Fanfic: Indomitable | Tema: Herroni

-Se algo te acontecesse como iria criar os bebês? – perguntou Maite em voz baixa, ela tremia tanto que não conseguia se firmar nas pernas. E se não fosse Alfonso a abraçando, ela já teria despencado no chão. 

Alfonso apenas negou com a cabeça e falava baixo para ela ouvir – não vou te deixar jamais Mai, por nenhum motivo – ele estava prestes a soltar o corpo da morena, quando ouviu mais um clique, olhou para os lados e o mesmo sentiu seu corpo se eriçar – CORRAM – gritou Alfonso, pegando a mão de Maite e começando a correr, quando tudo pareceu parar e pegar fogo ao seu redor, ambos ouviram a explosão e se abaixaram atrás de uma das pilastras do prédio, com Maite tendo seu corpo protegido pelo de Alfonso.  

-O que porra está acontecendo? – Perguntou Maite de certa forma assustada ao perceber que eles estavam sob ataque, ela sentia seu coração disparado, e um enjoo começava a se formar.

-Vamos descobrir – Alfonso respondeu enquanto verificava como estava a situação de sua equipe. – preparada? – questionou Alfonso pegando sua arma, e estendendo preparando a mira para qualquer coisa suspeita.

-Sem dúvidas – respondeu Maite firmando as mãos, e respirando fundo, sentindo a adrenalina pipocar em seu sangue.

Ambos saíram de trás da pilastra e em direções opostas começaram a investigar e observar tudo de suspeito que acreditavam. Alfonso via que estava tudo muito quieto, ninguém correndo nas ruas,  e isso tudo logo após a governadora intimar a volta do Christopher.

Maite que andava com certa estranheza, sentia seu corpo dizer que havia algo de muito errado em toda essa situação.  – Isso está estranho, muito estranho – falava a morena para si mesmo, quando ouviu um gemido. – alguém ai? – chamou Maite, olhando para os lados, vendo que estava tendo uma pequena movimentação debaixo de alguns escombros. O que fez com que ela corresse para o local. – alguém ai? – Maite falava tentando levantar os pedaços de madeira e concreto que estavam em cima. Ela ouvia gemidos mais fortes vindo dali. E quando percebeu que não conseguiria levantar ligou para Alfonso informando o que tinha percebido, e logo após pediu ajuda aos bombeiros.

Alfonso caminhava ao lado de Dean, ambos haviam notado pessoas estranhas cercando a DP, quando Maite ligou para Alfonso informando que havia encontrado uma vítima, ele sentiu um alivio a mais em seu peito, pois sabia que ela não entraria em maior perigo, que ele sabia que estava por vir.

-Alfonso – sussurrou Dean apontando para um carro preto que estava parado um pouco mais distante.

-Filhos da puta – falou Alfonso enquanto caminhava para lá, o moreno ia de um lado enquanto o loiro caminhava por outro lado. Assim que se aproximaram do carro, viram que ele não estava vazio, havia um homem sentado no banco do motorista com um celular nas mãos – SAIA DO CARRO COM AS MÃOS PRA CIMA. – gritou Alfonso com a arma em punho.

-Demorou a me achar não acha Herrera? –  falou o homem no carro.

-Já mandei descer da porra do carro, desce devagar e com as mãos para cima – falou Alfonso

-DESCE DO CARRO – gritou Dean com a arma erguida.

- Podem ficar calmos seus estressados, já vou descer – falou o homem abrindo a porta do carro. 

Alfonso levantou o cenho pois viu que essa voz era familiar para ele, e quando o homem desceu do carro, ele arregalou os olhos e sentiu seu sangue ferver – Filho da puta – Alfonso falou indo até o homem o empurrando no carro, para algemar em seguida  - Leva ele para a gaiola, tenho que conversar com esse filho da puta – Alfonso jurava que nunca mais encontraria esse desgraçado, mas o mundo era pequeno demais.

-Calma irmão, como está a gostosa da Caterine? Ela falou que gozou muito em meu pau quando estava com você – Alfonso sentia seu sangue ferver cada vez mais, mesmo que a vadia estivesse morta, ele ainda não conseguia aceitar o que houve, claro, ninguém aceitaria assim, mas colocando a expressão mais neutra, ele falou.

-Leva ele – falou Alfonso friamente, olhando para o carro, vendo se encontrava mais alguma coisa que ajudasse a entender o que estava acontecendo ali.

Danny e Candice caminhava lado a lado, ambos vendo a tamanha estranheza que era essa situação. Mas ninguém havia realmente falado o que achava da situação, até Candice iniciar

- Situação estranha não acha Danny? – perguntou Candice

- Muito, por que não tem ninguém nas ruas? Não tem gritos? Só aqui? – questiona Danny olhando para os lados, ele via as ruas vazias, quando algo chamou sua atenção, ele via um brilho em cima de um dos prédios, e esse dava plena visão para o local em que Maite estava com os bombeiros retirando uns escombros. – estou vendo coisas, ou aqui ali está apontado para a Mai?

Candice ouvindo a pergunta de Danny, olhou para onde ele indicava, sentindo um frio na espinha ao ver que ali estava um rifle de longo alcance, com a porra de um atirado pronto para entrar em ação.

-É um atirador Danny, está apontado exatamente para o local em que a Mai está – Candice respondeu pegando seu telefone e ligando para Maite, enquanto Danny tentava falar com Alfonso.

Maite não sabia o motivo, mas estava sentindo uma sensação muito estranha, quando um gelo subiu por sua barriga, e se acomodou em seu peito para logo em seguida um impacto em seu ombro fazendo com que ela fosse jogada no chão.

-Policial Perroni – ouviu alguém chamar, mas ela estava um pouco tonta pela queda e pela dor que começava a irradiar por todo o seu braço.

-Urh – gemeu Maite levando as mãos e sentindo algo escorrer por seus dedos, e mesmo com a visão turva, ela conseguiu ver o vermelho em sua mão – merda – grunhiu Maite tentando pegar seu telefone que tocava sem parar.

-Policial Perroni – ela ouviu mais uma vez o chamado, fazendo ela olhar para ele, que a encarava preocupado – tudo bem? A senhora foi baleada, estamos te cercando nesse momento mas precisa sair daqui.

Maite olhava para o bombeiro com a sobrancelha erguida – não sairei daqui nesse momento, quem atirou me viu cair, ou virá até aqui ou essa hora já sumiu – falava Maite se sentando e apoiando suas costas em uma das árvores que ainda estavam de pé.

-A senhora está sangrando – o bombeiro falou indo até ela – precisa de atendimento.

-Estou bem – falava Maite, mesmo que seu coração estivesse saindo pela boca, e isso só pareceu aumentar quando ela ouviu novos disparos, dessa vez mais alto.

Alfonso que tinha visto Maite cair de longe, começava a procurar pelo local em que havia sido feito o disparo, e assim que achou tratou de ir até onde estava, sua arma em punhos e totalmente atento. Se havia uma coisa que Alfonso sabia, era lidar com seu instinto, e ele seguiu o mesmo de uma forma  inexplicável, e nesse momento, esse sentido dele estava mais apurado. E foi no momento que pisava na porta do prédio em que o atirador estava, que ele sentiu seus pelos eriçarem e uma bala passar bem perto de sua cabeça.

-Filho da puta – grunhiu Alfonso se esgueirando da melhor forma possível até chegar no telhado, congelando seus passos ao reconhecer o atirador.