Fanfic: Indomitable | Tema: Herroni

Alfonso e Danny estavam a algum tempo no quarto em que Maite estava, apenas olhando para a mesma, que aparentava paz, sabiam que ela estava medicada, mas que se não estivesse com essas medicações, aquilo estaria doendo para um caramba.

-Machucaram ela feio cara – Danny falou olhando para Maite

-E como, sinto vontade de matar quem fez isso com ela, apesar de uma já estar morta, sei que teve mais pessoas envolvidas – Alfonso falou apertando as mãos,

-Você sabe que não vai matar ninguém não é cara? – Danny perguntou

-Sei Danny, mas não me impede de bater nos canalhas que fizeram isso, matar não posso, eles precisam estarem vivos para inocentar a Mai. – Alfonso falava passando  a mão na cabeça de Maite, alisando os fios de cabelo  da morena     

-Ela já deve estar acordando – Danny falou olhando para Maite e caminhando para o outro lado da cama. – ela parece tão tranquila, apesar de todos esses machucados que estão na pele dela

Alfonso apenas assentia, pois sabia que se falasse qualquer coisa, ele choraria, tamanho o medo que sentiu. Os dois estavam perdidos em pensamentos, que logo foram cortados

-Água – sussurrava Maite, olhando de um para o outro

-Bem vinda de volta menina – falou Danny, olhando para Maite enquanto Alfonso pegava um copo com água para ela – como você está se sentindo? – Danny perguntou ajudando-a a se levantar para sentar na cama

-Parece que um caminhão passou por cima de mim – falou Maite, soltando pequenos gemidos quando movia o abdome. – A minha barriga dói um pouco

-É melhor você deitar, tem três suturas em seu abdome, por isso que dói, e se você se mexer demais pode estourar os pontos – falou Alfonso colocando as mãos no ombro de Maite e fazê-la voltar a deitar.

-Está bem – Maite falou, olhando para os lados ela começou a sentir falta do seu primo, porquê será que ele não estava ali? – Onde está o Ucker? – ela perguntou tentando levantar novamente, mas desistindo quando os cortes começaram a repuxar em sua barriga. Ela via Alfonso e Danny se olhando. – O que houve?

-Ele estava sendo atendido, teve um pequeno problema – Danny falou para Mai, mas ainda mantinha seu olhar em Alfonso, que tinha o maxilar trincado.

-Que tipo de problema? – Maite insistia em perguntar, sentia que algo de muito errado estava acontecendo. – Me falem logo

-A Caterine morreu – Alfonso falou olhando para Maite, que abriu os olhos assustada

-Sim, eu lembro disso – falou Maite colocando a mão na cabeça – vão dizer que fiz isso por ciúmes – concluiu ela olhando para Alfonso

-Eu sei que não foi por isso Mai, o Danny também – Alfonso falou olhando para ela – Mai, eu tenho que falar uma cois – porém Maite não deixou ele terminar de falar e o questionou novamente.

-Espera, você disse que você o Danny sabem que eu não fiz nada, mas o meu primo pensa que foi? Os outros policiais também? – Maite perguntou levantando da cama bruscamente, mas logo se arrependeu pois seus músculos tencionaram, fazendo-a fechar os olhos – vou ser investigada? – ela perguntava olhando para os dois homens a sua frente – RESPONDAM – gritou ela exasperada, os olhos começando a arder em lágrimas não derramadas. Quando via que nenhum deles iria responder, ela começou a puxar os fios que monitoravam seus sinais vitais. Tirando o seu acesso venoso.

-Maite, para com isso – Alfonso falou a segurando pelos braços, tentando segurá-la de alguma forma que não a machucasse mais – que droga Mai, calma, para com isso, você vai se machucar mais – Alfonso falava enquanto ela se debatia, se ela estivesse com as forças normais ele já teria sido derrubado, e isso provava o qual debilitada ela estava.

-Como você quer que eu pare Alfonso? Meu próprio primo acreditará ou acredita que eu matei por ciúmes de você? – Maite debatia-se, tentando soltar seus braços. – DROGAAA -grita ela, ao tempo que Alfonso a abraça por trás com os dois braços a apertando firme contra ele. – Não acredito que isso está acontecendo, só pode ser brincadeira – gemeu Maite – aii – ela grunhi colocando o braço que não está imobilizado sobre a barriga, e quando olha vê que estava saindo um pouco de sangue de uma das suturas.

-Eu disse que você ia se machucar Mai – falou Alfonso percebendo o que estava acontecendo – Danny molha um pouco de gaze e me trás – Alfonso pede  olhando para Maite, enquanto a ajudava a se deitar – vou levantar a camisa do hospital Mai. Não se preocupe, vai ficar tudo bem

-Aqui Alfonso, mas não é melhor chamar o médico ou a enfermeira? – Danny perguntou enquanto entregava o que Alfonso pediu

-Não precisa, se algum ponto tiver rompido nós chamamos, vê se consegue alguma informação sobre o carro Danny, algo que ligue a Caterine, e alguma das pessoas que estavam com ela – Alfonso falava enquanto olhava os cortes na barriga de Maite, ele se segurou para não mostrar o que sentia, o abdome dela estava de diversas cores, vermelho, amarelado, e alguns lugares roxos, havia um roxo grande na costela do lado direito, que ele imagina que estava doendo para um caramba.  – Mai, olha para mim – pediu Alfonso, olhando para Maite, e essa quando o olhou expressava diversas coisas em seu olhar, mas o principal era a angústia, ele sabia o que era aquilo, a dor ao saber que sua própria família não acredita em você – pouco me importa o que o babaca do seu primo Uckermann acredita ou deixa de acreditar, vamos provar que você é a única vitima da história, e todos os envolvidos iram pagar caro – ele terminou de falar com a testa encostada a dela.

Maite não conseguia responder, ela sentia que tinha um nó em sua garganta, nunca havia sentido tanta dor como a de agora, nem quando ela teve que deixar de surfar por causa da lesão em seu joelho, nem sentiu quando havia começado a chorar, só conseguiu perceber quando Alfonso passou os dedos em seu rosto.

-Não consigo acreditar que o Christopher não acredita em mim – Maite falava olhando para as paredes, foi quando a porta do quarto se abriu, e por ela entrou alguns policiais que Maite conhecia, ela sentiu o clima do quarto mudar, Alfonso ficou totalmente rígido e Danny com uma postura defensiva.

-Eu avisei ao chefe de você que quando ela estivesse com condições de depor ela iria – Alfonso falou levantando da cama,  e indo para perto do policiais, foi quando conseguiu perceber Christopher atrás de todos os policiais que estavam dentro do quatro. – Só podia, seu covarde, além de duvidar da própria prima, vem no mesmo dia que ela foi atendida por ter sido sequestrada e torturada, sem dar um descanso.

-O Ucker está ai? – Maite perguntou tentando levantar – se estiver ai, pode entrar e olhar na minha cara primo, quero ouvir e vê você falando que acha que eu sou uma assassina – terminou de falar desistindo de levantar quando ficou tonta.

Eles viram Christopher entrando no quarto e falar com o papel em mãos, olhando friamente para Maite – Policial Maite Perroni, você está sendo intimada a depor sobre o assassinato da Tenente da Marinha Caterine, o qual a senhora está sendo acusada de homicídio em segundo grau, motivado por ciúmes, gostaríamos que entregasse seu distintivo e arma para a corregedoria até o fim dessa investigação – terminou de falar, olhando nos olhos da garota, que sentia escorrer lágrimas dos olhos, falou para ele.

-Você vai se arrepender amargamente do momento em que está me acusando Uckermann, vou dar a merda desse depoimento, entrego o distintivo e a arma, deixo de ser policial pelo tempo que for necessário, mas vou voltar e nunca vou te perdoar – Maite falou olhando para ele, até que desviou os olhos para Alfonso, que voltou para seu lado.