Fanfic: Indomitable | Tema: Herroni

Seus ouvidos zuniam, mas ela levantou o corpo o máximo que pode e o que viu fez seu estômago se contrair. A cadeira de Alfonso havia ido literalmente para o ar.

-Onde está o Alfonso? – ela perguntou olhando para os lados, ela estava tão atordoada que não conseguia focar no Jensen que a tocava procurando ferimentos.

-Mai, você está bem? –Jensen perguntou ainda abraçado com ela. Porem a morena não conseguia se quer pensar em como responder a ele. Ela tentava responder, mas parecia que não encontrava palavras para isso, se o loiro não a tivesse puxado ela teria sido jogada pela janela com a explosão, e se o Alfonso estivesse sentado ali, ele teria explodido junto, tudo que aconteceu durante o dia, somaram no corpo dela, e quando ela tentava uma dor forte no seu baixo ventre fazendo-a deitar novamente no chão todo empoeirado.

-Mai? Pelo amor de Deus, me diz o que está sentindo – Jensen perguntava olhando para Maite tentando identificar o motivo da dor, mas como não conseguiu ver nada, ele se levantou ao mesmo tempo que pegava Maite com cuidado, e saia de onde estavam para o seu próprio escritório, deitando-a no sofá. Ele olhava todo o corpo da morena tentando achar algum ferimento, mas não via nada, o que não fazia sentido, já que sua própria camisa apresentava manchas de sangue. – o que está sentindo Mai? Me responde pelo amor de Deus Mai – ele pedia tentando pegar o telefone, mas suas mãos estavam tremendo.

Mesmo que ele estivesse nervoso, Jensen tentava fazer com que ela respondesse, mas a morena apenas gemia apertando sua barriga, e chorava sussurrando algumas coisas que não eram entendidas por ele, quando ele arregalou os olhos assustado.

-Tudo menos isso Mai – ele sussurrou ao perceber o que poderia ser essa dor de sua companheira de equipe, então ele correu até ela, pegando-a no colo mais uma vez, ela gemia e se contorcia de dor, sua respiração estava acelerada, ela chorava e gemia mais forte ainda.

-Meus bebês – gemeu Maite com os olhos fechados, seu mundo estava desabando e antes que a mesma perdesse a consciência ela pediu em silêncio, que Deus salvasse seus filhos, ela queria ser uma boa mãe, queria ter essa chance – Não posso perder meus filhos Jen, me ajuda – ela gemia baixinho, sua respiração estava acelerada, e ele sentia os batimentos dela cada vez mais rápido.

-Não vai acontecer nada, respira e se mantem aconrada por favor – Jensen falava olhando para Maite, e quando Alfonso atendeu ele praticamente gritou. – Estou levando a Mai para o hospital, ela – quando ele ia terminar de falar, Maite sentia uma nova pontada fazendo com que ela gemesse mais alto – venham, eu estou descendo com ela, e se quando eu descer vocês não estiverem aqui vou levar ela mesmo assim.

Alfonso congelou ao ouvir o gemido de Maite, ele havia saído do HPD atrás do Tomas e da Lucinda, mas desde que deixou o local estava com um sentimento estranho, e agora em sua cabeça só estava o gemido que ouviu de Maite.

-O que houve irmão? – perguntou Danny vendo que Alfonso estava com uma expressão aflita.

-A Mai, não sei direito o que houve, vamos – Alfonso falava palavras desconexas, mas mesmo assim Danny viu que era algo sério e correu atrás dele.

Jensen descia as escadas quase correndo, ele sabia que a situação era delicada, a morena estava perdendo muito sangue, e sua pele já estava suada e fria.

-Anda Mai, fica acordada, já estamos chegando no carro – Jensen falava descendo as escadas, mas parando ao ouvir um som característico – merda – sussurrou ele começando a realmente correr. E ao chegar do lado de fora, ouviu a explosão, sentindo ondas de calor, e vidros caindo, Mai que ainda estava consciente, se enconlheu ainda mais no abraço dele – já estamos indo para o hospital Mai, fica acordada por favor.

-Está doendo Jen, eu não posso perder meus bebês, não deixa eu perder, por favor – gemia Mai com lágrimas caindo dos olhos.

-Não vai Mai – Jensen falava enquanto olhava para os lados, ele não via nenhum dos companheiros, e como havia avisado, não esperaria, então colocando Maite deitada no banco traseiro do seu carro, para logo em seguida ele mesmo entrar no carro e dar partida, não sabia quantos sinais vermelhos havia passado, mas em menos de dois minutos já estava com Maite nos braços, correndo pelo hospital.

-Senhor, coloca ela aqui – pediu a enfermeira do lado de uma maca – o que aconteceu? – ela perguntou, empurrando a maca da morena para a sala de atendimento.

Quando Jensen contou tudo, a enfermeira estava assustada com o que houve, e atentando ao estado de Maite, ela deixava passar que a situação era realmente complicada. – Vou precisar que o senhor preencha os papeis na recepção, nós vamos cuidar dela, quando conseguirmos uma posição avisaremos. – ela terminou de falar, enquanto levava a morena para outra sala, começando a colocar os monitores nela, e pegando dois acessos, enquanto começava os primeiros cuidados e aguardava a chegada da obstetra. 

Alfonso estava terrivelmente assustado com a cena que viu ao chegar em frente ao HPD, estava destruído, e por um momento seu coração parou, pensado em Maite, olhando para os lados, e foi quando viu o casaco de Jensen jogado onde deveria estar o carro dele.

-Ele saiu Poncho, já devem estar no hospital – Candice falou, olhando para o mesmo lugar.

-QUE MERDA – gritou Alfonso, colocando as mãos na cabeça, seu coração estava batendo rápido demais.

-Ei, calma, vamos para o hospital – Danny falou empurrando Alfonso para o seu carro. – eles estão bem, você vai ver.

Alfonso apenas assentindo com a cabeça deixou Danny o levar, e quando chegaram em frente ao hospital, antes mesmo de parar o carro, Alfonso salta do mesmo e corre para dentro do estabelecimento.

-Preciso saber onde posso ter noticias de Maite Perroni, ela está grávida, é policial – Alfonso ia falando, quando olhou para o lado e viu Jensen, sua expressão estava muito abatida, e sua roupa destruída, rasgada em alguns lugares, mas o que o deixou quase sem respirar, foi a mancha de sangue que tinha na camisa do loiro.

-Chefe – Jensen falou indo até ele, segurando seu braço – vem comigo, a Mai está sendo atendida, mas é melhor esperarmos mais perto – Alfonso assentiu, e caminhou apressadamente para o local indicado.

-Me conta o que aconteceu por favor – Alfonso pediu, e quando Jensen começavar a narrar todos os acontecimentos, seu coração ficava cada vez menor – ela foi atingida? – perguntou Alfonso.

-Não, eu ouvi um click e corri para sua sala, havia uma bomba pequena em sua cadeira chefe, aquela era para você – Jensen falou olhando para seu chefe, vendo o mesmo abatido com tudo que aconteceu em menos de 24 horas.

-Obrigado – Alfonso falou abraçando o loiro – você salvou ela, vou ser eternamente grato.

-Não, ela pode estar perdendo os bebês, então eu não salvei ela – Jensen falava balançando a cabeça.

-Ela não queria os bebês, podemos ter mais, você salvou a vida dela – Alfonso finalizou, mas seu coração estava apertado, ele olhava para a porta esperando alguém sair de dentro.

-Ela queria chefe, ela pedia para que eu não deixasse ela perder os bebês – Jensen falou caindo sentado na cadeira do corredor, colocando as mãos na cabeça.

Alfonso andava de um lado para o outro, toda a equipe já estava ali no hospital, todos a espera de noticias, mas parecia que tudo estava em câmera lenta, que não passav nada e nem ninguém, para uma informação. Ele só conseguia rezar pedindo para que seus bebês e a Mai ficassem bem.