Fanfics Brasil - Capítulo 4 Destinos Cruzados - AyA

Fanfic: Destinos Cruzados - AyA | Tema: RBD Ponny AyA Anahi Alfonso Suicídio Depressao Romance


Capítulo: Capítulo 4

645 visualizações Denunciar



Atenção, quero deixar claro que esse capítulo não faz apologia ao suicídio ou algo do gênero. Lembre-se que é uma história fictícia e que eu não quero influenciar NINGUÉM a fazer isso, ok? 



 


Anahí não estava mais com pressa, não estava ansiosa ou nervosa. Somente anestesiada, pois não sentia nada. Bem, sentia-se vazia, oca por dentro. Sem propósito ou ambição, agora que seu único sonho acabava de ser pisado e massacrado diante de todo país, depois de anos de luta e conquista. Sentia-se uma fracassada, uma perdedora, também. Pois conseguiu fazer com que a única coisa que lhe impulsionava acordar todas as manhãs, falhasse. Ela observou por algum tempo a linda vista que proporcionada sua janela. Tentou guardar na lembrança os momentos bons e felizes que viveu naquela cidade.


Calmamente foi até seu banheiro e ligou a banheira. Ajustou a temperatura da água como sempre fazia, mas ao contrário das outras vezes, essa seria diferente. Ela não colocaria sais florais para ficar perfumada ou sabão para que brincasse e relaxasse com a espuma. Em sua banheira ela podia sonhar, se despir e nunca se sentir envergonhada. Ela podia relaxar e imaginar que era feliz em sua vida pessoal e que tudo em sua vida profissional daria certo. Ela recorreria mais uma vez a sua banheira e dessa vez, com o propósito de encontrar a paz infinita que estava procurando, desde que perdera tudo.


Não se importava mais no que deixaria para trás, nos poucos amigos que tinha, nos conhecidos e muito menos em seus bens materiais. O dinheiro acumulado ao longo dos anos, tão pouco lhe importava agora. Ela foi até a cozinha e passou a mão pelo balcão de mármore negro. Talvez os instrumentos de sua cozinha e algumas outras pequenas coisas, foram as únicas que ela deu uma pequena sugestão. Pois o que mais amava, era estar em uma cozinha, fazendo o que nasceu para fazer. Olhou para a garrafa de champanhe que havia comprado, pensando que uma hora dessas, estaria celebrando com Maite a crítica boa que receberia. Seu coração apertou, pois nunca esteve mais enganada em toda sua vida. Aquela garrafa agora representava tudo que mais queria e que não poderia mais ter.


Então para completar sua tarefa, passou a mão delicadamente pelo seu conjunto de facas especial disposto em um suporte negro. O primeiro conjunto que ganhou de seus pais quando abriu o restaurante. Retirou uma faca de porte médio, bem afiada, assim com todas as outras. Aquela era ótima de manusear e fazia tempo que não a utilizava. Seguiu novamente para sua suíte e deixou a faca em no balcão da pia, enquanto se despia. A banheira estava completamente cheia e ameaçava transbordar, mas ela não se importou. Ela pegou a faca novamente e entrou na água, que se esparramou pelo chão, fazendo com que seu banheiro começasse a inundar.


Era assim que queria terminar. Em seu local de paz, com um dos seus objetos favoritos, que fora presente de seus pais. Sentia-se em paz, sabendo que agora estaria com eles novamente. Não havia pesadelos, não haveria choro ou tristeza. Não existiria depressão ou solidão. Ela seria feliz de novo.


Ela fez o que tinha que fazer. Era estranho, pois não sentia dor. Não conseguia sentir o sangue saindo de seu corpo, mas ela podia ver. Ela fechou os olhos, pois queria experimentar o que todos falavam que aconteceria quando você está para morrer. Que toda sua vida passaria como um filme em frente aos seus olhos. Mas ela não queria ver toda sua vida, ela queria ver somente os momentos de felicidade que existiram. Ela não queria mais as coisas ruins. Dessa vez ela queria só o que era bom, queria não, ela exigia. Havia chegado o momento em que ela só receberia felicidade, pois até agora o universo só havia lhe dado merda atrás de merda, tragédia atrás de tragédia. Nenhuma pessoa conseguia viver assim, nem mesmo Poliana, a menina feliz dos livros que lia na infância. Então ela só se deixou levar e inundou a mente com as boas lembranças que havia agarrado nos momentos de pânico e sentiu como se estivesse flutuando.


Maite havia acabado de ler a crítica do restaurante e sabia que aquilo seria um golpe forte no ego frágil de Anahí. Todos no restaurante estavam decepcionados consigo mesmo e também estavam mal, por terem prejudicado a tão querida chefe. Ela tentou se comunicar com a amiga, ligou várias vezes, mas ela não atendia. Em troca, só recebeu uma mensagem dizendo que queria ser deixada em paz. Não sabia o porquê mais não conseguia afastar a sensação ruim que apertava seu peito.


- E aí Mai, conseguiu falar com ela? – Perguntou Jack apreensiva.


- Ela não responde. Pediu que eu a deixasse em paz de uma vez por todas. Eu não sei porque, mas eu estou com uma sensação estranha, sabe? Anahí diz que está recuperada, que já não tem mais depressão, que foi liberada da terapia, mas eu nunca consegui engolir isso Jack.


- Eu também não. Sabe, ela sorri, age como se estivesse feliz, mas quando eu olho bem fundo nos olhos dela, tem algo lá que não sei explicar. Mas não é algo bom.


Maite ponderou as palavras de Jack e percebeu que era verdade. Ela nunca havia visto Anahí realmente feliz. O incômodo não conseguia lhe largar e então ela pegou a bolsa e resolveu ir procura-la.


- Você tem razão. Ela é frágil demais e não precisa estar sozinha em um momento como esse. Você vem comigo?


Jack confirmou e rapidamente as duas estavam dentro do carro, indo em direção ao apartamento de Anahí. Algo estava mal e Maite podia sentir isso dentro de seus ossos a medida que se aproximava. Elas saltaram do carro rapidamente e chamaram o elevador com muita impaciência. Se entreolhavam a todo momento, querendo que a amiga estivesse bem. Assim que o apito soou, elas foram até a porta do apartamento. Maite tocou a campainha, tentando controlar as batidas do seu coração. As mãos de Jack suavam frio e ela limpou ambas na calça jeans.


- Any, nós sabemos que você está aí. Abre a porta, vamos conversar. Só eu e Jack estamos aqui. – Tentou soar calma, mas sua voz deu uma leve tremida no final.


Jack apertou mais algumas vezes a campainha, mas nada de Anahí responder. Elas estavam prontas para arrombar a porta, quando Jack sentiu algo molhar suas sapatilhas. Ela olhou pra baixo e arregalou os olhos.


- Oh meu Deus! – Jack tampou a boca com as mãos e Maite acompanhou os olhos da amiga.


Seu desespero cresceu e ela começou a bater com força na porta, até que se lembrou da chave reserva escondida na planta que havia do lado da porta. Suas mãos tremiam descontroladamente e Jack lhe arrancou a chave das mãos, abrindo a porta em seguida. Elas correram, percorrendo o caminho que a água havia feito. Quando chegaram no banheiro, Maite quase desmaiou.


O grito de ambas foi ensurdecedor e o choque fez com que as duas agissem como duas estátuas de pedra. Anahí estava branca como papel, desfalecida na banheira. A água cristalina de antes, fora substituída pelo vermelho intenso. A faca jazia no chão, ao lado da banheira. Nela não havia muito sangue, mas as duas sabiam o quanto Anahí deixava afiada suas facas e que o mínimo corte era o suficiente para causar tamanho estrago. Seus braços descansavam sobre as bordas da banheira, era uma cena que nenhuma das duas iria esquecer, jamais. Mas o estupor foi substituído pela necessidade de ajudar Anahí. Jack conferiu seu pulso no pescoço e constatou que ela ainda estava viva.


- Maite, presta atenção em mim, AGORA! – Segurou a mesma pelos ombros e falou firme – Você vai ligar para a emergência agora e eu vou cuidar dela, ok?


Lágrimas silenciosas corriam pelo rosto de Maite, mas ela afirmou com a cabeça e rapidamente se pôs a fazer a ligação. Ela tremia tanto, que teve que digitar três vezes o número, até acertar. A voz de Jack soou firme, mas não era o que ela sentia no momento. Alguém precisava ser forte, pelo bem de Any e ela sabia que Maite havia desmoronado por completo, então ela teria que tomar a rédea da situação por enquanto e choraria depois.


Jack fechou a torneira e pegou as primeiras toalhas que viu e amarrou uma em cada pulso de Anahí. Sabia que precisava parar a fonte de hemorragia e esperava que não fosse tarde demais. Com dificuldade, tirou Anahí da banheira e abriu o ralo, para que a água sangrenta pudesse desaparecer. Ela não conseguia olhar para aquilo, pois arrepios atravessavam todo seu corpo. Tremia tanto quanto Maite e segurou os soluços tanto quanto pôde. Ela limpou e secou a amiga, chorando baixinho quando o fazia.


- Oh Any, porque você fez isso? – Tentou limpar o próprio rosto banhado em lágrimas, mas elas não paravam de escorrer. – DROGA MAITE, CADÊ A MERDA DA AMBULÂNCIA?


- Eles chegaram Jack, eles chegaram! Ela está aqui, VENHAM RÁPIDO POR FAVOR. – Implorou Maite em meio ao choro.


Os paramédicos a colocaram na maca e rapidamente ela estava sendo levada para fora do prédio. Todos pararam para espiar o que estava acontecendo, mas quase ninguém entendia, só sabiam que uma tragédia havia acontecido pois a chef de cozinha famosa que morava no local estava desmaiada em uma ambulância, uma mulher estava aos prantos acompanhando a maca e a outra estava com as roupas encharcadas de água misturada com sangue. As duas exigiram entrar na ambulância com Anahí e ninguém conseguiu detê-las.


Foram momentos de muita tensão até o hospital, pois tiveram que ressuscitá-la duas vezes. Maite e Jack uniram suas mãos, em seus rostos se podia ver o medo, o desespero, a tensão. Suspiraram com alívio quando as portas da ambulância se abriram e Maite fora a primeira a descer desesperada atrás da maca, clamando por algum médico. Jack agora estava aproveitando seu momento de pânico. O momento que ela não pode ter, pois precisava ajudar a amiga. Ao invés de entrar na emergência, ela simplesmente sentou-se no chão, ao lado da porta, com os joelhos colados ao corpo. Os soluços tomaram todo seu corpo e todos que passavam ali, sentiram compaixão. A emergência era o local onde tudo poderia acontecer, todos estavam ali porque algo de ruim havia afetado alguém que amassem. Fosse algo pequeno ou grande, como no caso de Anahí. Mas o que não faltava ali, ela compaixão.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): Lost Graphics

Este autor(a) escreve mais 8 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

A emergência que antes estava calma e plácida, agora era um burburinho só. Os enfermeiros e residentes corriam de um lado ao outro, fechando as cortinas para dar privacidade aos pacientes já ingressados. Alfonso chamou um interno para lhe acompanhar, além de uma enfermeira. - Leve-a para a sala 2, está vazia! - Falou a enfermeira aos ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 24



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • justlary Postado em 23/07/2023 - 00:51:58

    Eu queria tanto terminar essa web, você poderia postar o link dela no wattpad

  • lara_rbd Postado em 20/04/2018 - 15:11:58

    Mas como assim encerrada? Não, por favor, não faz isso......

  • emily.ponny Postado em 11/03/2018 - 15:21:54

    Não sei porque estava tão receosa em ler essa história acabou que agora estou apaixonada *--*7

    • Amando Ponny 👯 Postado em 11/03/2018 - 17:59:34

      aaaaaaaaa *------* isso ai, tão feliz que esteja gostando amore Obg por acompanhar s2

  • laraponny Postado em 22/02/2018 - 22:10:56

    Que fic perfeita, amando a cada dia mais. Acho lindo quando amor vai alem do fisico e atinge a alma. Posta mais....

    • Amando Ponny 👯 Postado em 10/03/2018 - 21:21:13

      Won que linda, obrigada. Isso é pura verdade! *---*

  • ginja2011 Postado em 26/01/2018 - 22:40:40

    Que bom que o casal Uckerman são além de inteligentes são sensíveis, compreensivos e habilidosos ante situações delicadas, e o Poncho está maravilhosamente mostrando que a beleza que ele vê nela vai além da estética física. AMEIII!!!

    • Amando Ponny 👯 Postado em 29/01/2018 - 20:35:47

      obrigada por me acompanhar aqui também!!!

  • anyherreira Postado em 19/01/2018 - 18:42:50

    Poncho não vai desistir da anahi vai? Ela tem que melhorar essa alto estima dela é só o poncho pode ajudar continua estou amando

    • Amando Ponny 👯 Postado em 23/01/2018 - 23:53:21

      Não, claro que não! Mas eles precisaram passar por cima de muitas coisas para ficarem juntos, principalmente por Anahí achar que não merece ser feliz como todo mundo.

  • minhavidavondy Postado em 18/12/2017 - 11:25:34

    Gostei. Continue

    • Amando Ponny 👯 Postado em 18/12/2017 - 12:31:58

      Mais tarde tem mais seja vem vinda!!!

  • ponnyyvida Postado em 16/12/2017 - 04:27:58

    Aaaaaa eles se conheceram *_* Apesar de ser de uma forma bem triste :( Posta maisss

    • Amando Ponny 👯 Postado em 18/12/2017 - 12:31:35

      Verdade, mas agora estão juntosss

  • ponnyayalove Postado em 06/12/2017 - 01:18:18

    Continuaaaa

    • Amando Ponny 👯 Postado em 14/12/2017 - 00:41:53

      Continueeei!

  • ponnyyvida Postado em 15/11/2017 - 22:33:46

    Guria, coitada da Any, só sofre :( Continua meu amor <3

    • Amando Ponny 👯 Postado em 15/11/2017 - 23:39:22

      Só sofre tadinha, mas vamos torcer pra Chegar o principe da vida dela *----*


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais