Fanfic: Indomitable | Tema: Herroni

Alfonso olhava para a porta com o coração aos pulos, pois escutava os gemidos e choro de Maite, era algo angustiante.

-A cena pode ser mais assustadora do que de verdade é Herrera, ela está bem – falou a enfermeira, Alfonso apenas balançou a cabeça, e fechou os olhos quando viu Maite se contorcendo, com sua barriga sangrando – a única cirurgia que ela irá precisar, é apenas por uma fratura no ombro, isso se precisar, estamos esperando o raio X.

Alfonso apenas balançou a cabeça afirmando, ainda desolado pelo que estava vendo.

-Mai – ele falou se aproximando da cama, indo para o lado que a enfermeira indicou, Maite quando o viu, retirou a máscara do seu rosto e começou a falar

-Poncho, o general está bem? Eu não falei nada, juro, ela me torturou, mas nunca colocaria nenhum de vocês em perigo – Maite falava se contorcendo, seu corpo estava começando a ver estrelas, seu peito clamava por oxigênio – e a Caterine está morta?, eu consegui impedir ela de ir atrás do general?, me diz alguma coisa Alfonso, esse seu silêncio está me deixando doi – ela ia continuar falando, mas o ar literalmente faltou em seus pulmões, e ela começou a puxar aos pouco, mas parecia que nada adiantava.

-Saturação caindo, frequência cardíaca e respiratória aumentada – falou a enfermeira olhando para Alfonso – acalma ela Alfonso, precisamos ser rápidos nos ferimentos dela, para medicar contra a febre, que ela já está

Alfonso apena assentiu, ele se colocou totalmente ao lado da cabeça de Maite, ficando de joelhos, começou a passar as mãos no cabelo dela e falar – Calma Mai, o general está bem, e sim, você conseguiu impedir a Caterine de fazer o que queria, graças a você o general vai cumprir o acordo dele, mas agora eu preciso que você respire fundo, fique sem se mexer e deixe eles cuidarem de seus machucados. – ele falou olhando nos olhos de Maite, que afirmou com a cabeça e deixou ele recolocar a máscara no lugar, inspirando devagar. – Muito bem, essa é a Maite que conheço, calma, serena e bonita, mesmo com todos os machucados.

Maite apenas riu em silêncio, - estou tonta – ela falou baixinho. Tentando ficar acordada.

-Eu te sedei Maite, para que eu possa imobilizar seu ombro, pois vai doer muito, pode dormir – falava o médico. Mas Maite tentava ficar acordada de qualquer forma, o que estava sendo muito difícil, viam os sinais vitais dela se alterando por causa do nervosismo, - Maite, escuta, se deixe levar pelo sono, você está muito agitada, seu coração está batendo mais rápido e sua pressão também está mais alta.

Alfonso ouvia a tudo sem conseguir agir, até que sentiu um aperto em sua mão, olhou e viu Maite o buscando, totalmente fora de ar, não parecia a mesma de sempre, seu coração batia a mais de 120 por minuto, e ele sabia o quanto isso era perigoso.

-Mai, ouça – Alfonso falou colocando seu rosto na altura do de Maite – meu amor, sei que quer se manter acordada, mas precisamos que se deixe levar, e logo você vai para casa, não vou te deixar sozinha um minuto se quer, ouviu? – ele falava e olhava dentro dos olhos de Maite – agora durma

O médico estava apenas esperando para que Maite finalmente apagasse para enfim poder imobilizar o ombro de Maite. Alfonso grudou na cabeceira da cama, e ficou passando a mão no cabelo dela, que ia dormindo, e seus sinais vitais se normalizando.

-Agora podemos prosseguir, e tenente, o que verá possivelmente não é fácil, mas pode acreditar que é necessário. – falou o médico

-Eu sei, pode acreditar, agora me diz o real estado dela doutor – Alfonso perguntou encarando o médico a sua frente.

- Ela sem duvidas é uma lutadora, o estado em que chegou não era muito bom não, mas em pouco tempo conseguimos estabilizar, apesar da quantidade de ferimentos e de sangue que perdeu ela não irá precisar de mais transfusão sanguínea, ela está bem, agora me ajuda a colocar esse osso no lugar – o médico falou, se aproximando do lado em que o ombro de Maite tinha uma fratura. Alfonso se colocou mais a frente, apoiando o corpo de Maite para facilitar para o médico trabalhar. Ele sabia que se a garota não estivesse sedada, teria desmaiado no momento.  – Pronto, está encaixado, peça outro raio x para evidenciarmos se foi corretamente – falou para a enfermeira, enquanto terminava de imobilizar o ombro da policial inconsciente.

Danny estava impaciente procurando no telefone o contato de alguém que pudesse os ajudar, ele sabia que a situação da Maite não era boa, de nenhuma forma, pois como tudo terminou, sem nenhum deles ter provas de nada que a inocentasse, e para piorar, o próprio primo estava indo contra a ela.

- Graças a Deus você atendeu – Danny falou para a outra pessoa na linha, e começou a pedir tudo que estava precisando – valeu querida, preciso disso o mais rápido possível ok? – Danny desligou olhando para Alfonso que vinha caminhando até onde ele estava sentado

- Alguma novidade que possamos usar para defender a Mai? Diz que tem algo cara, se você tivesse visto a situação em que ela está agora- Alfonso falou passando as mãos na cabeça

-Andei relembrando alguns fatos que achamos, não sei se você lembra, mas encontramos uma filmagem com a parcial de uma placa, lembra? – Alfonso assentiu – então, tenho um conhecido no departamento de trânsito que irá verificar novamente para nós, se realmente pertence a senhora que deu queixa, e o que ela é da Caterine, ou tem algum conhecimento com ela, e se sim, vamos até ela, a Mai não vai ser acusada de algo que não cometeu.

Alfonso apenas assentia, estava totalmente pensativo, ele soube que o motivo do ataque era para detonar o general, mas por quê? Essa era a pergunta que não calava.

-Cacete - exclamou Alfonso olhando para os policiais fardados entrando pelo hospital – vocês não tem motivo para estarem aqui – Alfonso grunhiu ficando na frente deles.

-Boa noite Tenente Herrera, mas estamos com uma ordem judicial para deter a policial Perroni, pelo assassinato da Tenente Caterine, o senhor conhece todo o procedimento, a confissão antes de morrer foi de prova incontestável. – falou o policial estendendo o papel para Alfonso que olhava para eles como se tivesse vendo um caso que revoltava-lhe o estômago.

-Ela está inconsciente, não tem como responder nada no momento, você não irá falar com ela sozinha, estaremos presentes, - Danny falou, pois percebia que Alfonso estava querendo literalmente partir a cara dos policiais.

-Entendo, só não sei se isso é verdade, pois nem o próprio primo da policial acredita na inocência dela, acredita que tudo isso foi movido por ciúmes. – o policial falou, sentando-se e encarando Alfonso.

-Você vai se redimir com isso, aquela menina é uma das melhores policiais que já vi, melhor e mais honesta que você, e se você se repetir falando isso, vou esquecer meu posto e te arrebento – Alfonso falou o encarando, sabia que aquele policial era um maldito canalha, que o olhou rindo – você irá se arrepender tanto Christopher, pedirá perdão de joelhos para sua prima, como pode acreditar que ela é culpada? Depois das filmagens do sequestro, de tudo, você não um homem.

Alfonso e Christopher apenas se encaravam, ambos com extrema raiva, sem acreditarem que tudo isso estava acontecendo, apesar de ter quase certeza, Christopher sabia que esse palpite que ele tinha, ia trazer muitos arrependimentos para ele.

-Se ela for inocente, eu me garanto de pedir desculpas a ela, agora se for culpada, eu mesmo vou prende-la. – Christopher falou – Ah fui readmitido como tenente da polícia, então estou saindo da 5.0           

-Já vai tarde seu covarde – Danny falou para Christopher que saia com os outros policiais de Honolulu.

-Quando ela acordar, voltarei – o policial responsável pelo interrogatório falou saindo e caminhando em direção a saída.

- Precisamos de provas agora Danny, a Mai vai ser acusada e isso é culpa minha, e eu sei, bem no meu coração que ela não fez nada cara – Alfonso falou desesperado – senti tanto medo quando a vi caída lá, com aquela faca na barriga, eu não sei o que faria se acontecesse qualquer coisa – Alfonso falava desabafando, enquanto Danny o escutava atento, pela primeira vez desde que o conhecera podia falar que Alfonso tinha medo, e gostava tanto de alguém que ficara apavorado só de pensar que algo pudesse ter acontecido

-Vai ficar tudo bem irmão, você vai ver – Danny falou olhando o telefone aflito, sentia que tudo isso ainda renderia diversas horas para desvendar o mistério.

-Terminamos com a policial Perroni, está descansando no momento, está bem, mas precisa de descanso para se recuperar normalmente, o ombro não vai precisar de cirurgia, e em dois meses poderá tirar a imobilização, os cortes que estavam infeccionados foram tratados e ela estará tomando antibióticos a cada 12 horas, assim que ela tiver alta, não é recomendável ela ficar sozinha. – o médico falou, e logo após liberou a entrada dos dois.

-Nós vamos conseguir provas, logo logo irmão, vamos ficar com ela – Danny falou caminhando até o quarto em que Maite estava