Fanfics Brasil - Contando os dias. Online

Fanfic: Online | Tema: BTS , Bangtan Sonyeondan, Kim Namjoon, Kim Seokjin, Min Yoongi, Jung Hoseok, Park Jimin, Kim Taehyun


Capítulo: Contando os dias.

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POV JOA


Namjoon me mandou uma mensagem com um encontro marcado, não apenas uma hora, mas talvez horas sozinha com ele, eu parecia que iria pirar. Começo a arrumar as coisas, quando encontro meu passaporte, isso me lembra que terei que ir embora, me sento na cama e viajo em pensamentos.


Fazem quase quatro meses que estamos aqui, o que quer dizer que está chegando o dia de eu partir, mais que isso, está chegando o maldito dia que terei que deixa-lo. Quando começo a pensar nisso, uma tristeza enorme domina todo o meu corpo, quero chorar. Mas hoje não posso, assim como contei os dias que faltam para partir, contei os dias para chegar hoje, ainda mais depois do estresse que tivemos, ele finalmente havia me mandado uma mensagem, tinha arranjado um lugar para irmos, e poderíamos ficar um dia inteiro juntos, em paz, é mais do que eu poderia pedir. Ainda não acreditava que estava vivendo aquele sonho, tínhamos que escapar em horas malucas para nos encontrarmos, a loucura estava tão grande que ainda nem havíamos nos beijado. Mas hoje eu sentia que era o dia, a cada dia ele se tornava mais livre em nosso relacionamento, acariciando meus cabelos, bochecha, até mesmo beijando minha testa ou pálpebras. Se ele não tomasse a iniciativa, eu tomaria.


Contei cada segundo, sentada esperando no endereço que ele havia me mandando, minhas mãos estavam ficando doloridas de tanto que eu as apertava, um carro preto para um pouco distante, então ele desce, vem até mim lentamente, o sorriso estampado no rosto, levanto e vou de encontro a ele, que toca minha bochecha com os dedos, pega minha bolsa e me leva até o carro. É incrível como tudo isso parece natural.


- Preciso que você não surte. – Olhos sérios me encaram.


- O que? Precisa ir?


- Oi? Não! Eu não tinha como escapar, então o hyung me ajudou dizendo que íamos comer fora fazer compras e etc. – Hyung? Não precisei fazer a pergunta em voz alta, Seokjin havia abaixado o vidro do nosso lado e agora estava sorrindo e acenando para mim. “ Joara, não pira. ”


- Olá. Seja bem-vinda a bordo, noona. – Engulo em seco, obrigo meu corpo a agir naturalmente, agradeço Namjoon por abrir a porta para mim e entro.


- Oi. – Ele sorri para mim pelo retrovisor, Namjoon o cutuca com o cotovelo.


- Pare de ficar encarando, ela já tem o suficiente para lidar.


- Desculpe, minha beleza é um dom e uma maldição. – Namjoon revira os olhos e eu caio na gargalhada, Jin pisca pelo retrovisor e começa a rir também.


- O que eu fiz para merecer duas gaitas piadistas? – Joonie faz cara de entediado, mas logo depois se vira e sorri para mim. – Está pronta?


- Lá vamos nós. – Onde quer que fosse o lugar. Estou animada.


POV NAMJOON


As datas para a turnê haviam saído, eu estava animado é obvio, tudo o que eu mais amava era estar no palco, mas quando comecei a organizar a minha agenda, grifado em vermelho estava a partida dela. Conversando pelo telefone, decidimos pensar o mínimo possível nisso, ela disse que tentaria arranjar um meio de ficar mais alguns meses, eu ofereci ajuda, mas ela disse que faria isso por conta própria. O pior de tudo não eram os dias contados, mas sim que eu sairia de turnê em algumas semanas, além de vários dias que ela estará aqui, quando voltasse ela já teria partido.


Paro de pensar nessas coisas ruins assim que encontro ela, hoje era um dia de comemoração, teríamos finalmente um dia juntos, e eu não teria que escolher entre conversar ou beija-la. Este era um tema que eu estava pensando muito, será que ela achava que não estávamos juntos? Eu ficava tão focado quando estava com ela, que nunca pensei que talvez ela estivesse achando que éramos amigos, mesmo que seus olhos me dissessem o contrário sempre que encontravam os meus. Chegamos ao local que encontrei com a ajuda do Jin hyung, era um restaurante que tinha um jardim central, era bem reservado, diziam que muitos idols e políticos iam ali.


- Bom, se comportem crianças. Me enviem uma mensagem quando for a hora de vir buscar.


- Obrigado, hyung.


- Obrigada, Seokjin. – Jin hyung sorri para ela que fica vermelha. Droga, vou ter que me acostumar com isso.


- Me chame de Jin, ou de Deus da beleza, tanto faz. – Ela ri engraçado, então puxo sua mão e deixamos o engraçadinho partir.


- Está pensando em me trocar é? – Ela me olha assustada. – Jin hyung não é tão legal quanto aparenta.


- Eu acho que ele é sim, hein. – Suas bochechas estão tremendo, segurando uma risada.


- Depois de hoje vamos ver quem é o mais legal. – Finjo estar bravo e entramos no restaurante.


A expressão no seu rosto me faz sorrir, ela olha cada detalhe, cheira as flores que estão espalhadas por todo o lugar, sentamos na mesa que reservei, pego a flor que está na mesa e coloco em seu cabelo, seus olhos brilham, penso em me inclinar e beija-la, mas não vejo a oportunidade agora, pedimos algumas coisas especiais do cardápio, como sempre o assunto acontece naturalmente, mudamos de tópico o tempo todo, conseguimos rir e falar sério normalmente, de minuto a minuto, me pego reparando em seus lábios enquanto fala, as vezes ela molha eles com a língua, e eu tenho que respirar fundo.


POV JOA


Namjoon encara minha boca, e eu passo a língua entre os lábios, vejo ele acompanhar o movimento, me parabenizo por dentro, ergo a sobrancelha e o encaro, ele levanta os olhos e sorri.


- Desculpe, gostei da cor do seu batom. – Começo a rir e ele fica sem graça.


- Mentiroso, nem estou usando batom. – Ele dá de ombros.


- Um homem não pode ser culpado de encarar a bela boca da garota que namora. – Namora, a palavra bateu no meu coração e me fez tremer, tudo bem que eu usava essa palavra frequentemente com as minhas amigas, mas nunca oficializamos.


De repente o clima pareceu mudar, ambos estamos nervosos, ansiosos, parece que antecipamos alguma coisa, o sorvete chega, e eu só consigo pensar que sabor teria sua boca após a sobremesa, me sinto uma adolescente, alguém que está prestes a dar o primeiro beijo e não sabe o que fazer, sorrio e começo a comer o sorvete, estamos em silêncio, não consigo pensar em nada para quebrar o gelo, como o sorvete como desculpa para não falar, ele parece fazer o mesmo. Estamos acabando a taça, tento relembrar de todos os assuntos que já conversamos, a garçonete se aproxima e ele manda que tire as coisas da mesa, com cuidado, ele dobra o pano do colo, coloca em cima da mesa, se levanta e vem até mim, ele estica sua mão, olhos nos olhos, respiro fundo e a seguro, ainda sem dizer uma palavra, nós caminhamos até o jardim central, isso faz o clima amenizar um pouco, começamos a falar de como o céu está bonito, como as flores ali são exóticas, me estico para alcançar uma que parece um coração, e como em cena de filme, eu me desequilibro, ele está logo atrás de mim e me segura, viro lentamente e fico encostada no pilar, bem devagar ele coloca um braço de cada lado, e beija a minha testa, meus olhos, a ponta do meu nariz, bochecha, abro um pouco a boca e solto um pequeno gemido e então seus lábios se colam nos meus. Sorvete, o beijo dele tem gosto de sorvete com calda de chocolate; com calma e tão sensual que meu corpo se incendeia, ele começa a usar a língua para ganhar passagem entre meus lábios, a minha está mais que pronta para encontra-lo, o beijo começa a ficar mais intenso, sinto o ar faltar, mas não quero parar, eu já tive sonhos com isso, quando comecei a pensar nele de uma forma diferente, Kim Namjoon povoava meus sonhos, mas nunca imaginei que isso realmente aconteceria, e que seria mil vezes melhor do que em meus sonhos. Ambos não aguentam mais, o oxigênio infelizmente é necessário, então começamos a nos separar lentamente, ofegantes, não resisto e seguro seu rosto com a minhas mãos, e mordo de leve seu lábio inferior, depois passo a língua levemente, e dou um selinho. Sua mão vai para a minha cintura, e ele me puxa para mais perto, deixa um beijo em meu pescoço, queixo, e também morde meus lábios, e outro beijo ainda mais intenso se inicia; minhas mãos finalmente ganham vida, e eu estou com elas em seu rosto, depois em suas costas, seguro ele pelo cós da calça e o puxo para mais perto, suas mãos seguram minha nuca, como se fosse possível aprofundar mais ainda nosso beijo, sua língua brinca com a minha, parece que nenhum dos dois quer ser o primeiro a desistir, parece que encontramos um ritmo perfeito entre beijar e respirar, beijos curtos, beijos longos, mordiscadas, não quero que acabe, continuo de olhos fechados, estou sentindo sua ereção, me mexo contra ela e acho que isso o traz a realidade, por que devagar ele nos separa, volta a apoiar as mãos no pilar, fica de olhos fechados e respira entrecortado.


É claro que pensei no nosso primeiro beijo muitas e muitas vezes, mas como ele parecia ser sempre tímido ou contido, pensei que precisaríamos de um tempo para nos adaptarmos, mas a minha boca nasceu para a dele, pelo seu olhar agora, sei que ele também não esperava que pegássemos fogo tão rápido, ele sorri de lado e eu acaricio sua bochecha, agora a sua covinha parece ainda mais linda.


- Acho melhor sentarmos. – Sua voz está mais rouca. Concordo com a cabeça, ele dá espaço para eu passar, caminho até um banco de madeira que é coberto por um pergolado cheio de ramos. Era perfeito para conversar e escondido o suficiente para eu o beijar mais uma vez. – Você vai me destruir assim.


- Você disse que queria sentar. – Olho com a minha melhor expressão de inocência, ele belisca meu queixo.


- Deveríamos ir para um lugar com um pouco mais de luz. – Sua mão segura a minha, e eu sorrio abertamente.


- Acho aqui bem confortável. – mais uma vez ele balança a cabeça, só que agora ele ri jogando a cabeça para trás.


- Não sei o que você fez comigo. Até essa sua cara de mentirosinha me deixa animado. – Arregalo os olhos e bato no ombro dele.


- Você me chamou de mentirosa? – Solto a mão dele e cruzo os braços, faço um pouco de birra.


- Talvez tenha usado a expressão errada, quis dizer essa cara de ... – sua cabeça está trabalhando forte para sair dessa, não aguento mais segurar a cara amarrada, ele está tão fofo que me inclino e dou um beijo rápido e estralado.


- Tudo bem, vou deixar essa passar, mas só por que sou muito legal.


- Você é a melhor, é sim.


Passamos o resto da noite entre risos e beijos, eu acho que nunca irei enjoar de beijar essa boca, passamos de fofos a quentes em segundos, sempre que sentimos que estamos atravessando uma fronteira, paramos e começamos a conversar, o que não dura muito, pois logo depois já estamos nos beijando de novo, quase na hora de ir embora ele se encosta no banco e me puxa para deitar no ombro dele, ficamos ali, dessa vez o silêncio é bem-vindo.




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Autor(a): @20stcenturygurl

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