Fanfic: Destinos Cruzados - AyA | Tema: RBD Ponny AyA Anahi Alfonso Suicídio Depressao Romance
Não era nenhuma novidade para Alfonso não querer ir embora do hospital, a diferença era que aquela vez ele queria ficar com uma paciente, em especial. Mas resistiu, seria estranho se apresentar novamente ao quarto dela fora da ronda.
Depois de ter se despedido de Anahí, ele correu para assinar o ponto do final do plantão que ele havia substituído Christopher. Subiu até a maternidade novamente e bateu na porta do quarto do casal Uckermann. Dulce dormia tranquilamente, enquanto Ucker embalava Louisa em seus braços. Era um tiquinho de gente comparado ao tamanho do pai.
Ucker ergueu a cabeça e sorriu perante a visita do amigo, não assustado em relação ao semblante cansado de Alfonso. Ele mesmo se vira na mesma situação diversas vezes, mas depois que constituiu uma família, diminuiu o ritmo de trabalho. Já Alfonso parecia não querer desacelerar o ritmo nunca ou pelo menos, não o demonstrava ou reclamava.
- Antes dela chegar, eu pensava que sabia de tudo, que conhecia todas as respostas do mundo. Mas cara, eu não sei nada. Por ela eu sei que posso ser capaz de fazer tudo para deixa-la feliz. – Comentou Ucker, voltando sua atenção a filha, que emitia pequenos sons. – Pensei que sabia o que era amor, quer dizer, eu amo Dulce. Ela é tudo pra mim. Mas essa pequena lutadora aqui, ela é minha vida. – Beijou a pequena mão da filha, que havia envolvido seu dedo indicador com as duas mãos.
Alfonso sorriu e ficou feliz pela felicidade do amigo, Ucker já era um bom pai. Ele pensava que a aquela família agora estava completa com a chegada de Louisa. Será que um dia aconteceria para ele? Sua mente viajou até Anahí e seu coração acelerou. Era muito cedo para pensar em qualquer coisa relacionada a ela, de qualquer forma, sabia que não podiam se envolver. Seria antiético demais, iria contra todos os seus princípios. Iria contra tudo que estudou por vários anos na faculdade de medicina e o que aprendeu no hospital no dia a dia.
- Fico feliz por vocês. Posso pegá-la? – Pediu, se aproximando.
Christopher olhou para Dulce e novamente para ele. Suspirando, entregou Louisa nos braços do amigo.
- Não deixe minha menina cair Herrera, se não eu acabo com você. – Falou em um tom sério, mas ao olhar o rosto do amigo, percebeu que estava brincando.
Alfonso segurou a pequena recém-nascida em seus braços e sorriu, quando a mesma segurou seus dedos.
- Acho que você se esqueceu que eu já segurei vários bebês antes, Ucker. – Sentou-se na poltrona ao lado da cama de Dulce.
- E isso tem quantos anos mesmo? – Brincou Ucker, fazendo referência a rotação de pediatria do internato há muitos anos atrás.
- Não quero te xingar na frente da sua filha. – Olhou pelo canto do olho ao amigo e voltou sua atenção a Louisa.
Como um serzinho tão pequeno podia ser tão cativante? Alfonso se perguntou e chegou à conclusão que nunca saberia a resposta. Ser padrinho era uma honra, mas ele queria mesmo é sentir o que Christopher sentia.
- Você está diferente, ocorreu tudo bem lá em baixo? Algum caso interessante? – Perguntou Ucker, fazendo carinho nos cabelos da esposa.
- Um caso de tentativa de suicídio que graças a Deus conseguimos salvá-la a tempo. – Tentou não entrar em detalhes, então continuou brincando com a afilhada.
- Fala sério! – Ucker arregalou os olhos – Que bom cara, pena que eu não estava lá para ajudar. Qual o nome da paciente?
Os lábios de Alfonso formaram uma linha fina e ele suspirou. Não teria como escapar do questionamento de Christopher. O amigo parecia um cão de caça quando queria.
- Anahí Portilla. – Ucker abriu a boca para começar a falar, mas Alfonso fora mais rápido. – Sim, a dona do meu restaurante favorito.
- Nossa, que coincidência. Você já chegou a falar com ela? Como ela está? – Perguntou agora preocupado. Ele não a conhecia pessoalmente, mas ele e Dulce adoravam ir aquele restaurante. – Ei, não foi ela que ficou presa na casa em chamas com os pais, que acabaram falecendo no final?
Alfonso concordou com a cabeça e acariciou os cabelos de Louisa. Ele achava tão mórbido falar sobre aquilo na presença de um bebê.
- Falei. Ela tentou se matar com uma faca, sorte que o corte não era tão profundo e digamos que ela irá se recuperar dos ferimentos, físicos pelo menos. Mas Christopher, a mulher tem uma depressão profunda. Pelo que eu li no histórico, ela fez tratamento por vários anos e que infelizmente não funcionou. – Ucker escutava Alfonso atentamente, sem interrompê-lo. – Creio que não superou a forma com que os pais morreram. O estranho é que ela é uma mulher incrível, totalmente diferente de todas que eu conheci. Ela tem um humor ácido, resposta na ponta da língua o tempo todo e é extremamente linda. – Sorriu, se lembrando dos olhos azuis tristes. – Pena que tem uma autoestima tão baixa...- Seu sorriso sumiu, ao se lembrar da conversa que tiveram no corredor.
- Autoestima baixa? Mais porquê, se ela é tão linda, como você mesmo disse...
Alfonso mordeu o lábio inferior, se perguntando se devia contar ao amigo sobre as queimaduras.
- Desembucha, você sabe porque ela é assim. Vamos lá Poncho, você sabe que não vou contar pra ninguém. – Pressionou Ucker.
- Ela tem...queimaduras e cicatrizes. Muitas delas e por todo corpo. Tentou esconder quando fui fazer a ronda, mas eu já havia visto quando ela chegou na emergência. – Exalou um suspiro e quando olhou para Louisa, percebeu que a pequena havia dormido.
- Eu a entendo, se eu tivesse perdido minha única família dessa forma e acabado cheia de cicatrizes, creio que estaria no hospício uma hora dessas. – Dulce falou com a voz rouca, ainda de olhos fechados.
- Ei linda, porque não me disse que está acordada? Eu teria ido buscar algo pra você comer. – Christopher beijou a testa da esposa, que abriu os olhos e sorriu.
- Está brincando né? Primeiro, que eu queria continuar ouvindo a conversa de vocês. – Falou descaradamente – E segundo, que se Louisa estivesse acordada e me visse acordada, iria querer vir para o meu colo e eu estou tão cansada que acho que deixaria minha filha cair em cima da cama. – Brincou, arrumando as cobertas em seu redor. – Vocês têm que entender que para a maioria das mulheres, aparência conta muito. Talvez ela tenha sido rejeitada ou recebido olhares estranhos. As pessoas são cruéis, nós sabemos disso. – Olhou para Ucker, se referindo ao preconceito que sempre sofreu por ser órfã. – Mas... acho que temos alguém com uma queda por uma certa paciente aqui...
Alfonso congelou, seria tão perceptível assim?
- O que? Você está louca Dul, acho que os hormônios estão confundindo sua cabeça. – Tentou desconversar, enquanto entregava Louisa para Ucker, que recebeu de bom grado.
- Qual é Poncho, você por acaso se ouviu? Seu tom de voz mudou completamente quando você começou a falar dela. Se eu não te conhecesse, diria que se apaixonou à primeira vista... – Sorriu maliciosa – De qualquer forma, sua reação te entregou.
- Você sabe que não pode tentar nada com ela, certo? O conselho te despediria na hora. – Comentou Ucker, sem olhá-lo.
- E isso seria tão ruim assim? – Se levantou e caminhou até a janela, contemplando a chuva bater no vidro.
- Seria péssimo. Você não quer ter essa reputação, já que poderia até mesmo perder sua licença. - Rebateu Christopher.
Dulce cerrou os olhos, encarando as costas do amigo. Suas suspeitas haviam sido confirmadas, Alfonso realmente havia se encantado pela mulher. Seria um risco enorme apoiá-lo, ainda mais porque não sabia se a garota poderia sentir o mesmo por ele. Alfonso poderia perder tudo que conquistou, mais isso era o de menos. Ela não queria ver o amigo quebrado, como da última vez. Até hoje ele não havia recuperado a personalidade brincalhona e vibrante que tinha antes, ela não queria que acontecesse de novo por algo que poderia ser passageiro. Teria que averiguar por si mesma. Se Alfonso achava que o esposo era um cão de caça, como tinha costume de chamar, ele realmente não a conhecia. Ela era bem pior.
Alfonso meditou sobre as palavras do amigo e chegou à conclusão que teria que se afastar do caso. Porque se era antiético se envolver com alguma paciente, ele já havia falhado.
Anahí encarava a janela com grades da ala psiquiátrica do hospital. Estava sendo tratada como uma doida do nível máximo e aquilo só a deixava pior. Olhou novamente para os pulsos ainda cobertos com curativos.
Pior erro da vida.
Pensou com remorso e suspirou.
Encolhida na cama, com as pernas junto ao corpo, ela se perguntava porque havia uma semana que Alfonso Herrera não aparecia. Limpou as lágrimas silenciosas e olhou para a bandeja de comida no carrinho ao lado da cama.
- Eu sabia que era uma perda de tempo, ele nunca olharia para alguém como eu. Aquele papo todo foi só pra tentar me fazer melhor... – sussurrou para si mesma e se ajeitou, quando ouviu alguém bater à porta.
- Ei querida, viemos te ver. – Maite e Jack entraram e se jogaram nos braços da amiga. Anahí riu, quando caiu para trás na cama.
Estava com saudade das amigas, lhes devia sua vida. Não podia mais continuar naquela situação. Pensou nas palavras de Alfonso e sentiu vergonha de si mesma. Ela não precisava ser amada por todas as pessoas que conhecia, não precisava ser desejada por todos os homens que cruzava o caminho. Sabia disso agora. Ela precisava sair desse buraco negro que havia se metido, precisava ser puxada novamente para a superfície. Respirar. Viver. Se libertar.
- Oh meu Deus, senti tanta saudade de vocês meninas! – Abraçou as duas pelo pescoço e recebeu beijos na bochecha em troca.
- Antes de começarmos a falar, preciso dizer. Você parece uma merda Any! – Maite disse sem preâmbulos e recebeu uma cotovelada de Jack.
- Meu Deus Mai, como você é sem noção. – Jack revirou os olhos, mas se tranquilizou quando viu que Anahí sorria genuinamente. A saúde da amiga era tão frágil, que temia que ela colapsasse novamente.
- Não precisam ser delicadas comigo, Jack. Eu sei que realmente pareço ter saído de um filme de terror. – Brincou e passou a mão pelo cabelo, sem graça.
- Estamos aqui para resolver o seu problema e conversar. – Maite se apressou, arrastando uma cadeira e puxando Anahí para que se sentasse. – Eu vou cuidar do seu cabelo e Jack ficará com a maquiagem. Infelizmente não pude trazer uma pinça, pegaram a minha na entrada. – Bufou e retirou da bolsa um enorme nécessaire. Entregou para Jack os produtos para o rosto, enquanto desfazia a trança do longo cabelo de Anahí.
- Se vocês querem saber do que aconteceu naquele dia, saibam que eu ainda não estou pronta para falar. – Comentou distraidamente, desviando o olhar.
Maite e Jack se encararam em uma conversa silenciosa. Se era assim que ela queria, elas respeitariam, mas aquele assunto não iria ser enterrado.
- Uh, tudo bem. – Maite pegou a garrafa de spray com água e começou a espirrar em todo cabelo de Anahí. Jack limpou a garganta e abriu um pote de creme hidratante para o rosto.
- Mais saibam que o que aconteceu naquele dia, nunca mais irá se repetir. – Maite novamente parou o que fazia e se ajoelhou em sua frente, junto com Jack. Ambas seguraram a mão de Anahí, lhe passando força. – Eu sei que foi muito traumatizante para vocês me encontrarem daquela forma, ouvi as enfermeiras conversando. Sinto muito mesmo. – Seus olhos banharam em lágrimas e ela tampou sua boca com uma das mãos, emocionada. – Muito obrigada por não desistirem de mim.
- Oh Any...- as duas a abraçaram e choraram juntas. – A gente ama você, nunca mais nos dê um susto assim. Se algo estiver errado, você vem até nós, combinado? – Anahí concordou avidamente com a cabeça.
Elas limparam suas respectivas lágrimas e cada uma voltou ao trabalho.
- Agora quero saber, como anda o meu restaurante? – Perguntou Anahí, tentando soar interessada.
Autor(a): Lost Graphics
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Alfonso saiu do hospital com a cabeça cheia de dúvidas e incertezas. Sim, era verdade que se sentia atraído por Anahí Portilla. Agora ele conseguia admitir. Mas era verdade também que não gostaria de perder o emprego dos sonhos por uma mulher que mal conhecia e que ainda, vinha acompanhada de uma grande bagagem emocional. Ele estava ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 24
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justlary Postado em 23/07/2023 - 00:51:58
Eu queria tanto terminar essa web, você poderia postar o link dela no wattpad
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lara_rbd Postado em 20/04/2018 - 15:11:58
Mas como assim encerrada? Não, por favor, não faz isso......
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emily.ponny Postado em 11/03/2018 - 15:21:54
Não sei porque estava tão receosa em ler essa história acabou que agora estou apaixonada *--*7
Amando Ponny 👯 Postado em 11/03/2018 - 17:59:34
aaaaaaaaa *------* isso ai, tão feliz que esteja gostando amore Obg por acompanhar s2
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laraponny Postado em 22/02/2018 - 22:10:56
Que fic perfeita, amando a cada dia mais. Acho lindo quando amor vai alem do fisico e atinge a alma. Posta mais....
Amando Ponny 👯 Postado em 10/03/2018 - 21:21:13
Won que linda, obrigada. Isso é pura verdade! *---*
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ginja2011 Postado em 26/01/2018 - 22:40:40
Que bom que o casal Uckerman são além de inteligentes são sensíveis, compreensivos e habilidosos ante situações delicadas, e o Poncho está maravilhosamente mostrando que a beleza que ele vê nela vai além da estética física. AMEIII!!!
Amando Ponny 👯 Postado em 29/01/2018 - 20:35:47
obrigada por me acompanhar aqui também!!!
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anyherreira Postado em 19/01/2018 - 18:42:50
Poncho não vai desistir da anahi vai? Ela tem que melhorar essa alto estima dela é só o poncho pode ajudar continua estou amando
Amando Ponny 👯 Postado em 23/01/2018 - 23:53:21
Não, claro que não! Mas eles precisaram passar por cima de muitas coisas para ficarem juntos, principalmente por Anahí achar que não merece ser feliz como todo mundo.
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minhavidavondy Postado em 18/12/2017 - 11:25:34
Gostei. Continue
Amando Ponny 👯 Postado em 18/12/2017 - 12:31:58
Mais tarde tem mais seja vem vinda!!!
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ponnyyvida Postado em 16/12/2017 - 04:27:58
Aaaaaa eles se conheceram *_* Apesar de ser de uma forma bem triste :( Posta maisss
Amando Ponny 👯 Postado em 18/12/2017 - 12:31:35
Verdade, mas agora estão juntosss
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ponnyayalove Postado em 06/12/2017 - 01:18:18
Continuaaaa
Amando Ponny 👯 Postado em 14/12/2017 - 00:41:53
Continueeei!
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ponnyyvida Postado em 15/11/2017 - 22:33:46
Guria, coitada da Any, só sofre :( Continua meu amor <3
Amando Ponny 👯 Postado em 15/11/2017 - 23:39:22
Só sofre tadinha, mas vamos torcer pra Chegar o principe da vida dela *----*