Fanfic: Indomitable | Tema: Herroni

Maite olhava para Alfonso ainda furiosa, gritando mas quando iria responder, seu mundo girou, e ela só ouviu a voz de Alfonso vindo de longe. Depois só sentiu seu corpo ser segurado por mãos fortes, e tudo escureceu.

Alfonso que olhava irritado para ela, parou no mesmo momento que viu ela começar a fechar os olhos e cambalear, segurou seu corpo antes do mesmo bater no chão, ele assim que tocou a pele de Maite, sentiu-a gelada e com a pele suada e pegajosa, olhou para os lados procurando alguém para lhe ajudar, e não achava ninguém, então ele pegou Maite no colo, colocou dentro do carro, deu a volta no mesmo, e entrou logo dando partida, o tempo todo observando se Maite recuperava a consciência, mas isso não acontecia em momento nenhum.

O caminho até a emergência não durou nem dez minutos, e Alfonso começava a se preocupar porque Maite ainda não havia acordado de forma nenhuma. Será que ela tinha sido ferida de alguma forma que não vissem fisicamente? Era o que ele se perguntava, e pensava nisso o tempo inteiro desde a hora que deixou Maite com os profissionais do hospital.

Alfonso caminhava de um lado a outro da espera do hospital, e nada de nenhum médico ou enfermeiro vir falar com ele, essa espera o deixava irritado e preocupado de uma forma que não conseguia entender. Foi quando ele viu a médica que havia levado Maite. E sentiu seu coração bater mais rápido quando ele se aproximou.

-Comandante – falou o médica se aproximando de Alfonso.

- Doutora, como está a Maite? – perguntou Alfonso com sua voz rouca.

-Ela está bem Alfonso, teve uma queda de pressão, e continua com anemia, mas tudo isso é explicável devido ao estado dela – a medica falava explicando tudo a Alfonso, que a ouvia atentamente, e quando ela finalizou ele sentiu seu coração acelerar como nunca – devido a gestação ela se sente mais cansada do que o normal, os enjoos são normais, pode acontecer desmaios, além de alterações de humor e da libido.

Alfonso olhava para a médica estático, seu coração estava aos pulos, ele ia ser pai, estava tão atônito que só sentiu braços a seu redor. E a voz do seu amigo.

-Parabéns irmão, filhos são uma benção nas nossas vidas – Danny falou com um sorriso no rosto.   

Maite sentiu quando algo frio estava sendo colocado em seu abdome, ao mesmo tempo que seu braço era esperado, ela tentava abrir os olhos e não conseguia, pois sentia um peso em seus olhos que a fazia entrar novamente na escuridão. Além disso, seu estômago estava revirando, ela sentia que se se movesse um milimetro, ela vomitaria até o que não tinha se alimentado hoje.

-Policial Perroni – Maite ouvia uma voz chama-la de longe, parecia que ela estava dentro da água, e sedada com tudo que acontecia.  Ela tentava abrir os olhos, mas toda vez que conseguia a claridade a incomodava e o seu enjoo piorava. – Policial, preciso que abra os olhos – ela ouvia, e tentava ao pouco, a claridade deixava seus olhos muito sensíveis. Mas ela tentava, e quando conseguiu deixar seus olhos abertos, seu estômago se revoltou de uma forma que ela não conseguia segurar, mas como não tinha nada no seu estômago, nada saia, mas os seus músculos estavam rijos.

-Estou enjoada – Maite conseguiu sussurrar olhando para a mulher a sua frente, enquanto respirava fundo tentando controlar a náusea.

-Vai ficar tudo bem, respira fundo – Maite tentou fazer o que a médica pedia, foi quando olhou para o seu abdome, e viu a médica passando um aparelho de ultrassonografia. Ficou confusa, e perguntou.

-O que você está fazendo? – perguntou Maite movendo a cabeça olhando para os lados. A médica olhou para Maite e sorriu, começando a explicar o que estava fazendo, e ela de repente começou a sentir suas vistas escurecendo – O que tudo isso quer dizer? – Maite perguntou novamente.

-A senhora está grávida policial Perroni, de oito semanas para ser exata. – A médica falou olhando para Maite, que sentiu o ar lhe faltava, e seu mundo começava a ruir.

-Isso está errado – Maite sussurrou – eu não posso estará grávida. Não posso, não agora– Maite sussurrava sentindo seu mundo desabar, maldito Alfonso, maldito pau tão delicioso.

-Não tem nada errado policial, a senhora é uma mulher, é fértil, tem vida sexual, tem um namorado, não tem nada de errado com isso – A médica falou olhando para Maite, que estava pálida e com os olhos cheios de lágrimas, pois ela não conseguia acreditar que isso havia acontecido.

-Você não entender, eu não quero esse filho, eu não posso ter ele, eu sou policial, estou começando a crescer em minha carreira, eu não posso ser atrapalhada – Maite falou olhando para a médica.

-Olha Maite, nem tudo acontece como planejamos, se isso aconteceu agora, era porque era para acontecer, e não tem uma explicação, essa é a sua benção, e só para avisar, o seu namorado ficou extremamente feliz – A médica falou, olhando para ela, e finalizou – vou deixar a senhora descansar, e lembre que Deus tem uma plano para tudo.

Maite ficou no quarto olhando para o teto, pois não conseguia acreditar que isso estava acontecendo, como ela iria ter sua carreira brilhante como queria? Ela sabia que não queria esse bebê, mas não teria coragem de tirar, mesmo que sua vontade fosse essa. Maite tentava respirar mas não conseguia, tentou levantar mas suas pernas falharam, e ela sentiu seu corpo ir ao chão.  

-DROGAAA, POR QUE AGORA DEUS? – Maite gritou sentindo seu mundo despedaçar, lágrimas começavam a cair com muita intensidade, que os soluços chegaram antes dela se quer sentir. 

Maite chorava tanto que seu corpo tremia a cada soluço, e ela não sabia onde isso iria parar, sabia que sua carreira estava arruinada. Seus corpo tremia tanto que ela se assustou quando sentiu braços a seu redor.

Alfonso estava tão extasiado, já havia sido abraçado por toda a sua equipe, mas ele só queria o abraço de uma pessoa, da sua mulher, pegar suas mãos, cuidar dela, e fazer o certo, ele queria a sua família, segura e crescendo.

-Vai ver a Mai, nós voltamos outra hora – Danny falou sorrindo para Alfonso, que concordou com a cabeça, começando a seguir o caminho do quarto em que Maite estava. Porém quando estava se aproximando da porta, ele ouviu o choro dela, um choro incessante, que o deixou em alerta, abrindo a porta devagar.

Alfonso olhou para a cena e sentiu seu coração parar com o que viu, se aproximou de Maite com os passos lentos, passando os braços ao redor dela, trazendo-a para si, colocando no abraço todo o carinho que sentia. Alfonso viu quando Maite girou e olhou em seus olhos.

-A culpa é sua – Maite falou com a voz embargada, se esquivando dos braços de Alfonso

-Minha? – Alfonso perguntou sem saber ao que Maite se referia.

-Sim, sua, como pode me engravidar? Como faz isso comigo? Minha carreira agora acabou, não tem mais como reverter isso, eu tenho a porra de um feto dentro de mim, que vai me fazer parar com minha profissão, logo agora que estava começando a conseguir me estabelecer como policial, agora tudo isso já era – Maite falou chorando – Eu não quero esse filho, eu sou uma policial

Alfonso olhou para Maite sem acreditar no que ela estava falando.

-Você está me culpando? Sabe que sempre quis um filho, mas não previ que isso ia acontecer, se aconteceu Mai, é simplesmente porque teria que acontecer – Alfonso falou com a voz dura – Não é porque vai ter um filho, que acabará com sua carreira, e sabe disso.

Maite olhava para Alfonso e começou a rir – Não? Você vai me deixar ir para campo? Participar de missões?

-Maite, eu estando do seu lado, nunca vou te impedir de nada, ficava preocupado antes disso, só vou continuar assim, ficarei ao seu lado e vou te ajudar em tudo – Alfonso falou segurando o rosto de Maite.

Maite apenas olhava para Alfonso, e não conseguia sentir o que ele dizia, ela sabia que tudo isso não seria da mesma forma que ele dizia.

-Eu não quero isso, não agora – Maite gemia chorando, sendo abraçada por Alfonso, que sussurrou em seu ouvido – Não se preocupe Mai, amo você, amo esse filho que vai me dar, e sei que você vai ser a melhor mãe possível, mãe e policial.