos caindo até sua cintura fina marcada pelo vestido.
– Fiquem a vontade, por favor! A Tilde já recolherá o pedido!
Christopher e Helena agradeceram, caminhando ambos até uma mesa do canto, reservada e livre do sol. Ela sentou-se animada, ainda sorrindo, mirando-o com uma expressão curiosa e divertida.
Christopher franziu sua sobrancelha, retribuindo a mirada, desejando saber o que ela achava tão divertido.
– Ok, eu vou dizer! O fato de você ter me beijado e eu ter retribuído me permite dizer que você parece extremamente descolado neste lugar simples do mundo! – Christopher sorriu, verdadeiramente sorriu, negando com a cabeça, observando aqueles olhos brilhantes e tão distintos dos quais havia guardado em sua memória. O medo que havia visto neles há alguns minutos atrás, a solidão e as marcas de uma vida aparentemente miserável haviam desaparecido, fazendo uma mulher bela por natureza iluminar-se bem diante de seus olhos. – Acredito que depois que ficou bem financeiramente jamais voltou a entrar em uma lanchonete, não é mesmo? – Christopher assentiu com a cabeça.
– Culpado! – Confessou. – Você se acostuma a frequentar os lugares que as pessoas que convivem com você frequentam. Reuniões, viagem, festas... Não sei ao certo como aconteceu, mas simplesmente...
– Você assumiu a condição de vida que conseguiu! – Completou ele voltou a assentir.
– Da mesma forma que você se acostuma com a falta do dinheiro, você se acostuma com a presença dele. Temos que nos adaptar a vida que levamos!
Tilde anotou os pedidos, dando um sorriso à Helena por já ter decorado o seu.
Pediram panquecas com Maple, duas xícaras imensas de café e dois waffles com manteiga. Mantiveram uma conversa amena até que os pedidos chegaram. Helena se pôs a devorar suas panquecas, fechando os olhos em êxtase com o primeiro gole de café!
– Isto é a primeira maravilha do mundo! Café da manhã é minha refeição sagrada! – Comeu outra garfada de panqueca, beliscando logo em seguida os waffles.
– Não é uma refeição que costumo fazer acompanhado... Aliás, eu não me lembro de tomar café da manhã com uma mulher desde... – Ela bebeu outro gole de café, com seus olhos mirando-o com atenção.
Christopher sorriu, negando com a cabeça. Aquela mulher não dava ponto sem nó. Finalmente estavam tomando café da manhã... Juntos. Sorriu ainda mais, desejando verdadeiramente cumprir o convite que havia lhe feito naquele quarto infernal. Ele seguramente poderia possuí-la ali, seguramente estava preparado para entrar uma vez mais naquele corpo, fazendo-a confessar, na primeira investida, que não tinha mais força o suficiente para continuar com aquele estúpido jogo.
– Desde que ela se foi? – Completou, deixando de sorrir. Christopher negou com a cabeça, procurando desesperadamente uma saída para aquele equívoco.
– Não. Jamais tomamos café juntos. Eu iria falar desde que comecei a tomar café na empresa. Mesmo sendo o dono, não me livro da cafeteria do escritório. – Helena assentiu com a cabeça, sorrindo, mas não de forma tão completa como antes fazia. – Fale-me sobre você... Sei o seu nome. Já te beijei, fugimos do seu trabalho e eu sei apenas o seu nome. – Ela voltou a sorrir verdadeiramente, afastando o prato de panquecas já vazio.
– Helena Diaz, a filha mais velha. Não tenho familiares vivos, meus pais, Carlos e Blanca, morreram quando eu tinha cinco anos. – Suspirou, com as saudades impregnando seus olhos e seu sorriso bonito. – Deixaram-me o Miguel, meu irmão mais novo. – Christopher assentiu, mentalmente conferindo a versão que ela dizia com a versão que havia obtido após a sua investigação. – Miguel também já foi embora. – Mordeu os lábios, mirando um ponto na imensidão do mar azul. – Eu tinha 21 anos quando ele partiu... Éramos muito mais que irmãos. Cuidei dele como se fosse meu próprio filho. – Afastou as lembranças de sua mente, sorrindo fracamente, voltando a mirá-lo. – Tenho 25 anos. Trabalhei a minha vida inteira em hotéis! Já fui para inúmeros lugares! – Christopher sorriu, encorajando-a a continuar. – Mas me estabilizei por aqui.
– Há quanto tempo trabalha neste hotel?
– Nesse aqui? Não há muito tempo. Vim para cá com o Miguel quando eu tinha 19 anos. Minha amiga, Anahí, conseguiu esse trabalho para nós. Quando o Miguel morreu e fui para outro Hotel, passei quatro anos por lá, então eu voltei para cá há um pouco mais de meio ano. – Oito meses, Christopher completou-a em pensamento.
– Para qual hotel você foi? Às vezes posso conhecê-lo.
– Estou segura de que você não o conhece. – Sorriu-lhe e beberam juntos outro grande gole de café.
– Você parece gostar do que faz, Helena.
– Temos que fazer o que for preciso para comer, Christopher. Quando eu era pequena, sonhava em ser modelo, dessas de fotografia! – Escondeu o rosto com as mãos, gargalhando suavemente. – Contentei-me em ser funcionária de hotéis, em conhecer vários lugares. Eu e Miguel já viajamos muito! Ele me dizia para aceitar as coisas como elas são. Eu as aceito!
– Você o amava muito, não é? – Helena assentiu, com seu coração saudoso e amoroso chegando-lhe aos olhos. Christopher engoliu a saliva, bebendo outro gole de café para apaziguar o seu interior tão confuso e raivoso.
– Mais que a minha própria vida. Quando ele morreu fiquei meio louca por alguns dias. Mas então recuperei a calma, aceitei o trabalho neste hotel e trabalhei como uma condenada. Foi bom, por um lado... Mantive minha mente ocupada.
– Eu sinto muito por ele. – Helena assentiu, agradecendo-o, tocada pelo tom sereno e educado com o qual ele tratava aquele assunto tão delicado para ela. – E quais são os seus planos? Para o futuro, eu não digo...
– Quero fazer uma faculdade. Turismo... Sei que estou um pouco velha, mas ainda assim o farei. Trabalhar em hotéis tem um ponto positivo... A moradia. Meu salário quase que completo vai para a minha poupança, tenho um dinheiro guardado.
– Turismo é uma boa faculdade. Conheço um amigo que é formado nesse ramo. È muito bem sucedido, aliás, ele é quem cuida de nossas viagens.
– Ok, agora chega de falar de mim. – Terminou seu café, mirando-o com curiosidade. – Quero saber sobre você. – Christopher ergueu a sobrancelha em diversão. Aquilo seria interessante.
– Não é nada tão grandioso assim.
– Não menospreze a sua história. A nossa vida sempre tem algo de grandioso.
Ela sorriu-lhe e foi naquele momento, que a possibilidade de aquela mulher realmente não ser mais a que conhecera passou por sua cabeça.
– Christopher Uckermann. Filho único e sem herança. – Helena sorriu uma vez mais. – Meus pais morreram no penúltimo ano da faculdade. – Recordou-se daquele fato, notando somente naquele momento há quanto tempo não falava sobre aquilo. – Nunca tivemos dinheiro, mas também não me lembro de ter passado fome. Meu pai era engenheiro, minha mãe professora, boa gente. – Brincou com a alça da xícara, invocando aquelas lembranças, arrancando-as de seu exército mental. – Minha mãe morreu e meu pai morreu logo em seguida. Acho que ele morreu porque ela morreu. – Mirou Helena, notando-a concentrada em sua fala. – Meu pai disse, uma semana antes de morrer, que ele morreria de amor. Amor doentio, a meu ver... – Clareou a garganta. –Formei-me em Engenharia Civil. Conheci Andrade na faculdade. Logo depois de nos formarmos nos aventuramos em várias firmas até decidirmos, sem um único tostão no bolso, que abriríamos a nossa própria empresa. – Sorriu verdadeiramente, voltando a brincar com a xícara em suas mãos. – Comemos o pão que o diabo amassou, tomamos calote, fizemos merdas, até que em um dia, em um contrato, acertamos... Tenho 32 anos. – Ela mirou-o com admiração, arrancando outro sorriso de Christopher. – Gosto da vida que tenho e orgulho-me do que fiz para consegui-la. Tiram pedaços meus... Eu comi outros pedaços de outras pessoas e consegui ter hoje a vida que tenho. – Helena assentiu com a cabeça.
– Quando a conheceu? Dulce... Quando você a conheceu?
Christopher guardou silêncio por alguns instantes, perguntando-se aonde ela queria chegar migrando justamente para aquele assunto. A realidade era que nunca havia parado muito para pensar sobre aquele primeiro encontro. A verdade era que há muito tempo não parava muito para pensar em tudo o que havia falado nesses últimos minutos... Os oito últimos meses não havia lhe dado espaço para pensar em sua vida ou na
história que ela trazia. Desde que havia começado a sua própria e bem sucedida luta pela sobrevivência, havia deixado por conta de seu fiel exército mental o armazenamento daquelas memórias tão sentimentais e desnecessárias para um homem que vivia a vida que ele vivia.
Mirou o fundo dos olhos daquela mulher, desejando saber com todas as suas forças o que ela havia feito, e porque seguia o fazendo.
Recuperou seu controle, sua completa sanidade.
– Andrade apresentou-a em um jantar. Eles ainda namoravam quando eu a conheci. – Engoliu a saliva, decidido a não poupar a visão que tinha da mulher, que sentada á sua frente, não se alterava em nada pela menção daquele encontro. – Era modelo fotográfica. – Helena sorriu, surpresa e
interessada. – Muito bela, muito elegante, exatamente como eu sempre soube que a esposa do Andrade seria. Personalidade forte, língua afiada, insuportavelmente geniosa. Ela não gostou de mim e acredito que eu tampouco gostei dela. Acredito que tenhamos nos desejado. Eu a desejei. – Mergulhou no interior de Helena, tentando arrancar dela qualquer sinal de que Dulce estava ali, ouvindo aquelas palavras. – Ela desejou-me também. Desde o primeiro encontro, desde o primeiro olhar... Era inevitável. – Mentiu. – Lutei contra aquele desejo durante anos... Mas então eu percebi o quanto ela também me desejava e ficamos juntos quando Andrade viajou. Nada romântico Helena.
Na realidade as coisas entre nós sempre foram bem naturalistas. A carne, o prazer, o desejo.
Todos se sobrepondo à razão, ao dever, à fidelidade. Nunca nos amamos... Nunca fizemos amor. Tão rápido como começou, terminou.
– Ela deveria ter sorte. – Christopher franziu a sobrancelha, mirando os olhos emocionados de Helena. – Ser adorada assim... Por dois homens. –Christopher sorriu, negando com a cabeça.
– Andrade a adorava. Na realidade adora. Acredito que jamais voltará a encontrar-se com outra mulher. Dulce era uma mulher perigosa, Helena. Ela gostava do perigo, gostava dos jogos e gostava do prazer.
– Ela morreu jovem... Eu sinto muito.
– Não sinta. – Cobriu a mão dela com as suas ambas sobre a mesa. Ela aceitou o toque, acariciando-o com os olhos, sorrindo-lhe com os lábios. – Ela está morta. Não quero mais falar disso com você. – Mentiu, abaixando seus olhos em uma falsa demonstração de pesar. – Quero estar com você, Helena. E isso é a única coisa que importa.
– Eu nunca fiz isso antes. – Baixou seu tom de voz, com suas mãos e seus lábios trêmulos uma vez mais de expectativa e desejo. – Nunca me envolvi assim tão rápido com uma pessoa, com um hóspede. – Ele manteve sua atenção no que ela falava. – Sejamos sinceros então, sim? – Ele assentiu. – Quando acabar... Quando você quiser partir, vá. Quando eu quiser partir, eu vou.
Ele levantou-se, sentando-se ao lado dela, deslizando novamente as mãos por seus cabelos, descansando-as em seu pescoço, fazendo-a erguer a cabeça para mirar seus olhos, tendo livre acesso aos seus lábios.
– Sem mentiras, Helena. Eu prometo. – Ela assentiu, fechando seus olhos, entregando-se uma vez mais, esperando por um beijo que não demorou a chegar.
Autor(a): itska
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Capítulo 9 – A Esposa Perfeita Os olhos de Andrade miraram fixamente a fotografia por cima de sua extensa mesa de mármore negro, com seus olhos tão claros e avermelhados se fechando ao sentir que seu coração uma vez mais tornava a bater daquela forma falha e fraca. Abriu-os, desviando sua mirada da foto de Dulce, encos ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 14
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
sahprado_ Postado em 04/03/2018 - 23:54:22
Eitaa alguém chama o bombeiro kkk to com medo do que o Christopher pode fazer com essa informação do nome.
-
sahprado_ Postado em 03/02/2018 - 00:05:47
Definitivamente Tóquio. E o Alfonso nesse rolo todo?
-
sahprado_ Postado em 26/01/2018 - 13:09:14
Mano o que está acontecendo? To confusa hahaha socorro
itska Postado em 02/02/2018 - 20:31:08
Com os próximos capítulos você entenderá
-
sahprado_ Postado em 19/01/2018 - 00:03:05
Eu não diria proteção de testemunhas agora mas me fugiu a palavra certa rs tipo fbi? Andrade tava sendo investigado? Tóquio, talvez?
-
sahprado_ Postado em 18/01/2018 - 11:35:06
Eu tava achando que talvez elas não fossem uma só. Tipo, irmãs, sabe? Mas aí Any e Poncho fazem parte do esquema então eu já tô louca. Será que é algum tipo de programa de proteção de testemunhas, igual tem naquelas séries CSI e Law & Order? A cabeça tá a milhão, socorro! Kkkk
-
sahprado_ Postado em 17/01/2018 - 17:36:31
Oie, leitora nova aqui! Eita, que confusão! Até agora não consegui decidir se Dulce e Helena são a mesma pessoa. Mas esse nome é bem profético.
itska Postado em 17/01/2018 - 22:28:31
Oi, seja bem-vinda! Logo saberemos...
-
Luiza Keler Postado em 28/12/2017 - 19:13:22
Contínua *-*
-
karla08 Postado em 22/10/2017 - 19:56:24
Owwwwwwwwwwwwwwwu que reviravolta, não para
itska Postado em 22/10/2017 - 20:18:40
Não para, mas vou deixar na curiosidade. kkkkk
-
karla08 Postado em 18/10/2017 - 21:52:11
WHATTT Dulce morta? Se que acabar com a minha vida e ainda por cima o corno sabia de todos os chifres que levava AIAIAIAIAI
-
karla08 Postado em 18/10/2017 - 00:08:14
Owwwwwwwwwwww eu quero mais, que misteriosos e enigmatísticos esses dois juntos
itska Postado em 18/10/2017 - 18:43:04
tem alguns mistérios