Fanfic: Indomitable | Tema: Herroni

Alfonso estava sentindo seu coração dilacerado, via a Maite com dor  e não tinha mais o que fazer, ele sabia que não poderia dar nenhuma medicação para ela, e teria que esperar, me levantei e a deixei só no quarto, sai dele literalmente respirando fundo. Pois sabia quem seria ali na minha porta.

- Tenente Uckermann que desprazer você aqui na minha porta – Alfonso falou olhando para Christopher que estava com uns papeis nas mãos. E com um sorriso cínico no rosto.

-Bom dia Capitão, vim acompanhar a tenente Dutra da corregedoria, para acompanhar o depoimento da policial Maite Perroni, acusada do assassinato da tenente Caterine – Christopher falou olhando para Alfonso, acho que nunca o ex-Seal tinha sentido tanta vontade de arrebentar a cara de Christopher, que o olhava sério. Os dois se encaravam com os olhos saindo faíscas e tudo ao redor parecia ter percebido o clima sério, tudo estava no silêncio extremo.

-Bom dia Tenente Dutra, a Mai está no quarto, entre que eu vou busca-la – Alfonso falou, entrando e deixando a porta aberta para eles entrarem. Alfonso sentia seu coração bater cada vez mais rápido.

-É bom você me esclarecer essa tensão tenente Uckermann – Alfonso ouviu de longe a mulher falar para Christopher.  Por um momento ele sentiu que poderia ter menos problemas no momento, que a Tenente Dutra é uma pessoa correta.

Maite olhava para a porta, esperando que  Alfonso entrasse pela porta e falasse que Christopher estava aqui e veio pedir desculpas para ela, mas sabia que não seria assim, ela sabia que tinha que contar sobre o Adan, mas não queria envolve-lo.

-Eles estão aqui Mai – Maite ouviu Alfonso falar, indo até ela – deixei eles te esperando lá na sala, eu posso te carregar até lá, ou somente te ajudar a caminhar – Alfonso falava olhando para ela, que suspirou, os olhos enchendo de lágrimas enquanto começava a levantar.

-O que eu faço Alfonso? – perguntou Maite olhando nos olhos dele, que apenas segurou seu rosto e olhou em seus olhos deixando-a continuar – eu queria contar a você primeiro, sei que o que falta eu te contar pode me livrar de todas as acusações, mas não queria colocar no meio quem me ajudou – ela desabafou encostando sua testa na de Alfonso, que continuou calado, ela podia notar que ele estava.

- Tem como me contar um resumo? E eu aviso se conta a eles ou não, mas essa pode ser uma ultima chance de você acabar com a investigação antes mesmo de começar não é? – Alfonso perguntou olhando para a Mai, que apenas concordou com a cabeça e começou a contar tudo que tinha passado, desde o inicio na explosão, até quando o Adan a ajudou a fugir.

-Então, ele me ajudou, sabe de tudo, mas ele não pode ser preso Poncho, ele me ajudou – Maite falou desesperada. Alfonso apenas a olhava, tudo estava muito confuso, tinha a irmã da Caterine, sim tinha, e tinha esse Adan, que fez o que pode para ajudá-la.

-Mai, você precisa contar, a gente dá um jeito de livrar o Adan, mas ele é o único que pode te inocentar, se você souber onde ele estar, se ele já não tiver fugido – Alfonso falou, Maite apenas concordou com a cabeça baixa. Sabia que ele estava certo, tinha que se livrar da acusação, ou nunca mais seria uma policial.

-Ok – falou Maite, levantando da cama devagar, se apoiando em Alfonso para caminhar até onde estava os policiais que poderiam destruir sua carreira. – bom dia – cumprimentou Maite, enquanto se sentava numa poltrona em frente a outra mulher, um pouco mais velha do que ela mesma, Maite encarava o primo com o olhar mais magoado que podia existir, e isso não conseguiria mudar nada, ela sabia, que no momento só tinha duas pessoas que a apoiavam, Alfonso e Danny, eles sim a conheciam – Feliz em tentar destruir a carreira da própria família primo? Depois do que fizeram com você – Maite não conseguiu não falar nada, e ironizou olhando para Christopher que nada respondeu, apenas estendeu o papel que solicitava a arma e o distintivo. – Não acredito nisso – Maite falava entregando sua arma e seu distintivo, ela sentia seu peito se apertando como se nunca mais pudesse ser feliz na vida, ela olhou para Alfonso, que viu o que ela queria, rapidamente foi até ela, sentando no braço da poltrona e abraçando.

-Vocês estão juntos? – perguntou a Tenente Dutra, fazendo com que Alfonso apenas a encarasse.

-Não é isso que vieram fazer, se eu me relaciono ou não com o Alfonso, isso não é de sua conta – Maite respondeu com a voz altiva olhando para a mulher a sua frente, mulher essa que estava quase arrancando as roupas de Alfonso.

-Policial Perroni, isso vem ao caso sim, pois se você se envolveu com seu chefe, e por um acaso matou a ex dele, podemos acreditar que sim, foi movido a ciúmes – tenente Dutra falou com um sorriso discreto no rosto – então Perroni, é melhor você me contar tudo, desde o início, e se posso colocar, esse relacionamento é inapropriado.

-Opinião adotada Dutra, mas o que fazemos fora do comando, não é de importância alguma para vocês – Alfonso falou, se pronunciando sobre seu próprio relacionamento pela primeira vez.

-Vamos ser diretas Tenente Dutra, sou adulta, o Alfonso é adulto e nós sabemos nos comportar, sabemos o certo e o errado, o que podemos ou não fazer, e não será a corregedoria que irá acabar com meu namoro, é isso que queria ouvir? Sim nós estamos namorando, mas não, eu não matei a Caterine por ciúmes, mas a matei sim, porquê ela iria acabar com o tratado feito com o general coreano, e por esse motivo fui sequestrada, torturada física e psicologicamente, e sim, fiquei com ódio da Caterine, mas sou a vitima nessa história, e consegui fugir, quase desmaiando, mas fugi – Maite falou tudo de uma vez só, olhando a mulher que estava a sua frente – quer mais detalhes? Pode procurar tinham 4 pessoas na cabana, dois homens e duas mulheres, a Caterine e a irmã eram as cabeças, um dos homens não sei a identidade e o outro se chama Adan, me ajudou a fugir, pois estava ali forçado, a Caterine ameaçava a mulher dele, mulher essa que estava grávida. – Finalizou Maite, colocando a mão na barriga, mas não tirava os olhos da mulher sentada no sofá a sua frente, Alfonso apertava seu ombro, passando calma, pois sabia que ela estaria totalmente apavorada.

-Mas quem garante que a senhora não premeditou tudo isso? – perguntou a Tenente Dutra olhando para Maite. Que sorriu irônica, e respondeu.

-Nada daquilo me interessava, nada tinha haver comigo, eu sou policial, e uma boa policial, venho que uma família de policiais – Maite falou, olhou para Alfonso – a pessoa que mais admiro, é policial, eu não colocaria ele em risco nenhum – Finalizou Maite,

As duas se encaravam firmemente, Maite podia estar totalmente machucada, mas tinha mais garra que muito marmanjo por ai.

-Ok, vamos nos encontrar novamente, até o momento você está suspensa da polícia, entraremos em contato – falou a mulher se levantando, mas antes de sair ela olhou de Maite para Alfonso – se eu fosse você Capitão, não ficaria no meio, pode sobrar para o seu lado, ela é uma bomba relógio para a sua carreira – Alfonso apenas a encarou, e quando viu que ela ia saindo, respondeu.

-Com todo respeito, mas você não pode dizer com quem posso ou não namorar, a Maite é minha mulher e eu sei que está falando a verdade, agora por favor, caiam fora da minha residência – Alfonso falou olhando para Maite, que parecia explodir de raiva, e jogaria algum objeto nos policiais a frente.

Christopher que havia ficado calado em todo momento, foi até Maite, mas quando ele estendeu a mão para ela, a mesma virou o rosto, e falou.

-Saia, não quero seu cumprimento, pode jogar ele do inferno a dentro – ela falou, tentando levantar com calma, mas desistindo ao sentir suas pernas tremendo.