Fanfic: Indomitable | Tema: Herroni

Maite havia passado em casa para poder tomar um banho e trocar de roupa. Alfonso havia acompanhado ela, que não havia dito uma palavra, pois viu que Alfonso estava com uma carranca.

-Vamos – falou Maite assim que desceu após ter se arrumado, viu que ele estava olhando para o nada – o que houve? – perguntou Maite cansando do silêncio que estava reinando no ambiente.

-Nada – Alfonso falou, pois não iria entrar em conflito com ela pelo que Maite havia feito, já que ele prometeu que não iria impedi-la de fazer o que gostava.

-Que nada o que – Maite falou olhando para Alfonso – isso é pelo que fiz? Porque mergulhei sem falar a você? -Alfonso apenas negou com a cabeça, pois se entrasse no assunto, sabia que eles iriam brigar, e no momento tinham um caso a investigar, então tudo ia ser colocado a parte – Alfonso, você não ficou com raiva por isso não é?

-Mai, deixa para lá, sabe que iria ficar chateado, preocupado, mas não vou te impedir, a não ser que seja realmente necessário, e sim, eu fiquei preocupado, pois você está grávida e poderia desmaiar, mas eu estaria lá para te pegar, porém eu não vou brigar pois te prometi que não faria isso, e não vou – Alfonso falou segurando o rosto da Mai, que estava sério.

Maite ao ouvir as palavras de Alfonso, ficou um pouco chateada, mas não iria mais perguntar nada, pois sabia que seria impossível que ele não se preocupasse dessa maneira. -Entendi, vamos – falou Maite caminhando na frente de Alfonso que suspirou enquanto a seguia até o carro.

Maite lia novamente todas as suas anotações sobre esse caso, e não conseguia encontrar muita coisa que mostrasse um suspeito. As horas iam passando, e essa falta de pistas deixava toda a equipe com os nervos à flor da pele. Todos eles estavam mais do que ansiosos, e isso não estava fazendo bem para a Mai, que começava a ficar inquieta com tudo.

-Alguém conseguiu identificar algo? – perguntou Danny olhando para as quatro pessoas que estavam ali.

Maite suspirou largando os seus papeis, e levantando logo em seguida – Está impossível ver isso, não tem nada, que droga – gemeu ela olhando para Alfonso. Maite se sentia esgotada com tudo que estava acontecendo, além de começar a ficar nauseada, já fazia horas que ela estava sem se alimentar, e seu estomago doía bastante, sua visão começava a ficar mais turva, e seu corpo começava a doer.

-Nada - Alfonso falava respirando fundo, ele sentia que tinha alguma coisa muito errada, mas ele não conseguia saber o que era, e isso o deixava extremamente estressado. Sentia que estava deixando passar alguma coisa nas imagens que via.

-Temos uma pista – Jensen falou olhando para o seu telefone – tem uma segunda câmera escondida em um dos barcos que estavam atracados no píer, além de uma possível testemunha, que tinha saído quando fomos chamados.

-Ok, vamos lá então – Alfonso falou, ele olhava para Maite e via que ela estava pálida, ele sabia que deveria pedir para que ela não fosse com eles, porém, havia prometido que não interferiria.

-Vão vocês, a Mai e eu vamos ficar preparando as coisas por aqui – Candice falou, ela via que a colega não estava passando bem, e ela não seria nenhuma irresponsável de deixar a garota ir e no fim desmaiar na hora da ação. Pois a loira sabia que Alfonso não iria falar nada com ela, a fim de evitar discussões.

-Isso, podem ir, que quando vocês voltarem, tudo vai estar pronto aqui – Maite falou, ela sentiu um alívio grande quando a loira falou que não iria, pois ela não queria mostrar a nenhum deles que estava se sentindo mal.

Alfonso olhava para Maite tentando encontrar algum sinal de que ela estivesse passando mal, mas sabia que ela iria esconder isso de todos, o que deixava ele louco muitas vezes, mas assentindo ele saiu com os rapazes.

-Obrigado – sussurrou Maite para a loira assim que os homens da equipe saíram do CPD.

Candice sorriu pegando o telefone e ligando para pedir comida – não tem problema – respondeu Candice pegando os papeis e tentando fechar todas as situações que poderiam ter acontecido com os homens assassinados. – Sabe Mai, você tem que se cuidar, sei que esse momento não era oportuno para um bebê, que você deve estar achando que ele vai acabar com a sua carreira, mas saiba que isso não acontece, uma criança só nos trás felicidade, cuida bem do seu filho – Maite apenas ficou olhando para a loira a sua frente.

A cabeça da morena estava uma loucura com tudo que estava acontecendo, e ela não tinha muito o que fazer, a não ser seguir com tudo em frente. – Eu não queria esse filho – Maite falou olhando para baixo – minha carreira mal começou e isso já acontece.

Candice olhava para Maite, e apenas assentia de forma como se compreendesse pelo que ela estava passando. – Eu sei Mai, mas você não tem mais o que fazer, aconteceu e vai continuar assim, e no fim, você verá o quanto irá gostar disso tudo.

-Assim espero – Maite sussurrou virando as costas para a loira e começando a iniciar tudo por ali, eles precisavam ter tudo pronto quando Alfonso e os rapazes chegassem com o suspeito.

Alfonso dirigia para o local indicado, mas sua cabeça estava em Maite, em como tentar fazer com que ela mudasse de ideia em relação ao seu filho.

-Ela vai aceitar Poncho – Danny falou olhando para Alfonso, ele sabia o que o seu amigo estava pensando, e até entendia – você precisa ser mais compreensível com ela também ouviu? Ela é uma policial, recém formada, carreira começando, e daqui uns meses irá pausar a carreira, então é tudo muito novo para ela.

-Eu sei – Alfonso falou suspirando – mas ainda assim, foi ruim ouvir o que ela falou Danny, não tem um mínimo de carinho pelo bebê, já o amo, e estou ficando louco de preocupação.

-Qual é amigão – Danny falou olhando para ele – você estará com ela para proteger, e além do mais, ela é capaz de tudo, nunca vi uma policial e mulher como a Mai. Ela vai se tornar uma leoa, pode esperar.

Alfonso riu com o que o seu parceiro havia dito, e ele só esperava que tudo isso fosse verdade, e ela realmente fizesse tudo isso que o loiro havia dito.

Maite estava revisando novamente as imagens da câmera de segurança, quando notou algo que havia passado despercebido, olhando com um pouco mais de concentração, ela conseguiu ver uma pessoa saindo do barco, com o arame em mãos – Droga – sussurrou Maite quando viu de quem se tratava, seu coração começava a gelar com a certeza que algo poderia sair muito mal. – Candice, liga para o Poncho, o Danny ou o Jensen, e afirme que pegamos o assassino, ou melhor, assassina, a pessoa que eles estão indo ver se tem pistas, essa desgraçada foi quem matou os homens, e estou procurando a identificação dela.

A loira assentiu pegando o telefone enquanto Maite pesquisava nos bancos de dados, alguma pessoa que fosse compatível com a imagem da câmera de segurança. Ela passava todas as informações que estavam descobrindo, e foi como se tudo estivesse se clareando na cabeça dos cinco na equipe. – Consegui, o nome dela é Claricia Ortega, ela era casada com um dos mortos, o senhor Narco Ortega, ele era traficante, e aparentemente estava começando a trair a mulher, com a outra vítima, Cristiano Galhardo. – Maite falou levantando o olhar para Clarice, mas esse movimento foi rápido, pois ela sentiu o seu mundo girar, e começar a escurecer – Droga – gemeu Maite se apoiando na bancada e respirando fundo, tentando fazer com que a tontura fosse embora.

-Você está bem? – perguntou Candice ao lado de Maite, que balançou a cabeça, afirmando que estava bem. – Senta aqui – a loira falou colocando uma cadeira atrás de Maite, que agradeceu e sentou, enquanto esperava a tontura parar. – Deve ser sua pressão, tem que comer alguma coisa, será que consegue?

-Não – Maite falou – estou muito nauseada, só queria minha cama – Maite falou rindo, pois sabia que se deitasse, ela apagaria. A morena passou um tempo sentada, mas a tontura não diminuía, e ela sabia que precisava deitar em algum lugar – eu vou para o escritório de Alfonso, preciso me deitar – gemeu Maite, se levantando lentamente, e caminhava tão devagar, para que não caísse no chão, pois qualquer movimento não controlado, a faria cair.

-Tudo bem, vou continuar preparando os papeis por aqui, qualquer coisa me chama – Candice pediu, seguindo Maite com o olhar. A morena afirmou e entrou no escritório de Alfonso, caminhando até o sofá que tinha ali, deixando seu corpo descansar sobre o estofado macio.