Fanfics Brasil - A revelação. Online

Fanfic: Online | Tema: BTS , Bangtan Sonyeondan, Kim Namjoon, Kim Seokjin, Min Yoongi, Jung Hoseok, Park Jimin, Kim Taehyun


Capítulo: A revelação.

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POV JOA


“ Bem, eu não só encontrei você sozinha, como sentamos em um banco da praça, você cuidou de mim carinhosamente. “, essa frase se repetia em looping na minha mente, “ Estou no Japão. ”, aos poucos, cada conversa, cada foto foi sendo repetida em minha memória, ele tinha me dado diversos sinais, ele até mesmo tinha me dito com todas as palavras, isso era um sonho? Eu havia morrido?


      - Você está me assustando. – Ele sentou cautelosamente ao meu lado.


      - MEU DEUS! – Me lembrei de uma conversa especifica, onde detalhei delicadamente cada coisa que eu queria ter feito no dia que encontrei ele a primeira vez, digo ele Namjoon, não ele Ryan. – MEU DEUS! AI MEU DEUS.


      Levantei em um salto, comecei a andar de um lado para o outro, ele me acompanhava com o olhar, neste momento estava sorrindo maliciosamente, e eu sabia, sabia que ele devia ter se lembrado do mesmo que eu.


      - Sabe, Noona. Eu supus que receberia outro tipo de reação sua.


      - Ah, é? – Tentei fingir que estava tranquila.


      - Bom, creio que em uma de nossas conversas você disse que queria como é mesmo, “ Voar em cima de mim. ”


- Não sei do que você está falando.


- Espera aí, devo ter a conversa aqui.


- NÃO! – Segurei sua mão em um impulso. – Quero dizer, eu me lembro. Mas eu não achei que você, fosse você.


- Eu sou eu desde o início.


- Não, antes você era um menino que adicionei sem querer, que eu acabei mantendo contado, contando coisas pessoais, sabe.


- Sei de todas as histórias. Posso repeti-las se quiser.


- Você não está entendendo. – Parei de frente para ele, depois resolvi me sentar, ter ele me encarando tão fixamente, estava amolecendo e esquentando meu corpo. – Ryan, é um garoto anônimo, tranquilo, normal, como eu.


- Eu não sou normal? – Ele pareceu chateado.


- Claro que é normal, bom não normal, você é incrível, eu te admiro tanto. Mas, melhor eu ficar quieta, ainda não sei o que falar.


- Joa, eu ainda sou eu. Você precisa me tratar como antes. – Sua voz parecia soar como um apelo.


- Eu te contei tanta coisa, te contei até sobre os problemas com minha mãe. – De repente comecei a me sentir traída. – Eu confiei coisas a você, que não contei nem as minhas melhores amigas. E você me enganou esse tempo todo? Achou divertido brincar comigo? Enquanto eu te contava sobre o show, os fansing , eu detalhei como você se comportou e você já sabia de tudo.


- Joa. – Me levantei mais uma vez, desta vez estava um pouco furiosa.


- Não me chame assim, isso só me lembra que eu nem mesmo sabia seu nome. – Ele levantou, levantou as mãos em sinal de paz.


- Joa, você tem que se acalmar para que eu possa me explicar. Eu nunca menti, também te contei coisas pessoais, tudo o que te falei era verdade, e sobre o nome, você nunca me perguntou, e se você pensar bem, eu já tentei te contar quem eu era.


POV NAMJOON


Ela parecia que iria explodir a qualquer momento, eu precisava acalma-la, pois sabia que se ela fosse embora assim, ficaria inventando mil coisas na cabeça e eu talvez nunca conseguisse me explicar.


- Devia ter tentado com mais vontade, me enviado uma foto sua. Meu Deus, entre tantos números como eu acertei o seu? – Sem saber se ela estava querendo uma resposta, simplesmente dei de ombros.


- Não estou dizendo que não estou errado, mas ambos sabemos que isso não é algo tão fácil assim, fique aqui um pouco, se acalme, depois me deixe falar. – Ela abriu a boca. – Sem me interromper. Se depois disso você ainda estiver brava, eu deixo você ir.


- Cinco minutos. – Levantei a sobrancelha como questionamento. – Estou contando.


- Ok. Primeiro, lembre-se que foi você que mandou a mensagem errada, e eu contei sobre o engano e você decidiu continuar o assunto, se eu quisesse mentir, teria fingido ser o seu amigo. Depois que esclarecemos o engano, eu pensei em te excluir, ou bloquear, não sabia exatamente se você tinha errado mesmo ou talvez tivesse conseguido meu número com alguém. Mas você pareceu realmente preocupada, e foi divertido conversa com você.


“ Depois você simplesmente agiu naturalmente, nunca nos perguntamos sobre nome, ou onde morávamos, mesmo que todas as conversas tenham sido reais e naturais, eu até tentei cortar o contato, fiquei dias sempre me comunicar, mas nossas conversas me faziam bem, e eu sempre estava tão acumulado de coisas, que parecia ser tão leve o nosso relacionamento.


Aquele dia no nosso encontro, eu fui atrás de você, tinha recebido o endereço, pensei que podia fazer um encontro “sem querer”, mas não encontrei você, pelo menos não enquanto procurava, quando finalmente nos encontramos eu estava em choque, acabei ficando quieto, sei que tive outras chances, mas ou foram em momentos de segundos, ou você parecia estar com alguém. E eu não queria me colocar na sua vida tranquila, como você disse eu não sou um anônimo, me afastei mais uma vez, mas até os membros perceberam que não me fez bem, e pelo que vi não fez a você também. “


- Acho que é uma grande coisa para eu assimilar agora. – Ela me olha nos olhos pela primeira vez, não como o ídolo, como um homem que cometeu um erro, e parece idiota, mas isso me faz feliz.


- Tudo bem, não preciso que me perdoe tão fácil, mas poderíamos pelo menos hoje, esquecer disso e fazer algo juntos? Minha agenda vai ficando cada vez mais difícil de encontrar tanto tempo disponível. – Sinto sua excitação, mas também percebo que ela não quer perder a chance. – Depois você pode me ligar e brigar a vontade.


Ela ri, e me xinga de idiota, finalmente estamos nos tratando naturalmente de novo, ela pega o celular e envia uma mensagem, deve ser para tranquilizar as amigas.


- Vamos, logo minhas amigas irão ficar impacientes, e se elas vierem aqui, não sairemos daqui até o final do ano. – Ela se levanta e me espera, começo a caminhar ao lado dela. – Mas não pense que estou de boa com essa situação. – Seus olhos se fecham ameaçadoramente.


- Concordo. Mas e se eu te apresentar ao resto dos meninos? – Seu sorriso fica maior e ela balança a cabeça discordando.


- Por hoje vamos ser só Joa e Namjoon, dois simples amigos.


- Mas sem o somente. – Digo com uma voz mais baixa, um pouco tocado pela simplicidade que ela nos colocou.


- Sem o somente. – Ela sorri.


Então saímos conhecer o parque, dois simples jovens, andando um ao lado do outro, rindo de piadas idiotas e dividindo histórias, eu estava feliz e não era pouco.


POV JOA


Eu ainda sentia meu corpo tremendo, a cada segundo que eu olhava para o lado, eu dava de cara com Kim Namjoon em uma narrativa bem animada, enquanto ele falava, eu percebia que suas mãos acompanhavam o assunto, como se fossem atores interpretando a história, suas covinhas apareciam e sumiam, e quando ele parava de falar, sua língua molhava os lábios. Aos poucos comecei a me acalmar e me soltar mais, e de repente eu esqueci que estava com o meu ídolo, não que ele ainda não fosse uma pessoa admirável, mas agora eu o via como um jovem que estava conversando com uma garota, e parecia bem feliz de ser tratado assim.


- Foi assim que você machucou a mão? – Comecei a gargalhar da encenação dramática dele. – Meu Deus, eu tinha visto que era ensaiando, mas isso torna você ainda mais desastrado.


- Eu sou terrível dançando, e quando me empolgo, faço isso. – Sua risada é contagiante, reparo o quanto ele mexe a cabeça.


- Eu sou ruim com essas coisas também, vivo quebrando copos ou coisas do gênero, uma vez quebrei a maçaneta do quarto da Alice, só peguei nela e rodei, de repente estava com um pedaço na mão. – Começo a rir da recordação, essa foi uma das primeiras vezes em que eu, Ana e Alice dormimos juntas.


- Também não posso reclamar muito, tenho a mania de tentar alcançar as coisas me levantando o mínimo possível, ou com o pé.


- Muito me surpreende você não ter quebrado mais partes do corpo.


- Pd-Nim disse que me enrola em plástico e papel se eu fizer algo do gênero.


- Ele viu que você machucou a mão? – Ele concorda e suspira.


-  Ouvi um sermão de duas horas, ele diz que não me preocupo com minha aparência.


- Foi sua mão, não sua cara.


- Respondi isso, foi por isso que o sermão durou duas horas.


A conversa simplesmente fluía, quando parecia que ia acabar, ela tomava outro rumo, as vezes mais sério, outras mais engraçadas. Compramos sorvete e nos sentamos em um local mais privado, comecei a ficar com medo de alguém reconhece-lo e acabar publicando que ele estava com alguém. Nem posso imaginar a guerra que seria no fandom.


Passamos três horas juntos, ele sempre dizia que não tinha muito para contar, já que eu supostamente já sabia de tudo, mas então ele sempre aparecia com uma história nova, as reações mais engraçadas eram com as minhas histórias de escola, ele ficava muito chocado com a diferença de cultura entre nossos países. Alice e Ana já haviam ido embora, e por mais que eu quisesse morar aqui, percebi que ele começou a receber mensagens, ele as respondia rapidamente e depois guardava o celular.


- Acho melhor irmos embora. Preciso por tudo isso em ordem, e não acho bom você ficar exposto por muito tempo.


- Não queria concordar, mas você sabe. – Andamos até onde eu pudesse pegar uma condução para casa, o trajeto foi silencioso. – Bom, nos vemos depois então.


- Obrigada pelo dia, apesar de parecer um sonho e uma loucura, foi incrível.


- Espero que isso pese na hora de me perdoar. – Ele chuta uma pedra imaginaria.


- Te perdoei quando você comprou sorvete. – Seu sorriso mostrou suas covinhas, estiquei a mão lentamente, ele ficou me olhando, então toquei uma delas com o dedo indicador. – Sempre quis fazer isso. – Seu sorriso aumenta e a toco de novo. Seu celular começa a tocar e ele ignora a chamada. – Então até mais, dongsaeng.


- Até mais, Noona.


Com um esforço sobrenatural eu viro a costa e saio dali, quando sento no ônibus, pego meu celular e mudo o nome do seu contato. “Joonie”, sorrio para a tela, e começo a repassar os momentos mais loucos, mas lindos daquele dia.


 



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Autor(a): @20stcenturygurl

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