Fanfics Brasil - Capítulo 6 Destinos ao Vento (ADAPTADA)

Fanfic: Destinos ao Vento (ADAPTADA) | Tema: Herroni


Capítulo: Capítulo 6

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Boquiaberta, Maite não conseguia acreditar nos próprios ouvidos. Os homens, em geral, consideravam qualquer moça pobre amoral e ficavam intrigados quando constatavam o contrário. Não julgara lorde Herrera um tipo preconceituoso, por isso o pasmo diante da pergunta insultuosa.


Recusando-se a se deixar dominar pela fúria cega, Maite procurou analisar a situação com imparcialidade. A última coisa que gostaria de descobrir era que Alfonso, como muitos anteriormente, acreditavam-na uma vadia, apenas por ser pobre. Então, aos poucos, percebeu o que se passava. Ele não pretendera afrontá-la, ou desmerecê-la. Agira movido pela raiva, medo e uma relutante curiosidade. Quase como se quisesse escutá-la responder "sim" para se libertar de sentimentos incômodos e confusos.


— Claro que falharam — retrucou áspera. — Como você bem sabe, não desfrutei da riqueza e dos confortos que sempre o cercaram, milorde. Fui criada num mundo mais duro. Sim, muitos homens crêem que uma moça simples nunca se recusa a fazer qualquer coisa em troca de algumas moedas e que deve agradar aos membros de uma classe social superior. Quanto a mim, escolhi aprender a me defender, em vez de desempenhar o papel de prostituta.


— Não era minha intenção ofendê-la.


— Talvez não, no entanto foi o que aconteceu.


— Neste caso, imploro seu perdão. — Galante Alfonso tomou a mão pequenina entre as suas e beijou-a.


— Se seu pedido de desculpas fosse sincero, você não continuaria tentando me cortejar. — Antes de perceber o que se passava, Maite viu-se aprisionada entre os braços fortes. — Você acabou de se desculpar e agora pretende me insultar novamente — acusou-o, tentando se libertar.


— Não, apenas pretendo beijá-la.


Alfonso tinha plena consciência de estar ignorando os limites impostos a um cavaleiro honrado. Apesar de possuir algum conhecimento do mundo, Maite preservara a inocência. Os costumes exigiam que a tratasse com grande respeito. Por que, então, não conseguia controlar o impulso de beijá-la? Seria um erro agir assim com a bela e arredia Maite Perroni. Mas era fraco demais para superar a tentação. Desde o primeiro momento, quisera sorver o gosto da boca carnuda. Só esperava não vir a pagar caro pela ousadia.


— Você está indo longe demais, sir.


Maite pretendera falar num tom firme, cortante, porém sua voz soara rouca, trêmula. O instinto lhe dizia que se oferecesse alguma resistência, seria respeitada. Mas, não tinha forças para repeli-lo. Embora relutante, e odiando a própria fraqueza, admitia desejar ser beijada. E ansiava retribuir a carícia.


No instante em que os lábios de ambos se tocaram, Maite soube haver perdido toda a chance de escapar. Em transe, permitiu que a língua imperiosa invadisse sua boca e a arrastasse rumo ao desconhecido. Sensações que nunca se imaginara capaz de experimentar subjugaram-na, apagando temores e inseguranças. O mais assustador, era descobrir que seu desejo se igualava à de lorde Herrera.


Quando ele afastou-se alguns centímetros para respirar, protestou baixinho, inconformada com a separação. Logo seus corpos estavam colados, a extensão do desejo masculino não lhe passando despercebida. Enquanto Alfonso cobria seu pescoço de beijos ardentes, Maite, instintivamente, pressionou sua coxa junto a ele, exultando ao escutá-lo gemer de prazer.


— Ah, você é tão doce — Alfonso sussurrou, beijando-a nos olhos, no nariz, na testa, na boca.


Silenciosamente ele se recriminou pela má escolha das palavras. O jeito como Maite o fazia sentir-se merecia elogios maiores, versos capazes de emocionar uma muralha de pedra. Mas, mesmo se possuísse o dom da oratória, não conseguiria usá-lo no momento. O gosto, o cheiro dela, as curvas sinuosas do corpo escultural o impediam de raciocinar com clareza. Só conseguia pensar numa coisa. Em torná-la sua.


— Maite, linda Maite — falou baixinho, puxando-a na direção da cama. — Você também está ardendo, não?


— Sim. Parece que fui enfeitiçada.


— Nós fomos enfeitiçados.


Beijando-se com sofreguidão, os dois esbarraram na cama e Nigel deixou escapar um queixume. O ruído trouxe Maite de volta à realidade. Horrorizada com a ousadia do próprio comportamento, afastou-se de Alfonso e caminhou até o lado oposto do quarto.


Graças a Deus, Nigel continuava dormindo e não testemunhara a cena chocante. Agira de forma irresponsável e não sabia a quem culpar. Lorde Herrera, por tê-la quase seduzido sem grande esforço, ou a si mesma, por permitir-lhe chegar a esse ponto com um único beijo.


— Por que você ainda está aqui? — interpelou-o furiosa, alisando as roupas num gesto repleto de nervosismo.


Com as costas voltadas para a enorme lareira, Alfonso não parecia nem um pouco arrependido, muito pelo contrário. Na verdade, lamentava apenas a brusca interrupção das carícias e a certeza de que não tornaria a tocá-la naquela noite. Maite reassumira a postura fria e inacessível de antes. Para impedir que aquela frieza se transformasse em ressentimento, precisava fazê-la compreender, e admitir, que ela estivera em seus braços de livre e espontânea vontade. Sim, roubara o primeiro beijo.


Mas, o que acontecera depois, fora consentido. Não a forçara a nada. A paixão mútua simplesmente explodira, incontrolável.


— Até minutos atrás eu era bem-vindo — Alfonso retrucou, mantendo o tom de voz propositadamente calmo e agradável.


Desconfortável, Maite enrubesceu. Impossível negar a verdade. Não somente aceitara os beijos avidamente, como os retribuíra com igual vigor. Entretanto, um cavalheiro não deveria lembrá-la de que não possuía fortaleza moral. Jamais teria descoberto o quanto fraca era se lorde Herrera não houvesse roubado o primeiro beijo. Antes dos lábios sensuais tocarem os seus, apenas suspeitara de que seria incapaz de resistir-lhe. Agora sabia - o com certeza.


— Pois você já não é bem-vindo — devolveu ríspida, odiando-se por soar como uma criança emburrada. — Como pode ver, tenho muito trabalho à minha espera.


— Ah, sim. Você precisa ficar assistindo a Nigel dormir. — As palavras destilavam fina ironia. — Ora, enfrente a verdade. Você quer que eu vá embora porque a fiz sentir a mesma paixão que me domina. Ardemos de desejo um pelo outro e você teme que, permanecendo aqui, eu reacenda esse fogo que nos consome.


— Tanta arrogância. Tanto descaramento. Você me enganou. Eu disse "não" para aquele primeiro beijo e fui ignorada. Como todos os homens, você não hesitou em tomar o que queria.


— Sim, aceito a culpa pelo primeiro beijo. — De cabeça erguida, Alfonso caminhou até a porta e abriu-a. Então, virou-se para fitá-la. — Mas você, moça, deu-me o segundo, um beijo tão voraz quanto o meu havia sido. Sim, você provavelmente tentará negar o inegável assim que me vir pelas costas, porém não a considero uma mulher dissimulada, que aprecie mentiras. Você me deseja Maite Perroni, tão avidamente quanto a desejo. Nós dois o sabemos.


Quando a porta se fechou, Maite sentou-se no tapete diante da lareira, fumegando de raiva. Oh, como adoraria ter conseguido responder à altura da provocação. Permanecera muda, imóvel como uma tonta. O insolente dissera tudo o que quisera e se retirara sem que ela esboçasse qualquer reação em defesa própria. Sem que encontrasse justificavas para aquele acesso de loucura.


O que realmente a preocupava e enfurecia, contudo, era reconhecer que sir Herrera tinha razão. Podia chamá-lo de arrogante, indelicado e vaidoso, mas nada mudava o fato de que ele estava certo. Desejava-o com todas as forças. Queria-a de corpo e alma. Ficara cega de paixão quando haviam se beijado e não seria justo obriga-lo a assumir sozinho a culpa pelo que ocorrera. E pelo que quase chegara a ocorrer.


Entretanto, fora o que fizera. Sempre achara fácil ridicularizar a paixão, sempre rira e afastara os homens que tentavam assediá-la. A indiferença com que tratava aqueles que procuravam conquistá-la a tornara por demais segura de si mesma e acabara imaginando-se forte o suficiente para não repetir as tolices da mãe. Alfonso aniquilara essa segurança. Destruíra sua autoconfiança. Com um único beijo, obrigara-a a se ver como qualquer outra mulher, fraca e vulnerável. Agora, não somente o acusava de forçá-la a aceitar a incomoda revelação, como passara a temer sua proximidade. Viera a Donncoill buscar auxílio na sua campanha contra Beaton, não para se transformar na amante do senhor do castelo.


Quando Nigel estivesse em condições de cuidar-se sozinho, teria de tomar uma decisão. Ou se aliaria aos Herrera na cruzada contra Beaton, ou fugiria da tentação representada por lorde Alfonso. Já não alimentava dúvidas de que permanecer em Donncoill significaria perder a inocência.


E, principalmente, o coração. Perguntava-se se não seria um preço alto demais a pagar pela ajuda na destruição de Beaton.



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Autor(a): taynaraleal

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Alfonso inspirou fundo, os olhos fixos no horizonte. Estava agindo como um adolescente apaixonado e isso o incomodava. Simplesmente não conseguia parar de pensar em Maite, no gosto delicioso dos lábios rosados, na sensualidade do corpo mignon e escultural. Deixara-a uma hora atrás e ansiava tornar a vê-la, abraçá-la, beijá-la. ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 13



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  • fsales_ Postado em 23/03/2018 - 18:15:20

    Posta maisss, tá bem claro que os dois se querem! Se possuam de uma vez, queridinhos, deixem o passado dos pais de vocês pra lá!!!

    • taynaraleal Postado em 24/03/2018 - 16:03:12

      Concordo com você Fabi. Logo logo posto mais, quero que isso pegue fogoo

  • fsales_ Postado em 03/03/2018 - 00:24:44

    MEU JESUS BEIJO E COMEÇO DE HOT, POSTA MAISSSSS QUE ESSA FIC TÁ BOA DEMAIS!!!!

  • fsales_ Postado em 03/03/2018 - 00:23:08

    ALFONSO COM CIÚME, ESSE MOMENTO É NOSSO, GALERAAA

  • fsales_ Postado em 03/03/2018 - 00:22:40

    "Não tenho medo de você, lorde Herrera" MAITE AFRONTOSA. é isso que eu quero sim

  • fsales_ Postado em 22/10/2017 - 14:40:51

    Alfonso já desejando ela e já pensando em sexo em momentos inapropriados! não vou mentir... Adorei! kkkkkkk

    • taynaraleal Postado em 08/02/2018 - 18:11:41

      Vamos esperar para os reais momentos, e ai nós piramos :)

  • fsales_ Postado em 22/10/2017 - 14:39:53

    MEU DEUS, POR FAVOR, POSTE MAIS HOJE Q EU TÔ ANSIOSA!!! Já senti que vou amar esses dois nessa fic também! Coitado de Nigel e esse "Não, minha convidada." de Alfonso, afemaria, senti no coração!!! Maite bem atrevida, adorei também

    • taynaraleal Postado em 08/02/2018 - 18:11:11

      Vou postar hoje, serei booazinha e tentarei postar mais uns 3 capitulos

  • fsales_ Postado em 21/10/2017 - 10:52:07

    Só eu que sou a louca que fica contando os segundos pra Maite aparecer logo? kkkkk quero!

    • taynaraleal Postado em 08/02/2018 - 18:10:45

      Não mesmo kkk

  • fsales_ Postado em 21/10/2017 - 10:36:02

    Primeira leitoraaa nessa história lindaaa! AAAA

    • taynaraleal Postado em 08/02/2018 - 18:10:29

      EEEEEE Primeira e unica até o momento :) estou felizzzzzz, vou voltar com ela logo, nem se preocupe, vai ler bastante antes de iniciar a faculdade


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